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Aula 05
Curso: Direito Processual do Trabalho p/ TRT-BA - Analista Jud. (Área Jud. e Oficial de
Justiça)
Professor: Bruno Klippel
Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA
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AULA 05: AUDIÊNCIA, DAS PROVAS, SENTENÇA,
COISA JULGADA, RITOS SUMÁRIO E
SUMARÍSSIMO.
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação: 01
2. Matéria objeto da aula ± Teoria: 02
3. Questões comentadas sobre o tema: 41
4. Lista das questões apresentadas: 104
5. Gabaritos: 129
6. Considerações finais: 130
1. APRESENTAÇÃO:
Prezados Alunos,
Iniciamos nossa aula 05 sobre AUDIÊNCIA, DAS PROVAS, SENTENÇA,
COISA JULGADA, RITOS SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO.
Qualquer dúvida, é só entrar em contato comigo pelo email
brunoklippel@estrategiaconcursos.com.br !
Forte abraço! Bons estudos!
Bruno Klippel
Vitória/ES
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2. MATÉRIA OBJETO DA AULA ± TEORIA:
1. Audiência;
Pode-se afirmar, sem medo de errar, que a audiência trabalhista é tida como o
principal ato do procedimento em 1º grau de jurisdição, já que a maioria dos
atos processuais tende a ser realizado naquele momento, tais como: tentativas
de conciliação, defesa do réu, instrução, razões finais e a própria sentença.
1.1. Características;
Podem ser destacadas as seguintes características das audiências trabalhistas:
x Trata-se de ato público, segundo dispõe o art. 93, IX da CRFB/88, que
trata do princípio da publicidade processual. A audiência será realizada a
portas fechadas quando houver interesse público ou para defesa da
intimidade de uma das partes, por exemplo, quando o reclamante é
portador de doença grave e busca, em virtude daquela, a sua
reintegração.
x São realizadas em dias úteis, na sede do juízo, entre 8 e 18h, não
podendo ultrapassar 5 horas seguidas: tais regras estão dispostas nos
artigos 813 a 817 da CLT, que trazem, por óbvio, exceções, tais como a
prevista no art. 813 da CLT sobre a designação de outro local para a
realização do ato, bem como a possibilidade de se ultrapassar o limite de
5 (cinco) horas para a audiência. Sobre o tema, importante frisar que o
limite acima é para cada audiência, e não para todos os atos designados
para o dia.
x Tolerância que as partes deverão ter em relação ao Juiz: sobre o
tema, há um aparente conflito entre o art. 815 da CLT, que fala que as
partes poderão retirar-se o Magistrado não comparecer ao local em até 15
(quinze) minutos após a hora marcada para o ato, e o art. 7º, XX da Lei
nº 8906/94, que afirma a possibilidade do Advogado retirar-se, nas
mesmas condições, após 30 (trinta) minutos. Nessa situação, que
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dispositivo legal aplicar? Entende-se que a CLT deve ser aplicada, por
conter norma específica sobre direito processual do trabalho.
! Ocorre que tal norma não pode ser utilizada caso o
Magistrado esteja no local em que será realizada a audiência,
praticando outro ato processual. Pode ocorrer de uma
audiência trabalhista atrasar em decorrência de outra, na qual
foram ouvidas diversas testemunhas. Mesmo que a audiência
atrase mais de 15 (quinze) minutos, não poderá a parte se
retirar, sob alegação de aplicação do art. 815 da CLT, pois
nesse caso o Magistrado está na sede do juízo realizando outro
ato processual.
x Audiência una: o art. 849 da CLT prevê a audiência una para todos os
procedimentos trabalhistas (ordinário, sumário e sumaríssimo), de
maneira a imprimir maior celeridade aos feitos. Trata-se de mais uma
técnica utilizada pelo legislador trabalhista, que preferiu não dividir os
atos em duas audiências, como ocorre no rito ordinário do CPC, no qual se
tem a audiência preliminar e a audiência de instrução e julgamento. O
dispositivo celelista mencionado também dispõe que havendo força maior,
poderá o Juiz fracionar o ato, o que geralmente ocorre quando alguma
testemunha falta ou é designada perícia técnica. Nessas situações, o
fracionamento é imperioso, não sendo possível a continuidade dos atos
processuais.
1.2. Fases da audiência;
Apregoar as partes significa, em termos simples, chamá-las para que venham
participar do ato processual. Assim, as partes ± reclamante e reclamado ± são
chamados por seus nomes a fim de que venham a sentar-se à mesa da sala de
audiência para aquele importante ato processual.
Feito o pregão das partes, se ambas estiverem presentes, será iniciada a
audiência, com a primeira tentativa de conciliação. Se ausente reclamante, o
processo será arquivado. Se ausente o reclamado, será julgado à revelia. Se
ambos faltarem, o processo será arquivado. A questão que sempre é discutida
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toca ao atraso das partes. Caso alguma delas venha a se atrasar, como deve
agir o Magistrado trabalhista?
Em relação ao tema, três são correntes doutrinárias: 1. Aplica por analogia o art.
815 da CLT, que prevê o atraso de 15 minutos para o Juiz; 2. Aplica o princípio
da razoabilidade e diz que o Juiz deve aguardar alguns minutos; 3. Radical,
afirma que não há previsão legal para o atraso das partes, devendo-se aplicar
desde logo as conseqüências legais ± arquivamento e revelia ± respectivamente
para o reclamante e reclamado.
Apesar de ser bastante radical e, portanto, receber duras criticas da doutrina, o
TST vem adotando a 3ª corrente, tendo inclusive editado a Orientação
Jurisprudenciais nº 245 da SBDI-1, que afirma a inexistência de previsão legal
sobre a tolerância em relação ao atraso das partes.
! Entende-se que essa deve ser a resposta a ser utilizada nos
concursos públicos, por ser mais segura, apesar de na prática
observa-se uma certa tolerância, o que vai ao encontro do
princípio da razoabilidade.
Sobre o comparecimento das partes, dispõe o art. 843 da CLT, que deverão
apresentar-se pessoalmente, sendo que as pessoas jurídicas deverão fazer-se
representar por gerente ou proposto. Nas ações plúrimas ou nas ações de
cumprimento, os reclamantes, por serem em número considerável, poderão ser
representados por comissão de trabalhadores ou pelo Sindicato.
Presentes as partes, segue-se para a primeira tentativa de conciliação, que em
tese mostra-se como obrigatória, por meio da qual o Juiz tentará convencer as
partes sobre os benefícios de uma solução conciliatória, conforme lhe impõe o
art. 125 do CPC. Se as partes chegarem a um acordo, sendo o mesmo
homologado, a demanda será extinta com resolução do mérito, nos termos do
art. 269, III do CPC.
! Atenção, pois a Súmula 418 do TST prevê a faculdade do
Magistrado em homologar acordo apresentado pelas partes, já
que pode aquele entender que é maléfica ao empregado ± a
quem a lei deve sempre proteger ± razão pela qual será o
pedido de homologação indeferido.
Emnão havendo acordo, passarão as partes à próxima fase da audiência,
destinada a apresentação da defesa pelo reclamado, nos moldes estudados
anteriormente, que podem ser resumidas da seguinte maneira: a defesa do
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reclamado será apresentada oralmente, no prazo de 20 (vinte) minutos,
podendo englobar a contestação, as exceções (suspeição, impedimento e
incompetência) e a reconvenção.
Se a defesa consistir na alegação de fatos extintivos, impeditivos e
modificativos, isto é, se for formulada defesa indireta de mérito, o autor
apresentará manifestação oral, que será reduzida à termo na ata de audiência,
passando-se a instrução processual.
Na fase instrutória, poderão ser ouvidas as partes, ou seja, tomados os seus
depoimentos pessoais, assim como ouvidas as testemunhas, que segundo será
ainda estudado, comparecem independentemente de intimação.
! Vale a pena gravar que não há previsão legal para o depósito
de rol prévio de testemunhas e intimação para audiência, pois
segundo o art. 825 da CLT, as testemunhas comparecem
independentemente de intimação.
! Ainda sobre a prova testemunhal, sempre lembrar que no rito
ordinário e sumário são em número máximo de 3 (três) para
cada parte, no sumaríssimo no máximo 2 (duas) para cada
parte e no inquérito para apuração de falta grave, podem ser
ouvidas até 6 (seis) testemunhas para cada parte.
Ainda sobre a fase instrutória, nesse momento poderá o Magistrado deferir
prova pericial, sendo que por aplicação do princípio da celeridade, já deverá no
mesmo ato definir o objeto da perícia, designar o perito, fixar prazo para a
entrega do laudo, bem como dos quesitos pelas partes, da forma a acelerar a
realização do ato.
Finda a instrução, seguir-se-á, conforme dispõe o art. 850 da CLT, às razões
finais, em regra orais, pelo prazo de 10 (dez) minutos para cada parte, sendo
que ao final dessas será realizada nova tentativa de conciliação que, sendo
frustrada, levará ao próximo ato: a sentença.
! Ao término da audiência deve ser buscada nova tentativa de
conciliação, já que em tese a probabilidade de acordo nesse
momento é maior se comparado ao início do ato.
Apesar de não ser comum, pode o Magistrado proferir sentença oral, ao cabo da
audiência, sendo que no rito ordinário o relatório não está dispensado,
diferentemente do que ocorre no sumaríssimo, ainda a ser estudado, ao
havendo prazo para que o Juiz profira a decisão.
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1.3. Ausência das partes à audiência;
As conseqüências processuais são diferentes para a ausência das partes ±
reclamante e reclamado ± sendo mais severas para o segundo, em razão do
princípio da proteção, aplicável à todas as fases do procedimento trabalhista.
Se as partes são diferentes, devem ser tratadas de maneira diferente, aplicando-
se conseqüências processuais menos severas para reclamante, em regra o
empregado, em detrimento do empregador.
1.3.1. Reclamante;
O tema é tratado no art. 844 da CLT, que traz a conseqüência do não
comparecimento do reclamante à audiência: arquivamento do feito. O
arquivamento do processo é a denominação usual em processo do trabalho para
extinção sem resolução do mérito. O processo trabalhista somente não será
arquivado se presente a hipótese descrita no art. 843, §2º da CLT, que prevê a
presença de outro empregado ou de membro do sindicato à audiência para
justificar a ausência do reclamante. Apenas nessa hipótese, a audiência será
suspensa, designando-se nova data, uma vez haver justificativa plausível para o
fracionamento do ato.
O arquivamento do processo por ausência do reclamante acarretará a
condenação daquele ao pagamento das custas processuais, nessa hipótese,
calculadas em 2% (dois por cento) do valor atribuído a causa. Se houve pedido
de justiça gratuita, o Magistrado isentará do pagamento da quantia.
A regra é totalmente favorável à aplicação do princípio da proteção, uma vez
que arquivando-se o processo, poderá o autor intentar novamente a ação, não
havendo qualquer prejuízo. Ademais, mesmo arquivado, a prescrição restará
interrompida, nos termos da Súmula n. 268 do TST.
1.3.2. Reclamado;
A questão igualmente está prevista no art. 844 da CLT, porém, mostra-se
absolutamente mais severa para o reclamado, já que a ausência acarretará a
revelia, com a presunção de veracidade dos fatos afirmados, conforme já
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estudado. Percebe-se que a revelia surge da impossibilidade de apresentação de
defesa posterior, já que aquele ato deveria ser realizado em audiência, sob pena
de preclusão.
Salienta-se que a revelia surgirá mesmo que presente o Advogado da
reclamada, munido de defesa, documentos e procuração, se ausente um
representante da empresa (gerente, sócio ou preposto), uma vez que o art. 23
do Código de Ética da Advocacia veda o exercício, ao mesmo tempo, das funções
de Advogado e preposto. Presente apenas o Advogado, a empresa será revel.
1.3.3. Ausência à audiência em prosseguimento;
A ausência do reclamante que acarreta o arquivamento do processo, segundo
disposição sumulada do TST, é a que ocorre na audiência inaugural (ou una),
uma vez que aquela conseqüência não surgirá se ausente o reclamante em
audiência em prosseguimento, isto é, naquela designada para a instrução
processual, após a defesa do reclamado.
Exemplificando, o reclamado apresentou defesa em audiência e o Juiz verificou a
necessidade de prova pericial. Diante disso, designou nova audiência, para data
posterior a entrega do laudo pericial, de forma a serem ouvidas as partes e
testemunhas. A ausência nessa segunda audiência (em prosseguimento), nos
ditames da Súmula n. 9 do TST, não gera arquivamento, e sim, confissão da
parte, se intimada para comparecer e prestar depoimento pessoal (Sumula n. 74
TST) e perda das demais provas, tais como as testemunhas que poderia ouvir
naquele momento.
2. Instrução;
Inicia-se o estudo da fase instrutória do processo do trabalho, que também se
desenvolve durante a audiência una, mas que pode acarretar a suspensão do ato
e o necessário fracionamento do mesmo, gerando num mesmo processo a
ocorrência de duas, três ou mais audiências. Podem ser conceituadas as provas
como os mecanismos processuais aptos à demonstração da verdade dos fatos
articulados pelas partes, de maneira a atingir-se a verdade real.
2.1. Princípios;
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A respeito da prova e de sua produção, destacam-se os seguintes princípios,
basilares em direito processual do trabalho:
x Isonomia processual: A previsão contida no art. 5º, caput da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, de inegável
aplicação tambémno campo processual, juntamente com as disposições
do art. 125 do CPC, que conferem ao Juiz o dever de tratar as partes
igualmente, informam que o Juiz, ao definir as provas a serem
produzidas, deve valer-se daquele postulado e permitir a participação dos
litigantes, sem qualquer discriminação, na produção das provas. Mesmo
que uma das partes não tenha, por exemplo, requerido a produção de
prova pericial, ao deferi-la, deverá o Magistrado possibilitar a sua
participação.
x Contraditório e ampla defesa: Sabe-se que o contraditório é traduzido
na expressão informação + possibilidade de reação, o que significa dizer
que o Magistrado trabalhista deve sempre possibilitar o conhecimento, por
uma parte, das provas produzidas pela outra, de maneira que tenha
ciência daquilo que é levado ao processo pelo opositor, podendo valer-se
dos meios de impugnação existentes. Mesmo inexistindo previsão para a
interposição de recursos em face de decisões interlocutórias, salvo as
hipóteses da Súmula n. 214 do TST, ao opoente poderá manifestar-se em
petição dirigida ao próprio juiz, sobre a prova produzida pela outra parte,
exercendo assim o contraditório. Já a ampla defesa estará assegurada se
o Juiz possibilitar às partes a produção de todos os meios de prova
admitidos em juízo, ainda que não previstos na CLT e CPC, conforme
previsão do art. 332 do CPC.
x Livre convencimento motivado do juiz: O sistema processual
brasileira trabalha sob a ótica do livre convencimento motivado do Juiz,
conforme art. 93, IX da CRFB/88 e art. 131 do CPC, não se aplicando o
sistema de prova legal, segundo o qual cada meio de prova possuía uma
força, havendo provas mais fortes e outras menos fortes. Em nosso
sistema, todos os meios de prova possuem a mesma força probante,
devendo o Magistrado analisá-las e concluir pela procedência ou
improcedência dos pedidos do autor, utilizando-se de seu livre
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convencimento. Contudo, deverá expor na decisão os motivos que lhe
convenceram, já que há a necessidade de motivação do decisum.
x Licitude das provas: A CRFB/88 destaca em seu art. 5º, LVI a
inadmissibilidade das provas produzidas por meios ilícitos. Além disso, o
art. 322 do CPC prevê a possibilidade de utilização de todos os meios
legais de provas. Certamente a inserção do dispositivo legal na
Constituição Federal deu-se em virtude da mudança de sistema ocorrida
em nosso país ± autoritário para democrático ± buscando-se no momento
atual banir totalmente as práticas correntes em períodos anteriores,
SULQFLSDOPHQWH� D� WRUWXUD�� TXH� OHYDYD� DV� ³FRQILVV}HV´� WDQWDV� YH]HV�
encontradas na historio de nosso país. Porém, a restrição imposta não se
mostrou absoluta, principalmente com o amadurecimento da
jurisprudência e a dificuldade de produção de provas em algumas
situações nocivas à sociedade. Assim, chegou-se ao estágio de
desenvolvimento que nos permite afirmar que as provas ilícitas podem ser
utilizadas excepcionalmente, desde que não haja possibilidade de
qualquer outro meio e que o direito a ser protegido seja mais importante
do que a privacidade e dignidade daquele que a lei visava proteger.
Assim, utilizando-se dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, o
Magistrado, no caso concreto, poderá fundamentar sua decisão em uma
prova ilícita, sem que tal fato acarrete nulidade processual.
! A análise deve ser realizada no caso concreto, utilizando-se
dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, já que
estamos diante de uma proibição, mesmo que relativa, imposta
pela CRFB//88.
x Busca pela verdade real: Não se pode mais afirmar que o processo civil
(também o processo do trabalho) se vale da verdade formal, enquanto o
processo penal se vale da verdade real, uma vez que a doutrina e
jurisprudência atualmente são unânimes em afirmar que o processo, seja
civil, trabalhista, penal, etc., é um instrumento do Estado para o
descobrimento da verdade, daquilo que realmente ocorreu no mundo dos
fatos. Assim, não se pode mais aceitar a postura passiva dos Magistrados,
que por muitos anos décadas apenas aguardaram as provas serem
trazidas pelas partes. A mudança de paradigma em relação ao tema fez
com que o Juiz passasse a desempenhar uma função ainda mais ativa,
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também no tocante a produção das provas, em especial, através dos seus
poderes instrutórios, previstos no art. 130 do CPC, que permite a ele
produzir a prova que entender necessária ao descobrimento da verdade.
Assim deve ser vista a atuação jurisdicional, sempre buscando a verdade
real.
x Necessidade da prova: Os meios de prova somente serão produzidos
tendo por base a existência de fatos controvertidos e, excepcionalmente,
para demonstração do direito, conforme previsão do art. 337 do CPC. Se o
fato não é controvertido, é porque foi confessado pela outra parte, é
notório ou sobre o mesmo existe presunção de veracidade, hipóteses nas
quais não há necessidade de prova, segundo art. 334 do CPC. Em relação
à prova do direito, poderá ser requerida pelo Magistrado quando a parte
alegar em seu favor a aplicação de legislação estadual, municipal,
estrangeira ou consuetudinária, de acordo com o art. 337 do CPC. Ainda
relação ao tema, destaca-se o ônus que as partes possuem de provar as
suas alegações, sob pena de seus fundamentos não serem aceitos,
carreando decisão desfavorável. Trata-se do ônus da prova, a ser melhor
estudado em tópicos seguintes.
x Imediatidade: Tal princípio informa que as provas serão produzidas
diretamente pelo Juiz, ou seja, o contato deste com aquelas se faz de
maneira imediata, para que o resultado não sofra qualquer interferência
das partes. A regra serve paras provas orais, como o interrogatório, o
depoimento pessoal e a prova testemunhal, já que as provas documental
e pericial são produzidas em momentos distintos, sem a participação do
Magistrado, cabendo-lhe analisá-las e concluir pela procedência ou não
das informações ali contidas. A inspeção judicial, apesar de não ser
comum na prática, também pode ser encarada como um meio de prova
imediato, já que realizada diretamente pelo Magistrado.
x Oralidade: O princípio da oralidade, de inegável importância no processo
do trabalho, já estudado em sua inteireza em tópico específico, também
está diretamente ligado à produção de provas, já que a fase instrutória se
desenvolve basicamente em audiência, sendo que os atos naquela
oportunidade são todos orais, tais como o deferimento de prova pericial, a
descrição de seu objeto e outros aspectos relevantes para o exame
técnico, assim como a oitiva das partes e testemunhas. O princípio em
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análise possui inegável importância para a celeridade e efetividade
processuais.
2.2. Objeto de prova;
Como regra geral, a prova incide sobre os fatos que são narrados pelas partes.
Assim, em demanda visando ao reconhecimento do vínculo de emprego, deverão
ser provadas asubordinação, a onerosidade, a habitualidade e a pessoalidade,
requisitos dispostos no art. 3º da CLT. Se não restar provado qualquer dos
requisitos, a pretensão será julgada improcedente. Contudo, não são todos os
fatos que devem ser provados, já que alguns são de antemão excluídos pelo
legislador, nos termos do art. 334 do CPC, tais como os fatos: notórios,
afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, admitidos
no processo como incontroversos e em cujo favor milita presunção de
existência ou de veracidade.
No tocante ao direito, em regra, não há necessidade de prová-lo, e sim, alegar
que houve violação ao mesmo e que, portanto, devem ser produzidos os efeitos
que dele decorrem. Exclui-se a necessidade de sua prova pois o juiz conhece o
direito, ou seja, iura novit curia. A regra somente é aplicável ao direito federal,
sendo que as partes podem alegar outras normas, de caráter estadual,
municipal, estrangeiro ou mesmo consuetudinárias (decorrentes do costume).
Nessas situações, prescreve o art. 337 do CPC que o Juiz poderá exigir da parte
a prova do direito, isto é, de que a lei existe, que aquele é o seu teor e que está
em vigor.
No processo do trabalho existem diversas normas que podem ser aplicadas aos
contratos de trabalho e, portanto, serem analisadas pelo Magistrado em um
demanda, que não são de conhecimento público ou, mesmo sendo, não possui o
Juiz a obrigação de conhecê-los, razão pela qual pode ser aplicado o art. 337 do
CPC. São eles: acordos e convenções coletivas de trabalho, tratados e
convenções internacionais, regulamentos de empresa, planos e carreiras, dentre
outros.
2.3. Meios da prova;
2. 3.1. Prova testemunhal;
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Sabe-se, na prática, que a prova testemunhal é uma das mais importantes no
processo do trabalho, uma vez que o empregado, na maioria das vezes, não
dispõe de documentos que comprovem todas as suas alegações, sendo que tais
podem ser comprovados por outros empregados, que presenciavam os fatos,
como ocorre em relação ao dano moral decorrência de humilhação, dentre
outros.
A prova testemunha é capaz de comprovar a veracidade dos fatos aduzidos pelo
autor, salvo, conforme art. 400 do CPC, já estiverem comprovados pela
ocorrência de confissão real da parte ou só poderem ser provados por prova
pericial, como ocorre com a insalubridade e periculosidade, que dependem
daquela espécie de prova técnica.
Importante ressaltar que o art. 401 do CPC traz uma restrição à utilização da
prova testemunha, ao afirmar que aquele, sendo exclusiva, não prova os
negócios jurídicos de valor superior a 10 (dez) salários mínimos, situação em
que é necessário alguma prova documental. Assim, na esfera cível, não é
possível provar a existência de uma dívida de R$10.000,00 (dez mil reais) tão
somente por prova testemunhal, já que a quantia é superior a 10 (dez) salários
mínimos. Ocorre que doutrina e jurisprudência majoritárias afirmam a não
aplicação do dispositivo na seara do processo do trabalho, pois certamente traria
restrição muito forte à prova do empregado, retirando-lhe, muitas vezes, a
possibilidade de comprovar a violação ao direito.
! Assim, pode ser comprovada a realização de horas extras, por
exemplo, que geram o dever de indenizar de R$50.000,00
(cinqüenta mil reais) apenas por prova testemunhal, já que
afastada está a restrição imposta pelo art. 401 do CPC.
Ainda em relação ao tema prova testemunhal, mostra-se sempre necessário
falar sobre os limites impostos ao número de testemunhas nos diversos ritos
trabalhistas, já que essa matéria é frequentemente cobrada nos exames. O
quadro abaixo resume a questão:
PROCEDIMENTO
Ordinário
Sumário
Sumaríssimo
Inquérito
para
apuração
de falta
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grave
NÚMERO DE
TESTEMUNHAS
3
3
2
6
O limite imposto pela lei deve ser assim entendido:
x No pólo ativo: sendo facultativa a formação do pólo ativo, o número
máximo de testemunhas é para todos os litigantes, isto é, se a ação foi
ajuizada por 3 (três) reclamantes, o número máximo de testemunhas
para todos, no rito ordinário, será de 3 (três), ou seja, todos aproveitarão
as mesma testemunhas, já que optaram por ajuizar a demanda
conjuntamente.
x No pólo passivo: sendo a formação do pólo passivo dependente
exclusivamente da vontade do autor, não podem os réus serem
prejudicados pela aglutinação, no pólo passivo, de diversos litigantes,
razão pela qual o número máximo de testemunhas, conforme tabela
acima, é para cada litigantes. Assim, se dois os reclamados, cada um
poderá valer-se de 3 (três) testemunhas no rito ordinário, no total de 6
(seis).
! Importante sempre lembrar que o procedimento trabalhista
que possui previsão de maior número de testemunhas é o
inquérito para apuração de falta grave, sendo possível arrolar
até 6 (seis) para cada pólo. Tal fato se dá em virtude do objeto
da referida ação, que busca desconstituir a estabilidade
provisória de alguns trabalhadores, como o dirigente sindical,
por exemplo.
Situação atinente à prova testemunhal frequentemente cobrada em provas de
concursos está relacionada à ocorrência ou não de suspeição quando a
testemunha está litigando ou já litigou contra o empregador. Assim, se João é
WHVWHPXQKD�HP�SURFHVVR�PRYLGR�SRU�-RVp�HP�IDFH�GD�HPSUHVD�³$OID´��VHUi�-RmR�
suspeito se também estiver movendo ação em face da mesma empresa? E se já
tiver ajuizada demanda anteriormente?
Ao analisar a situação, o TST levou em consideração diversas premissas:
x A prova testemunhal é uma das mais importantes no processo do trabalho
sob a ótica do empregado;
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x Na maioria das vezes o empregado dispõe de poucos empregados ou ex-
empregados que tem conhecimento dos fatos e que podem ser
testemunhas;
x Não se pode presumir que a testemunha será suspeita apenas por ter
movido ação em face da mesma empresa, isto é, presume-se que aquele
contará a verdade e não o contrário.
Com base nessas premissas, o TST editou a Súmula n. 357, cuja redação
destaca a ausência de suspeição da testemunha nas situações versadas. Caberá,
SRU�yEYLR��DR�-XL]�GR�7UDEDOKR�YHULILFDU�TXH�QmR�H[LVWH�XPD�³WURFD�GH� IDYRUHV´�
entre reclamante e testemunha. Se chegar a essa conclusão, poderá dispensar a
testemunha ou ouvi-la como informante.
Ainda em relação à produção da prova testemunhal, tem-se a dúvida sobre a
testemunha menor de 18 (dezoito) anos. Apesar da dúvida doutrinária e
jurisprudencial, bem como a existência de diversas correntes, a melhor análise
da questão resume-se a dizer que o menos de 18 (dezoito) anos será ouvido
como informante, não prestando o compromisso de dizer a verdade, já que não
pode ser sujeito do crime de falso testemunho, por não possuir idade penal.
Aspecto de relevo e que não pode ser esquecido em relação a produção da prova
testemunhal diz respeitoà possibilidade das partes contraditarem as
testemunhas, conforme art. 414, §1º do CPC, isto e, de afirmarem e
demonstrarem em juízo que aquela é suspeito, impedida ou incapaz de depor. O
ato de contraditar deve ser realizado em período bastante específico, sob pena
de preclusão. Tal período se dá entre a qualificação da testemunha e o
compromisso de dizer a verdade, ou seja, é nesse meio-tempo que a parte
contrária deverá contraditar. Disso resulta que tomado o compromisso da
testemunha, preclusa estará a possibilidade da contradita.
Último ponto relacionado à produção da prova testemunhal, deixado para esse
momento em virtude de sua importância, é a inexistência de rol prévio de
testemunhas, para que sejam intimadas, como ocorre no processo civil, quando
as partes arrolam as testemunhas antes da audiência de instrução e julgamento
para que sejam tempestivamente intimadas a comparecer àquele ato
processual.
No processo do trabalho não existe tal sistemática, ou seja, não é feita a
intimação prévia das testemunhas, haja vista que o art. 825 da CLT prevê o
comparecimento das testemunhas independentemente de intimação. Assim,
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deverão as partes conversar com as possíveis testemunhas, convidando-as a
comparecer ao ato. Caso não compareçam, poderão as partes requerer a
intimação para a próxima audiência, sob pena de condução coercitiva e aplicação
de multa. No rito ordinário, para que o Magistrado determine a intimação da
testemunha faltante, basta a afirmação na audiência de que a testemunha,
apesar de convidada, não compareceu.
! Não há necessidade, tampouco previsão legal, para a inserção
de rol de testemunhas na petição inicial e pedido de intimação
para comparecimento à audiência, já que o art. 825 da CLT
prevê o comparecimento das testemunhas independentemente
de intimação.
Já no rito sumaríssimo, surge uma norma específica, inserta no art. 852-H, §3º
CLT, que informa que as testemunhas, até o limite de 2 (duas), somente serão
intimadas se a parte comprovar que as convidou. Assim, não basta apenas a
afirmação, sendo necessária a comprovação do fato, que pode se dar por A.R
(aviso de recebimento dos correios), declaração assinada pela testemunha ou
mesmo por meio de outra testemunha que tenha presenciado o convite.
! Se a parte não provar na audiência que foi formulado convite
para a testemunha comparecer à audiência, o Juiz poderá
indeferir a produção daquela prova. Por óbvio, tendo em vista
os seus poderes instrutórios, poderá deferir a intimação,
conforme art. 130 do CPC.
2.3.2. Prova documental;
Trata-se de meio de comprovação material da existência e veracidade dos fatos
afirmados em juízo, consistindo em contratos, declarações, fotografias,
gravações e quaisquer outros meios de prova de existência material.
Os documentos podem ser levados ao processo em sua forma original ou em
cópias autenticadas, não sendo mais necessária que a autenticação seja feita em
cartório, já que o art. 830 da CLT, alterado em 2009 para tornar-se igual ao art.
365, IV do CPC, permite que os aqueles sejam juntados em cópias simples,
declaradas autênticas pelo Advogado, sob sua responsabilidade pessoal (civil,
administrativa e criminal).
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Caso a parte contrária impugne o conteúdo do documento, o Juiz intimará a
parte que o apresentou para juntar aos autos os originais ou as cópias
autênticas, de forma a verificar-se a ocorrência ou não de fraude.
A prova documental é, em regra, apresentada na petição inicial e na defesa do
réu, sendo esses os momentos adequados à sua produção, uma vez que o
princípio da eventualidade é aplicável ao processo do trabalho. A regra geral
acima descrita encontra-se previstas em dispositivos da CLT e do CPC, tais como
artigos 787 e 845 da CLT e artigos 283 e 396 do CPC.
Contudo, a regra comporta exceção, como aquela prevista no art. 397 do CPC,
que faz menção aos documentos novos, utilizados para provar fatos que
ocorreram depois do ajuizamento da ação e apresentação da defesa. A
apresentação de tais documentos em momento posterior ao ajuizamento ou
defesa do réu somente é possível mediante justificativa plausível no sentido de
demonstrar a impossibilidade de juntada anterior.
! O conceito de justa causa, que aduz a acontecimento
imprevisível, é sempre utilizado em relação ao tema. Os
documentos novos, ou seja, que inexistiam na época da inicial
e defesa, obviamente podem ser juntados no curso do
processo, pois surgiram quando já ultrapassados os momentos
adequados para a sua juntada.
Destaque de revelo merece a Súmula nº 8 do TST, que trata do tema juntada de
documentos na esfera recursal. O requerimento de juntada de documentos em
recurso, apesar de excepcional, é processualmente possível, desde que
atendidas as prescrições da referida súmula, que trata o assunto com absoluta
excepcionalidade. Nos termos do verbete consolidado: ³$� MXQWDGD� GH�
documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento
SDUD� VXD� RSRUWXQD� DSUHVHQWDomR� RX� VH� UHIHULU� D� IDWR� SRVWHULRU� j� VHQWHQoD´�
Portanto, duas são as situações que permitem a juntada de documentos nos
recursos trabalhistas:
x Demonstração de que apesar dos documentos existirem quando a
demanda tramitava em primeiro grau, era impossível a sua juntada
naquele momento;
x Os documentos referem-se a fatos que surgiram depois da sentença e
que, por isso, não foram juntados aos autos em primeiro grau, já que
irrelevantes, naquele momento, para o julgamento de mérito.
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Duas situações merecem estudo mais detalhado. Tratam-se de dois documentos
amplamente utilizados nas demandas trabalhistas: CTPS (Carteira de Trabalho e
Previdência Social) e cartões de registro de ponto do empregado.
x CTPS: na carteira de trabalho do empregado são anotados importantes
dados sobre o seu contrato de trabalho. Conforme art. 29 da CLT, nela
serão expostos os dados do empregador, data de admissão, salário e
forma de pagamento dos salários , bem como condições especiais de
trabalho, caso hajam. Por ser que, para fraudar direitos trabalhistas e
reduzir o pagamento de FGTS e INSS, o empregador anote na CTPS um
salário menor do que o realmente pago, efetuando o pagamento daqueles
haveres com base no salário anotado. Aquela anotação não gera uma
presunção jure et de júris, ou seja, absoluta, e sim, presunção juris
tantum, isto é, relativa, podendo-se provar que aquela anotação não
coincide com a verdade. Caso o empregado prove que recebia salário
superior ao anotado na CTPS, além da condenação da empresa ao
pagamento das diferenças de FGTS, INSS e qualquer outra verba
incidente sobre o salário, haverá a condenação a retificação daquele
documento. Trata-se de incidência do princípio da primazia da realidade.
x Cartões de ponto: Dispõe o art. 74, §2º da CLT que os estabelecimentos
com mais de 10 (dez) empregados deverão possuirsistema de registro de
freqüência dos empregados, que anotará os horários de entrada e saída,
bem como de intervalos, de forma a que se possa posteriormente verificar
se as normas sobre limite de jornada de trabalho e intervalos estão sendo
cumpridas, já que se tratam de normas de ordem pública, relacionadas à
saúde e segurança do trabalhador. Da mesma forma que a CTPS, os
cartões de ponto também podem ser fraudados, ou seja, podem conter
informações inverídicas, que não condizem com a realidade do contrato de
trabalho. Aquelas informações também geram presunção apenas relativa.
Duas situações muito comuns em demandas trabalhistas merecem ser
estudadas:
o Pedido de pagamento de horas extraordinárias e não juntada
dos cartões de ponto pelo reclamado: nessa situação, se a
ausência dos cartões de ponto não for justificada, será presumida a
jornada de trabalho descrita na petição inicial, já que os cartões
seriam a prova mais importante do reclamado para demonstrar que
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o obreiro trabalhou dentro dos limites impostos para a jornada de
trabalho. A presunção é relativa, podendo haver prova em
contrário. Esse entendimento só pode se aplicar quando:
A empresa possuir mais de 10 (dez) empregados, ou seja, 11
(onze), pois somente nessa situação há a obrigatoriedade de
criação de sistema de registro e controle de jornada;
Não houver justificativa para a ausência dos cartões de ponto
ou quando aquela for considerada insubsistente pelo
Magistrado;
A jornada descrita na inicial não for irreal, absurda, já que a
ausência dos cartões de ponto não pode criar uma presunção
de veracidade sobre algo que se sabe não ser crível, ou seja,
viável para a normalidade, como por exemplo, jornada de 20
(vinte) horas diárias, etc.
o Pedido de pagamento de horas extraordinárias e juntada dos
FDUW}HV� GH� SRQWR� SHOR� UHFODPDGR� FRP� ³KRUiULR� EULWkQLFR´��
pode ser que o reclamado junte aos autos os cartões de ponto, mas
esses contenham horários de entrada e saída sempre iguais, sem
qualquer atraso ou adiantamento durante o vínculo de emprego.
Tais cartões são considerados pela Súmula nº 338 do TST como
imprestáveis à comprovação da jornada, uma vez que é impossível
um funcionário iniciar e terminar a jornada sempre no mesmo
instante, por exemplo, ingressando sempre as 8h e saindo as 17h.
Presume-se que um dia ele pode chegar as 7:58h e sair as 17:03,
entrar as 8:03h e sair as 16:59h, etc.
2.3.3. Prova pericial;
A prova pericial é deferida quando há necessidade de conhecimentos técnicos
sobre determinado fato controvertido dos autos, que não pode ser provado, por
exemplo, por testemunhas ou documentos. Nessa hipótese, o Magistrado se vale
de um expert, ou seja, de um profissional habilitado em determinado ramo da
ciência, como um médico, administrador, contador, dentista, engenheiro, dentro
outros, que analisará um bem móvel ou imóvel, uma pessoa, um escrito, um
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local, dentre tantos outros objetos que podem ser periciados. Dependendo do
objeto a ser periciado, o exame receberá uma denominação específica, a saber:
x Exame: pessoas e coisas;
x Vistoria: bens imóveis;
x Avaliação: atribuição de valor a determinado bem;
! A perícia será admissível quando o fato controvertido
demandar conhecimentos técnicos que o Magistrado não
possua, razão pela qual a análise será realizada por técnico
especializado.
Há situações em que o exame pericial é indispensável, outras nas quais é
aconselhável. Como exemplos da primeira situação ± indispensabilidade ±
destaque para o art. 195, §2º da CLT, que trata da análise sobre insalubridade e
periculosidade. Como exemplo de situações em que a perícia é aconselhável,
tem-se as demandas em que se busca indenização por acidente de trabalho,
ocasião em que geralmente é discutida a incapacidade para o trabalho; e
pedidos de equiparação salarial, em que é necessária a prova das atribuições e a
semelhança delas para com o paradigma.
Mesmo nas situações em que a perícia é considerada obrigatória, indispensável,
há possibilidade do Magistrado, no caso concreto, levando em consideração
pormenores da causa, substituí-la por documentos, se considerar que esses
comprovam o fato controvertido sem deixar qualquer dúvida. Também há que se
destacar a utilização de perícia emprestada, que é aquela realizada em outra
demanda mas que pode ser aproveitada na presente, em decorrência da
similitude existente.
! Por vezes a perícia não pode mais ser realizada, sendo
substituída por outros meios de prova, como pode ocorrer na
mudança do local de trabalho ou dos equipamentos nele
existentes, em demanda em que se requer o reconhecimento
de insalubridade. A perícia não serve para atestar a ocorrência
dos agentes insalubres, pois a modificação do ambiente de
trabalho impede a análise pericial, já que diferente daquele em
que laborava o reclamante. Nessa situação, dispensa-se a
perícia e busca-se a prova do direito através dos demais meios
de prova admitidos pelas normas de processo. Esse é o
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entendimento da OJ nº 278 da SDI-1 do TST, que trata do
adicional de insalubridade.
O procedimento da prova pericial geralmente é simples, mas pode conter
algumas peculiaridades, que serão analisadas a partir de agora. Geralmente,
após receber a defesa do réu em audiência, o Juiz, percebendo que há
necessidade da prova pericial, defere a realização daquela, designa o perito,
declara o objeto do exame a ser feito e consigna prazo para a entrega do laudo.
Aquele perito designado pelo Juiz pode declinar do ofício, justificando a recusa,
bem como pode ser substituído no curso do exame, caso não conduza o mesmo
dentro dos deveres impostos pelo art. 146 do CPC, havendo a substituição
descrita no art. 147 daquele mesmo código.
Ademais, após concluído o exame e entregue o laudo, podem as partes requerer
a complementação, caso o expert não tenha respondido aos quesitos
(perguntas) apresentadas pelas partes, ou tenha se olvidado de uma alguma
informação relevante. Além disso, as partes podem requerer e o Juiz determinar
de ofício, que o perito preste esclarecimentos em audiência. Pode ainda, mesmo
com a entrega do laudo pericial, ser requerida e realizada uma segunda perícia e
quantas outras se mostrarem necessárias, sobre o mesmo objeto. Tal
possibilidade encontra respaldo no art. 130 do CPC, relacionado aos poderes
instrutórios do Juiz.
! Os poderes instrutórios do Juiz consistem na possibilidade do
Magistrado deferir ou indeferir as provas requeridas pelas
partes ou determinar a sua realização de ofício, ou seja, sem
pedido, de forma a encontrar a verdade real. O deferimento e o
indeferimento devem ser fundamentados, conforme art. 93, IX
da CRFB/88, por se tratarem de decisões interlocutórias, que
na justiça do trabalho, em regra, são irrecorríveis (art. 893,
§1º da CLT e Súmula nº 214 do TST).
Aspectoextremamente importante sobre a realização da perícia e que é
diferente em relação ao processo civil, toca ao pagamento de honorários
periciais prévios. O que em regra é possível no processo civil, não pode ocorrer
no processo do trabalho, já que o ajuizamento de demanda trabalhista é
gratuito, sendo as custas pagas pelo perdedor apenas ao final, com o trânsito
em julgado. Assim, na seara processual do trabalho, a cobrança de honorários
periciais prévios é ilegal, segundo a OJ nº 98 da SBDI-2 do TST, que aduz à
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possibilidade de ser impetrado mandado de segurança contra a decisão do Juiz
que estipular o pagamento daquela espécie de honorários.
! Os honorários periciais prévios são ilegais, já que a
gratuidade é a regra geral para o ajuizamento de demandas
trabalhistas.
! Da decisão que determinar o pagamento daqueles honorários
prévios, caberá mandado de segurança, da competência do
TRT, caso a autoridade coatora seja o Juiz do Trabalho.
! Apesar da previsão contida na OJ nº 98 da SBDI-2 do TST, na
prática é comum o pagamento de honorários periciais prévios,
uma vez que dificilmente um perito aceitará trabalhar para
receber apenas após o trânsito em julgado.
As informações acima são aplicáveis as demandas em que se discute a
existência ou o reconhecimento de relação de emprego. Com o advento da
Emenda Constitucional nº 45/04, a competência da Justiça do Trabalho foi
ampliada, abarcando também as demandas envolvendo relação de trabalho,
fazendo com que o TST adaptasse alguns entendimentos acerca da questão. Por
meio da Instrução Normativa (IN) nº 27/2005, aquele tribunal passou a
entender que, nas demandas envolvendo relação de trabalho, a cobrança de
honorários periciais prévios é possível, fixando-se a faculdade do Juiz determinar
o pagamento, devendo o Magistrado analisar a possibilidade financeira do
reclamante, de forma a não impedir o acesso à prova pericial, talvez
indispensável à comprovação dos fatos constitutivos de seu direito.
! Por tratar-se de faculdade das partes, os honorários do
assistente técnico serão pagas exclusivamente pela parte
contratante, conforme Súmula nº 341 do TST.
Ainda sobre honorários periciais, o art. 790-B da CLT destaca que ³D�
responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça
JUDWXLWD´�� o que significa dizer que, pode ser que o reclamante vença
parcialmente a demanda (sentença de parcial procedência), mas tenha o pedido
fundado na prova pericial julgado improcedente. Nessa hipótese, por ter sido
perdedor na perícia (sucumbente no objeto da perícia), deverá arcar com o valor
a ser arbitrado pelo Juiz como honorários periciais.
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! Não é o perdedor da demanda, ou seja, aquele que foi
condenado, que arcará com os honorários periciais, e sim,
aquele que não teve reconhecido o direito fundado no exame
pericial.
Se aquele que for sucumbente no objeto da perícia estiver assistido pelo
benefício da justiça gratuita, conforme referido no art. 790-B da CLT, o
pagamento dos honorários periciais será de responsabilidade da União, conforme
disciplinado pela OJ nº 387 da SBDI-1 do TST, a seguir transcrita:
³A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito
quando a parte sucumbente no objeto da perícia for
beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o
procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º
35/2007 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho ± &6-7´�
2.3.4. Depoimento pessoal das partes;
O depoimento pessoal das partes será requerido com o intuito de esclarecer
determinados fatos controvertidos, buscando-se a elucidação dos mesmos e, por
conseqüência, o julgamento do litígio. Esclarece-se que a legislação trabalhista
confunde por vezes o depoimento pessoal e o interrogatório. Contudo, nítida é a
distinção, pelos seguintes fundamentos:
x O depoimento é requerido pela parte contrária, enquanto o interrogatório
é determinado pelo Juiz, de ofício, ou seja, sem requerimento da parte;
x O depoimento é colhido na audiência de instrução e julgamento, uma
única vez, ao passo que o interrogatório pode ser colhido diversas vezes
durante o curso do processo, em qualquer momento processual;
Tais diferenças encontram-se dispostas nos artigos 342 e 343 do CPC, bem
como nos artigos 819 e 848 da CLT, sendo que esse último código por vezes
confunde os conceitos, como já dito anteriormente.
Na prática trabalhista, tomando-se por base o art. 848 da CLT, o Juiz, de ofício,
interrogará as partes sobre os fatos relevantes e controvertidos da causa,
tentando extrair a verdade dos fatos através da confissão dos litigantes.
! Como dito, o depoimento pessoal é colhido mediante pedido
da parte contrária, que pode ser indeferido pelo Magistrado,
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sem que tal fato constitua cerceamento do direito de defesa,
como já decidido diversas vezes pelo TST.
Ainda sobre o tema, importante se mostra tecer alguns comentários sobre o
procedimento de colheita do depoimento, assim como as conseqüências da
ausência da parte na audiência em que iria depor.
Estando presente a parte, será tomado o seu depoimento, podendo haver
confissão sobre os fatos, gerando a presunção absoluta de veracidade daqueles.
Contudo, pode ser que a parte, apesar de intimada a comparecer na audiência
para depor, venha a faltar àquele ato, gerando para si uma conseqüência
negativa, prevista na Súmula nº 74 do TST, que é a presunção relativa de
veracidade dos fatos. Por ser relativa a presunção, poderá ser desconstituída
pela análise das outras provas existentes nos autos, bem como por aquelas
determinadas de ofício pelo Magistrado, ao agir por meio de seus poderes
instrutórios, segundo dispõe o inciso III da referida súmula.
! Mostra-se importante salientar que a confissão só surge
quando a parte é expressamente intimada para comparecer à
audiência para depor, não se podendo presumir verdadeiros os
fatos caso não haja aquela cominação no mandado de
intimação.
Por fim, podem confessar os capazes, os prepostos e os advogados com poderes
específicos para tanto, não sendo aceita a confissão extrajudicial nos domínios
do processo do trabalho, com prejudicial ao empregado, por presumir-se objeto
de coação ou outro defeito do ato jurídico.
! Afirmou-se anteriormente, quando do estudo da ação
trabalhista, que o reclamante pode ser substituído por outro
empregado, da mesma profissão, ou pelo Sindicato, para evitar
o arquivamento da demanda, conforme art. 843, §2º da CLT.
Tal empregado não possui poderes para confessar, podendo
apenas comparecer e evitar que a reclamação trabalhista seja
arquivada.
2.4. Ônus da prova;
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Ônus significa carga, peso, responsabilidade, encargo, e é dentro desses
conceitos que serão analisadas as regras sobre ônus da prova, dispostas no art.
818 da CLT e 333 do CPC.
Em uma demanda, diversos são os fatos e alegações levadas aos autos pelo
autor e réu, sendo que os fatos, regra geral, precisam ser provados para que
possam embasar uma sentença favorável, salvo as exceções do art. 334 do CPC.
Aquela parte que leva aos autos um fato ou alegação possui o ônus da prová-lo,
isto é, possui o encargo de prová-lo se quiser ver sua pretensão reconhecida em
juízo. Caso consiga comprovar aquele fato, estará livre desse encargo (peso), o
que certamente acarretará uma sentença favorável. Caso não consiga provar tal
fato, a improcedência certamente será o seu destino.
Na CLT, o art. 818 afirma, com a simplicidade que é peculiar ao processo do
trabalho, que a prova das alegações incumbe a quem as fizer, o que significa
dizer que se afirmo um fato, devo prová-lo.
! A simplicidade do art. 818 da CLT é criticada pela doutrina e
jurisprudência, que permitem a aplicação supletiva do art. 333
do CPC, que afirma ser ônus do autor a prova do fato
constitutivo, e do réu a prova dos fatos extintivos, impeditivos
e modificativos.
Assim, de forma a exemplificar nosso estudo, alguns exemplos de fatos que
precisam ser provados são elencados:
x Salário-família: cabe ao empregado provar a filiação para receber o
benefício;
x Equiparação salarial: cabe ao empregado provar o fato modificativo,
extintivo ou impeditivo daquele pedido.
x Reconhecimento de vínculo de emprego: duas são as situações que
podem surgir, alterando as normas sobre distribuição do ônus da prova:
o Se o empregador negar a prestação dos serviços, será do
empregado o ônus da comprovar o preenchimento dos requisitos do
art. 3º da CLT, a saber: pessoalidade, subordinação, onerosidade,
habitualidade, alteridade e trabalho realizado por pessoa física.
o Se o empregador reconhecer o trabalho a outro título, como
por exemplo, trabalhador autônomo, será do empregador o ônus da
comprovar a ausência dos requisitos do art. 3º da CLT.
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2.4.1. Inversão do ônus da prova;
As regras sobre distribuição do ônus da prova, conforme sustentado, encontram
previsão no art. 818 da CLT e 333 do CPC, não havendo regra genérica sobre a
alteração daqueles comandos, mesmo que a prova de determinado fato mostre-
se difícil para o empregado.
Contudo, considerando-se a hipossuficiência do empregado, bem como a
dificuldade em conseguir as provas de suas alegações, a doutrina e
jurisprudência vem reconhecendo aos poucos a possibilidade de inversão
daquelas regras, ou seja, a alteração dos comandos sobre distribuição do ônus
da prova, de forma a facilitar a defesa dos interesses da parte mais fraca em
juízo.
! A inversão do ônus da prova mostra-se como uma direito
básico do consumidor, previsto no art. 6º, VIII do CDC, sendo
suas premissas utilizadas para praticar a mesma conduta na
seara trabalhista. A hipossuficiência é a premissa mais
importante daquele dispositivo legal.
A inversão do ônus da prova pode ser requerida pelo reclamante na petição
inicial, mas também pode ser determinada de ofício pelo Magistrado, uma vez
que a verdade real deve ser buscada a todo curso pelo condutor do processo e a
inversão é uma das técnicas mais efetivas para a consecução daquele mister. O
momento adequado para deferir-se a inversão do ônus da prova é a audiência,
já que a defesa do réu é apresentada naquele ato, estando presentes as partes,
que podem auxiliar o Magistrado na definição acerca da distribuição do ônus.
! Já foi analisada no tópico sobre prova documental a
possibilidade de inversão do ônus da prova em relação aos
cartões de ponto, quando apresentados com horário britânico,
conforme Súmula nº 338 do TST.
2.5. Análise da prova ± livre convencimento motivado do julgador;
O princípio do livre convencimento motivado do julgador, previsto no art. 131 do
CPC, destaca a liberdade do Magistrado para analisar as provas colhidas durante
a instrução processual e que fazem parte do conjunto probatório. Esse pode ser
composto de documentos, confissão das partes, perícia e provas testemunhais.
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Todas as provas produzidas e constantes nos autos, independentemente de
serem documental, pericial ou testemunhal, possuam a mesma força probante,
pois o nosso sistema está baseado no livre convencimento do julgador, tendo
sido ultrapassado o antigo sistema de prova legal.
! No sistema de prova legal, cada meio de prova (testemunhal,
documentos, etc) possuía um valor, havendo ao término do
processo, a somatória das provas produzidas pelas partes para
saber quem era o vencedor.
Já no sistema do livre convencimento motivado do julgador, as provas possuem
a mesma força probante, o que representa dizer que a prova testemunhal pode
ser levada em consideração mesmo se em contradição com a perícia realizada,
já que não existe prova mais forte ou mais fraca.
Claro que o princípio em estudo ± livre convencimento motivado do juiz ± pelo
próprio nome, demonstra que o Magistrado é livre para avaliar as provas e
julgar dentro do seu censo de justiça, mas desde que motive, fundamente a
decisão, o que significa dizer que deverá explicar os motivos que o levaram a
decidir daquela maneira. Tal necessidade encontra amparo no art. 93, IX da
CRFB/88.
3. Sentença;
O conceito de sentença foi alterado em 2005 por meio da Lei nº .11.232, que
instituiu o sistema de cumprimento de sentença, também denominado de
sincretismo processual¸ sendo que naquele oportunidade houve a alteração do
art. 162, §1º do CPC. Comparando a redação antiga e a atual, tem-se que:
x Redação anterior a Lei nº 11.232/05: Sentença é o ato pelo qual o
juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa.
x Redação atual, alterada pela Lei nº 11.232/05: Sentença é o ato do
juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta
Lei.
A mudança foi pensada pelo legislador para adequar o conceito de tal importante
ato ao sistema de cumprimento de sentença, no qual o antigo processo de
execução passa a fazer parte do processo de conhecimento, sendo tão somente
uma fase daquele, ou seja, não há mais a cisão antes existente, de forma a que
o início do módulo de cumprimento de sentença passou a ser mais simples, com
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menor formalidade, trazendo benefícios, sobretudo, no tocante à celeridade
processual.
! Pela redação antiga, o conceito estava vinculado à
conseqüência que aquele ato gerava no processo, que era o
término do mesmo no primeiro grau de jurisdição.
! O novo conceito de sentença leva em consideração, pela
leitura do §1ºdo art. 162 do CPC, o conteúdo daquele ato, que
deve ser um doselencados nos arts. 267 e 269 do CPC que,
respectivamente, aludem às hipóteses de extinção do processo
sem e com resolução do mérito.
O novo conceito de sentença pode gerar certa confusão, já que o conteúdo do
ato não basta para qualificá-lo como sentença, uma vez que existem decisões
interlocutórias cujo conteúdo encontra-se nos arts. 267 e 269 do CPC, como
pode ser facilmente verificado na exclusão de um litisconsorte por decisão
interlocutória.
Assim, mesmo com a atual redação do Código de Processo Civil, o entendimento
majoritário é no sentido de avaliar também a conseqüência que aquele ato
processual traz para relação processual para qualificá-lo como sentença ou
decisão interlocutória. Assim, tem-se que:
x Se o ato judicial determinar a extinção de todo o procedimento, será
sentença;
x Se o ato judicial determinar a extinção de apenas parte do procedimento,
será decisão interlocutória;
! Se o ato judicial concluir pela ilegitimidade dos dois réus, será
sentença, pois não haverá mais nenhum ato a ser realizado,
pois findo totalmente o procedimento.
! Se o ato judicial concluir pela ilegitimidade de um dos réus,
permanecendo os demais, será decisão interlocutória, já que o
procedimento continuará em face dos demais réus, que
permanecem nos autos.
Os exemplos acima demonstram claramente que não é o conteúdo que define se
o ato é sentença ou interlocutória, e sim, a conseqüência que o mesmo traz para
o processo.
3.1. Classificação;
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Diversas são as classificações, que ora levam em consideração o mérito de
demanda, ora o conteúdo, razão pela qual se divide o estudo a partir de agora,
de forma a facilitar a compreensão de tão importante tema:
x Em relação ao mérito da demanda, as sentenças são classificadas em
definitivas e terminavas, sendo que as primeiras caracterizam-se pelo
julgamento de mérito, isto é, são definitivas as sentenças proferidas com
base no art. 269 do CPC, hipóteses em que o Poder Judiciário analise o(s)
pedido(s) formulado(s) pelo autor. Nas terminativas, ocorre alguma das
hipóteses do art. 267 do CPC, sendo que o mérito não é julgado, isto é, o
processo é extinto sem resolução do pedido formulado pelo autor.
x Em relação ao conteúdo da sentença, essa pode ser condenatória,
constitutiva, declaratória, mandamental ou executiva lato sensu. Vejamos
as características de cada uma:
o Condenatória: a grande maioria das sentenças trabalhistas possui
caráter condenatório, uma vez que impõe como obrigação o
pagamento de alguma quantia ao reclamante. Mas a obrigação de
pagar não é a única que pode ser imposta por meio de sentença
condenatória, já que esse pode fixar uma obrigação de fazer, não
fazer ou de entrega de coisa.
o Constitutiva: essa espécie de sentença é caracteriza pela criação,
modificação ou extinção de uma relação jurídica. Não se impõe uma
obrigação, como na sentença condenatória. Um exemplo clássico de
sentença constitutiva é aquela que reconhece o direito à rescisão
indireta e extingue o vínculo de emprego antes existente. Trata-se
de sentença também denominada desconstitutiva, por extinguir o
vínculo jurídico havido entre as partes.
o Declaratória: também denominada meramente declaratória, pois
toda sentença declara antes de condenar ou de constituir algo.
Nessa espécie de sentença, há apenas a declaração de que existe
uma relação jurídica, por exemplo, ou que determinado documento
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é verdadeiro/falso, que a assinatura partiu das mãos do réu, dentre
outras situações. Funda-se no art. 4º do CPC.
o Mandamental: caracteriza-se pela expedição de ordem
(mandamento) voltado ao réu, para que pratique determinada
conduta ou abstenha-se da prática. Exemplo comum é o mandado
de segurança, no qual expede-se ordem à autoridade coatora para
que cesse a atividade ilegal violadora de direito líquido e certo do
impetrante.
o Executiva lato sensu: as sentenças ditas executivas lato sensu
contém um comando executivo que, por isso, dispensa futuro
processo de execução, uma vez que a efetivação da decisão é feita
através de comandos existentes no próprio ato judicial, como
ocorre com as sentença que impõem obrigação de fazer, não fazer
e entrega de coisa, disciplinadas pelos arts. 461 e 461-A do CPC. O
§5º do art. 461 do CPC elenca diversas medidas que podem ser
impostos pelo Magistrado para a efetivação da decisão, sendo muito
comum a imposição de multa, busca e apreensão, desfazimento de
obras, dentre outros.
3.2. Requisitos formais;
Diversos aspectos formais devem ser lembrados para que a sentença seja válida
e produza os seus efeitos. O primeiro deles toca aos requisitos de forma,
previstos nos arts. 832 da CLT e 458 do CPC.
Segundo o dispositivo celetista, caso a 2ª tentativa de conciliação seja
infrutífera, deverá o Magistrado proferir sentença, que conterá,
obrigatoriamente:
x Nome das partes: indispensável para aferir-se os limites subjetivos da
coisa julgada;
x O resumo do pedido e da defesa: importante para que a sentença
demonstre os fundamentos elencados pelas partes;
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x A apreciação das provas: necessária para demonstrar o livre
convencimento motivado do Magistrado, de forma a avaliar-se a
ocorrência de erro no julgamento, a ser destacado em futuro recurso;
x Os fundamentos da decisão: conforme art .131 do CPC, o livre
convencimento do Julgador deve ser motivado, o que significa dizer que,
ao decidir, deverá expor os motivos que levaram ao convencimento
acerca da questão;
x A conclusão: trata-se do dispositivo da sentença, que concluirá pela
procedência (aceitação de todos os pedidos formulados pelo autor),
parcial procedência (aceitação de parte dos pedidos) ou improcedência
(negação de todos os pedidos formulados pelo autor), nos termos do art.
269 do CPC.
! A conclusão pode ser ainda pela extinção do processo sem
resolução do mérito, nas hipóteses do art. 267 do CPC, ocasião
em que os pedidos formulados pelo autor não serão analisados
pelo Poder Judiciário.
O art. 458 do CPC elenca três partes da sentença, com denominações diversas
mas que, em síntese, expõem as mesmas idéias dispostas acima:
x Relatório: trata-se de um resumo dos principais acontecimentos do
processo, incluindo um resumo do pedido do autor e seus fundamentos,
bem como a tese de defesa do réu, as provas que foram produzidas,
dentre outros aspectos relevantes do procedimento.
x Fundamentação: é a análise dos fundamentos expostos pela partes,
com a explicitação do entendimento do Magistrado acerca dos pontos
controvertidos.
x Dispositivo: trata-se da conclusão, que conforme exposto acima, pode
ser de procedência, parcial procedência ou improcedência, bem como de
extinção do processo sem resolução do mérito.
Importante que se diga que a sentença deve sempre mencionar o valor das
custas a serem pagas pelo vencido, conformeart. 789, §1º da CLT, sendo que
essas deverão ser pagas no prazo do recurso, caso esse venha a ser interposto.
O pagamento daquele valor, bem como do depósito recursal, constituem o
preparo, pressuposto de admissibilidade recursal.
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Além disso, o art. 832 da CLT sofreu alterações por meio da Lei nº 11.457/2007,
que modificou o §4º e incluiu os §§ 5º, 6º e 7º, trazendo as seguintes
informações, sendo indispensável afirmar-se, à luz do dispositivo legal, que:
x A sentença, seja de mérito ou homologatória de acordo, deve sempre
especificar se as verbas são salariais ou indenizatórias, de maneira a
aferir-se a incidência de contribuição previdenciária, imposto de renda,
etc.
x Havendo parcela indenizatória, a União será intimada, podendo interpor
recurso caso discorde da especificação daquela.
x Havendo acordo após o trânsito em julgado da decisão, nos termos do
§6º, tal fato não prejudicará créditos da União.
! Atenção para o disposto na OJ nº 376 da SBDI-1 do TST, que
afirma ser proporcional o valor devido à União à titulo de
contribuição previdenciária quando realizado acordo após o
trânsito em julgado. Assim, leva-se em consideração o valor do
acordo e não aquele imposto pela condenação.
3.3. Princípio da congruência;
O princípio em estudo também é denominado princípio da correlação, pois trata
de uma vinculação que deve existir entre os pedidos que foram formulados pelo
autor e a sentença a ser proferida pelo Juiz. Ao julgar, o Magistrado deve ater-se
ao que foi pedido pelo autor e a quantidade solicitada pelo mesmo, não sendo
lícito decidir fora dos limites impostos pela petição inicial. Tal vinculação ao que
foi pedido está previsto nos arts. 128 e 460 do CPC.
Assim, se o autor foi ao Poder Judiciário para requerer danos materiais, não
pode o Magistrado deferir danos morais. Se o autor fixou os danos materiais em
R$10.000,00 (dez mil reais), não pode o Juiz condenar o réu ao pagamento de
quantia superior. Por fim, se foram formulados os pedidos de danos materiais e
morais, ambos devem ser analisados, mesmo que para serem indeferidos, mas
não pode haver omissão no julgamento dos referidos pedidos.
! O princípio da congruência não restará violado se o
Magistrado deferir quantia inferior a que foi pedida, e sim, se
deixar de julgar algum pedido, ou seja, de incorrer em
omissão.
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A violação ao princípio em estudo pode acarretar três espécies de vícios, a
saber:
x Decisão extra petita; trata-se de sentença que deferiu pedido que não
havia sido formulado pelo autor.
x Decisão ultra petita; trata-se de sentença que deferiu o pedido que foi
formulado, mas em quantidade superior àquela solicitada pelo autor.
x Decisão citra petita ou infra petita; trata-se de típico caso de omissão,
em que o Magistrado deixa de analisar algum pedido que foi formulado
pela parte autora.
O direito do trabalho possui importante situação em que se discutiu a violação
ou não ao princípio em apreço, sendo que o TST editou a Súmula nº 396 acerca
da matéria. O verbete sumulado afirma que não há nulidade na decisão que
determina o pagamento de salários, quando o pedido é de reintegração ao
trabalho, haja vista a incidência do princípio da proteção. A redação do inciso II
da súmula referida afirma que ³1mR�Ki�QXOLGDGH�SRU�MXOJDPHQWR��H[WUD�SHWLWD��GD�
decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos
GR�DUW������GD�&/7´�
4. Coisa julgada ± conceito e limites;
Uma das principais características da jurisdição, poder-dever-função do Estado,
é a imutabilidade, consagrada como direito elementar, defendido pelo art. 5ª,
XXXVI da CRFB/88 que afirma a regra de que ³D� OHL� QmR� SUHMXGLFDUi� R� GLUHLWR�
DGTXLULGR��R�DWR�MXUtGLFR�SHUIHLWR�H�D�FRLVD�MXOJDGD´� Assim, o Estado analisa uma
situação conflituosa entre as partes, afirmando a existência ou não do direito
vindicado pelo autor. Ao decidir o conflito, poderá o Magistrado equivocar-se,
razão pela qual foram previstos os diversos recursos disponíveis em nosso
sistema processual. Ocorre que mesmo que a parte prejudicada interponha
todos os recursos possíveis, haverá um dia em que aquela decisão se tornará
imutável, indiscutível, por não haver mais meio de alterá-la, já que esgotados os
recursos. Nesse momento haverá o trânsito em julgado da decisão, com a
conseqüente formação da coisa julgada, fenômeno previsto no art. 467 do CPC e
que torna aquele ato jurisdicional imutável, garantindo a todos a necessária
segurança jurídica.
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! A partir do momento em que é formada a coisa julgada, o
dispositivo da decisão, por exemplo, que condenou João a
pagar R$10.000,00 a José, em decorrência de determinado
acidente de trânsito, torna-se indiscutível, impedindo que José
venha, a qualquer tempo, buscar a rediscussão da matéria,
insistindo na tese de que não foi culpado e que, portanto, não
deveria ser condenado.
Ocorre que, conforme dito acima, somente o dispositivo da decisão é
considerado imutável, o que significa dizer que, conforme previsão contida no
art. 469 do CPC, o relatório e os fundamentos lançados pelo Juiz na sentença,
não são acobertados por aquela característica, podendo ser rediscutidos em
outra demanda. O inciso II do referido artigo afirma que ³D�YHUGDGH�GRV�IDWRV��
HVWDEHOHFLGD� FRPR� IXQGDPHQWR� GD� VHQWHQoD´�não faz coisa julgada. De acordo
com o inciso III, a questão prejudicial incidente também não é acobertada pela
coisa julgada, salvo se houver o ajuizamento de ação declaratória incidental,
consoante os arts. 5º e 470 do CPC.
Partindo-se dessas premissas, somente o objeto de demanda, ou seja, os
pedidos, julgados no dispositivo da sentença, é que fazem coisa julgada,
demonstrando que tal imutabilidade está limitada ao objeto que foi levado ao
Poder Judiciário pelo autor ou réu (reconvenção, por exemplo). A esse limite dá-
se o nome de limites objetivos da coisa julgada.
! Os limites objetivos da coisa julgada dizem respeito aos
pedidos que foram julgados pelo Poder Judiciário.
Além dos limites objetivos, destacam-se igualmente os limites subjetivos da
coisa julgada, que envolve as partes litigantes, ou seja, os efeitos emanados
das decisões proferidas em uma demanda atingem apenas aqueles que
participaram ou puderam participar do contraditório. Por isso que se afirma que
a decisão no processo individual produz efeitos inter partes, não atingindo
terceiros estranhos a lide. Exceção existe no art. 103 do CDC, que alude às
demandas coletivas, em que são atingidas pessoas que não foram partes no
processo.
4.1. Espécies;
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A depender da espécie de sentença ± terminativaou definitiva ± isto é, que
extingue o processo sem resolução do mérito e com resolução do mérito,
respectivamente, a coisa julgada será apenas formal ou formal e material ao
mesmo tempo.
4.1.1. Formal;
Sendo proferida uma decisão judicial e não havendo impugnação por recurso,
incidirá sobre ela a imutabilidade, impedindo a prática de qualquer outro ato
naquele procedimento que vise alterar o comando sentencial. Essa
impossibilidade de alterar-se a decisão e realizarem-se novos atos processuais é
denominada de coisa julgada formal, existentes em toda espécie de sentença,
seja terminativa ou definitiva.
Assim, a sentença que extingue o processo sem resolução de mérito ±
terminativa ± acarretará a formação apenas da coisa julgada formal, ao passo
que na sentença definitiva, além da formal, também será observada a coisa
julgada material, a ser estudada no tópico seguinte.
! A coisa julgada formal possui efeitos inter processuais, ou
seja, produz efeitos apenas dentro da relação processual na
qual se formou, não impedindo o ajuizamento de outras ações,
com as exceções do art. 268 do CPC.
Portanto, regra geral, sendo extinta uma demanda sem resolução do mérito,
essa mesma ação poderá ser reproposta, sendo inviável apenas a prática de atos
no mesmo processo, o que demonstra que os efeitos da coisa julgada formal não
são extraprocessuais, e sim, como já dito, interprocessuais.
4.1.2. Material;
Descrita no art. 467 do CPC, como a ³������ HILFiFLD� TXH� WRUQD� LPXWiYHO� H�
LQGLVFXWtYHO�D�VHQWHQoD��QmR�PDLV�VXMHLWD�D�UHFXUVR�RUGLQiULR�RX�H[WUDRUGLQiULR´��
a coisa julgada material diferencia-se da coisa julgada formal por possuir efeitos
extra processuais, ou seja, por impedir a rediscussão daquilo que foi decidido no
mesmo processo ou em qualquer outro.
O Poder Judiciário ao extinguir o processo com resolução, diz o direito,
afirmando se o autor possui direito ou não ao que foi pleiteado. Tal decisão, por
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exemplo, de condenar o réu ao pagamento de R$10.000,00 a título de danos
morais, após o trânsito em julgado, não pode mais ser discutida em qualquer
processo ± naquele em que se formou a coisa julgada ou qualquer outro ± em
qualquer tempo, uma vez que já houve manifestação judicial acerca da questão,
que se tornou imutável e indiscutível.
! A coisa julgada material é típica das sentenças que extinguem
o processo com resolução do mérito, ao passo que a coisa
julgada formal surge tanto naquele tipo de sentença, quanto
naquelas que extinguem a demanda sem resolução do mérito.
Por fim, vale a pena lembrar que o art. 5º, XXXVI da CRFB/88 protege o
instituto ao afirmar que ³D�OHL�QmR�SUHMXGLFDUi�R�GLUHLWR�DGTXLULGR��R�DWR�MXUtGLFR�
SHUIHLWR� H� D� FRLVD� MXOJDGD´�� Além disso, segundo dispõe o art. 485 do CPC, a
ação rescisória somente pode ser proposta para desconstituir a coisa julgada
material que se formou com um dos vícios descritos nos incisos daquele
dispositivo, sendo necessário, portanto, uma sentença definitiva (art. 269 do
CPC) para que a ação rescisória seja admitida.
5. Rito Sumário;
O rito sumário, também denominado de alçada, encontra-se previsto na Lei n.
5584/70, em seu art. 2º, que traz o cabimento para as demandas até 2 (dois)
salários mínimos. Na prática mostra-se como procedimento raramente utilizado,
mas que pode ser objeto de questionamento em eventual concurso público.
Nesse procedimento, destacam-se as seguintes regras:
x Será cabível quando o objeto do litígio for de até 2 (dois) salários mínimos
(Súmula n. 356 do TST);
x Não há necessidade de expor o resumo dos depoimentos, bastante a
conclusão em relação à matéria de fato, de maneira que a ata seja
bastante simplificada e a audiência possa transcorrer mais rapidamente;
x Em regra, não é cabível recurso em face da sentença proferida nesse rito,
salvo se houver violação à Constituição Federal. Nesse ponto reside a
dúvida sobre o recurso cabível:
o Recurso Ordinário: corrente minoritária defende a tese do
cabimento do recurso ordinário, já que o mesmo é interposto de
sentenças, a teor do art. 895 da CLT.
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o Recurso Extraordinário: corrente majoritária destaca o cabimento
do recurso extraordinário, a teor do art. 102, III da CRFB/88, por
ter sido proferida sentença de única instância com violação do texto
constitucional. Assim, a Súmula nº 640 do STF.
6. Rito Sumaríssimo;
O procedimento sumaríssimo foi inserido pelo legislador por meio da Lei nº
9957/2000, visando imprimir maior celeridade aos processos mais simples de
serem solucionados, que são, presumidamente, aqueles cujo valor não se
mostra exacerbado.
Ao criar o novo procedimento, já que antes vigoraram apenas as normas
atinentes ao rito ordinário (CLT) e sumário (Lei 5584/70), o legislador criou uma
série de peculiaridades, a seguir estudadas e que são extremamente cobradas
em provas de concursos.
6.1. Especificidades;
6.1.1. Competência;
A primeira regra específica no tocante ao procedimento sumaríssimo é a sua
competência, descrita no art. 852-A da CLT, que faz alusão às demandas
trabalhistas de valor não excedente a 40 (quarenta) salários mínimos quando do
ajuizamento. Assim, se o valor da causa for de até aquele valor, a demanda será
processada perante o procedimento em estudo, não havendo possibilidade de
HVFROKD�� Mi� TXH� R� OHJLVODGRU� XWLOL]RX� H[SUHVVmR� QHVVH� VHQWLGR� �³ILFDP�
submetidas). Sobre o tema, devem ser destacados 3 (três) aspectos:
x Ações plúrimas: sendo a ação plúrima em seu pólo ativo, isto é,
havendo mais de um autor, a soma das pretensões deverá ser inferior ou
igual a 40 (quarenta) salários mínimos, para adequar-se ao rito, ou seja,
não há que se levar em consideração a pretensão de cada litigante, e sim,
a sua soma.
x Dissídios coletivos: tratando-se de dissídio coletivo, não há que se
pensar em procedimento sumaríssimo, uma vez que esse tipo de
demanda possui rito próprio, previsto na CLT e nos Regimentos Internos
dos Tribunais, a ser analisado em capítulo próprio da presente obra.
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x Revogação do rito sumário (Lei n. 5584/70): questão bastante
polêmica na doutrina e jurisprudência toca à saber se o rito sumário,
previsto na Lei n. 5584/70 para as demandas de valor até 2 (dois)
salários mínimos, foi revogada ou não pelo novo rito, ou seja, se teria sido
absorvido ou não pelo rito sumaríssimo, já que esse trata das demandas
até 40 (quarenta) salários mínimos. A corrente majoritária afirma não ter
havido revogação do rito sumário, por inexistir qualquer previsão legal de
revogação expressa e por entender-se que os procedimentos não se
excluem, podendo ser aplicados perfeitamente.
! Essa matéria não é unânime. Adota-se apenas a posição mais
segura para as questões de concursos públicos, uma vez que
esse é o entendimento que vem sendo considerado correto
pelas bancas de concurso.
Ainda em relação àcompetência para a apreciação das demandas trabalhistas
perante o rito sumaríssimo, importante destacar a exclusão realizada pelo
parágrafo único do art. 852-A da CLT, que diz não ser lícito utilizar-se do
referido procedimento quando for parte a Administração Pública direta,
autárquica e fundacional. A exclusão claramente refere-se aos entes da
administração pública que atuam sob o regime de direito público, razão pela
qual pode-se ajuizar demanda pelo rito sumaríssimo em face das empresas
públicas e sociedades de economia mista.
! Lembrar sempre que as empresas públicas e as sociedades de
economia mista possuem personalidade jurídica de direito
privado, isto é, são tratadas pela lei como empresas privadas,
apesar de possuírem parte ou integralidade do capital público.
6.1.2. Petição inicial;
Algumas das mais importantes alterações empreendidas pela Lei nº 9957/2000
diz respeito à petição inicial. A primeira relaciona-se aos pedidos, que não
podem ser genéricos. Ao redigir a petição inicial no rito sumaríssimo, deve o
autor formular pedido certo e determinado. Não há possibilidade, como se dá no
rito ordinário, de afirmar-se serem devidas parcelas de 13º salário, férias
proporcionais acrescidas de 1/3, além de horas extraordinárias, sem indicar os
valores referentes àquelas.
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Ao se pleitear perante o rito sumaríssimo as parcelas acima referidas, o
reclamante deve afirmar quais são os valores relacionados ao 13º salário (p.ex.,
R$200,00), férias proporcionais acrescidas de 1/3 (p.ex., R$400,00), dentre
outros.
A impossibilidade do autor formular pedido genérico decorre de técnica utilizada
em prol da celeridade, que consiste na inexistência da fase de liquidação,
devendo a sentença ser, desde logo, líquida.
Na prática, os Advogados apresentam uma tabela discriminando os valores
devidos pelo reclamado, especificando as parcelas, de forma a cumprir o art.
852-B, I da CLT.
Também mostra-se imprescindível afirmar que a petição inicial deve indicar
corretamente o endereço do reclamado, uma vez que não é possível a
notificação daquele por edital, sendo tal modalidade vedada pelo art. 852-B, II
da CLT.
Nas duas situações apresentadas ± pedido e indicação do endereço ± o
descumprimento das normas enseja o arquivamento da reclamação trabalhista,
ou seja, a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do
parágrafo §1ª do art. 852-B da CLT. Assim, nos termos da lei, não cabe
determinação de emenda da petição inicial, sendo o arquivamento o único
destino da petição inicial.
! Apesar dos princípios da celeridade e economia conduzirem o
aplicador do direito à necessidade de tentar sempre a emenda
da petição inicial, nesse ponto, pelo menos para os concursos
públicos, a resposta correta não é a emenda, e sim, o
arquivamento, ou seja, a extinção do processo sem resolução
do mérito, inclusive com a condenação do autor ao pagamento
das custas processuais, salvo se for beneficiário da justiça
gratuita (Lei n. 5584/70).
6.1.3. Audiência;
A respeito da audiência no procedimento sumaríssimo, alguns aspectos devem
ser relevados, tais como:
x Realização da audiência no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar do
ajuizamento da demanda ± art. 852-B, III da CLT.
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x Audiência una, sendo impossível, regra geral, o seu fracionamento, de
forma a proporcionar o julgamento da demanda na própria audiência.
Além disso, os incidentes (incompetência relativa, impugnação ao valor da
causa, etc.) devem ser julgados imediatamente, sem suspensão da
audiência ± art. 852-C da CLT.
x Ausência de momentos obrigatórios de conciliação, diferentemente do que
se vê no rito ordinário, quando são dois os momentos obrigatórios (início
da audiência ± art. 846 CLT e após as razões finais ± art. 850 CLT). Nesse
rito, as tentativas de conciliação devem ser buscadas pelo Magistrado
durante todo o processo, de acordo com o art. 852-E da CLT.
x Manifestação imediata sobre os documentos juntadas pela parte contrária,
sem suspensão da audiência, garantindo-se, mesmo que de forma célere,
o contraditório, assim como dispõe o art. 852-H, §1º da CLT.
6.1.4. Provas;
'RLV�VmR�RV�SRQWRV�TXH�PHUHFHP�GHVWDTXH�HP�UHODomR�DR�WHPD�³SURYDV´�QR�ULWR�
sumaríssimo. O primeiro, já analisado quando do estudo da fase instrutória
(provas no processo do trabalho), relaciona-se à produção da prova
testemunhal, pois nesse rito é possível arrolar-se apenas 2 (duas) testemunhas
para cada pólo, em vez de 3 (três), como se tem no rito ordinário. O art. 852-H,
§2º da CLT afirma a redução acima descrita, além de trazer a norma do §3º,
cuja redação é a seguinte: ³6y� VHUi� GHIHULGD� LQWLPDomR� GH� WHVWHPXQKD� TXH��
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a
testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução
coercLWLYD´� A prova do convite geralmente é realizada pelo Aviso de
Recebimento (A.R) dos correios, mas pode ser comprovado por qualquer outro
meio de prova, inclusive, testemunhal.
! Há necessidade de provar-se o convite feito à testemunha
para comparecer à audiência, sob pena do pedido de intimação
ser indeferido. O convite não precisa ser obrigatoriamente por
escrito, podendo ser provado pela parte através das outras
testemunhas.
A segundo restrição que o rito sumaríssimo impõe às partes está relacionado à
produção de prova pericial. Uma primeira e importante observação é a seguinte:
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não há proibição de requerer-se e produzir-se prova pericial no rito
sumaríssimo. O legislador tão somente afirmou no art. 852-H, §4º da CLT que
tal meio de prova somente será deferida se indispensável à prova do fato ou for
imposta por lei, devendo o Juiz fixar desde logo o objeto da perícia, designar o
perito e fixar o prazo de entrega do laudo. Entregue o laudo, as partes serão
intimadas para, querendo, impugná-lo no prazo comum de 5 (cinco) dias, a teor
do §6º do art. 852-H da CLT.
6.1.5. Sentença;
Em relação à sentença no rito sumaríssimo, pouco se tem a dizer, já que a base
continua a ser aquela estudada no rito ordinário. Apensas serão destacadas as
peculiaridades do rito. Ao criar o procedimento em estudo, o legislador reservou
o art. 852-I da CLT para o tema sentença, simplificando-a sobremaneira,
especialmente pelos seguintes motivos:
x Dentre os requisitos da sentença (art. 458 do CPC), dispensa-se o
relatório, podendo o Juiz do Trabalho fazer menção apenas aos
acontecimentos mais importantes do processo, conforme caput do art.
852-I da CLT;
x Ao proferir a sentença, o Juiz deverá atender aos fins sociais da lei e ao
bem comum, mostrando-se justa e equânime;
x A sentença deve ser líquida, pois inexiste procedimento de liquidação de
sentença nesse rito trabalhista, já que o ideal do legislador foi imprimir
celeridade aos feitos;
x Por fim, sendo a sentença proferida em audiência,nesse mesmo ato serão
intimadas as partes, evitando-se perda de tempo com intimações
posteriores, pela imprensa.
! À sentença líquida, liga-se o pedido certo e determinado que
deve ser formulado pelo autor na petição inicial, sob pena de
indeferimento.
3.1.6. Recursos;
As regras diferenciadas existem em relação ao recurso ordinário e ao recurso de
revista, devendo ser estudados separadamente:
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Em forma bastante sintética, tem-se que:
x Recurso ordinário ± Art. 895, §§1º e 2º da CLT: será distribuído
imediatamente após a sua chegada ao TRT, devendo o relator liberá-lo
para julgamento no prazo máximo de 10 dias. Não haverá revisor e, na
necessidade de intervenção do MPT, este apresentará parecer oral. O
acórdão consistirá apenas na certidão do julgamento, sendo necessária
apenas a indicação do processo, da parte dispositiva e das razões de
decidir do voto prevalente. Caso seja confirmado pelos próprios
fundamentos, a certidão de julgamento valerá como acórdão. Por fim, os
TRT´s poderão constituir órgãos específicos para o julgamento de tais
recursos, imprimindo aos feitos a maior celeridade possível.
x Recurso de revista ± Art. 896, §6º da CLT: Somente será cabível o
recurso de revista quando a decisão do TRT afrontar entendimento
consolidado em Súmula do TST ou violar a Constituição Federal.
! Destaque para a Súmula nº 442 do TST, que diz não caber sob
fundamento de violação à Orientação Jurisprudencial.
3. QUESTÕES COMENTADAS SOBRE O TEMA:
AUDIÊNCIAS:
1 - Q302232 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
Em se tratando de dissídio individual, a norma processual trabalhista
prevê, como regra, a realização de audiência UNA, ou seja, em um
determinado ato processual será realizada a tentativa de conciliação, a
instrução processual e o julgamento. Nesse sentido,
a) terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, sendo
ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver, e após será
efetuado o interrogatório dos litigantes.
b) caso o reclamante não compareça na audiência inaugural, mesmo
presente seu advogado, deverá necessariamente ser adiada a sessão.
c) é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou
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qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, mas cujas
declarações não obrigarão o proponente.
d) aberta a audiência, o Juiz proporá a conciliação, sendo que se não
houver acordo, o reclamado poderá apresentar defesa oral no tempo
máximo de 10 (dez) minutos.
e) deverão estar presentes o reclamante e o reclamado na audiência de
julgamento, independentemente do comparecimento de seus
representantes.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´�A informação contida na letra
³(´��GH�TXH�DV�SDUWHV�GHYHP�FRPSDUHFHU�j�DXGLrQFLD�LQGHSHQGHQWHPHQWH�
de seus representantes, encontra-se no art. 843 da CLT, assim redigido:
³Na audiência de julgamento deverão estar presentes o
reclamante e o reclamado, independentemente do
comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua
categoria´.
Percebam que as exceções encontram-se nas ações plúrimas e nas ações
de cumprimento, pois nessas o número de autores, em especial, poderia
impedir ou atrapalhar a própria realização da audiência. Imagine uma
ação ajuizada por 100 reclamantes. Seria impossível a presença e
participação de todos na mesma audiência. Vejamos as demais
alternativas:
/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� R� LQWHUURJDWyULR� VHUi�
realizada e, em seguida, serão ouvidas as testemunhas, peritos e
assistentes.
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/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�D�DXVrQFLD�GR�UHFODPDQWH��PHVPR�SUHVHQWH�R�VHX�
Advogado, importará no arquivamento no processo, conforme art. 844 da
CLT.
/HWUD�³&´��HUUDGR��SRLV�DV�LQIRUPDo}HV�SUHVWDGRV�SHOR�SUHSRVWR�YLQFXODP�D�
parte, conforme art. 843, §1º da CLT.
/HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�R�DUW������GD�&/7�SUHYr�D�DSUHVHQWDomR�GD�GHIHVD�
no prazo de até 20 minutos.
2 - Q299670 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
Sobre as audiências trabalhistas, com base nas normas aplicáveis, é
correto afirmar:
a) A ausência injustificada do reclamante ou de seu advogado à audiência
importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
b) O reclamante e o reclamado, deverão estar presentes pessoalmente,
independentemente do comparecimento de seus advogados, não podendo
ser substituídos ou representados neste ato processual.
c) As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, não podendo ser
reinquiridas a requerimento das partes ou advogados.
d) O juiz, à hora marcada, declarará aberta a audiência, sendo feita pelo
chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, havendo uma
tolerância de até 15 minutos após a hora marcada.
e) Estas serão públicas e realizar-se-ão em dias úteis, entre 8 e 18 horas,
não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria
urgente.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´�A informação trazida pela FCC na
DOWHUQDWLYD�³(´��FRQVLGHUDGD�FRUUHWD��p�FySLD�ILHO�GR�DUW������GD�&/7��TXH�
deve ser memorizado pelo candidato, pois muitas vezes cobrado nos
concursos trabalhistas:
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³$V�DXGLrQFLDV�GRV�yUJmRV�GD�-XVWLoD�GR�7UDEDOKR�VHUmR�S~EOLFDV�H�
realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis
previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não
podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando
KRXYHU�PDWpULD�XUJHQWH´.
Vejamos as demais assertivas, que estão todas erradas:
/HWUD� ³$´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� D� DXVrQFLD� GR�
reclamante importa em arquivamento. Na verdade, a revelia surge pela
ausência injustificada do reclamado.
/HWUD� ³%´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� SUHYr� D� SRVVLELOLGDGH� GH�
representação das partes, ora por empregados da mesma categoria ou
sindicato ou por preposto.
/HWUD� ³&´��HUUDGR��SRLV� DV� WHVWHPXQKDV�H�SDUWHV�SRGHP�VHU� UHLQTXLULGDV�
conforme o art. 820 da CLT.
/HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�D�2-�Q�����GD�6',-1 do TST não prevê tolerância
para o atraso das partes.
3 - Q208227 ( Prova: FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 -
Primeira Fase / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )
Na reclamação ajuizada pelo trabalhador, para a cobrança de direito
irrenunciável,correspondente a salário mínimo não pago, ausentes ambas
as partes à única audiência designada,
a) deve designar-se nova audiência, com condução coercitiva das partes.
b) o reclamado é considerado revel.
c) o processo é arquivado.
d) encerra-se a instrução, julgando o feito no estado em que se encontra.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³C´� O Art. 844 da CLT prevê o
arquivamento do processo quando ausente o reclamante e a revelia
quando ausente o reclamado. Havendo ausência de ambas as partes, o
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entendimento é de que o feito será arquivado. Transcreve-se o artigo
mencionado para ciência:
³Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência
importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento
do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à
matéria de fato.Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo
relevante, poderá o presidente suspender o julgamento,
designando nova audiência´.
As demais alternativas tratam do mesmo assunto, razão pela qual
não precisam ser analisadas em separado.
4 ± Q292822 ( Prova: FCC ± 2013 ± TRT ± 1ª REGIÃO (RJ) ± Analista
Judiciário ± Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
Hércules após quatro anos de contrato de trabalho com a empresa Alfa
Beta Engenharia foi dispensado sem receber saldo salarial e verbas da
rescisão. Ajuizou reclamação trabalhista, sendo designada audiência UNA
(conciliação, instrução e julgamento) após dois meses da distribuição da
ação. Ocorre que Hércules sofreu acidente na véspera da audiência,
ficando hospitalizado e, portanto, impossibilitado de se locomover até a
Vara do Trabalho. Com base nas normas previstas em lei trabalhista,
nessa situação,
a) o advogado de Hércules fará toda a sua assistência em audiência,
inclusive com poderes para depor pelo reclamante e realizar demais atos
processuais.
b) o reclamante Hércules poderá fazer-se representar na audiência por
outro empregado que pertença a mesma profissão ou pelo Sindicato
Profissional.
c) o processo será arquivado ante a ausência do reclamante, que poderá
ajuizar novamente a demanda quando estiver em condições plenas de
saúde.
d) a lei processual trabalhista não prevê a hipótese de substituição de
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empregado reclamante ausente, razão pela qual fica a critério do Juiz
adiar a audiência ou arquivar o processo.
e) a esposa, companheira ou algum parente até o terceiro grau poderão
representar o trabalhador ausente com amplos poderes para inclusive
prestar depoimento pelo reclamante.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Na hipótese da questão, há uma
justificativa plausível para a ausência do reclamante a audiência, razão
pela qual autoriza a CLT que o mesmo seja substituído por outro
empregado da mesma categoria ou pelo sindicato, de forma a evitar o
arquivamento do processo. A representação serve apenas para evitar o
arquivamento do feito, não sendo realizados atos processuais. Vejamos a
redação do art. 843, §2º da CLT:
³6H�SRU�GRHQoD�RX�TXDOTXHU�RXWUR�PRWLYR�SRGHURVR��GHYLGDPHQWH�
comprovado, não for possível ao empregado comparecer
pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado
TXH�SHUWHQoD�j�PHVPD�SURILVVmR��RX�SHOR�VHX�VLQGLFDWR´�
Vejamos as demais alternativas:
/HWUD�³$´��HUUDGR��SRLV�D�SUHVHQoD�GR�SDUWH�p�LQGLVSHQViYHO��QmR�SRGHQGR�
ser suprida pela presença do Advogado, conforme art. 843 da CLT.
/HWUD�³&´��HUUDGR��SRLV�R�PRWLYR�GD�DXVrQFLD�p�UHOHYDQWH��QmR�KDYHQGR�R�
arquivamento do processo, o que somente ocorre na hipótese de ausência
injustificada, o que não ocorreu na situação em análise.
/HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�R�DUW���������GD�&/7�SUHYr�D�VXEVWLWXLomR��
/HWUD� ³(´�� HUUDGR�� SRLV� VRPHQWH� RXWUR� HPSUHJDGR� GD� FDWHJRULD� RX� R�
sindicato é que podem representar o obreiro, não possuindo amplos
poderes, e sim, apenas para evitar o arquivamento.
5 - Q292823 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista
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Audiências; )
A empresa Deuses do Olimpo Produções S/A foi citada para responder
reclamatória trabalhista que tramita pelo procedimento ordinário e
comparecer à audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento),
designada trinta dias após a sua notificação. Entretanto, o representante
legal da empresa reclamada, por mero esquecimento, não compareceu à
audiência designada. O reclamante compareceu à audiência sem a
presença de seu advogado. O advogado da reclamada, presente em
audiência, pretendeu apresentar defesa oral. Nessa situação, com
fundamento na lei e em jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do
Trabalho ± TST, o Juiz deverá
a) arquivar a reclamatória diante da ausência de uma das partes e do
advogado do reclamante, tendo em vista que este não pode atuar
pessoalmente na Justiça do Trabalho.
b) adiar a audiência para outra data possibilitando o comparecimento do
advogado do reclamante e do representante legal da reclamada.
c) permitir ao patrono da empresa a apresentação de defesa oral e adiar
a audiência para que o advogado do reclamante tome ciência da defesa e
apresente réplica nos autos.
d) aplicar a revelia e consequente confissão quanto à matéria de fato à
reclamada ausente não permitindo que seu advogado apresente defesa
oral diante do motivo da ausência não ser relevante e prosseguir com o
processo sem adiar a audiência.
e) autorizar que o patrono da reclamada apresente defesa por escrito em
15 dias diretamente no protocolo da Secretaria da Vara e adiar a
audiência para nova data.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³D´� A questão, apesar de
relativamente grande, é de fácil desate. Perceba que o reclamante estava
presente mas seu Advogado ausente, o que não gera o arquivamento do
feito, pois a parte estava presente. Em relação ao reclamado, o Advogado
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estava presente mas o representante da empresa não. Nessa situação,
aplica-se a Súmula nº 122 do TST, assim redigida:
³$� UHFODPDGD�� DXVHQWH� j� DXGLrQFLD� HP� TXH� GHYHULD� DSUHVHQWDU�
defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a
apresentação de atestado médico, que deverá declarar,
expressa- mente, a impossibilidade de locomoção do empregador
RX�GR�VHX�SUHSRVWR�QR�GLD�GD�DXGLrQFLD´�
Extrai-se da Súmula e da situação posta pela FCC, que mesmo presente o
Advogado do reclamado, haverá a aplicação da revelia, conforme art. 844
da CLT, pois o motivo da ausência do reclamado não foi justo ± mero
esquecimento ± não cabendoao seu Advogado a apresentação de defesa,
FRQIRUPH�GLWR�QD�OHWUD�³'´��9HMDPRV�DV�GHPDLV�DVVHUWLYDV�
/HWUD�³$´��HUUDGR��SRLV�R�UHFODPDQWH�HVWDYD�SUHVHQWH��QmR�SRGHQGR�KDYHU�
o arquivamento, pois essa consequência decorre da ausência daquele,
conforme art. 844 da CLT.
/HWUD�³%´��HUUDGR��SRLV�QmR�Ki�R�DGLDPHQWR��SRLV�D�DXVrQFLD�GR�$GYRJDGR�
do reclamante não traz consequências, já que no processo do trabalho
impera o jus postulandi, ou seja, a desnecessidade de Advogado. Já em
relação ao representante da reclamada, não haverá o adiamento, pois a
ausência foi injustificada (esquecimento).
/HWUD� ³&´�� HUUDGR�� SRLs a Súmula nº 122 do TST diz que o reclamando
será revel, não se falando em apresentação de defesa.
/HWUD� ³(´�� HUUDGR�� SRLV� R� UHFODPDGR� VHUi� FRQVLGHUDGR� UHYHO� H� SRU� QmR�
haver previsão de defesa escrita no processo do trabalho (art. 847 da
CLT).
6 - Q280535 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )
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Em relação à audiência, considere:
I. Aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.
II. A audiência de julgamento será contínua, devendo ser concluída no
mesmo dia.
III. A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada
a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.
IV. Pessoa jurídica de direito público não se sujeita à revelia.
V. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é
revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo
ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que
deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do
empregador ou do seu preposto no dia da audiência.
É entendimento pacificado pelo TST, o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II, IV e V.
c) I.
d) II e III.
e) I, III e V.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� Estão corretas as assertivas I,
III e V, de acordo com a jurisprudência do TST e a legislação aplicável.
Vejamos:
I. A informação está correta, pois de acordo com o art. 846 da CLT,
que diz que o Juiz proporá a conciliação aberta a audiência.
II. Errada, pois a audiência de julgamento pode ser fracionada, caso
haja necessidade, como, por exemplo, alguma testemunha faltar
ao ato e tiver que ser intimada.
III. Perfeito, pois a Súmula nº 9 do TST traz tal informação: se
houver a apresentação de defesa e a audiência for adiada, não
haverá arquivamento do processo, pois nasceu para o
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reclamado, com a apresentação da defesa, o direito ao
julgamento de mérito.
IV. Errado, pois a OJ nº 152 da SDI-1 do TST diz que o art. 844 da
CLT, que trata da revelia, é aplicável às pessoas jurídicas de
direito público.
V. Perfeito, pois em total conformidade com a Súmula nº 122 do
TST, que possui idêntica redação.
7 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; )
De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST,
a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento
da parte à audiência.
b) pessoa jurídica de direito público não sujeita-se à revelia.
c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é
revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica.
d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser
ilidida.
e) a revelia produz confissão na ação rescisória.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³$´� A informação acerca da
inexistência de previsão legal para o atraso das partes à audiência está
em total consonância com a OJ nº 245 da SDI-1 do TST, a seguir
transcrita:
³,QH[LVWH� SUHYLVmR� OHJDO� WROHUDQGR� DWUDVR� QR� KRUiULR� GH�
comparecimento da parte na DXGLrQFLD´�
Havendo atraso, aplicar-se-ão as consequências do art. 844 da CLT, ou
seja, arquivamento no atraso do reclamante e revelia, na hipótese do
reclamado. Vejamos as demais assertivas:
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Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA
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/HWUD� ³%´�� HUUDGR�� SRLV� D� 2-� Q� ���� GD� 6',-1 do TST diz aplicar-se a
revelia aos entes públicos.
/HWUD� ³&´�� HUUDGR�� SRLV� YLROD� D� 6~PXOD� Q� ���� GR� 767�� GL]� TXH� KDYHU�
revelia da mesma forma.
/HWUD� ³'´�� HUUDGR�� SRLV� D� SUySULD� 6~PXOD� Q� ���� GR� 767� GL]� TXH� R�
atestado médico, que demonstre a impossibilidade de locomoção, é capaz
de ilidir a revelia, ou seja, evitar a aplicação dos seus efeitos.
/HWUD�³(´��HUUDGR��SRLV�D�6XPXOD�Q�����GR�767�GL]�TXH�QmR�Ki�FRQILVVmR�
na ação rescisória, ou seja, tal efeito da revelia não é verificado.
8 - Q263459 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )
Conforme previsão legal e jurisprudência sumulada do TST, em relação às
audiências trabalhistas é correto afirmar:
a) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada
a ação em audiência, importa arquivamento do processo.
b) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro
ou pequeno empresário, o preposto em audiência deve ser
necessariamente empregado do reclamado.
c) Não se aplica a confissão à parte que, expressamente intimada com
aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na
qual deveria depor desde que esteja presente o seu advogado.
d) Aberta a audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua
defesa oral ou apresentá-la por escrito e, em seguida, o juiz proporá a
conciliação.
e) Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, devendo o
juiz, exofficio, interrogar os litigantes, sob pena de nulidade, sendo que
findo o interrogatório não poderão os litigantes retirar-se, até o término
da instrução com a oitiva de testemunhas.
COMENTÁRIOS:
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A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³B´�A informação acerca da
necessidade do preposto ser empregado, salvo em reclamação proposta
em face de empregador doméstico e micro ou pequeno empresário, está
em conformidade com a Súmula nº 377 do TST, que será transcrita a
seguir:
³([FHWR�TXDQWR�j�UHFODPDomR�GH�HPSUHJDGR�GRPpVWLFR��RX�FRQWUD�
micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser
necessariamente empregado do reclama- do. Inteligência do art.
843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de
���GH�GH]HPEUR�GH�����´�
Vejamos as demais assertivas:
/HWUD� ³$´�� HUUDGR�� SRLV� FRQWUDULD� D� 6~PXOD� Q� �� GR� 767�� TXH� QHVVD�
hipótese diz inexistir arquivamento do feito, pois a defesa já foi
apresentada.
/HWUD�³&´��HUUDGR��SRLV� FRQWUDULD�R�HQWHQGLPHQWR�SUHYLVWR�QR� LQFLVR� ,� GD�
Súmula nº 74 do TST.
/HWUD� ³'´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� QmR� SUHYr� D� SRVVLELOLGDGH� GD�
defesa ser apresentada por escrito, e sim, apenas no prazo de 20
minutos, ou seja, oralmente.
/HWUD�³(´��HUUDGR��SRLV�YLROD�R�DUW������GD�&/7��TXH�VHUi� WUDQVFULWR�SDUD�
comparação:
³Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do
processo, podendo o presidente, exofficio ou a requerimento de
qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. § 1º - Findo o
interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se,
prosseguindo a instrução com o seu representante.§ 2º - Serão,
a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se
houver´.
9 - Q262175 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do
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Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; Audiências; )
É INCORRETO afirmar que
a) o preposto deve ser necessariamente empregado.
b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer- se representar pelo
sindicato da categoria profissional correspondente.
c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o
arquivamento da reclamação.
d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.
e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente
a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever
de conduzir o processo.
COMENTÁRIOS:
A alternativa IN&255(7$� e� $� /(75$� ³A´� Realmente é incorreto
afirmar que o preposto deve ser necessariamente empregado, pois
existem situações excepcionais, presentes na Súmula nº 377 do TST, que
trata da matéria. O entendimento sumulado do TST diz que, em se
tratando de empregador doméstico e micro e pequeno empresário, não há
necessidade do preposto ser empregado, podendo ser qualquer pessoa
com conhecimento dos fatos, já que as suas declarações vincularam o
reclamado. Vejamos:
³([FHWR�TXDQWR�j�UHFODPDomR�GH�HPSUHJDGR�GRPpVWLFR��RX�FRQWUD�
micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser
necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art.
843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de
���GH�GH]HPEUR�GH�����´�
Vejamos as demais assertivas da FCC:
/HWUD� ³%´�� FRUUHWD�� SRLV� GH� DFRUGR� FRP�R� DUW�� ���� GD�&/7�� TXH� SUHYr�D�
possibilidade de substituição pelo Sindicato da categoria.
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/HWUD�³&´��FRUUHWD��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�DUW������GD�&/7��TXe prevê o
arquivamento do feito na ausência injustificado do reclamante.
/HWUD� ³'´�� FRUUHWD�� Mi� TXH� R� DUW�� ���� GD� &/7� SUHYr� D� �� WHQWDWLYD� GH�
conciliação sendo realizada no início da audiência.
/HWUD� ³(´�� FRUUHWD�� � HP�FRQIRUPLGDGH� FRP�D�6~PXOD�Q����� ,,,� Go TST,
que trata dos poderes instrutórios do Juiz.
10 - Q249307 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do
Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )
O Processo do Trabalho apresenta como traços identificadores a
oralidade, a concentração dos atos processuais e o aspecto conciliatório.
Em relação às propostas de conciliação no Processo do Trabalho, é correto
afirmar que
a) devem ser realizadas em dois momentos: após a abertura da
audiência, mas antes da apresentação da defesa; terminada a instrução
processual, após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las.
b) somente podem ser realizadas após a oitiva das partes e quando do
encerramento da instrução processual, antes das razões finais.
c) estão vinculadas ao valor atribuído à causa, sendo portanto
obrigatórias apenas nas ações de alçada e de rito sumaríssimo.
d) devem ser realizadas após a apresentação da defesa e renovadas após
as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las.
e) não há obrigatoriedade na sua realização, constituindo-se assim em
faculdade do Juiz na direção do processo.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Os dois momentos obrigatórios
de tentativa de conciliação são:
a. No início da audiência, após o pregão das partes e antes da
apresentação da defesa pelo reclamado, conforme art. 846 da CLT.
b. Após as razões finais, conforme art. 850 da CLT.
Esses dois momentos de conciliação foram tratados corretamente pelo
DOWHUQDWLYD� ³$´�� &RQWXGR�� FXLGDGR� FRP� D� LQIRUPDomR� Ge que as partes
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podem aduzir ou não as razões finais. Realmente não há obrigação
daqueles apresentarem as razoes finais. O art. 850 da CLT diz que as
partes podem aduzir razões finais em prazo de 10 minutos para cada.
Realmente não há obrigatoriedade. Se forem apresentadas, a 2ª
tentativa de conciliação será feita. Caso as partes não queiram apresentar
as razões finais, a tentativa de conciliação será feita da mesma forma.
Essa é a idéia correta. Como todas as demais alternativas tratam do
mesmo tema, não há necessidade de análise em separado.
11 - Q113389 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após
contestada a ação em audiência,
a) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante
poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente
postuladas.
b) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante
poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente
postuladas.
c) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante
poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a
reclamação.
d) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação
já tinha sido contestada.
e) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à
matéria de fato.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³D´� A questão sobre a conseqüência
da ausência do reclamante à audiência, após contestada a ação, é
bastante comum nos concursos trabalhistas. A solução da mesma é
simples, de acordo com a Súmula nº 9 do TST, que será descrita a seguir:
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³$� DXVrQFLD� GR� UHFODPDQWH�� TXDQGR� DGLDGD� D� LQVWUXomR� DSyV�
contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do
SURFHVVR´�
Se já houve a apresentação de defesa na primeira audiência e o
reclamante falta à audiência em prosseguimento, não haverá
arquivamento do processo, pois a partir do momento em que o réu
apresenta a sua defesa, nasce para o mesmo o direito ao julgamento de
mérito, não cabendo falar em extinção do feito sem resolução do mérito
(arquivamento). A regra pode ser assim resumida:
Primeira audiência Audiência em prosseguimentoReclamado não apresenta defesa Ausência do reclamante gera o
arquivamento.
Reclamado apresenta defesa Ausência do reclamante não gera o
arquivamento.
Não se pode falar, de forma alguma, em revelia, pois essa é a
conseqüência da ausência injustificada do reclamado, conforme art. 844
da CLT. Como todas as assertivas tratam do mesmo tema, não
serão analisadas em separado.
12 - Q113390 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João,
proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou
advogado na véspera da data designada para a realização da audiência,
em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu
João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da
contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado
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a) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário
da respectiva reclamação trabalhista.
b) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para
aduzir sua defesa.
c) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para
aduzir sua defesa.
d) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal,
independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória.
e) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para
aduzir sua defesa.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� A primeira regra que deve ser
lembrada é quanto à forma de apresentação da defesa no processo do
trabalho, nos moldes do art. 847 da CLT: oral, em 20 minutos. O
Advogado contratado pelo reclamando poderá apresentar defesa oral, que
é a regra prevista na CLT, valendo-se do prazo máximo de 20 minutos
para apresentação de toda a defesa, incluindo exceções e reconvenção, se
for o caso. Transcreve-se o dispositivo mencionado por sua importância:
³1mR� KDYHQGR� DFRUGR�� R� UHFODPDGR� WHUi� YLQWH� PLQXWRV� SDUD�
aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não
IRU�GLVSHQVDGD�SRU�DPEDV�DV�SDUWHV´�
Em hipótese alguma a questão poderia afirmar que o reclamado não pode
apresentar defesa oral ou que está obrigado a apresentá-la por escrito.
Essas assertivas estão sempre erradas, conforme a sistemática adotada
pela CLT. Como todas as assertivas tratam do mesmo tema, já
foram respondidas e, por isso, não serão analisadas em separado.
PROVAS:
1 - Q302229 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista
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Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Provas; )
Em todo processo judicial, o conjunto probatório é fundamental para a
solução do litígio. A Consolidação das Leis do Trabalho possui regras
específicas sobre as provas judiciais, sendo assim,
a) as testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao
serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando
devidamente arroladas ou convocadas.
b) as testemunhas comparecerão à audiência independentemente de
notificação ou intimação, sendo que as que não comparecerem não serão
ouvidas, ainda que seja requerido pela parte a intimação das ausentes.
c) o juiz nomeará perito em caso de haver matéria técnica, não sendo
facultado às partes indicação de assistentes técnicos em razão da
celeridade processual que deve ser aplicada ao Processo do Trabalho.
d) apenas a testemunha que for parente até o segundo grau civil ou amigo
íntimo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação.
e) o documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original
ou em certidão autêntica, não podendo ser declarado autêntico pelo próprio
advogado, diante da sua parcialidade.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³A´� A impossibilidade da
testemunha sofrer desconto em seu salário, encontra-se previsto no art.
822 da CLT, assim redigido:
³$V� WHVWHPXQKDV� QmR� SRGHUmR� VRIUHU� TXDOTXHU� GHVFRQWR� SHODV�
faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para
depor, quando devLGDPHQWH�DUURODGDV�RX�FRQYRFDGDV´�
As demais assertivas estão erradas, pelos seguintes motivos:
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/HWUD� ³%´�� HUUDGD�� SRLV� FRQWUDULD� R� DUW�� ���� GD� &/7�� TXH� GL]� TXH� DV�
testemunhas serão intimadas caso não compareçam à audiência.
/HWUD�³&´��HUUDGD��SRLV�VH�aplicam as disposições do CPC no que concerne
à apresentação de assistente técnico, conforme art. 421, §1º, I do CPC,
bem como Súmula nº 341 do TST.
/HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�R�DUW������GD�&/7�GL]�DWp�WHUFHLUR�JUDX�FLYLO�
/HWUD� ³(´�� HUUDGR�� Mi� TXH� R� DUW�� ���� GD� &/7� SUHYr� D� SRVVLELOLGDGH� GR�
Advogado declarar os documentos autênticos.
2 - Q292945 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Procedimento ordinário e sumaríssimo; Provas; )
O Processo Judiciário do Trabalho elenca o depoimento de testemunhas
como uma das modalidades de prova. Assim, conforme previsão da
Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais de
Procedimento Ordinário, de Procedimento Sumaríssimo e no Inquérito para
Apuração de Falta Grave, a quantidade máxima de testemunhas que cada
parte poderá indicar é de, respectivamente,
a) três, duas e seis.
b) três, três e cinco.
c) duas, três e seis.
d) cinco, duas e cinco.
e) três, duas e quatro.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Uma das questões mais simples
sobre provas é essa, relacionada ao número de testemunhas que podem
ser arroladas no processo do trabalho, que varia de acordo com o
procedimento adotado. No rito ordinário, cada testemunha poderá indicar
até 3 testemunhas (art. 821 da CLT), no rito sumaríssimo esse número é
reduzido para 2 (art. 852-H, §2º da CLT) e no inquérito para apuração de
falta grave cada parte pode valer-se de até 6 testemunhas (art. 821 da
CLT).
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As demais alternativas não precisam ser analisadas em separado,
por tratarem do mesmo assunto.
3 - Q280518 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Sobre ônus da prova no processo do trabalho, é INCORRETO afirmar:
a) É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou
extintivo da equiparação salarial.
b) Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de
sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse
prazo constitui ônus de prova do reclamante.
c)O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio
da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao
empregado.
d) Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador,
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
COMENTÁRIOS:
A alternativa IN&255(7$�e�$�/(75$�³B´� A informação acerca do ônus
da prova do não recebimento da notificação ou o seu recebimento tardio,
conforme Súmula nº 16 do TST, é do destinatário (reclamado) e não do
reclamante, como dito pela FCC. Transcreve-se a Súmula referida:
³3UHVXPH-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas
depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega
após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do
GHVWLQDWiULR´�
Vejamos as demais assertivas, todas corretas:
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/HWUD�³$´��FRUUHWR��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�LQFLVR�9,,,�GD�6~PXOD�Q���GR�
TST.
/HWUD�³&´��FRUUHWR��GH�DFRUGR�FRP�D�UHGDomR�GD�6~PXOD�Q�����GR�767�
/HWUD�³'´��FRUUHWR��QRV�WHUPRV�GR�LQFLVR�,,,�GD�6~PXOD�Q�����GR�767�
4 - Q289149 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
A inspeção judicial
a) somente será realizada de ofício.
b) somente será realizada a requerimento da parte.
c) pode ser realizada em qualquer fase do processo.
d) pode ser realizada em relação a coisas, mas não em relação a pessoas.
e) é realizada por peritos nomeados pelo juiz.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e�$� /(75$� ³C´� A inspeção judicial, conforme
art. 440 do CPC, de aplicação subsidiária ao Processo do Trabalho, prevê
a possibilidade de realização da inspeção judicial como meio de prova, em
qualquer fase do processo, de ofício ou a requerimento das partes.
Transcreveremos todos os dispositivos do CPC que tratam do assunto, por
serem poucos e por responderem todas as assertivas dispostas acima
pela FCC:
³Art. 440. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em
qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim
de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa.
Art. 441. Ao realizar a inspeção direta, o juiz poderá ser assistido
de um ou mais peritos.
Art. 442. O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa,
quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação
dos fatos que deva observar;
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II - a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem
consideráveis despesas ou graves dificuldades;
Ill - determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único. As partes têm sempre direito a assistir à
inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações que
reputem de interesse para a causa.
Art. 443. Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto
circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao
julgamento da causa. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
1º.10.1973)
Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho,
gráfico ou fotografia´.
As demais alternativas não precisam ser analisadas em separado,
pois já foram respondidas pelos dispositivos acima.
5 - Q289151 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Em relação à prova pericial no processo do trabalho, com base nos
dispositivos da CLT e na jurisprudência pacífica do TST, é correto afirmar:
a) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente no processo.
b) Os benefícios da justiça gratuita não abrangem os honorários periciais.
c) A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve
responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da
perícia.
d) A atualização monetária dos honorários periciais é a mesma aplicada
aos débitos trabalhistas.
e) A exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais é
compatível com o processo do trabalho.
COMENTÁRIOS:
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A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³C´� A indicação de assistente
técnico, nos termos do art. 826 da CLT, é faculdade das partes:
³e� facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou
WpFQLFR´�
Se a indicação de assistente técnica é faculdade das partes, os honorários
cobrados pelos mesmos devem ser pagos pela parte contratante,
independentemente do resultado da perícia ou do processo, isto é,
mesmo que venha a vencer o processo ou o resultado da perícia seja
favorável, será responsável pelo pagamento dos honorários a parte
contratante, conforme Súmula nº 341 do TST:
³$� LQGLFDomR� GR� SHULWR� DVVLVWHQWH� p� IDFXOGDGH� GD� SDUWH�� D� TXDO�
deve responder pelos respectivos honorários, ainda que
YHQFHGRUD�QR�REMHWR�GD�SHUtFLD´�
As demais alternativas estão incorretas, conforme análise abaixo:
/HWUD� ³$´�� QRV� WHUPRV� GR� DUW�� ���-B da CLT, a responsabilidade pelo
pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão
objeto da perícia, ou seja, daquele que perdeu a perícia e não o processo.
/HWUD�³%´��QRV�WHUPRV�GD�2-�Q�����GD�6',-1 do TST, os agraciados com
a justiça gratuita não pagam os honorários periciais, que serão
suportados pela União.
/HWUD�³'´��QRV�WHUPRV�GD�2-�Q�����GD�6',-1 do TST:
³Diferentemente da correção aplicada aos débitos trabalhistas,
que têm caráter alimentar, a atualização monetária dos
honorários periciais é fixada pelo art. 1º da Lei nº 6.899/1981,
aplicável a débitos resultantes de decisões judiciais´�
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/HWUD� ³(´�� FRQIRUPH� 2-� Q� ��� GD� 6',-2 do TST, os honorários periciais
prévios são incompatíveis com o processo do trabalho.
6 - Q289159 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Conforme a jurisprudência pacífica do TST sobre ônus da prova,
a) o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negado o
despedimento, é do empregado.
b) a não apresentação injustificada dos controles de frequência pelo
empregador que tem mais de dez empregados gera presunção absoluta de
veracidade da jornada alegada na inicial.
c) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, salvo se prevista em
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
d) os controles de jornada com horários invariáveis são imprestáveis como
meio de prova, devendo, porém, o empregado alegar a nulidade dos
mesmos, sob pena de serem os mesmos considerados válidos.e) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� A prova da jornada de trabalho
é um tema muitas vezes explorado pelas bancas de concursos. Em
relação ao tema, destaca-se a Súmula nº 338 do TST, que responde ao
questionamento, em especial o seu inciso II, que diz que a jornada
prevista em negociação coletiva cria uma presunção de veracidade, mas
que, por ser relativa, pode ser desconstituída. Transcrevemos a súmula
inteira, para conhecimento:
³,� - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez)
empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art.
74, § 2º, da CLT. A não-apresentação in-justificada dos controles
de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada
de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-
Súmula nº 338 ± alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
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II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho,
ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser
elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 -
inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e
saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se
o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do
empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se
desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- '-������������´�
Vejamos as demais assertivas, todas incorretas:
/HWUD�³$´��HUUDGD��SRLV�FRQWUDULD�D�6~PXOD�Q�����GR�767��TXH�GL]�VHU�GR�
empregador o ônus da prova.
/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�R�LQFLVR�,�GD�6~PXOD�Q�����GR�767��WUDWD�GH�XPD�
presunção relativa de veracidade.
/HWUD� ³&´�� HUUDGD�� SRLV� FRQWUDULD� R� LQFLVR� ,,� GD� 6~PXOD� Q� ���� GR� 767��
pois mesmo prevista em negociação coletiva, pode haver prova em
contrário.
/HWUD�³'´��HUUDGD��SRLV�YLROD�R�LQFLVR�,,,�GD�6~PXOD�Q�����GR�767��TXH�GL]�
que os cartões de ponto com horários inflexíveis não servem como meio
de prova.
7 - Q289160 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Em relação à prova testemunhal, é INCORRETO afirmar:
a) Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será
qualificada, ficando sujeita, em caso de falsidade, às penas da lei.
b) Os depoimentos das testemunhas serão transcritos em sua
integralidade, não podendo ser feito resumo dos mesmos.
c) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação.
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d) As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao
serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando
devidamente arroladas ou convocadas.
e) As testemunhas serão inquiridas pelo juiz, podendo ser reinquiridas, por
seu intermédio, a requerimento das partes, seus representantes ou
advogados.
COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A /(75$� ³B´� A informação contida na
DVVHUWLYD� ³%´�� TXH� QmR� RV� GHSRLPHQWRV� QmR� SRGHP� VHU� UHVXPLGRV�� HVWi�
em confronto com o art. 828, § único da CLT, assim redigido:
³2V�GHSRLPHQWRV�GDV�WHVWHPXQKDV�VHUmR�UHVXPLGRV��SRU�RFDVLmR�
da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse
fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do
7ULEXQDO�H�SHORV�GHSRHQWHV´�
Letra ³$´��FRUUHWD��HP�FRQVRQkQFLD�FRP�R�DUW������GD�&/7�
Letra ³&´��FRUUHWD��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�DUW������GD�&/7�
Letra ³'´��correta, de acordo com o art. 822 da CLT.
Letra ³(´��FRUUHWD��SRLV�FRQIRUPH�$UW������GD�&/7�
8 - Q262172 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do
Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Sobre a prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar:
a) O depoimento das testemunhas que não souberem falar a língua
nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz. Pessoa surda-
muda não pode ser testemunha
b) As testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou pelas partes, seus
representantes ou advogados.
c) O número máximo de testemunhas para cada parte varia conforme o
rito processual: três testemunhas no rito ordinário, duas testemunhas no
rito sumaríssimo, uma testemunha no rito sumário e seis testemunhas no
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inquérito para apuração de falta grave.
d) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação.
e) Somente serão ouvidas pelo juiz as testemunhas indicadas pela parte
em rol específico, e devidamente intimadas para a audiência.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³D´� A existência de parentesco,
amizade ou inimizade entre a testemunha e qualquer das partes, leva à
oitiva da primeira apenas como informante, conforme art. 829 da CLT,
abaixo transcrita:
³$� WHVWHPXQKD� TXH� IRU� SDUHQWH� DWp� R� WHUFHLUR� JUDX� FLYLO�� DPLJR�
íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará
compromisso, e seu depoimento valerá como simples
LQIRUPDomR´�
Vejamos as demais assertivas:
/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� FRQIRUPH� R� DUW�� ���� GD� &/7�� R� VXUGR-mudo
também prestará depoimento por meio de intérprete nomeado pelo Juiz.
/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�R�DUW������GD�&/7�GL]�TXH�VHUmR�LQTXLULGDV�SHOR�-XLz
e não pelas partes. Podem ser formuladas perguntas pelas partes e
Advogados, mas sempre por meio do Juiz.
/HWUD� ³&´��HUUDGD��SRLV�QR� ULWR� VXPiULR��SRU�DXVrQFLD�GH�QRUPD�SUySULD��
aplica-se o art. 821 da CLT que fala de 3 testemunhas para cada parte,
igual ao rito ordinário.
/HWUD� ³(´�� HUUDGD�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� LQH[LVWLUi� LQWLPDomR�
prévia.
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9 - Q248773 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do
Trabalho - Prova TIPO 4 / Direito Processual do Trabalho / Procedimento
ordinário e sumaríssimo; Provas; )
Quanto à prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar
que se diferenciam o rito ordinário e o rito sumaríssimo porque
a) no rito sumaríssimo não há que se falar em condução coercitiva de
testemunha.
b) em ambos os ritos a limitação do número de testemunhas dá-se em
função da matéria debatida, até o limite máximo de três para cada parte.
c) no rito sumaríssimo só será deferida intimação de testemunha que,
comprovadamente convidada, deixar de comparecer.
d) no rito ordinário limita-se a três testemunhas para cada fato e no rito
sumaríssimo limita-se a duaspara cada parte.
e) no rito ordinário limita-se a duas testemunhas para cada fato e no rito
sumaríssimo limita-se a duas para cada parte.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³C´� No rito sumaríssimo temos uma
norma específica sobre a intimação das testemunhas, que o torna nesse
ponto diferente do rito ordinário. Tal regra diz que somente haverá
intimação da testemunha se a parte demonstrar que, apesar de
convidada, a mesma não compareceu. A prova do convite somente ocorre
no rito sumaríssimo, não podendo ser exigida no rito ordinário.
Transcreve-se o art. 852-H, §3º da CLT:
³6y� VHUi� GHIHULGD� LQWLPDomR� GH� WHVWHPXQKD� TXH��
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não
comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar
VXD�LPHGLDWD�FRQGXomR�FRHUFLWLYD´�
As demais assertivas estão erradas, pelos seguintes motivos:
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/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� R� �� GR� DUW�� ���-H da CLT diz que haverá a
condução coercitiva caso a testemunha, intimada, não compareça ao ato.
/HWUD�³%´��HUUDGR��SRLV�LQGHSHQGHQWHPHQWH�GD�PDWpULD��QR�ULWR�RUGLQiULR�R�
número máximo de testemunhas por parte é 3 (art. 821 da CLT) e no
sumaríssimo é de 2 (art. 852-H, §2º da CLT).
/HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�D�OLPLWDomR�GH�WHVWHPXQKDV�p�SRU�SDUWH�H�QmR�SRU�
fato, como afirmado.
/HWUD�³(´��HUUDGR��SRLV�QmR�Ki�OLPLWDomR�SRU�IDWR�GDV�WHVWHPXQKDV��H�VLP��
por parte.
10 - Q241034 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Provas; )
O número máximo de testemunhas admitido em lei para cada uma das
partes nos dissídios individuais trabalhistas nos procedimentos ordinário,
sumaríssimo e inquérito para apuração de falta grave, respectivamente, é
de
a) duas, três e quatro.
b) três, duas e seis.
c) três, três e três.
d) cinco, três e seis.
e) cinco, três e cinco.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Novamente uma questão muitas
vezes cobrada pela FCC, em relação ao número de testemunhas por
parte, a depender do rito (procedimento) adotado. As regras são:
x Rito Ordinário: 3 testemunhas para cada parte ± Art. 821 da CLT;
x Ação de inquérito para apuração de falta grave: 6 testemunhas para
cada parte ± Art. 821 da CLT;
x Rito sumaríssimo: 2 testemunhas para cada parte ± Art. 852-H, §2º
da CLT.
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As demais alternativas não precisam ser analisadas em separado,
pois tratam do mesmo tema.
11 - Q213042 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências;
Provas; )
Carlos, analista judiciário do TRT, é arrolado como testemunha do autor em
uma ação reclamatória trabalhista em que deverá depor em horário normal
de seu expediente. Nesta situação, Carlos deverá
a) ser conduzido por oficial de justiça à audiência marcada.
b) comparecer espontaneamente à audiência designada.
c) ser ouvido na sua própria repartição.
d) prestar seu depoimento por escrito para posterior juntada aos autos.
e) ser requisitado ao chefe da repartição para comparecer à audiência
marcada.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� O art. 823 da CLT prevê que:
³6H�D�WHVWHPXQKD�IRU�IXQFLRQiULR�FLYLO�RX�PLOLWDU��H�WLYHU�GH�GHSRU�
em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para
FRPSDUHFHU�j�DXGLrQFLD�PDUFDGD´�
Trata-se da situação mencionada pela banca examinadora: Carlos é
funcionário civil, tendo que depor na hora do serviço. Nessa hipótese,
será requisitado ao chefe da repartição para que possa comparecer à
audiência e depor.
Como as demais alternativas tratam exatamente do mesmo tema,
não precisam ser analisadas em separado, pois já excluídas
automaticamente pela resposta correta,
12 - Q214472 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista
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Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas;
) Em relação à prova testemunhal no processo do trabalho, é correto
afirmar que
a) no caso de inquérito para apuração de falta grave, cada uma das partes
não poderá indicar mais de três testemunhas.
b) no procedimento sumaríssimo, só será deferida intimação de
testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer.
c) a testemunha que for parente até o quarto grau civil, não prestará
compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.
d) a testemunha que não souber falar a língua nacional não será ouvida,
devendo ser substituída por outra testemunha.
e) a testemunha poderá sofrer desconto salarial proporcional ao tempo do
seu depoimento quando for arrolada pela parte, mas não poderá sofrer
qualquer desconto quando foi convocada pelo juiz.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� 1RYDPHQWH�R� WHPD�³LQWLPDomR�
GH� WHVWHPXQKDV� QR� ULWR� VXPDUtVVLPR´� p� REMHWR� GH� DQiOLVH� SRU� EDQFD�
examinadora em questões de processo do trabalho. A sistemática a ser
adotada nesse procedimento encontra-se nos parágrafos 2º e 3º do art.
852-H da CLT, abaixo transcritos:
³§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte,
comparecerão à audiência de instrução e julgamento
independentemente de intimação. (Incluído pela Lei nº 9.957, de
12.1.2000)
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que,
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não
comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar
sua imediata condução coercitiva´.
Percebam que a regra continua a ser que as testemunhas comparecem
independentemente de intimação, mas podem vir a ser intimadas pelo
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Juízo caso a parte prova que as convidou. Somente com a prova do
convite é que haverá a intimação judicial.
As demais assertivas estão erradas pelos seguintes motivos:
/HWUD� ³$´: no inquérito para apuração de falta grave, cada parte pode
arrolar até 6 testemunhas, nos termos do art. 821 da CLT.
/HWUD� ³C´: o art. 829 da CLT diz até o terceiro grau civil e não quarto,
como afirmado pela banca.
/HWUD�³D´: o art. 819 da CLT diz que o depoimento será prestado por meio
de intérprete.
/HWUD�³E´: o art. 822 da CLT diz da impossibilidade da testemunha sofrer
desconto.
13 - Q201713 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Provas; ) Com relação às provas no Direito Processual do Trabalho,
considere:
I. A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em confronto com a
confissão ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de
provas posteriores.
II. A prova do contratode trabalho pode ser realizada por qualquer meio
admitido em direito, sendo relativa a veracidade das anotações lançadas na
CTPS do empregado.
III. É ônus do empregador que conta com mais de 10 empregados o
registro da jornada de trabalho na forma da lei.
IV. No tocante as testemunhas, em regra, a incapacidade e o impedimento
são de ordem subjetiva e a suspeição de ordem objetiva, sendo suspeita a
testemunha que for cônjuge do reclamante.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e III.
c) II e III.
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d) II, III e IV.
e) III e IV.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Somente os incisos I, II e III
estão corretos, de acordo com a análise seguinte:
I. Correta, já que de acordo com a Súmula nº 74, II do TST abaixo
transcrito:
³$� SURYD� SUp-constituída nos autos pode ser levada em conta
para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas
SRVWHULRUHV´��
II. Correta, já que a Súmula nº 12 do TST trata da presunção de
veracidade das informações constantes da CTPS. Vejamos:
³$V� DQRWDo}HV� DSRVWDV� SHOR� HPSUHJDGRU� QD� FDUWHLUD� SURILVVLRQDO�
do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas
apenas "juris tantum".
III. Correta, pois essa é a redação do inciso I da Súmula nº 338 do
TST:
?�� ƀŶƵƐ� ĚŽ� ĞŵƉƌĞŐĂĚŽƌ� ƋƵĞ� ĐŽŶƚĂ� ĐŽŵ� ŵĂŝƐ� ĚĞ� ? ?� ?ĚĞnj ?�
empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art.
74, § 2º, da CLT. A não-apresentação in-justificada dos controles
de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada
de ƚƌĂďĂůŚŽ ?�Ă�ƋƵĂů�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ĞůŝĚŝĚĂ�ƉŽƌ�ƉƌŽǀĂ�Ğŵ�ĐŽŶƚƌĄƌŝŽ ? ?
IV. Errada, pois o impedimento é de ordem objetiva e a suspeição
de ordem subjetiva. No parentesco, tem-se o impedimento,
conforme art. 405 do CPC.
14 - Q202045 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico
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Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas;
) Considere as seguintes assertivas a respeito das provas:
I. As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do
empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris
tantum.
II. Presume-se recebida a notificação quarenta e oito horas depois de sua
postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse
prazo constitui ônus de prova do destinatário.
III. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou
de ter litigado contra o mesmo empregador.
IV. A prova documental poderá, em regra, ser produzida em qualquer
oportunidade, inclusive na fase recursal. A juntada de documentos com o
recurso é perfeitamente possível não importando se referente a fato
anterior ou posterior à sentença.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Estão corretas as assertivas I, II
e III, nos termos da análise abaixo realizada.
I. Correta, pois em conformidade com a Súmula nº 12 do TST, que
diz que as anotações na CTPS geram presunção relativa, de
acordo com transcrição abaixo:
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do
empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas
"juris tantum".
II. Correta, pois essa é a redação da Súmula nº 16 do TST,
conforme transcrição abaixo:
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³3UHVXPH-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas
depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega
após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do
GHVWLQDWiULR´�
III. Correta, já que de acordo com a Súmula nº 357 do TST, abaixo
transcrita:
³1mR� WRUQD� VXVSHLWD� D� WHVWHPXQKD� R� VLPSOHV fato de estar
OLWLJDQGR�RX�GH�WHU�OLWLJDGR�FRQWUD�R�PHVPR�HPSUHJDGRU´�
IV. Incorreta, pois contraria o entendimento externado na Súmula
nº 8 do TST, abaixo transcrita:
³$�MXQWDGD�GH�GRFXPHQWRV�QD�IDVH�UHFXUVDO�Vy�VH�MXVWLILFD�TXDQGR�
provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou
VH�UHIHULU�D�IDWR�SRVWHULRU�j�VHQWHQoD´�
15 - Q86130 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
A empresa X possui 3 empregados; a Empresa Y possui 7 empregados e a
empresa Z possui 10 empregados. Em reclamação trabalhista relativa ao
pagamento de horas extras laboradas, NÃO terá o ônus de provar as horas
trabalhadas com a apresentação do controle de frequência
a) a empresa Z, somente.
b) a empresa X, somente.
c) as empresas X e Y, somente.
d) as empresas Y e Z, somente.
e) as empresas X, Y e Z.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´� As empresas Z, Y e Z não
precisam provas as horas trabalhadas pelo reclamante por meio de
controle de freqüência, já que o art. 74 da CLT diz que as empresas
com mais de 10 empregados (ou seja, a partir de 11) precisam ter
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registro de controle. Essa informação também consta na Súmula nº
338, I do TST, abaixo transcrita:
³e� {QXV� GR� HPSUHJDGRU� TXH� FRQWD� FRP� PDLV� GH� ��� �GH]��
empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art.
74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles
de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada
GH�WUDEDOKR��D�TXDO�SRGH�VHU�HOLGLGD�SRU�SURYD�HP�FRQWUiULR´�
As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do
mesmo tema.
16 - Q85310 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Em determinada reclamação trabalhista Janaina, advogada da reclamante,
anexou à petição inicial cópia simples, extraída da internet, de Convenção
Coletiva de Trabalho da Categoria. Este documento, de acordo com
Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho,
a) não possui valor probante, uma vez que as Convenções Coletivas de
Trabalho devem ser anexadas aos autos obrigatoriamente por meio de
cópias com carimbo do órgão representativo da categoria em questão.
b) não possui valor probante, pois os instrumentos normativos que
acompanham a reclamação ou a contestação devem ser obrigatoriamente
cópias autenticadas em razão da relevância jurídica.
c) possui valor probante incontestável, tratando-se de documento comum
a ambas as partes e de fácil acesso.
d) não possui valor probante, uma vez que foi extraído da internet e não
de órgãos oficiais.
e) possui valor probante, desde que não haja impugnação do seu
conteúdo, eis que se trata de documento comum a ambas as partes.COMENTÁRIOS:
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A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� O documento juntado aos autos
pela parte ± convenção coletiva de trabalho ± é considerado como
comum às partes, sendo válido como meio de prova, mesmo que
juntado aos autos em cópias simples. A OJ nº 36 da SDI-1 do TST diz
que:
³2�LQVWUXPHQWR�QRUPDWLYR�HP�FySLD�QmR�DXWHQWLFDGD�SRVVXL�YDORU�
probante, desde que não haja impugnação ao seu conteúdo, eis
TXH�VH�WUDWD�GH�GRFXPHQWR�FRPXP�jV�SDUWHV´�
Percebam que a regra possui exceção, que é a possibilidade da parte
contrária impugnar a autenticidade, o que também está descrito no art.
830 da CLT, que trata do tema.
As demais alternativas, que tratam do mesmo assunto, não
precisam ser analisadas em separado.
17 - Q79978 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista
Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do
Trabalho / Provas; )
Joana e Márcia são testemunhas na reclamação trabalhista proposta por
Gabriela contra sua ex-empregadora, a empresa CHÁ. Somente
considerando que Joana já litigou contra a mesma empregadora em
reclamação trabalhista transitada em julgado e que Márcia ainda está
litigando contra a empresa CHÁ,
a) Joana e Márcia não são consideradas suspeitas.
b) Joana e Márcia são consideradas suspeitas.
c) apenas Joana é considerada suspeita.
d) apenas Márcia é considerada suspeita.
e) Joana e Márcia estão impedidas de testemunhar.
COMENTÁRIOS:
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A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³A´� A resposta à pergunta é
facilmente encontrada na Súmula nº 357 do TST, que trata da ausência
de suspeição para servir como testemunha daquele que litigou ou esta
litigando em face do mesmo empregador. Vejamos:
³1mR� WRUQD� VXVSHLWD� D� WHVWHPXQKD� R� VLPSOHV� IDto de estar
OLWLJDQGR�RX�GH�WHU�OLWLJDGR�FRQWUD�R�PHVPR�HPSUHJDGRU´�
Vejam que as testemunhas não são suspeitas, nos termos do
entendimento acima.
18 - Q79392 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Provas; )
Fátima ajuizou reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora, a
empresa K. Ela pretende levar na audiência de instrução três testemunhas:
Marta, Mariana e Kátia. Considerando que Marta já foi condenada por crime
de falso testemunho com sentença transitada em julgado; que Mariana é
sobrinha de Fátima; e que Kátia é amiga íntima de Fátima, o impedimento
para testemunhar recai sobre
a) Mariana e Marta.
b) Marta, Mariana e Kátia.
c) Marta e Kátia.
d) Mariana.
e) Kátia.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´� Em primeiro lugar vamos
transcrever o art. 405 do CPC, que trata dos incapazes, impedidos e
suspeitos para depor como testemunhas:
³$UW�������3RGHP�GHSRU�FRPR�WHVWHPXQKDV�WRGDV�DV�SHVVRDV��H[FHWR�DV�
incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 1o São incapazes:
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I - o interdito por demência;
II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade mental, ao tempo
em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo em
que deve depor, não está habilitado a transmitir as
percepções; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
III - o menor de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos
que Ihes faltam. (Incluído pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
§ 2o São impedidos:
I - o cônjuge, bem como o ascendente e o descendente em qualquer
grau, ou colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por
consangüinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público, ou,
tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder
obter de outro modo a prova, que o juiz repute necessária ao
julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa; (Incluído pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor na causa do
menor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e
outros, que assistam ou tenham assistido as partes. (Incluído pela Lei
nº 5.925, de 1º.10.1973)
§ 3o São suspeitos:
I - o condenado por crime de falso testemunho, havendo transitado em
julgado a sentença; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
II - o que, por seus costumes, não for digno de fé;
III - o inimigo capital da parte, ou o seu amigo íntimo;
IV - o que tiver interesse no litígio.
§ 4o Sendo estritamente necessário, o juiz ouvirá testemunhas
impedidas ou suspeitas; mas os seus depoimentos serão prestados
independentemente de compromisso (art. 415) e o juiz Ihes atribuirá o
YDORU�TXH�SRVVDP�PHUHFHU´�
A pergunta da banca examinadora é específica em relação ao
impedimento. A testemunha que é condenada por falso testemunho,
com trânsito em julgado, é suspeita, assim como aquele é amiga íntima.
Já a sobrinha, diante do laço de parentesco, é impedida a depor como
testemunha. Assim, somente Mariana, diante do parentesco, é que
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possui impedimento para depor na qualidade de testemunha, podendo ser
ouvida como informante do Juízo, nos termos do §4º do art. 405 do CPC.
19 - Q78870 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
A empresa X possui atualmente sete empregados, uma vez que dispensou
Maria no semestre passado e João pediu demissão. João ajuizou
reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora requerendo, dentre
outras verbas, horas extras realizadas e aviso prévio. Neste caso, em
regra, o ônus da prova das horas extras e do aviso prévio é
a) da empresa X e de João, respectivamente.
b) de João.
c) da empresa X.
d) de João e da empresa X, respectivamente.
e) de ambas as partes indistintamente.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³D´� Em primeiro lugar, destaque
para o art. 818 da CLT, que trata do ônus da prova no processo do
trabalho:
³$�SURYD�GDV�DOHJDo}HV�LQFXPEH�j�SDUWH�TXH�DV�IL]HU´�
Além disso, é sempre importante (e fundamental para esse pergunta),
lembrar do art. 74, §2 da CLT, que diz que o empregador com mais de 10
empregados deve manter registro de freqüência, de forma a ser apuradas
eventuais horas extras realizadas, regra que se completa com a Súmula
nº 338, I do TST:
$UW��������GD�&/7�� ³3DUD�RV�HVWDEHOHFLPHQWRV�GH�PDLV�GH�GH]�
trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e
de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme
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instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho,
devendo haver pré-DVVLQDODomR�GR�SHUtRGR�GH�UHSRXVR´�
6~PXOD�Q������,�GR�767��³e�{QXV�GR�HPSUHJDGRU�TXH�FRQWD�FRP�
mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho
na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação
injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa
de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por
SURYD�HP�FRQWUiULR´�
Relendo o problema, percebe-se que a empresa possui menos de 10
empregados (e não mais de 10, como dito no dispositivo legal), o que faz
com que a prova das horas extras seja do reclamante, João, portanto. Já
em relação ao aviso prévio pedido pelo empregado, presume-se, nos
termos da Súmula nº 212 do TST, que o empregador é que concede
(despede), razão pela qual cabe ao empregador a prova da concessão do
DYLVR�� (VVDV� LQIRUPDo}HV� QRV� OHYDP� D� DVVLQDODU� D� DOWHUQDWLYD� ³'´� FRPR�
correta.
20 - Q53317 ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Ao contestar uma reclamação trabalhista em que o reclamante postula
verbas rescisórias decorrentes da despedida injusta, a empresa alegou
justa causa para a rescisão do contrato de trabalho. Nesse caso, o ônus da
prova incumbe
a) ao empregador, por se tratar de fato extintivo do direito do autor.
b) ao empregador, por se tratar de fato impeditivo do direito do autor.
c) ao empregador, por se tratar de fato modificativo do direito do autor.
d) ao empregado, por se tratar de fato constitutivo do seu direito.
e) à parte a quem o juiz atribuir o encargo.
COMENTÁRIOS:
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A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Ao alegar a existência de justa
causa como tese de defesa, atraindo para si o ônus da prova, uma vez
que não se presume a justa causa do trabalhador, nos termos da Súmula
nº 212 do TST, que pode aqui ser aplicada, já que aduz ao princípio da
continuidade do vínculo de emprego. A existência de justa causa é um
fato impeditivo do direito do autor, o que faz com que o ônus da prova
seja do reclamado, conforme Art. 333 do CPC, abaixo transcrito:
³$UW�������2�{QXV�GD�SURYD�LQFXPEH�
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo
ou extintivo do direito do autor.
Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira
diversa o ônus da prova quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do
GLUHLWR´�
As demais assertivas não precisam ser analisadas, por tratam do
mesmo assunto.
21 - Q25102 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas;
) Considere as assertivas abaixo a respeito das provas:
I. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviços e o despedimento, é do empregado.
II. Em regra, a prova da jornada extraordinária é do empregado por tratar-
se de fato constitutivo do seu direito.
III. É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou
extintivo da equiparação salarial.
IV. O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da
filiação e, em regra, se feita em juízo, corresponde à data do ajuizamento
do pedido.
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Está correto o que consta APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) I e III.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Estão corretas as assertivas II,
III e IV, pela análise a seguir realizada:
I. Errada, pois a informação contradiz o entendimento consolidado
na Súmula nº 212 do TST, a seguir transcrita, que afirma ser do
empregador o ônus da prova:
³2� {QXV� GH� SURYDU� R� WpUPLQR� GR� FRQWUDWR� GH� WUDEDOKR�� TXDQGR�
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do
empregador, pois o princípio da continuidade da relação de
HPSUHJR�FRQVWLWXL�SUHVXQomR�IDYRUiYHO�DR�HPSUHJDGR´�
II. Correta, pois o art. 818 da CLT diz que cabe à parte que alegar o
fato, o ônus da prová-lo. No caso, se o empregado alega que
trabalhou em jornada extraordinária, cabe ao mesmo a prova, a
não ser que seja aplicada a Súmula nº 338 do TST, que trata das
empresas com mais de 10 empregados, que devem possuir
registro de ponto, bem como a juntada de cartões de ponto com
horários uniformes, em que há a inversão do ônus da prova.
III. Correta, em decorrência do entendimento da Súmula nº 6, VIII
do TST, abaixo transcrita:
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³É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo,
modificativo ou extintivo da equiparação salarial´
.
IV. Correta, pois de acordo com o entendimento consolidado na
Súmula nº 254 do TST:
³2�WHUPR�LQLFLDO�GR�GLUHLWR�DR�VDOiULR-família coincide com a prova
da filiação. Se feita em juízo, corresponde à data de ajuizamento
do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o
HPSUHJDGRU�VH�UHFXVDUD�D�UHFHEHU�D�UHVSHFWLYD�FHUWLGmR´�
22 - Q24102 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas;
) A respeito da prova testemunhal, é correto afirmar:
a) Quando se tratar de ação proposta contra vários empregadores, cada
reclamado poderá ouvir até 3 (três) testemunhas.
b) Nos dissídios individuais plúrimos, cada um dos reclamantes que
propuser a ação conjuntamente poderá ouvir até 3 (três) testemunhas.
c) Se cada uma das partes já tiver ouvido 3 (três) testemunhas, o juiz não
pode determinar a oitiva de outras testemunhas referidas.
d) O juiz não pode indeferir inquirição de testemunhas sobre fatos que
considerar já provados pela prova testemunhal.
e) Se a testemunha não souber falar a língua nacional, será obrigatória a
convocação de tradutor público juramentado.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� O art. 821 da CLT diz que cada
parte terá, no rito ordinário, direito à oitiva de até 3 testemunhas.
Contudo, essa regra tem que ser cuidadosamente analisada na hipótese
de litisconsórcio ± ativo e passivo ± pois o tratamento é diferente.
Vejamos:
a. Litisconsórcio ativo: os autores possuem, no máximo, 3
testemunhas, independentemente da quantidade, pois o
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litisconsórcio é facultativo. Assim, se o ação for ajuizada por 1 ou
10 trabalhadores, o número máximo será o mesmo, qual seja, 3 !!
b.Litisconsórcio passivo: nessa espécie de litisconsórcio, cada
reclamado possui até 3 testemunhas no rito ordinário. Assim, se
forem 2 empresas reclamadas, serão ouvidas até 6 testemunhas.
Vejam que essa informação FRQVWD� QD� DOWHUQDWLYD� ³$´�� UD]mR� SHOD� TXDO�
está correta. Vejamos as demais, todos incorretas:
/HWUD�³%´��SHOR�TXH�Mi�IRL�GLWR��QR�OLWLVFRQVyUFLR�DWLYR�R�Q~PHUR�Pi[LPR�GH�
testemunhas é para todos os autores.
/HWUD�³&´��R�DUW�������,�GR�&3&�GL]�TXH�R�-XL]��GH�RItFLR��SRGHUi�GHWHUPLQDU�
a intimação de testemunhas referidas.
/HWUD�³'´����DUW�������,�GR�&3&�GL]�TXH�R�-XL]�SRGHUi�LQGHIHULU�D�LQWLPDomR�
das testemunhas já os fatos já estiverem provados por documentos.
/HWUD� ³(´�� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� VHUi� QRPHDGR� LQWpUSUHWH� H� QmR�
tradutor público juramentado.
23 - Q23050 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Segundo as regras de distribuição do ônus da prova no processo do
trabalho, será de responsabilidade
a) do trabalhador a prova do fato impeditivo de seu direito.
b) do trabalhador a prova da identidade de funções, no pedido de
equiparação salarial, quando a defesa demonstra que os comparandos
exerciam cargos diferentes.
c) do empregador, qualquer que seja o tema, já que ele é hipersuficiente
na relação contratual.
d) nunca do empregado, porque é hipossuficiente na relação de direito
material.
e) do empregador a prova dos fatos constitutivos do direito alegado na
inicial.
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COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Constata-se que para que seja
possível a equiparação salarial, conforme art. 461 da CLT, é
imprescindível, além de outros, a prova do requisito ³LGHQWLGDGH� GH�
IXQo}HV´��RX�VHMD��UHDOL]DomR�GH�PHVPDV�WDUHIDV��SRXFR�LPSRUWDQGR�VH�R�
cargo tem ou não a mesma denominação. Trata-se de fato constitutivo do
direito do autor. Se o mesmo alega que exercia as mesmas funções em
relação ao paradigma, deverá provar tal fato. Mesmo que o empregador
afirme que exerciam cargos diferentes, como a prova é do exercício das
mesmas funções, pois esse é o requisito a ser preenchido, continua a
caber ao reclamante/empregado a prova do fato. Com base nessa
informação, constata-VH� TXH� D� DVVHUWLYD� ³%´� p� D� FRUUHWD�� � 9HMDPRV� DV�
demais, todas incorretas:
/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� R� IDWR� LPSHGLWLYR� GR� GLUHLWR� LQFXPEH� DR� UpX��
conforme art. 333 do CPC, já que é um fato alegado pelo mesmo, de
acordo com o art. 818 da CLT. Aquele que alega, deve provar !
/HWUD�³&´��HUUDGD��SRLV�D�KLSRVVXILFLrQFLD�QmR�JHUD�D�LQYHUVmR�GR�{QXV�GD�
prova automático e genérico, como dito na assertiva.
/HWUD� ³'´�� HUUDGD�� SRLV� R� HPSUHJDGR� SRVVXL� R� {QXV� GD� SURYDU� RV� IDWRV�
constitutivos do seu direito.
/HWUD�³(´: errada, pois os fatos constitutivos do direito incumbem ao autor
e não ao reclamado.
24 - Q15550 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; Provas; ) Observe as assertivas abaixo a respeito da prova
testemunhal.
I. As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de
notificação ou intimação, e as que não comparecerem serão intimadas ex
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oficio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas à condução coercitiva se
não atenderem a intimação sem justo motivo.
II. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao
serviço ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando
devidamente arroladas ou convocadas.
III. A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação.
IV. Cada uma das partes não poderá indicar mais de duas testemunhas,
salvo quando se tratar de inquérito, fase em que esse número poderá ser
elevado a três.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é correto o que se
afirma APENAS em:
a) I, II e III.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³A´� As assertivas corretas são
aquelas contidas em I, II e III, pela análise que se realiza abaixo:
I. Correta, pois em total conformidade com o art. 825 da CLT,
VHQGR�TXH�D�EDQFD�H[DPLQDGRUD�SUDWLFDPHQWH�³FRSLRX�H�FRORX´�R�
dispositivo.
II. Correta, pois essa é a regra do art. 822 da CLT, assim redigido:
³$V� WHVWHPXQKDV� QmR� SRGHUmR� VRIUHU� TXDOTXHU� GHVFRQWR� SHODV�
faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para
GHSRU��TXDQGR�GHYLGDPHQWH�DUURODGDV�RX�FRQYRFDGDV´�
III. Correta, em total sintonia com o art. 829 da CLT, assim redigido:
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³$� WHVWHPXQKD� TXH� IRU� SDUHQWH� DWp� R� WHUFHLUR� JUDX� FLYLO�� DPLJR�
íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará
compromisso, e seu depoimento valerá como simples
LQIRUPDomR´�
IV. Incorreta, pois viola o art. 821 da CLT, que diz que as
testemunhas podem indicar até 3 testemunhas, salvo no
inquérito, pois esse número sobe para 6 testemunhas. Vejamos:
³&DGD� XPD� GDV� SDUWHV� QmR� SRGHUi� LQGLFDU� PDLV� GH� �� �WUrV��
testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que
HVVH�Q~PHUR�SRGHUi�VHU�HOHYDGR�D����VHLV�´�
25 - Q15156 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário -
Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Provas; )
A prova pré-constituída nos autos
a) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta uma
vez que processualmente foram produzidas antes da ocorrência da
confissão.
b) pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta, não
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
c) pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta e o
indeferimento de provas posteriores implica cerceamento de defesa.
d) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta uma
vez que esta confissão gera presunção absoluta da verdade dos fatos
confessos.
e) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta em
razão do princípio da verdade real aplicado no processo do trabalho.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Mais uma vez a resposta está
no entendimento sedimentado pelo TST em sua Súmula nº 74, que é
transcrita a seguir, em especial, o seu inciso II:
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³I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada
com aquela cominação, não comparecer à audiência em
prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA69/1978, DJ 26.09.1978)
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em
conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I,
CPC), não implicando cerceamento de defesa o
indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da
SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa
somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo
magistrado, do poder/dever de conduzir o processo´.
Vejam que mesmo havendo confissão ficta, pode a prova documental,
que já está juntada aos autos, ser utilizada para o convencimento do
Magistrado, podendo o mesmo indeferir as provas posteriores e julgar
com aquelas que estão nos autos.
As demais assertivas estão relacionadas à utilização ou não da prova
documental pré-constituída para formação do convencimento, o que já foi
analisado com a transcrição, em especial, do inciso II da Súmula nº 74 do
TST, razão pela qual não há necessidade de estudo em separado.
26 - Q12509 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Considere as seguintes assertivas a respeito das provas:
I. A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deverá
responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da
perícia.
II. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de
ter litigado contra o mesmo empregador.
III. Está impedido de depor a testemunha que for parente por afinidade em
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terceiro grau do reclamante.
IV. Em regra, o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregado.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³D´� As alternativas corretas são as
de número I, II e III, sendo que apenas a IV está incorreta. Vejamos
através da análise abaixo realizada:
I. Correta, pois em conformidade com a Súmula nº 341 do TST,
abaixo transcrita:
³A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual
deve responder pelos respectivos honorários, ainda que
vencedora no objeto da perícia´.
II. Correta, já que a matéria está sedimentada na Súmula nº 357
do TST, a seguir transcrita:
³1mR� WRUQD� VXVSHLWD� D� WHVWHPXQKD� R� VLPSOHV� IDWR� GH� HVWDU�
OLWLJDQGR�RX�GH�WHU�OLWLJDGR�FRQWUD�R�PHVPR�HPSUHJDGRU´�
III. Correta, de acordo com o art. 829 da CLT, que não distingue
parentesco por laços de sangue ou por afinidade:
³$� WHVWHPXQKD� TXH� IRU� SDUHQWH� DWp� R� WHUFHLUR� JUDX� FLYLO�� DPLJR�
íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará
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compromisso, e seu depoimento valerá como simples
LQIRUPDomR´�
IV. Incorreta, pois o ônus da prova é do empregador, nos termos da
Súmula nº 212 do TST, assim redigida:
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do
empregador, pois o princípio da continuidade da relação de
emprego constitui presunção favorável ao empregado.
SENTENÇA E COISA JULGADA:
1 - Q299000 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho /
Direito Processual do Trabalho / Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de
Sentença; )
Em relação à liquidação de sentença no processo do trabalho, é INCORRETO
afirmar:
a) Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, desde que
requeridos na petição inicial e constantes da condenação.
b) A liquidação pode ser feita por artigos, por cálculos ou por arbitramento.
c) A liquidação abrangerá também o cálculo das contribuições previdenciárias
devidas.
d) Na liquidação não se poderá inovar ou modificar a sentença liquidanda, nem
discutir matéria pertinente à causa principal.
e) A instauração da liquidação por artigos depende da iniciativa do credor,
facultando-se ao juiz, no entanto, determinar a sua intimação para que apresente
os seus artigos de liquidação.
COMENTÁRIOS:
A alternativaIN&255(7$�e�$�/(75$�³A´� A afirmação contida na letra
³$´�HVWi�HP�GHVFRQIRUPLGDGH�FRP�D�6~PXOD�Q�����GR�767��PXLWDV�YH]HV�
cobradas em concursos da FCC, que traz os juros de mora e a correção
monetária como possíveis de serem inseridos nos cálculos de liquidação,
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mesmo que ausente o pedido ou a condenação. Nos termos da Súmula nº
211 do TST, temos:
³2V� MXURV� GH� PRUD� H� D� FRUUHomR� PRQHWiULD� LQFOXHP-se na
OLTXLGDomR��DLQGD�TXH�RPLVVR�R�SHGLGR�LQLFLDO�RX�D�FRQGHQDomR´�
As demais assertivas estão corretas. Vejamos:
/HWUD�³%´��FRUUHWD, pois tais espécies de liquidação estão previstas no art.
879 da CLT.
/HWUD� ³&´�� FRUUHWD�� SRLV� WDO� LQIRUPDomR� FRQVWD� QR� �-A do art. 879 da
CLT.
/HWUD�³'´��FRUUHWD��SRLV�HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R���GR�DUW������GD�&/7�
/HWUD� ³(´��FRUUHWD��SRLV�D� OLTXLGDomR�por artigos é a única que não pode
ser iniciada de ofício pelo Magistrado, devendo o credor apresentar os
fatos novos e as provas dos mesmos por petição, podendo ser intimado
para apresenta-los. Contudo, se não apresentar, não será a sentença
liquidada.
2 - Q280537 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho /
Direito Processual do Trabalho / Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de
Sentença; )
A correção monetária no processo do trabalho
a) é devida nas condenações por dano moral, a partir da data da decisão de
arbitramento ou de alteração do valor.
b) será devida, na execução da sentença, a partir da data da apresentação dos
cálculos pelo exequente.
c) não estão sujeitos à correção monetária os débitos trabalhistas das entidades
submetidas aos regimes de intervenção ou liquidação extrajudicial.
d) incide sobre o débito do trabalhador reclamante.
e) não incide sobre o pagamento dos salários até o 5o dia útil do mês subsequente
ao vencido. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção
monetária do mês da prestação dos serviços.
COMENTÁRIOS:
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A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´�A informação constante na letra
³$´�FRQVWD�WDPEpP�QD�6~PXOD�Q�����GR�767��DEDL[R�WUDQVFULWD�
³1DV� FRQGHQDo}HV� SRU� GDQR� PRUDO�� D� atualização monetária é
devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de
alteração do valor. Os juros incidem desde o ajuizamento da
DomR��QRV�WHUPRV�GR�DUW������GD�&/7´�
As demais assertivas estão erradas pelos seguintes motivos:
/HWUD�³%´��HUUDGo, pois viola a Súmula nº 439 do TST, acima transcrita.
/HWUD� ³&´�� HUUDGR�� SRLV� D� 6~PXOD� Q� ����GR� 767� GL]� VHU� DSOLFiYHO� D�
correção monetária.
/HWUD� ³'´�� HUUDGR��SRLV� FRQWUDULD� D�6~PXOD�Q�����GR�767�� TXH�GL]� QmR�
incidir a correção monetária na espécie.
LeWUD� ³(´�� HUUDGR�� SRLV� D� 6~PXOD� Q� ���� GR� 767� GL]� HP� DSOLFDomR� GD�
correção monetária do incide do mês subsequente ao mês vencido.
3- Q97414 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário
- Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Execução; Sentença,
Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; )
Considere as seguintes assertivas a respeito da liquidação da sentença:
I. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o
prazo para a entrega do laudo. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as
partes manifestar-se no prazo de cinco dias, o juiz proferirá decisão ou designará,
se necessário, audiência.
II. Na liquidação por cálculos, elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá
abrir às partes prazo comum de dez dias para impugnação fundamentada com a
indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.
III. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da
condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo.
IV. Na liquidação por cálculos, elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos
auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para
manifestação, no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´�Estão corretas as assertivas III e
IV, de acordo com a análise abaixo realizada:
I. Errada, pois o procedimento previsto no art. 475-D do CPC é
outro, a saber:
³$UW�� ���-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz
nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo.
Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as
partes manifestar-se no prazo de dez dias, o juiz proferirá
GHFLVmR�RX�GHVLJQDUi��VH�QHFHVViULR��DXGLrQFLD´�
II. Errada, pois o §2º do art. 879 da CLT fala em prazo sucessivo de
10 dias para impugnação, e não, prazo comum, como afirmado.
III. Correta, em conformidade com o art. 475-E do CPC.
IV. Correta, pois esse é o procedimento descrito no art. 879, §3º da
CLT.
4 - Q62738 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Execução; Sentença, Coisa
Julgada e Liquidação de Sentença; )
Mario ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa LAGO que foi julgada
totalmente procedente. Na fase de liquidação de sentença, elaborada a conta e
tornada líquida, o juiz abriu prazo para manifestação das partes. Neste caso, a
empresa LAGO deverá apresentar impugnação fundamentada no prazo
a) comum de cinco dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de
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hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis
do Trabalho.
b) comum de dez dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de
hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis
do Trabalho.
c) de dez dias contados do dia seguinte à publicação do mencionado despacho, já
que, apesar de tratar-se de prazo sucessivo, na execução, a empresa executada se
manifesta antes do exequente.
d) comum de oito dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de
hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis
do Trabalho.
e) de dez dias após a manifestação de Mário, já que este prazo é sucessivo.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´�$�UHVSRVWD�FRQWLGD�QD� OHWUD� ³(´�
está em conformidade com o art. 879, §2º da CLT, abaixo transcrito, que
fala em possibilidade das partes serem intimadas para, em prazo
sucessivo de 10 dias, impugnarem os cálculos de liquidação, sob pena de
preclusão:
³(ODborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às
partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação
fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da
GLVFRUGkQFLD��VRE�SHQD�GH�SUHFOXVmR´�
Saber que o prazo de 10 dias é sucessivo, já exclui as demais
alternativas. Lembre-se, ainda, que o credor é intimado em primeiro
lugar, sendo que a executada apresentará manifestação posterior, sob
pena de preclusão.
RITO SUMARÍSSIMO:
1 - Q324837 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário /
Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; )
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Mariana ajuizou reclamação trabalhista em face da autarquia federal X requerendo
a rescisão indireta do seu contrato de trabalho, dando à causa o valor de R$
12.000,00. Para a audiência designada, a reclamante pretende levar como
testemunhas quatro ex-colegas de trabalho, com as quais não possui amizade
íntima.Neste caso.
a) somente será permitida a oitiva de três testemunhas, não obedecendo a
demanda ao procedimento sumaríssimo.
b) será permitida a oitiva das quatros testemunhas uma vez que, no caso narrado,
a Consolidação das Leis do Trabalho permite a oitiva de até seis testemunhas.
c) será permitida a oitiva das quatros testemunhas uma vez que, no caso narrado,
a Consolidação das Leis do Trabalho permite a oitiva de até cinco testemunhas.
d) somente será permitida a oitiva de duas testemunhas, uma vez que a demanda
obedece ao procedimento sumaríssimo em razão do valor da causa.
e) não será permitida a oitiva de nenhuma das quatro ex-colegas, tendo em vista
que a Consolidação das Leis do Trabalho veda expressamente o testemunho de ex-
colega de trabalho
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Percebam que, apesar do valor
atribuído à causa ser inferior a 40 salários mínimos (pois R$12.000,00), o
rito a ser utilizado não é o sumaríssimo, e sim, o ordinário, já que o art.
852-A § único da CLT exclui a utilização do rito sumaríssimo para as
demandas em que forem parte os entes da Administração Pública Direta,
bem como as autarquias e fundações públicas, que apesar de serem
componentes da Administração Pública Indireta, possuem natureza
jurídica de direito público. Se Mariana ajuizou reclamação trabalhista em
face de autarquia federal, não se valerá do procedimento sumaríssimo, e
sim, do ordinário, que permite a oitiva de até 3 testemunhas para cada
parte, de acordo com o art. 821 da CLT. Transcreveremos os dois
dispositivos mencionados acima, pois precisam ser memorizados:
³$UW�����-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda
a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do
ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao
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procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão
excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em
que é parte a Administração Pública direta, autárquica e
IXQGDFLRQDO´�
³$UW������- Cada uma das partes não poderá indicar mais
de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de
inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a
���VHLV�´�
Vejamos as demais assertivas, todas erradas:
/HWUD�³%´: errado, pois o art. 821 da CLT diz que apenas no inquérito para
apuração de falta grave é que podem ser ouvidas até 6 testemunhas para
cada parte.
/HWUD� ³C´: errado, pois o art. 821 da CLT diz que no rito ordinário
somente podem ser ouvidas até 3 testemunhas para cada parte.
/HWUD� ³D´: errado, pois não será utilizado o rito sumaríssimo, haja vista
que a demanda foi ajuizada em face de autarquia, excluída pelo art. 852-
A, § único da CLT.
/HWUD� ³E´: errado, pois não há impedimento à utilização de ex-colega
como testemunha, mesmo que já tenha ajuizado ação em face do ex-
empregador, conforme Súmula nº 357 do TST.
2- Q302230 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -
Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e
sumaríssimo; )
Hidra pretende ajuizar uma reclamatória trabalhista em face da sua empregadora
Matrix S/A, postulando o pagamento de horas extraordinárias, totalizando o valor
equivalente a 10 (dez) salários mínimos à época do ajuizamento da ação. Nesse
caso, o procedimento processual que deve tramitar a reclamatória trabalhista e a
quantidade máxima de testemunhas que cada parte pode indicar,
respectivamente, é
a) ordinário e três testemunhas.
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b) sumaríssimo e duas testemunhas.
c) inquérito judicial e seis testemunhas.
d) ordinário e cinco testemunhas.
e) sumaríssimo e três testemunhas.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³B´� Trata-se de questão
extremamente fácil, do ano de 2013, que é respondida à luz do art. 852-A
da CLT, que afirma que as demandas de valor até 40 salários mínimos
serão ajuizadas perante o procedimento sumaríssimo, bem como o art.
852-H §2º da CLT que afirma serem até 2 as testemunhas de cada parte
nesse procedimento. Vejamos:
³$UW�� ���-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a
quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento
GD�UHFODPDomR�ILFDP�VXEPHWLGRV�DR�SURFHGLPHQWR�VXPDUtVVLPR´�
³$UW�� ���-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.
(...)
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte,
comparecerão à audiência de instrução e julgamento
LQGHSHQGHQWHPHQWH�GH�LQWLPDomR´�
As demais assertivas ficam excluídas automaticamente pela
análise realizada acima.
3 - Q299674 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e
sumaríssimo; )
Os dissídios individuais trabalhistas podem seguir o procedimento ordinário e
sumaríssimo. Sobre esse último (sumaríssimo) é INCORRETO:
a) As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à
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audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.
b) Todas as provas serão produzidas em audiência única, sendo que sobre os
documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a
parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a
critério do juiz.
c) Estão excluídas desse procedimento as demandas em que é parte a
Administração pública direta, autárquica e fundacional.
d) Esse procedimento é determinado pelo valor dos dissídios individuais, que não
exceda a 20 (vinte) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da
reclamação.
e) Nas reclamações enquadradas nesse procedimento, o pedido deverá ser certo
ou determinado e indicará o valor correspondente, sob pena de arquivamento da
reclamação.
COMENTÁRIOS:
A alternativa IN&255(7$�e�$�/(75$�³D´� Trata-se de erro fácil de ser
YHULILFDGR�� SRLV� D� OHWUD� ³'´� DILUPD� TXH� DV� GHPDQGDV� FXMR� YDORU� QmR�
excedam 20 salários mínimos tramitarão pelo procedimento sumaríssimo,
o que está completamente errado, pois o art. 852-A da CLT afirma que
o valor correto é 40 salários mínimos. Vejamos:
³2V�GLVVtGLRV�LQGLYLGXDLV�FXMR�YDORU�QmR�H[FHGD�D�TXDUHQWD�YH]HV�
o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação
ILFDP�VXEPHWLGRV�DR�SURFHGLPHQWR�VXPDUtVVLPR´�
Vejamos as demais assertivas, todas corretas:
Letra ³$´��SHUIHLWR��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�DUW�����-H, §2º da CLT. Caso
não compareçam à audiência, poderão ser intimadas, podendo o Juiz
exigir a prova do convite formulado às testemunhas.
/HWUD�³%´��GH�DFRUGR�FRP�R�DUW�����-H, §1º da CLT.
/HWUD�³&´��HP�FRQIRUmidade com o art. 852-A, § único da CLT que trata
da exclusão daqueles entes.
/HWUD�³(´��GH�DFRUGR�FRP�R�DUW�����-B, I e §1º da CLT.
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4 - Q292945 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e
sumaríssimo; Provas; )
O Processo Judiciário do Trabalho elenca o depoimento de testemunhas como uma
das modalidades de prova. Assim, conforme previsão da Consolidação das Leis do
Trabalho, nos dissídios individuais de Procedimento Ordinário, de Procedimento
Sumaríssimo e no Inquérito para Apuração de Falta Grave, a quantidade máxima
de testemunhas que cada parte poderá indicar é de, respectivamente,
a) três, duas e seis.
b) três, três e cinco.
c) duas, três e seis.
d) cinco, duas e cinco.
e) três, duas e quatro.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³A´� Trata-se de uma questão
freqüente nas provas da FCC. A questão em comento foi aplicada em
2013, para o cargo de Analista. A resposta acerca do número de
testemunhas está nos artigos 821 e 852-H, §2º da CLT, que serão
posteriormente transcritos. Antes, devem ser memorizadas as seguintes
informações:
a. Rito ordinário: 3 testemunhas para cada parte.
b. Rito sumaríssimo: 2 testemunhas para cada parte.
c. Inquérito para apuração de falta grave: 6 testemunhas para cada
parte.
Vejamos a transcrição dos dispositivos legais relacionados ao tema:
³Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3
(três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em
que esse número poderá ser elevado a 6 (seis)´.
³Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.
(...)
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§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte,
comparecerão à audiência de instrução e julgamento
independentemente de intimação´.
As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do
mesmo tema.
5 - Q292985 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -
Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e
sumaríssimo; )
Atenas, em dezembro de 2012, ajuizou reclamação trabalhista em face da sua
empregadora Celestial Cosméticos e Perfumes S/A postulando apenas uma
indenização por ofensas e danos morais, no valor que foi atribuído à causa de R$
6.220,00 (seis mil duzentos e vinte reais), equivalentes a 10 salários mínimos na
época da propositura da ação. Para comprovar suas alegações, conforme previsão
legal, a quantidade máxima de testemunhas que Atenas poderá indicar é de
a) três.
b) cinco.
c) duas.
d) quatro.
e) seis.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³C´� Se a pretensão de Atenas,
reclamante, é de apenas 10 salários mínimos, a reclamação trabalhista
tramitará pelo rito sumaríssimo, conforme previsão contida no art. 852-A
da CLT. Assim sendo, dispõe o art. 852-H §2º da CLT que a mesma terá
apenas 2 testemunhas para comprovar as suas alegações. Vejamos:
³$UW�� ���-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a
quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento
GD�UHFODPDomR�ILFDP�VXEPHWLGRV�DR�SURFHGLPHQWR�VXPDUtVVLPR´�
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³$UW�� ���-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.
(...)
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte,
comparecerão à audiência de instrução e julgamento
LQGHSHQGHQWHPHQWH�GH�LQWLPDomR´�
6 - Q280523 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho /
Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; )
Em relação ao procedimento sumaríssimo, é INCORRETO afirmar:
a) Os dissídios individuais cujo valor não exceda a 40 (quarenta) vezes o salário
mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam sujeitos ao
procedimento sumaríssimo.
b) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso
de revista está limitada a demonstração de violação direta a dispositivo da
Constituição Federal ou contrariedade à Súmula do Tribunal Superior do Trabalho,
não se admitindo o recurso por contrariedade à Orientação Jurisprudencial do
TST.
c) Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a
Administração Pública direta, indireta, autárquica e fundacional.
d) Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-
se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante, justificado nos autos
pelo juiz da causa.
e) A sentença mencionará os elementos da convicção do juízo, com resumo dos
fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
COMENTÁRIOS:
A alternativa IN&255(7$�e�$�/(75$�³C´� A informação contida na letra
³&´�HVWi�LQDGHTXDGD��VH�FRPSDUDGD�j�UHGDomR�DWULEXtGD�DR��~QLFR�GR�DUW��
852-A da CLT, abaixo transcrito:
³(VWmR�H[FOXtGDV�GR�SURFHGLPHQWR�VXPDUtVVLPR as demandas em
que é parte a Administração Pública direta, autárquica e
IXQGDFLRQDO´�
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Percebe-se que não estão excluídos todos os entes da
administração pública INDIRETA, e sim, apenas as autarquias e
fundações públicas. Como isso, se afirma que podem ser partes no rito
sumaríssimo as sociedades de economia mista e as empresas públicas,
entes da administração pública indireta que possuem personalidade
jurídica de direito privado.
Vejamos as demais assertivas, todas corretas:
/HWUD�³$´��SHUIHLWR��SRLV�em sintonia com o art. 852-A da CLT.
/HWUD� ³%´� de acordo com o art. 896, §6º da CLT, lembrando que a
Súmula nº 442 do TST diz que não cabe recurso de revista se houve
contrariedade à OJ, mas sim, apenas à Súmula do TST.
/HWUD�³'´� de acordo com o art. 852-H, §7º da CLT.
/HWUD�³(´� em conformidade com o art. 852-I da CLT.
7 - Q288772 ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do
Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; )
Em relação ao procedimento sumaríssimo, é correto afirmar que:
a) Cada parte não poderá se valer de mais de 3 (três) testemunhas.
b) A citação por edital somente será realizada quando o reclamante fizer a correta
indicação do nome do reclamado.
c) O juiz terá total liberdade para determinar as provas a serem produzidas.
d) Não é admissível a produção de prova pericial.
e) Somente serão produzidas na audiência de instrução e julgamento as provas
que foram previamente requeridas.
COMENTÁRIOS:
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³C´� A afirmação contida na letra ³&´��
de que o Juiz tem liberdade para conduzir o processo, determinando as
provas a serem produzidas, está em consonância com o art. 852-D da
CLT, abaixo transcrito:
³2� MXL]� GLULJLUi� R� SURFHVVR� FRP� OLEHUGDGH� SDUD� GHWHUPLQDU� DV�
provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de
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cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar
excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para
apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum
RX�WpFQLFD´�
Essa idéia também está presente no art. 130 do CPC, que trata dos
poderes instrutórios do Juiz. As demais assertivas estão erradas.
Vejamos:
/HWUD�³$´��HUUDGD��SRLV�R�DUW�����-H, §2º da CLT diz que serão não mais
do que 2 testemunhas para cada parte.
/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�R�DUW��852-B, II da CLT diz que não haverá citação
por edital no procedimento sumaríssimo.
/HWUD�³'´��HUUDGD��SRLV�R�DUW�����-H da CLT prevê o procedimento para a
produção da prova pericial, razão pela qual é cabível no procedimento
sumaríssimo.
/HWUD� ³(´�� HUUDGD, pois o art. 852-H da CLT diz que as provas serão
produzidas em audiência independentemente de requerimento prévio.
4. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS:
AUDIÊNCIAS:
1 - Q302232 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
Em se tratando de dissídio individual, a norma processual trabalhista
prevê, como regra, a realização de audiência UNA, ou seja, em um
determinado ato processual será realizada a tentativa de conciliação, a
instrução processual e o julgamento. Nesse sentido,
a) terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, sendo
ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver, e após será
efetuado o interrogatório dos litigantes.
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b) caso o reclamante não compareça na audiência inaugural, mesmo
presente seu advogado, deverá necessariamente ser adiada a sessão.
c) é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou
qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, mas cujas
declarações não obrigarão o proponente.
d) aberta a audiência, o Juiz proporá a conciliação, sendo que se não
houver acordo, o reclamado poderá apresentar defesa oral no tempo
máximo de 10 (dez) minutos.
e) deverão estar presentes o reclamante e o reclamado na audiência de
julgamento, independentemente do comparecimento de seus
representantes.
2 - Q299670 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
Sobre as audiências trabalhistas, com base nas normas aplicáveis, é
correto afirmar:
a) A ausência injustificada do reclamante ou de seu advogado à audiência
importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
b) O reclamante e o reclamado, deverão estar presentes pessoalmente,
independentemente do comparecimento de seus advogados, não podendo
ser substituídos ou representados neste ato processual.
c) As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, não podendo ser
reinquiridas a requerimento das partes ou advogados.
d) O juiz, à hora marcada, declarará aberta a audiência, sendo feita pelo
chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, havendo uma
tolerância de até 15 minutos após a hora marcada.
e) Estas serão públicas e realizar-se-ão em dias úteis, entre 8 e 18 horas,
não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria
urgente.
3 - Q208227 ( Prova: FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 -
Primeira Fase / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )
Na reclamação ajuizada pelo trabalhador, para a cobrança de direito
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irrenunciável, correspondente a salário mínimo não pago, ausentes ambas
as partes à única audiência designada,
a) deve designar-se nova audiência, com condução coercitiva das partes.
b) o reclamado é considerado revel.
c) o processo é arquivado.
d) encerra-se a instrução, julgando o feito no estado em que se encontra.
4 ± Q292822 ( Prova: FCC ± 2013 ± TRT ± 1ª REGIÃO (RJ) ± Analista
Judiciário ± Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
Hércules após quatro anos de contrato de trabalho com a empresa Alfa
Beta Engenharia foi dispensado sem receber saldo salarial e verbas da
rescisão. Ajuizou reclamação trabalhista, sendo designada audiência UNA
(conciliação, instrução e julgamento) após dois meses da distribuição da
ação. Ocorre que Hércules sofreu acidente na véspera da audiência,
ficando hospitalizado e, portanto, impossibilitado de se locomover até a
Vara do Trabalho. Com base nas normas previstas em lei trabalhista,
nessa situação,
a) o advogado de Hércules fará toda a sua assistência em audiência,
inclusive com poderes para depor pelo reclamante e realizar demais atos
processuais.
b) o reclamante Hércules poderá fazer-se representar na audiência por
outro empregado que pertença a mesma profissão ou pelo Sindicato
Profissional.
c) o processo será arquivado ante a ausência do reclamante, que poderá
ajuizar novamente a demanda quando estiver em condições plenas de
saúde.
d) a lei processual trabalhista não prevê a hipótese de substituição de
empregado reclamante ausente, razão pela qual fica a critério do Juiz
adiar a audiência ou arquivar o processo.
e) a esposa, companheira ou algum parente até o terceiro grau poderão
representar o trabalhador ausente com amplos poderes para inclusive
prestar depoimento pelo reclamante.
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5 - Q292823 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
A empresa Deuses do Olimpo Produções S/A foi citada para responder
reclamatória trabalhista que tramita pelo procedimento ordinário e
comparecer à audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento),
designada trinta dias após a sua notificação. Entretanto, o representante
legal da empresa reclamada, por mero esquecimento, não compareceu à
audiência designada. O reclamante compareceu à audiência sem a
presença de seu advogado. O advogado da reclamada, presente em
audiência, pretendeu apresentar defesa oral. Nessa situação, com
fundamento na lei e em jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do
Trabalho ± TST, o Juiz deverá
a) arquivar a reclamatória diante da ausência de uma das partes e do
advogado do reclamante, tendo em vista que este não pode atuar
pessoalmente na Justiça do Trabalho.
b) adiar a audiência para outra data possibilitando o comparecimento do
advogado do reclamante e do representante legal da reclamada.
c) permitir ao patrono da empresa a apresentação de defesa oral e adiar
a audiência para que o advogado do reclamante tome ciência da defesa e
apresente réplica nos autos.
d) aplicar a revelia e consequente confissão quanto à matéria de fato à
reclamada ausente não permitindo que seu advogado apresente defesa
oral diante do motivo da ausência não ser relevante e prosseguir com o
processo sem adiar a audiência.
e) autorizar que o patrono da reclamada apresente defesa por escrito em
15 dias diretamente no protocolo da Secretaria da Vara e adiar a
audiência para nova data.
6 - Q280535 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )
Em relação à audiência, considere:
I. Aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.
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II. A audiência de julgamento será contínua, devendo ser concluída no
mesmo dia.
III. A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada
a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.
IV. Pessoa jurídica de direito público não se sujeita à revelia.
V. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é
revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo
ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que
deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do
empregador ou do seu preposto no dia da audiência.
É entendimento pacificado pelo TST, o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II, IV e V.
c) I.
d) II e III.
e) I, III e V.
7 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;
Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; )
De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST,
a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento
da parte à audiência.
b) pessoa jurídicade direito público não sujeita-se à revelia.
c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é
revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica.
d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser
ilidida.
e) a revelia produz confissão na ação rescisória.
8 - Q263459 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )
Conforme previsão legal e jurisprudência sumulada do TST, em relação às
audiências trabalhistas é correto afirmar:
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a) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada
a ação em audiência, importa arquivamento do processo.
b) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro
ou pequeno empresário, o preposto em audiência deve ser
necessariamente empregado do reclamado.
c) Não se aplica a confissão à parte que, expressamente intimada com
aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na
qual deveria depor desde que esteja presente o seu advogado.
d) Aberta a audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua
defesa oral ou apresentá-la por escrito e, em seguida, o juiz proporá a
conciliação.
e) Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, devendo o
juiz, exofficio, interrogar os litigantes, sob pena de nulidade, sendo que
findo o interrogatório não poderão os litigantes retirar-se, até o término
da instrução com a oitiva de testemunhas.
9 - Q262175 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do
Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Partes e
Procuradores; Audiências; )
É INCORRETO afirmar que
a) o preposto deve ser necessariamente empregado.
b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer- se representar pelo
sindicato da categoria profissional correspondente.
c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o
arquivamento da reclamação.
d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.
e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente
a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever
de conduzir o processo.
10 - Q249307 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do
Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )
O Processo do Trabalho apresenta como traços identificadores a
oralidade, a concentração dos atos processuais e o aspecto conciliatório.
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Em relação às propostas de conciliação no Processo do Trabalho, é correto
afirmar que
a) devem ser realizadas em dois momentos: após a abertura da
audiência, mas antes da apresentação da defesa; terminada a instrução
processual, após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las.
b) somente podem ser realizadas após a oitiva das partes e quando do
encerramento da instrução processual, antes das razões finais.
c) estão vinculadas ao valor atribuído à causa, sendo portanto
obrigatórias apenas nas ações de alçada e de rito sumaríssimo.
d) devem ser realizadas após a apresentação da defesa e renovadas após
as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las.
e) não há obrigatoriedade na sua realização, constituindo-se assim em
faculdade do Juiz na direção do processo.
11 - Q113389 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após
contestada a ação em audiência,
a) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante
poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente
postuladas.
b) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante
poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente
postuladas.
c) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante
poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a
reclamação.
d) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação
já tinha sido contestada.
e) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à
matéria de fato.
12 - Q113390 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico
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Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; )
Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João,
proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou
advogado na véspera da data designada para a realização da audiência,
em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu
João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da
contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado
a) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário
da respectiva reclamação trabalhista.
b) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para
aduzir sua defesa.
c) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para
aduzir sua defesa.
d) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal,
independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória.
e) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para
aduzir sua defesa.
PROVAS:
1 - Q302229 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Provas; )
Em todo processo judicial, o conjunto probatório é fundamental para a
solução do litígio. A Consolidação das Leis do Trabalho possui regras
específicas sobre as provas judiciais, sendo assim,
a) as testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao
serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando
devidamente arroladas ou convocadas.
b) as testemunhas comparecerão à audiência independentemente de
notificação ou intimação, sendo que as que não comparecerem não serão
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ouvidas, ainda que seja requerido pela parte a intimação das ausentes.
c) o juiz nomeará perito em caso de haver matéria técnica, não sendo
facultado às partes indicação de assistentes técnicos em razão da
celeridade processual que deve ser aplicada ao Processo do Trabalho.
d) apenas a testemunha que for parente até o segundo grau civil ou amigo
íntimo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação.
e) o documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original
ou em certidão autêntica, não podendo ser declarado autêntico pelo próprio
advogado, diante da sua parcialidade.
2 - Q292945 ( Prova:FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Procedimento ordinário e sumaríssimo; Provas; )
O Processo Judiciário do Trabalho elenca o depoimento de testemunhas
como uma das modalidades de prova. Assim, conforme previsão da
Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais de
Procedimento Ordinário, de Procedimento Sumaríssimo e no Inquérito para
Apuração de Falta Grave, a quantidade máxima de testemunhas que cada
parte poderá indicar é de, respectivamente,
a) três, duas e seis.
b) três, três e cinco.
c) duas, três e seis.
d) cinco, duas e cinco.
e) três, duas e quatro.
3 - Q280518 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Sobre ônus da prova no processo do trabalho, é INCORRETO afirmar:
a) É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou
extintivo da equiparação salarial.
b) Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de
sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse
prazo constitui ônus de prova do reclamante.
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c) O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio
da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao
empregado.
d) Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador,
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
4 - Q289149 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
A inspeção judicial
a) somente será realizada de ofício.
b) somente será realizada a requerimento da parte.
c) pode ser realizada em qualquer fase do processo.
d) pode ser realizada em relação a coisas, mas não em relação a pessoas.
e) é realizada por peritos nomeados pelo juiz.
5 - Q289151 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Em relação à prova pericial no processo do trabalho, com base nos
dispositivos da CLT e na jurisprudência pacífica do TST, é correto afirmar:
a) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente no processo.
b) Os benefícios da justiça gratuita não abrangem os honorários periciais.
c) A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve
responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da
perícia.
d) A atualização monetária dos honorários periciais é a mesma aplicada
aos débitos trabalhistas.
e) A exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais é
compatível com o processo do trabalho.
6 - Q289159 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
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Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Conforme a jurisprudência pacífica do TST sobre ônus da prova,
a) o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negado o
despedimento, é do empregado.
b) a não apresentação injustificada dos controles de frequência pelo
empregador que tem mais de dez empregados gera presunção absoluta de
veracidade da jornada alegada na inicial.
c) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, salvo se prevista em
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
d) os controles de jornada com horários invariáveis são imprestáveis como
meio de prova, devendo, porém, o empregado alegar a nulidade dos
mesmos, sob pena de serem os mesmos considerados válidos.
e) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
7 - Q289160 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Em relação à prova testemunhal, é INCORRETO afirmar:
a) Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será
qualificada, ficando sujeita, em caso de falsidade, às penas da lei.
b) Os depoimentos das testemunhas serão transcritos em sua
integralidade, não podendo ser feito resumo dos mesmos.
c) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação.
d) As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao
serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando
devidamente arroladas ou convocadas.
e) As testemunhas serão inquiridas pelo juiz, podendo ser reinquiridas, por
seu intermédio, a requerimento das partes, seus representantes ou
advogados.
8 - Q262172 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do
Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
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Sobre a prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar:
a) O depoimento das testemunhas que não souberem falar a língua
nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz. Pessoa surda-
muda não pode ser testemunha
b) As testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou pelas partes, seus
representantes ou advogados.
c) O número máximo de testemunhas para cada parte varia conforme o
rito processual: três testemunhas no rito ordinário, duas testemunhas no
rito sumaríssimo, uma testemunha no rito sumário e seis testemunhas no
inquérito para apuração de falta grave.
d) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação.
e) Somente serão ouvidas pelo juiz as testemunhas indicadas pela parte
em rol específico, e devidamente intimadas para a audiência.
9 - Q248773 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do
Trabalho - Prova TIPO 4 / Direito Processual do Trabalho / Procedimento
ordinário e sumaríssimo; Provas; )
Quanto à prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar
que se diferenciam o rito ordinário e o rito sumaríssimo porque
a) no rito sumaríssimo não há que se falar em condução coercitiva de
testemunha.
b) em ambos os ritos a limitação do número de testemunhas dá-se em
função da matéria debatida, até o limite máximo de três para cada parte.
c) no rito sumaríssimo só será deferida intimação de testemunha que,
comprovadamente convidada, deixar de comparecer.
d) no rito ordinário limita-se a três testemunhas para cada fato e no rito
sumaríssimo limita-se a duas para cada parte.
e) no rito ordinário limita-se a duas testemunhas para cada fato e no rito
sumaríssimo limita-se a duas para cada parte.
10 - Q241034 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista
Judiciário - Execução deMandados / Direito Processual do Trabalho /
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Provas; )
O número máximo de testemunhas admitido em lei para cada uma das
partes nos dissídios individuais trabalhistas nos procedimentos ordinário,
sumaríssimo e inquérito para apuração de falta grave, respectivamente, é
de
a) duas, três e quatro.
b) três, duas e seis.
c) três, três e três.
d) cinco, três e seis.
e) cinco, três e cinco.
11 - Q213042 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências;
Provas; )
Carlos, analista judiciário do TRT, é arrolado como testemunha do autor em
uma ação reclamatória trabalhista em que deverá depor em horário normal
de seu expediente. Nesta situação, Carlos deverá
a) ser conduzido por oficial de justiça à audiência marcada.
b) comparecer espontaneamente à audiência designada.
c) ser ouvido na sua própria repartição.
d) prestar seu depoimento por escrito para posterior juntada aos autos.
e) ser requisitado ao chefe da repartição para comparecer à audiência
marcada.
12 - Q214472 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas;
) Em relação à prova testemunhal no processo do trabalho, é correto
afirmar que
a) no caso de inquérito para apuração de falta grave, cada uma das partes
não poderá indicar mais de três testemunhas.
b) no procedimento sumaríssimo, só será deferida intimação de
testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer.
c) a testemunha que for parente até o quarto grau civil, não prestará
compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.
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d) a testemunha que não souber falar a língua nacional não será ouvida,
devendo ser substituída por outra testemunha.
e) a testemunha poderá sofrer desconto salarial proporcional ao tempo do
seu depoimento quando for arrolada pela parte, mas não poderá sofrer
qualquer desconto quando foi convocada pelo juiz.
13 - Q201713 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Provas; ) Com relação às provas no Direito Processual do Trabalho,
considere:
I. A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em confronto com a
confissão ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de
provas posteriores.
II. A prova do contrato de trabalho pode ser realizada por qualquer meio
admitido em direito, sendo relativa a veracidade das anotações lançadas na
CTPS do empregado.
III. É ônus do empregador que conta com mais de 10 empregados o
registro da jornada de trabalho na forma da lei.
IV. No tocante as testemunhas, em regra, a incapacidade e o impedimento
são de ordem subjetiva e a suspeição de ordem objetiva, sendo suspeita a
testemunha que for cônjuge do reclamante.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e III.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
14 - Q202045 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas;
) Considere as seguintes assertivas a respeito das provas:
I. As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do
empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris
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tantum.
II. Presume-se recebida a notificação quarenta e oito horas depois de sua
postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse
prazo constitui ônus de prova do destinatário.
III. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou
de ter litigado contra o mesmo empregador.
IV. A prova documental poderá, em regra, ser produzida em qualquer
oportunidade, inclusive na fase recursal. A juntada de documentos com o
recurso é perfeitamente possível não importando se referente a fato
anterior ou posterior à sentença.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.
15 - Q86130 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
A empresa X possui 3 empregados; a Empresa Y possui 7 empregados e a
empresa Z possui 10 empregados. Em reclamação trabalhista relativa ao
pagamento de horas extras laboradas, NÃO terá o ônus de provar as horas
trabalhadas com a apresentação do controle de frequência
a) a empresa Z, somente.
b) a empresa X, somente.
c) as empresas X e Y, somente.
d) as empresas Y e Z, somente.
e) as empresas X, Y e Z.
16 - Q85310 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Em determinada reclamação trabalhista Janaina, advogada da reclamante,
anexou à petição inicial cópia simples, extraída da internet, de Convenção
Coletiva de Trabalho da Categoria. Este documento, de acordo com
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Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho,
a) não possui valor probante, uma vez que as Convenções Coletivas de
Trabalho devem ser anexadas aos autos obrigatoriamente por meio de
cópias com carimbo do órgão representativo da categoria em questão.
b) não possui valor probante, pois os instrumentos normativos que
acompanham a reclamação ou a contestação devem ser obrigatoriamente
cópias autenticadas em razão da relevância jurídica.
c) possui valor probante incontestável, tratando-se de documento comum
a ambas as partes e de fácil acesso.
d) não possui valor probante, uma vez que foi extraído da internet e não
de órgãos oficiais.
e) possui valor probante, desde que não haja impugnação do seu
conteúdo, eis que se trata de documento comum a ambas as partes.
17 - Q79978 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista
Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do
Trabalho / Provas; )
Joana e Márcia são testemunhas na reclamação trabalhista proposta por
Gabriela contra sua ex-empregadora, a empresa CHÁ. Somente
considerando que Joana já litigou contra a mesma empregadora em
reclamação trabalhista transitada em julgado e que Márcia ainda está
litigando contra a empresa CHÁ,
a) Joana e Márcia não são consideradas suspeitas.
b) Joana e Márcia são consideradas suspeitas.
c) apenas Joana é considerada suspeita.
d) apenas Márcia é considerada suspeita.
e) Joana e Márcia estão impedidas de testemunhar.
18 - Q79392 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processualdo Trabalho /
Provas; )
Fátima ajuizou reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora, a
empresa K. Ela pretende levar na audiência de instrução três testemunhas:
Marta, Mariana e Kátia. Considerando que Marta já foi condenada por crime
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de falso testemunho com sentença transitada em julgado; que Mariana é
sobrinha de Fátima; e que Kátia é amiga íntima de Fátima, o impedimento
para testemunhar recai sobre
a) Mariana e Marta.
b) Marta, Mariana e Kátia.
c) Marta e Kátia.
d) Mariana.
e) Kátia.
19 - Q78870 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
A empresa X possui atualmente sete empregados, uma vez que dispensou
Maria no semestre passado e João pediu demissão. João ajuizou
reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora requerendo, dentre
outras verbas, horas extras realizadas e aviso prévio. Neste caso, em
regra, o ônus da prova das horas extras e do aviso prévio é
a) da empresa X e de João, respectivamente.
b) de João.
c) da empresa X.
d) de João e da empresa X, respectivamente.
e) de ambas as partes indistintamente.
20 - Q53317 ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Ao contestar uma reclamação trabalhista em que o reclamante postula
verbas rescisórias decorrentes da despedida injusta, a empresa alegou
justa causa para a rescisão do contrato de trabalho. Nesse caso, o ônus da
prova incumbe
a) ao empregador, por se tratar de fato extintivo do direito do autor.
b) ao empregador, por se tratar de fato impeditivo do direito do autor.
c) ao empregador, por se tratar de fato modificativo do direito do autor.
d) ao empregado, por se tratar de fato constitutivo do seu direito.
e) à parte a quem o juiz atribuir o encargo.
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21 - Q25102 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas;
) Considere as assertivas abaixo a respeito das provas:
I. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviços e o despedimento, é do empregado.
II. Em regra, a prova da jornada extraordinária é do empregado por tratar-
se de fato constitutivo do seu direito.
III. É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou
extintivo da equiparação salarial.
IV. O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da
filiação e, em regra, se feita em juízo, corresponde à data do ajuizamento
do pedido.
Está correto o que consta APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) I e III.
22 - Q24102 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas;
) A respeito da prova testemunhal, é correto afirmar:
a) Quando se tratar de ação proposta contra vários empregadores, cada
reclamado poderá ouvir até 3 (três) testemunhas.
b) Nos dissídios individuais plúrimos, cada um dos reclamantes que
propuser a ação conjuntamente poderá ouvir até 3 (três) testemunhas.
c) Se cada uma das partes já tiver ouvido 3 (três) testemunhas, o juiz não
pode determinar a oitiva de outras testemunhas referidas.
d) O juiz não pode indeferir inquirição de testemunhas sobre fatos que
considerar já provados pela prova testemunhal.
e) Se a testemunha não souber falar a língua nacional, será obrigatória a
convocação de tradutor público juramentado.
23 - Q23050 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista
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Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Segundo as regras de distribuição do ônus da prova no processo do
trabalho, será de responsabilidade
a) do trabalhador a prova do fato impeditivo de seu direito.
b) do trabalhador a prova da identidade de funções, no pedido de
equiparação salarial, quando a defesa demonstra que os comparandos
exerciam cargos diferentes.
c) do empregador, qualquer que seja o tema, já que ele é hipersuficiente
na relação contratual.
d) nunca do empregado, porque é hipossuficiente na relação de direito
material.
e) do empregador a prova dos fatos constitutivos do direito alegado na
inicial.
24 - Q15550 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /
Audiências; Provas; ) Observe as assertivas abaixo a respeito da prova
testemunhal.
I. As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de
notificação ou intimação, e as que não comparecerem serão intimadas ex
oficio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas à condução coercitiva se
não atenderem a intimação sem justo motivo.
II. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao
serviço ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando
devidamente arroladas ou convocadas.
III. A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação.
IV. Cada uma das partes não poderá indicar mais de duas testemunhas,
salvo quando se tratar de inquérito, fase em que esse número poderá ser
elevado a três.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é correto o que se
afirma APENAS em:
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a) I, II e III.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
25 - Q15156 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário -
Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /
Provas; )
A prova pré-constituída nos autos
a) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta uma
vez que processualmente foram produzidas antes da ocorrência da
confissão.
b) pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta, não
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
c) pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta e o
indeferimento de provas posteriores implica cerceamento de defesa.
d) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta uma
vez que esta confissão gera presunção absoluta da verdade dos fatos
confessos.
e) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta em
razão do princípio da verdade real aplicado no processo do trabalho.
26 - Q12509 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; )
Considere asseguintes assertivas a respeito das provas:
I. A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deverá
responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da
perícia.
II. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de
ter litigado contra o mesmo empregador.
III. Está impedido de depor a testemunha que for parente por afinidade em
terceiro grau do reclamante.
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IV. Em regra, o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregado.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) I e II.
b) I, III e IV.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
SENTENÇA E COISA JULGADA:
1 - Q299000 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho /
Direito Processual do Trabalho / Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de
Sentença; )
Em relação à liquidação de sentença no processo do trabalho, é INCORRETO
afirmar:
a) Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, desde que
requeridos na petição inicial e constantes da condenação.
b) A liquidação pode ser feita por artigos, por cálculos ou por arbitramento.
c) A liquidação abrangerá também o cálculo das contribuições previdenciárias
devidas.
d) Na liquidação não se poderá inovar ou modificar a sentença liquidanda, nem
discutir matéria pertinente à causa principal.
e) A instauração da liquidação por artigos depende da iniciativa do credor,
facultando-se ao juiz, no entanto, determinar a sua intimação para que apresente
os seus artigos de liquidação.
2 - Q280537 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho /
Direito Processual do Trabalho / Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de
Sentença; )
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A correção monetária no processo do trabalho
a) é devida nas condenações por dano moral, a partir da data da decisão de
arbitramento ou de alteração do valor.
b) será devida, na execução da sentença, a partir da data da apresentação dos
cálculos pelo exequente.
c) não estão sujeitos à correção monetária os débitos trabalhistas das entidades
submetidas aos regimes de intervenção ou liquidação extrajudicial.
d) incide sobre o débito do trabalhador reclamante.
e) não incide sobre o pagamento dos salários até o 5o dia útil do mês subsequente
ao vencido. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção
monetária do mês da prestação dos serviços.
3- Q97414 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário
- Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Execução; Sentença,
Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; )
Considere as seguintes assertivas a respeito da liquidação da sentença:
I. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o
prazo para a entrega do laudo. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as
partes manifestar-se no prazo de cinco dias, o juiz proferirá decisão ou designará,
se necessário, audiência.
II. Na liquidação por cálculos, elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá
abrir às partes prazo comum de dez dias para impugnação fundamentada com a
indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.
III. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da
condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo.
IV. Na liquidação por cálculos, elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos
auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para
manifestação, no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.
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4 - Q62738 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Execução; Sentença, Coisa
Julgada e Liquidação de Sentença; )
Mario ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa LAGO que foi julgada
totalmente procedente. Na fase de liquidação de sentença, elaborada a conta e
tornada líquida, o juiz abriu prazo para manifestação das partes. Neste caso, a
empresa LAGO deverá apresentar impugnação fundamentada no prazo
a) comum de cinco dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de
hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis
do Trabalho.
b) comum de dez dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de
hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis
do Trabalho.
c) de dez dias contados do dia seguinte à publicação do mencionado despacho, já
que, apesar de tratar-se de prazo sucessivo, na execução, a empresa executada se
manifesta antes do exequente.
d) comum de oito dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de
hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis
do Trabalho.
e) de dez dias após a manifestação de Mário, já que este prazo é sucessivo.
RITO SUMARÍSSIMO:
1 - Q324837 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário /
Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; )
Mariana ajuizou reclamação trabalhista em face da autarquia federal X requerendo
a rescisão indireta do seu contrato de trabalho, dando à causa o valor de R$
12.000,00. Para a audiência designada, a reclamante pretende levar como
testemunhas quatro ex-colegas de trabalho, com as quais não possui amizade
íntima.Neste caso.
a) somente será permitida a oitiva de três testemunhas, não obedecendo a
demanda ao procedimento sumaríssimo.
b) será permitida a oitiva das quatros testemunhas uma vez que, no caso narrado,
a Consolidação das Leis do Trabalho permite a oitiva de até seis testemunhas.
c) será permitida a oitiva das quatros testemunhas uma vez que, no caso narrado,
a Consolidação das Leis do Trabalho permite a oitiva de até cinco testemunhas.
d) somente será permitida a oitiva de duas testemunhas, uma vez que a demanda
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obedece ao procedimento sumaríssimo em razão do valor da causa.
e) não será permitida a oitiva de nenhuma das quatro ex-colegas, tendo em vista
que a Consolidação das Leis do Trabalho veda expressamente o testemunho de ex-
colega de trabalho
2- Q302230 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -
Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e
sumaríssimo; )
Hidra pretende ajuizar uma reclamatória trabalhista em face da sua empregadora
Matrix S/A,postulando o pagamento de horas extraordinárias, totalizando o valor
equivalente a 10 (dez) salários mínimos à época do ajuizamento da ação. Nesse
caso, o procedimento processual que deve tramitar a reclamatória trabalhista e a
quantidade máxima de testemunhas que cada parte pode indicar,
respectivamente, é
a) ordinário e três testemunhas.
b) sumaríssimo e duas testemunhas.
c) inquérito judicial e seis testemunhas.
d) ordinário e cinco testemunhas.
e) sumaríssimo e três testemunhas.
3 - Q299674 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e
sumaríssimo; )
Os dissídios individuais trabalhistas podem seguir o procedimento ordinário e
sumaríssimo. Sobre esse último (sumaríssimo) é INCORRETO:
a) As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à
audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.
b) Todas as provas serão produzidas em audiência única, sendo que sobre os
documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a
parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a
critério do juiz.
c) Estão excluídas desse procedimento as demandas em que é parte a
Administração pública direta, autárquica e fundacional.
d) Esse procedimento é determinado pelo valor dos dissídios individuais, que não
exceda a 20 (vinte) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da
reclamação.
e) Nas reclamações enquadradas nesse procedimento, o pedido deverá ser certo
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ou determinado e indicará o valor correspondente, sob pena de arquivamento da
reclamação.
4 - Q292945 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -
Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e
sumaríssimo; Provas; )
O Processo Judiciário do Trabalho elenca o depoimento de testemunhas como uma
das modalidades de prova. Assim, conforme previsão da Consolidação das Leis do
Trabalho, nos dissídios individuais de Procedimento Ordinário, de Procedimento
Sumaríssimo e no Inquérito para Apuração de Falta Grave, a quantidade máxima
de testemunhas que cada parte poderá indicar é de, respectivamente,
a) três, duas e seis.
b) três, três e cinco.
c) duas, três e seis.
d) cinco, duas e cinco.
e) três, duas e quatro.
5 - Q292985 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -
Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e
sumaríssimo; )
Atenas, em dezembro de 2012, ajuizou reclamação trabalhista em face da sua
empregadora Celestial Cosméticos e Perfumes S/A postulando apenas uma
indenização por ofensas e danos morais, no valor que foi atribuído à causa de R$
6.220,00 (seis mil duzentos e vinte reais), equivalentes a 10 salários mínimos na
época da propositura da ação. Para comprovar suas alegações, conforme previsão
legal, a quantidade máxima de testemunhas que Atenas poderá indicar é de
a) três.
b) cinco.
c) duas.
d) quatro.
e) seis.
6 - Q280523 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho /
Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; )
Em relação ao procedimento sumaríssimo, é INCORRETO afirmar:
a) Os dissídios individuais cujo valor não exceda a 40 (quarenta) vezes o salário
mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam sujeitos ao
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procedimento sumaríssimo.
b) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso
de revista está limitada a demonstração de violação direta a dispositivo da
Constituição Federal ou contrariedade à Súmula do Tribunal Superior do Trabalho,
não se admitindo o recurso por contrariedade à Orientação Jurisprudencial do
TST.
c) Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a
Administração Pública direta, indireta, autárquica e fundacional.
d) Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-
se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante, justificado nos autos
pelo juiz da causa.
e) A sentença mencionará os elementos da convicção do juízo, com resumo dos
fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
7 - Q288772 ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do
Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; )
Em relação ao procedimento sumaríssimo, é correto afirmar que:
a) Cada parte não poderá se valer de mais de 3 (três) testemunhas.
b) A citação por edital somente será realizada quando o reclamante fizer a correta
indicação do nome do reclamado.
c) O juiz terá total liberdade para determinar as provas a serem produzidas.
d) Não é admissível a produção de prova pericial.
e) Somente serão produzidas na audiência de instrução e julgamento as provas
que foram previamente requeridas.
5. GABARITOS:
Audiências:
1- E 2- E 3- C 4- B 5- D
6- E 7- A 8- B 9- A 10- A
11- D 12- B
Provas:
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1- A 2- A 3- B 4- C 5- C
6- E 7- B 8- D 9- C 10- B
11- E 12- B 13- B 14- B 15- E
16- E 17- A 18- E 19- D 20- B
21- A 22- A 23- B 24- A 25- B
26- D
Sentença e Coisa Julgada:
1. A 2. A 3. E 4. E
Rito Sumaríssimo:
1- A 2-B 3-D 4-A 5-C
6- C 7- C
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Meus prezados alunos, chegamos ao término de nossa aula 05 sobre
AUDIÊNCIA, DAS PROVAS, SENTENÇA, COISA JULGADA, RITOS
SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO.
Todas as dúvidas podem ser tiradas por meio do fórum, bem como pelo
meu e-mail do Estratégia Concursos, qual seja:
brunoklippel@estrategiaconcursos.com.br !
Até breve !
Forte abraço.
Tudo de bom. Sucesso!
BRUNO KLIPPEL
Vitória/ES
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