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Aula 05 Curso: Direito Processual do Trabalho p/ TRT-BA - Analista Jud. (Área Jud. e Oficial de Justiça) Professor: Bruno Klippel Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 131 AULA 05: AUDIÊNCIA, DAS PROVAS, SENTENÇA, COISA JULGADA, RITOS SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO. SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação: 01 2. Matéria objeto da aula ± Teoria: 02 3. Questões comentadas sobre o tema: 41 4. Lista das questões apresentadas: 104 5. Gabaritos: 129 6. Considerações finais: 130 1. APRESENTAÇÃO: Prezados Alunos, Iniciamos nossa aula 05 sobre AUDIÊNCIA, DAS PROVAS, SENTENÇA, COISA JULGADA, RITOS SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO. Qualquer dúvida, é só entrar em contato comigo pelo email brunoklippel@estrategiaconcursos.com.br ! Forte abraço! Bons estudos! Bruno Klippel Vitória/ES 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 131 2. MATÉRIA OBJETO DA AULA ± TEORIA: 1. Audiência; Pode-se afirmar, sem medo de errar, que a audiência trabalhista é tida como o principal ato do procedimento em 1º grau de jurisdição, já que a maioria dos atos processuais tende a ser realizado naquele momento, tais como: tentativas de conciliação, defesa do réu, instrução, razões finais e a própria sentença. 1.1. Características; Podem ser destacadas as seguintes características das audiências trabalhistas: x Trata-se de ato público, segundo dispõe o art. 93, IX da CRFB/88, que trata do princípio da publicidade processual. A audiência será realizada a portas fechadas quando houver interesse público ou para defesa da intimidade de uma das partes, por exemplo, quando o reclamante é portador de doença grave e busca, em virtude daquela, a sua reintegração. x São realizadas em dias úteis, na sede do juízo, entre 8 e 18h, não podendo ultrapassar 5 horas seguidas: tais regras estão dispostas nos artigos 813 a 817 da CLT, que trazem, por óbvio, exceções, tais como a prevista no art. 813 da CLT sobre a designação de outro local para a realização do ato, bem como a possibilidade de se ultrapassar o limite de 5 (cinco) horas para a audiência. Sobre o tema, importante frisar que o limite acima é para cada audiência, e não para todos os atos designados para o dia. x Tolerância que as partes deverão ter em relação ao Juiz: sobre o tema, há um aparente conflito entre o art. 815 da CLT, que fala que as partes poderão retirar-se o Magistrado não comparecer ao local em até 15 (quinze) minutos após a hora marcada para o ato, e o art. 7º, XX da Lei nº 8906/94, que afirma a possibilidade do Advogado retirar-se, nas mesmas condições, após 30 (trinta) minutos. Nessa situação, que 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 131 dispositivo legal aplicar? Entende-se que a CLT deve ser aplicada, por conter norma específica sobre direito processual do trabalho. ! Ocorre que tal norma não pode ser utilizada caso o Magistrado esteja no local em que será realizada a audiência, praticando outro ato processual. Pode ocorrer de uma audiência trabalhista atrasar em decorrência de outra, na qual foram ouvidas diversas testemunhas. Mesmo que a audiência atrase mais de 15 (quinze) minutos, não poderá a parte se retirar, sob alegação de aplicação do art. 815 da CLT, pois nesse caso o Magistrado está na sede do juízo realizando outro ato processual. x Audiência una: o art. 849 da CLT prevê a audiência una para todos os procedimentos trabalhistas (ordinário, sumário e sumaríssimo), de maneira a imprimir maior celeridade aos feitos. Trata-se de mais uma técnica utilizada pelo legislador trabalhista, que preferiu não dividir os atos em duas audiências, como ocorre no rito ordinário do CPC, no qual se tem a audiência preliminar e a audiência de instrução e julgamento. O dispositivo celelista mencionado também dispõe que havendo força maior, poderá o Juiz fracionar o ato, o que geralmente ocorre quando alguma testemunha falta ou é designada perícia técnica. Nessas situações, o fracionamento é imperioso, não sendo possível a continuidade dos atos processuais. 1.2. Fases da audiência; Apregoar as partes significa, em termos simples, chamá-las para que venham participar do ato processual. Assim, as partes ± reclamante e reclamado ± são chamados por seus nomes a fim de que venham a sentar-se à mesa da sala de audiência para aquele importante ato processual. Feito o pregão das partes, se ambas estiverem presentes, será iniciada a audiência, com a primeira tentativa de conciliação. Se ausente reclamante, o processo será arquivado. Se ausente o reclamado, será julgado à revelia. Se ambos faltarem, o processo será arquivado. A questão que sempre é discutida 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 131 toca ao atraso das partes. Caso alguma delas venha a se atrasar, como deve agir o Magistrado trabalhista? Em relação ao tema, três são correntes doutrinárias: 1. Aplica por analogia o art. 815 da CLT, que prevê o atraso de 15 minutos para o Juiz; 2. Aplica o princípio da razoabilidade e diz que o Juiz deve aguardar alguns minutos; 3. Radical, afirma que não há previsão legal para o atraso das partes, devendo-se aplicar desde logo as conseqüências legais ± arquivamento e revelia ± respectivamente para o reclamante e reclamado. Apesar de ser bastante radical e, portanto, receber duras criticas da doutrina, o TST vem adotando a 3ª corrente, tendo inclusive editado a Orientação Jurisprudenciais nº 245 da SBDI-1, que afirma a inexistência de previsão legal sobre a tolerância em relação ao atraso das partes. ! Entende-se que essa deve ser a resposta a ser utilizada nos concursos públicos, por ser mais segura, apesar de na prática observa-se uma certa tolerância, o que vai ao encontro do princípio da razoabilidade. Sobre o comparecimento das partes, dispõe o art. 843 da CLT, que deverão apresentar-se pessoalmente, sendo que as pessoas jurídicas deverão fazer-se representar por gerente ou proposto. Nas ações plúrimas ou nas ações de cumprimento, os reclamantes, por serem em número considerável, poderão ser representados por comissão de trabalhadores ou pelo Sindicato. Presentes as partes, segue-se para a primeira tentativa de conciliação, que em tese mostra-se como obrigatória, por meio da qual o Juiz tentará convencer as partes sobre os benefícios de uma solução conciliatória, conforme lhe impõe o art. 125 do CPC. Se as partes chegarem a um acordo, sendo o mesmo homologado, a demanda será extinta com resolução do mérito, nos termos do art. 269, III do CPC. ! Atenção, pois a Súmula 418 do TST prevê a faculdade do Magistrado em homologar acordo apresentado pelas partes, já que pode aquele entender que é maléfica ao empregado ± a quem a lei deve sempre proteger ± razão pela qual será o pedido de homologação indeferido. Emnão havendo acordo, passarão as partes à próxima fase da audiência, destinada a apresentação da defesa pelo reclamado, nos moldes estudados anteriormente, que podem ser resumidas da seguinte maneira: a defesa do 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 131 reclamado será apresentada oralmente, no prazo de 20 (vinte) minutos, podendo englobar a contestação, as exceções (suspeição, impedimento e incompetência) e a reconvenção. Se a defesa consistir na alegação de fatos extintivos, impeditivos e modificativos, isto é, se for formulada defesa indireta de mérito, o autor apresentará manifestação oral, que será reduzida à termo na ata de audiência, passando-se a instrução processual. Na fase instrutória, poderão ser ouvidas as partes, ou seja, tomados os seus depoimentos pessoais, assim como ouvidas as testemunhas, que segundo será ainda estudado, comparecem independentemente de intimação. ! Vale a pena gravar que não há previsão legal para o depósito de rol prévio de testemunhas e intimação para audiência, pois segundo o art. 825 da CLT, as testemunhas comparecem independentemente de intimação. ! Ainda sobre a prova testemunhal, sempre lembrar que no rito ordinário e sumário são em número máximo de 3 (três) para cada parte, no sumaríssimo no máximo 2 (duas) para cada parte e no inquérito para apuração de falta grave, podem ser ouvidas até 6 (seis) testemunhas para cada parte. Ainda sobre a fase instrutória, nesse momento poderá o Magistrado deferir prova pericial, sendo que por aplicação do princípio da celeridade, já deverá no mesmo ato definir o objeto da perícia, designar o perito, fixar prazo para a entrega do laudo, bem como dos quesitos pelas partes, da forma a acelerar a realização do ato. Finda a instrução, seguir-se-á, conforme dispõe o art. 850 da CLT, às razões finais, em regra orais, pelo prazo de 10 (dez) minutos para cada parte, sendo que ao final dessas será realizada nova tentativa de conciliação que, sendo frustrada, levará ao próximo ato: a sentença. ! Ao término da audiência deve ser buscada nova tentativa de conciliação, já que em tese a probabilidade de acordo nesse momento é maior se comparado ao início do ato. Apesar de não ser comum, pode o Magistrado proferir sentença oral, ao cabo da audiência, sendo que no rito ordinário o relatório não está dispensado, diferentemente do que ocorre no sumaríssimo, ainda a ser estudado, ao havendo prazo para que o Juiz profira a decisão. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 131 1.3. Ausência das partes à audiência; As conseqüências processuais são diferentes para a ausência das partes ± reclamante e reclamado ± sendo mais severas para o segundo, em razão do princípio da proteção, aplicável à todas as fases do procedimento trabalhista. Se as partes são diferentes, devem ser tratadas de maneira diferente, aplicando- se conseqüências processuais menos severas para reclamante, em regra o empregado, em detrimento do empregador. 1.3.1. Reclamante; O tema é tratado no art. 844 da CLT, que traz a conseqüência do não comparecimento do reclamante à audiência: arquivamento do feito. O arquivamento do processo é a denominação usual em processo do trabalho para extinção sem resolução do mérito. O processo trabalhista somente não será arquivado se presente a hipótese descrita no art. 843, §2º da CLT, que prevê a presença de outro empregado ou de membro do sindicato à audiência para justificar a ausência do reclamante. Apenas nessa hipótese, a audiência será suspensa, designando-se nova data, uma vez haver justificativa plausível para o fracionamento do ato. O arquivamento do processo por ausência do reclamante acarretará a condenação daquele ao pagamento das custas processuais, nessa hipótese, calculadas em 2% (dois por cento) do valor atribuído a causa. Se houve pedido de justiça gratuita, o Magistrado isentará do pagamento da quantia. A regra é totalmente favorável à aplicação do princípio da proteção, uma vez que arquivando-se o processo, poderá o autor intentar novamente a ação, não havendo qualquer prejuízo. Ademais, mesmo arquivado, a prescrição restará interrompida, nos termos da Súmula n. 268 do TST. 1.3.2. Reclamado; A questão igualmente está prevista no art. 844 da CLT, porém, mostra-se absolutamente mais severa para o reclamado, já que a ausência acarretará a revelia, com a presunção de veracidade dos fatos afirmados, conforme já 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 131 estudado. Percebe-se que a revelia surge da impossibilidade de apresentação de defesa posterior, já que aquele ato deveria ser realizado em audiência, sob pena de preclusão. Salienta-se que a revelia surgirá mesmo que presente o Advogado da reclamada, munido de defesa, documentos e procuração, se ausente um representante da empresa (gerente, sócio ou preposto), uma vez que o art. 23 do Código de Ética da Advocacia veda o exercício, ao mesmo tempo, das funções de Advogado e preposto. Presente apenas o Advogado, a empresa será revel. 1.3.3. Ausência à audiência em prosseguimento; A ausência do reclamante que acarreta o arquivamento do processo, segundo disposição sumulada do TST, é a que ocorre na audiência inaugural (ou una), uma vez que aquela conseqüência não surgirá se ausente o reclamante em audiência em prosseguimento, isto é, naquela designada para a instrução processual, após a defesa do reclamado. Exemplificando, o reclamado apresentou defesa em audiência e o Juiz verificou a necessidade de prova pericial. Diante disso, designou nova audiência, para data posterior a entrega do laudo pericial, de forma a serem ouvidas as partes e testemunhas. A ausência nessa segunda audiência (em prosseguimento), nos ditames da Súmula n. 9 do TST, não gera arquivamento, e sim, confissão da parte, se intimada para comparecer e prestar depoimento pessoal (Sumula n. 74 TST) e perda das demais provas, tais como as testemunhas que poderia ouvir naquele momento. 2. Instrução; Inicia-se o estudo da fase instrutória do processo do trabalho, que também se desenvolve durante a audiência una, mas que pode acarretar a suspensão do ato e o necessário fracionamento do mesmo, gerando num mesmo processo a ocorrência de duas, três ou mais audiências. Podem ser conceituadas as provas como os mecanismos processuais aptos à demonstração da verdade dos fatos articulados pelas partes, de maneira a atingir-se a verdade real. 2.1. Princípios; 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 131 A respeito da prova e de sua produção, destacam-se os seguintes princípios, basilares em direito processual do trabalho: x Isonomia processual: A previsão contida no art. 5º, caput da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, de inegável aplicação tambémno campo processual, juntamente com as disposições do art. 125 do CPC, que conferem ao Juiz o dever de tratar as partes igualmente, informam que o Juiz, ao definir as provas a serem produzidas, deve valer-se daquele postulado e permitir a participação dos litigantes, sem qualquer discriminação, na produção das provas. Mesmo que uma das partes não tenha, por exemplo, requerido a produção de prova pericial, ao deferi-la, deverá o Magistrado possibilitar a sua participação. x Contraditório e ampla defesa: Sabe-se que o contraditório é traduzido na expressão informação + possibilidade de reação, o que significa dizer que o Magistrado trabalhista deve sempre possibilitar o conhecimento, por uma parte, das provas produzidas pela outra, de maneira que tenha ciência daquilo que é levado ao processo pelo opositor, podendo valer-se dos meios de impugnação existentes. Mesmo inexistindo previsão para a interposição de recursos em face de decisões interlocutórias, salvo as hipóteses da Súmula n. 214 do TST, ao opoente poderá manifestar-se em petição dirigida ao próprio juiz, sobre a prova produzida pela outra parte, exercendo assim o contraditório. Já a ampla defesa estará assegurada se o Juiz possibilitar às partes a produção de todos os meios de prova admitidos em juízo, ainda que não previstos na CLT e CPC, conforme previsão do art. 332 do CPC. x Livre convencimento motivado do juiz: O sistema processual brasileira trabalha sob a ótica do livre convencimento motivado do Juiz, conforme art. 93, IX da CRFB/88 e art. 131 do CPC, não se aplicando o sistema de prova legal, segundo o qual cada meio de prova possuía uma força, havendo provas mais fortes e outras menos fortes. Em nosso sistema, todos os meios de prova possuem a mesma força probante, devendo o Magistrado analisá-las e concluir pela procedência ou improcedência dos pedidos do autor, utilizando-se de seu livre 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 131 convencimento. Contudo, deverá expor na decisão os motivos que lhe convenceram, já que há a necessidade de motivação do decisum. x Licitude das provas: A CRFB/88 destaca em seu art. 5º, LVI a inadmissibilidade das provas produzidas por meios ilícitos. Além disso, o art. 322 do CPC prevê a possibilidade de utilização de todos os meios legais de provas. Certamente a inserção do dispositivo legal na Constituição Federal deu-se em virtude da mudança de sistema ocorrida em nosso país ± autoritário para democrático ± buscando-se no momento atual banir totalmente as práticas correntes em períodos anteriores, SULQFLSDOPHQWH� D� WRUWXUD�� TXH� OHYDYD� DV� ³FRQILVV}HV´� WDQWDV� YH]HV� encontradas na historio de nosso país. Porém, a restrição imposta não se mostrou absoluta, principalmente com o amadurecimento da jurisprudência e a dificuldade de produção de provas em algumas situações nocivas à sociedade. Assim, chegou-se ao estágio de desenvolvimento que nos permite afirmar que as provas ilícitas podem ser utilizadas excepcionalmente, desde que não haja possibilidade de qualquer outro meio e que o direito a ser protegido seja mais importante do que a privacidade e dignidade daquele que a lei visava proteger. Assim, utilizando-se dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, o Magistrado, no caso concreto, poderá fundamentar sua decisão em uma prova ilícita, sem que tal fato acarrete nulidade processual. ! A análise deve ser realizada no caso concreto, utilizando-se dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, já que estamos diante de uma proibição, mesmo que relativa, imposta pela CRFB//88. x Busca pela verdade real: Não se pode mais afirmar que o processo civil (também o processo do trabalho) se vale da verdade formal, enquanto o processo penal se vale da verdade real, uma vez que a doutrina e jurisprudência atualmente são unânimes em afirmar que o processo, seja civil, trabalhista, penal, etc., é um instrumento do Estado para o descobrimento da verdade, daquilo que realmente ocorreu no mundo dos fatos. Assim, não se pode mais aceitar a postura passiva dos Magistrados, que por muitos anos décadas apenas aguardaram as provas serem trazidas pelas partes. A mudança de paradigma em relação ao tema fez com que o Juiz passasse a desempenhar uma função ainda mais ativa, 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 131 também no tocante a produção das provas, em especial, através dos seus poderes instrutórios, previstos no art. 130 do CPC, que permite a ele produzir a prova que entender necessária ao descobrimento da verdade. Assim deve ser vista a atuação jurisdicional, sempre buscando a verdade real. x Necessidade da prova: Os meios de prova somente serão produzidos tendo por base a existência de fatos controvertidos e, excepcionalmente, para demonstração do direito, conforme previsão do art. 337 do CPC. Se o fato não é controvertido, é porque foi confessado pela outra parte, é notório ou sobre o mesmo existe presunção de veracidade, hipóteses nas quais não há necessidade de prova, segundo art. 334 do CPC. Em relação à prova do direito, poderá ser requerida pelo Magistrado quando a parte alegar em seu favor a aplicação de legislação estadual, municipal, estrangeira ou consuetudinária, de acordo com o art. 337 do CPC. Ainda relação ao tema, destaca-se o ônus que as partes possuem de provar as suas alegações, sob pena de seus fundamentos não serem aceitos, carreando decisão desfavorável. Trata-se do ônus da prova, a ser melhor estudado em tópicos seguintes. x Imediatidade: Tal princípio informa que as provas serão produzidas diretamente pelo Juiz, ou seja, o contato deste com aquelas se faz de maneira imediata, para que o resultado não sofra qualquer interferência das partes. A regra serve paras provas orais, como o interrogatório, o depoimento pessoal e a prova testemunhal, já que as provas documental e pericial são produzidas em momentos distintos, sem a participação do Magistrado, cabendo-lhe analisá-las e concluir pela procedência ou não das informações ali contidas. A inspeção judicial, apesar de não ser comum na prática, também pode ser encarada como um meio de prova imediato, já que realizada diretamente pelo Magistrado. x Oralidade: O princípio da oralidade, de inegável importância no processo do trabalho, já estudado em sua inteireza em tópico específico, também está diretamente ligado à produção de provas, já que a fase instrutória se desenvolve basicamente em audiência, sendo que os atos naquela oportunidade são todos orais, tais como o deferimento de prova pericial, a descrição de seu objeto e outros aspectos relevantes para o exame técnico, assim como a oitiva das partes e testemunhas. O princípio em 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 131 análise possui inegável importância para a celeridade e efetividade processuais. 2.2. Objeto de prova; Como regra geral, a prova incide sobre os fatos que são narrados pelas partes. Assim, em demanda visando ao reconhecimento do vínculo de emprego, deverão ser provadas asubordinação, a onerosidade, a habitualidade e a pessoalidade, requisitos dispostos no art. 3º da CLT. Se não restar provado qualquer dos requisitos, a pretensão será julgada improcedente. Contudo, não são todos os fatos que devem ser provados, já que alguns são de antemão excluídos pelo legislador, nos termos do art. 334 do CPC, tais como os fatos: notórios, afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, admitidos no processo como incontroversos e em cujo favor milita presunção de existência ou de veracidade. No tocante ao direito, em regra, não há necessidade de prová-lo, e sim, alegar que houve violação ao mesmo e que, portanto, devem ser produzidos os efeitos que dele decorrem. Exclui-se a necessidade de sua prova pois o juiz conhece o direito, ou seja, iura novit curia. A regra somente é aplicável ao direito federal, sendo que as partes podem alegar outras normas, de caráter estadual, municipal, estrangeiro ou mesmo consuetudinárias (decorrentes do costume). Nessas situações, prescreve o art. 337 do CPC que o Juiz poderá exigir da parte a prova do direito, isto é, de que a lei existe, que aquele é o seu teor e que está em vigor. No processo do trabalho existem diversas normas que podem ser aplicadas aos contratos de trabalho e, portanto, serem analisadas pelo Magistrado em um demanda, que não são de conhecimento público ou, mesmo sendo, não possui o Juiz a obrigação de conhecê-los, razão pela qual pode ser aplicado o art. 337 do CPC. São eles: acordos e convenções coletivas de trabalho, tratados e convenções internacionais, regulamentos de empresa, planos e carreiras, dentre outros. 2.3. Meios da prova; 2. 3.1. Prova testemunhal; 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 131 Sabe-se, na prática, que a prova testemunhal é uma das mais importantes no processo do trabalho, uma vez que o empregado, na maioria das vezes, não dispõe de documentos que comprovem todas as suas alegações, sendo que tais podem ser comprovados por outros empregados, que presenciavam os fatos, como ocorre em relação ao dano moral decorrência de humilhação, dentre outros. A prova testemunha é capaz de comprovar a veracidade dos fatos aduzidos pelo autor, salvo, conforme art. 400 do CPC, já estiverem comprovados pela ocorrência de confissão real da parte ou só poderem ser provados por prova pericial, como ocorre com a insalubridade e periculosidade, que dependem daquela espécie de prova técnica. Importante ressaltar que o art. 401 do CPC traz uma restrição à utilização da prova testemunha, ao afirmar que aquele, sendo exclusiva, não prova os negócios jurídicos de valor superior a 10 (dez) salários mínimos, situação em que é necessário alguma prova documental. Assim, na esfera cível, não é possível provar a existência de uma dívida de R$10.000,00 (dez mil reais) tão somente por prova testemunhal, já que a quantia é superior a 10 (dez) salários mínimos. Ocorre que doutrina e jurisprudência majoritárias afirmam a não aplicação do dispositivo na seara do processo do trabalho, pois certamente traria restrição muito forte à prova do empregado, retirando-lhe, muitas vezes, a possibilidade de comprovar a violação ao direito. ! Assim, pode ser comprovada a realização de horas extras, por exemplo, que geram o dever de indenizar de R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) apenas por prova testemunhal, já que afastada está a restrição imposta pelo art. 401 do CPC. Ainda em relação ao tema prova testemunhal, mostra-se sempre necessário falar sobre os limites impostos ao número de testemunhas nos diversos ritos trabalhistas, já que essa matéria é frequentemente cobrada nos exames. O quadro abaixo resume a questão: PROCEDIMENTO Ordinário Sumário Sumaríssimo Inquérito para apuração de falta 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 131 grave NÚMERO DE TESTEMUNHAS 3 3 2 6 O limite imposto pela lei deve ser assim entendido: x No pólo ativo: sendo facultativa a formação do pólo ativo, o número máximo de testemunhas é para todos os litigantes, isto é, se a ação foi ajuizada por 3 (três) reclamantes, o número máximo de testemunhas para todos, no rito ordinário, será de 3 (três), ou seja, todos aproveitarão as mesma testemunhas, já que optaram por ajuizar a demanda conjuntamente. x No pólo passivo: sendo a formação do pólo passivo dependente exclusivamente da vontade do autor, não podem os réus serem prejudicados pela aglutinação, no pólo passivo, de diversos litigantes, razão pela qual o número máximo de testemunhas, conforme tabela acima, é para cada litigantes. Assim, se dois os reclamados, cada um poderá valer-se de 3 (três) testemunhas no rito ordinário, no total de 6 (seis). ! Importante sempre lembrar que o procedimento trabalhista que possui previsão de maior número de testemunhas é o inquérito para apuração de falta grave, sendo possível arrolar até 6 (seis) para cada pólo. Tal fato se dá em virtude do objeto da referida ação, que busca desconstituir a estabilidade provisória de alguns trabalhadores, como o dirigente sindical, por exemplo. Situação atinente à prova testemunhal frequentemente cobrada em provas de concursos está relacionada à ocorrência ou não de suspeição quando a testemunha está litigando ou já litigou contra o empregador. Assim, se João é WHVWHPXQKD�HP�SURFHVVR�PRYLGR�SRU�-RVp�HP�IDFH�GD�HPSUHVD�³$OID´��VHUi�-RmR� suspeito se também estiver movendo ação em face da mesma empresa? E se já tiver ajuizada demanda anteriormente? Ao analisar a situação, o TST levou em consideração diversas premissas: x A prova testemunhal é uma das mais importantes no processo do trabalho sob a ótica do empregado; 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 131 x Na maioria das vezes o empregado dispõe de poucos empregados ou ex- empregados que tem conhecimento dos fatos e que podem ser testemunhas; x Não se pode presumir que a testemunha será suspeita apenas por ter movido ação em face da mesma empresa, isto é, presume-se que aquele contará a verdade e não o contrário. Com base nessas premissas, o TST editou a Súmula n. 357, cuja redação destaca a ausência de suspeição da testemunha nas situações versadas. Caberá, SRU�yEYLR��DR�-XL]�GR�7UDEDOKR�YHULILFDU�TXH�QmR�H[LVWH�XPD�³WURFD�GH� IDYRUHV´� entre reclamante e testemunha. Se chegar a essa conclusão, poderá dispensar a testemunha ou ouvi-la como informante. Ainda em relação à produção da prova testemunhal, tem-se a dúvida sobre a testemunha menor de 18 (dezoito) anos. Apesar da dúvida doutrinária e jurisprudencial, bem como a existência de diversas correntes, a melhor análise da questão resume-se a dizer que o menos de 18 (dezoito) anos será ouvido como informante, não prestando o compromisso de dizer a verdade, já que não pode ser sujeito do crime de falso testemunho, por não possuir idade penal. Aspecto de relevo e que não pode ser esquecido em relação a produção da prova testemunhal diz respeitoà possibilidade das partes contraditarem as testemunhas, conforme art. 414, §1º do CPC, isto e, de afirmarem e demonstrarem em juízo que aquela é suspeito, impedida ou incapaz de depor. O ato de contraditar deve ser realizado em período bastante específico, sob pena de preclusão. Tal período se dá entre a qualificação da testemunha e o compromisso de dizer a verdade, ou seja, é nesse meio-tempo que a parte contrária deverá contraditar. Disso resulta que tomado o compromisso da testemunha, preclusa estará a possibilidade da contradita. Último ponto relacionado à produção da prova testemunhal, deixado para esse momento em virtude de sua importância, é a inexistência de rol prévio de testemunhas, para que sejam intimadas, como ocorre no processo civil, quando as partes arrolam as testemunhas antes da audiência de instrução e julgamento para que sejam tempestivamente intimadas a comparecer àquele ato processual. No processo do trabalho não existe tal sistemática, ou seja, não é feita a intimação prévia das testemunhas, haja vista que o art. 825 da CLT prevê o comparecimento das testemunhas independentemente de intimação. Assim, 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 131 deverão as partes conversar com as possíveis testemunhas, convidando-as a comparecer ao ato. Caso não compareçam, poderão as partes requerer a intimação para a próxima audiência, sob pena de condução coercitiva e aplicação de multa. No rito ordinário, para que o Magistrado determine a intimação da testemunha faltante, basta a afirmação na audiência de que a testemunha, apesar de convidada, não compareceu. ! Não há necessidade, tampouco previsão legal, para a inserção de rol de testemunhas na petição inicial e pedido de intimação para comparecimento à audiência, já que o art. 825 da CLT prevê o comparecimento das testemunhas independentemente de intimação. Já no rito sumaríssimo, surge uma norma específica, inserta no art. 852-H, §3º CLT, que informa que as testemunhas, até o limite de 2 (duas), somente serão intimadas se a parte comprovar que as convidou. Assim, não basta apenas a afirmação, sendo necessária a comprovação do fato, que pode se dar por A.R (aviso de recebimento dos correios), declaração assinada pela testemunha ou mesmo por meio de outra testemunha que tenha presenciado o convite. ! Se a parte não provar na audiência que foi formulado convite para a testemunha comparecer à audiência, o Juiz poderá indeferir a produção daquela prova. Por óbvio, tendo em vista os seus poderes instrutórios, poderá deferir a intimação, conforme art. 130 do CPC. 2.3.2. Prova documental; Trata-se de meio de comprovação material da existência e veracidade dos fatos afirmados em juízo, consistindo em contratos, declarações, fotografias, gravações e quaisquer outros meios de prova de existência material. Os documentos podem ser levados ao processo em sua forma original ou em cópias autenticadas, não sendo mais necessária que a autenticação seja feita em cartório, já que o art. 830 da CLT, alterado em 2009 para tornar-se igual ao art. 365, IV do CPC, permite que os aqueles sejam juntados em cópias simples, declaradas autênticas pelo Advogado, sob sua responsabilidade pessoal (civil, administrativa e criminal). 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 131 Caso a parte contrária impugne o conteúdo do documento, o Juiz intimará a parte que o apresentou para juntar aos autos os originais ou as cópias autênticas, de forma a verificar-se a ocorrência ou não de fraude. A prova documental é, em regra, apresentada na petição inicial e na defesa do réu, sendo esses os momentos adequados à sua produção, uma vez que o princípio da eventualidade é aplicável ao processo do trabalho. A regra geral acima descrita encontra-se previstas em dispositivos da CLT e do CPC, tais como artigos 787 e 845 da CLT e artigos 283 e 396 do CPC. Contudo, a regra comporta exceção, como aquela prevista no art. 397 do CPC, que faz menção aos documentos novos, utilizados para provar fatos que ocorreram depois do ajuizamento da ação e apresentação da defesa. A apresentação de tais documentos em momento posterior ao ajuizamento ou defesa do réu somente é possível mediante justificativa plausível no sentido de demonstrar a impossibilidade de juntada anterior. ! O conceito de justa causa, que aduz a acontecimento imprevisível, é sempre utilizado em relação ao tema. Os documentos novos, ou seja, que inexistiam na época da inicial e defesa, obviamente podem ser juntados no curso do processo, pois surgiram quando já ultrapassados os momentos adequados para a sua juntada. Destaque de revelo merece a Súmula nº 8 do TST, que trata do tema juntada de documentos na esfera recursal. O requerimento de juntada de documentos em recurso, apesar de excepcional, é processualmente possível, desde que atendidas as prescrições da referida súmula, que trata o assunto com absoluta excepcionalidade. Nos termos do verbete consolidado: ³$� MXQWDGD� GH� documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento SDUD� VXD� RSRUWXQD� DSUHVHQWDomR� RX� VH� UHIHULU� D� IDWR� SRVWHULRU� j� VHQWHQoD´� Portanto, duas são as situações que permitem a juntada de documentos nos recursos trabalhistas: x Demonstração de que apesar dos documentos existirem quando a demanda tramitava em primeiro grau, era impossível a sua juntada naquele momento; x Os documentos referem-se a fatos que surgiram depois da sentença e que, por isso, não foram juntados aos autos em primeiro grau, já que irrelevantes, naquele momento, para o julgamento de mérito. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 131 Duas situações merecem estudo mais detalhado. Tratam-se de dois documentos amplamente utilizados nas demandas trabalhistas: CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) e cartões de registro de ponto do empregado. x CTPS: na carteira de trabalho do empregado são anotados importantes dados sobre o seu contrato de trabalho. Conforme art. 29 da CLT, nela serão expostos os dados do empregador, data de admissão, salário e forma de pagamento dos salários , bem como condições especiais de trabalho, caso hajam. Por ser que, para fraudar direitos trabalhistas e reduzir o pagamento de FGTS e INSS, o empregador anote na CTPS um salário menor do que o realmente pago, efetuando o pagamento daqueles haveres com base no salário anotado. Aquela anotação não gera uma presunção jure et de júris, ou seja, absoluta, e sim, presunção juris tantum, isto é, relativa, podendo-se provar que aquela anotação não coincide com a verdade. Caso o empregado prove que recebia salário superior ao anotado na CTPS, além da condenação da empresa ao pagamento das diferenças de FGTS, INSS e qualquer outra verba incidente sobre o salário, haverá a condenação a retificação daquele documento. Trata-se de incidência do princípio da primazia da realidade. x Cartões de ponto: Dispõe o art. 74, §2º da CLT que os estabelecimentos com mais de 10 (dez) empregados deverão possuirsistema de registro de freqüência dos empregados, que anotará os horários de entrada e saída, bem como de intervalos, de forma a que se possa posteriormente verificar se as normas sobre limite de jornada de trabalho e intervalos estão sendo cumpridas, já que se tratam de normas de ordem pública, relacionadas à saúde e segurança do trabalhador. Da mesma forma que a CTPS, os cartões de ponto também podem ser fraudados, ou seja, podem conter informações inverídicas, que não condizem com a realidade do contrato de trabalho. Aquelas informações também geram presunção apenas relativa. Duas situações muito comuns em demandas trabalhistas merecem ser estudadas: o Pedido de pagamento de horas extraordinárias e não juntada dos cartões de ponto pelo reclamado: nessa situação, se a ausência dos cartões de ponto não for justificada, será presumida a jornada de trabalho descrita na petição inicial, já que os cartões seriam a prova mais importante do reclamado para demonstrar que 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 131 o obreiro trabalhou dentro dos limites impostos para a jornada de trabalho. A presunção é relativa, podendo haver prova em contrário. Esse entendimento só pode se aplicar quando: A empresa possuir mais de 10 (dez) empregados, ou seja, 11 (onze), pois somente nessa situação há a obrigatoriedade de criação de sistema de registro e controle de jornada; Não houver justificativa para a ausência dos cartões de ponto ou quando aquela for considerada insubsistente pelo Magistrado; A jornada descrita na inicial não for irreal, absurda, já que a ausência dos cartões de ponto não pode criar uma presunção de veracidade sobre algo que se sabe não ser crível, ou seja, viável para a normalidade, como por exemplo, jornada de 20 (vinte) horas diárias, etc. o Pedido de pagamento de horas extraordinárias e juntada dos FDUW}HV� GH� SRQWR� SHOR� UHFODPDGR� FRP� ³KRUiULR� EULWkQLFR´�� pode ser que o reclamado junte aos autos os cartões de ponto, mas esses contenham horários de entrada e saída sempre iguais, sem qualquer atraso ou adiantamento durante o vínculo de emprego. Tais cartões são considerados pela Súmula nº 338 do TST como imprestáveis à comprovação da jornada, uma vez que é impossível um funcionário iniciar e terminar a jornada sempre no mesmo instante, por exemplo, ingressando sempre as 8h e saindo as 17h. Presume-se que um dia ele pode chegar as 7:58h e sair as 17:03, entrar as 8:03h e sair as 16:59h, etc. 2.3.3. Prova pericial; A prova pericial é deferida quando há necessidade de conhecimentos técnicos sobre determinado fato controvertido dos autos, que não pode ser provado, por exemplo, por testemunhas ou documentos. Nessa hipótese, o Magistrado se vale de um expert, ou seja, de um profissional habilitado em determinado ramo da ciência, como um médico, administrador, contador, dentista, engenheiro, dentro outros, que analisará um bem móvel ou imóvel, uma pessoa, um escrito, um 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 131 local, dentre tantos outros objetos que podem ser periciados. Dependendo do objeto a ser periciado, o exame receberá uma denominação específica, a saber: x Exame: pessoas e coisas; x Vistoria: bens imóveis; x Avaliação: atribuição de valor a determinado bem; ! A perícia será admissível quando o fato controvertido demandar conhecimentos técnicos que o Magistrado não possua, razão pela qual a análise será realizada por técnico especializado. Há situações em que o exame pericial é indispensável, outras nas quais é aconselhável. Como exemplos da primeira situação ± indispensabilidade ± destaque para o art. 195, §2º da CLT, que trata da análise sobre insalubridade e periculosidade. Como exemplo de situações em que a perícia é aconselhável, tem-se as demandas em que se busca indenização por acidente de trabalho, ocasião em que geralmente é discutida a incapacidade para o trabalho; e pedidos de equiparação salarial, em que é necessária a prova das atribuições e a semelhança delas para com o paradigma. Mesmo nas situações em que a perícia é considerada obrigatória, indispensável, há possibilidade do Magistrado, no caso concreto, levando em consideração pormenores da causa, substituí-la por documentos, se considerar que esses comprovam o fato controvertido sem deixar qualquer dúvida. Também há que se destacar a utilização de perícia emprestada, que é aquela realizada em outra demanda mas que pode ser aproveitada na presente, em decorrência da similitude existente. ! Por vezes a perícia não pode mais ser realizada, sendo substituída por outros meios de prova, como pode ocorrer na mudança do local de trabalho ou dos equipamentos nele existentes, em demanda em que se requer o reconhecimento de insalubridade. A perícia não serve para atestar a ocorrência dos agentes insalubres, pois a modificação do ambiente de trabalho impede a análise pericial, já que diferente daquele em que laborava o reclamante. Nessa situação, dispensa-se a perícia e busca-se a prova do direito através dos demais meios de prova admitidos pelas normas de processo. Esse é o 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 131 entendimento da OJ nº 278 da SDI-1 do TST, que trata do adicional de insalubridade. O procedimento da prova pericial geralmente é simples, mas pode conter algumas peculiaridades, que serão analisadas a partir de agora. Geralmente, após receber a defesa do réu em audiência, o Juiz, percebendo que há necessidade da prova pericial, defere a realização daquela, designa o perito, declara o objeto do exame a ser feito e consigna prazo para a entrega do laudo. Aquele perito designado pelo Juiz pode declinar do ofício, justificando a recusa, bem como pode ser substituído no curso do exame, caso não conduza o mesmo dentro dos deveres impostos pelo art. 146 do CPC, havendo a substituição descrita no art. 147 daquele mesmo código. Ademais, após concluído o exame e entregue o laudo, podem as partes requerer a complementação, caso o expert não tenha respondido aos quesitos (perguntas) apresentadas pelas partes, ou tenha se olvidado de uma alguma informação relevante. Além disso, as partes podem requerer e o Juiz determinar de ofício, que o perito preste esclarecimentos em audiência. Pode ainda, mesmo com a entrega do laudo pericial, ser requerida e realizada uma segunda perícia e quantas outras se mostrarem necessárias, sobre o mesmo objeto. Tal possibilidade encontra respaldo no art. 130 do CPC, relacionado aos poderes instrutórios do Juiz. ! Os poderes instrutórios do Juiz consistem na possibilidade do Magistrado deferir ou indeferir as provas requeridas pelas partes ou determinar a sua realização de ofício, ou seja, sem pedido, de forma a encontrar a verdade real. O deferimento e o indeferimento devem ser fundamentados, conforme art. 93, IX da CRFB/88, por se tratarem de decisões interlocutórias, que na justiça do trabalho, em regra, são irrecorríveis (art. 893, §1º da CLT e Súmula nº 214 do TST). Aspectoextremamente importante sobre a realização da perícia e que é diferente em relação ao processo civil, toca ao pagamento de honorários periciais prévios. O que em regra é possível no processo civil, não pode ocorrer no processo do trabalho, já que o ajuizamento de demanda trabalhista é gratuito, sendo as custas pagas pelo perdedor apenas ao final, com o trânsito em julgado. Assim, na seara processual do trabalho, a cobrança de honorários periciais prévios é ilegal, segundo a OJ nº 98 da SBDI-2 do TST, que aduz à 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 131 possibilidade de ser impetrado mandado de segurança contra a decisão do Juiz que estipular o pagamento daquela espécie de honorários. ! Os honorários periciais prévios são ilegais, já que a gratuidade é a regra geral para o ajuizamento de demandas trabalhistas. ! Da decisão que determinar o pagamento daqueles honorários prévios, caberá mandado de segurança, da competência do TRT, caso a autoridade coatora seja o Juiz do Trabalho. ! Apesar da previsão contida na OJ nº 98 da SBDI-2 do TST, na prática é comum o pagamento de honorários periciais prévios, uma vez que dificilmente um perito aceitará trabalhar para receber apenas após o trânsito em julgado. As informações acima são aplicáveis as demandas em que se discute a existência ou o reconhecimento de relação de emprego. Com o advento da Emenda Constitucional nº 45/04, a competência da Justiça do Trabalho foi ampliada, abarcando também as demandas envolvendo relação de trabalho, fazendo com que o TST adaptasse alguns entendimentos acerca da questão. Por meio da Instrução Normativa (IN) nº 27/2005, aquele tribunal passou a entender que, nas demandas envolvendo relação de trabalho, a cobrança de honorários periciais prévios é possível, fixando-se a faculdade do Juiz determinar o pagamento, devendo o Magistrado analisar a possibilidade financeira do reclamante, de forma a não impedir o acesso à prova pericial, talvez indispensável à comprovação dos fatos constitutivos de seu direito. ! Por tratar-se de faculdade das partes, os honorários do assistente técnico serão pagas exclusivamente pela parte contratante, conforme Súmula nº 341 do TST. Ainda sobre honorários periciais, o art. 790-B da CLT destaca que ³D� responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça JUDWXLWD´�� o que significa dizer que, pode ser que o reclamante vença parcialmente a demanda (sentença de parcial procedência), mas tenha o pedido fundado na prova pericial julgado improcedente. Nessa hipótese, por ter sido perdedor na perícia (sucumbente no objeto da perícia), deverá arcar com o valor a ser arbitrado pelo Juiz como honorários periciais. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 131 ! Não é o perdedor da demanda, ou seja, aquele que foi condenado, que arcará com os honorários periciais, e sim, aquele que não teve reconhecido o direito fundado no exame pericial. Se aquele que for sucumbente no objeto da perícia estiver assistido pelo benefício da justiça gratuita, conforme referido no art. 790-B da CLT, o pagamento dos honorários periciais será de responsabilidade da União, conforme disciplinado pela OJ nº 387 da SBDI-1 do TST, a seguir transcrita: ³A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 35/2007 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho ± &6-7´� 2.3.4. Depoimento pessoal das partes; O depoimento pessoal das partes será requerido com o intuito de esclarecer determinados fatos controvertidos, buscando-se a elucidação dos mesmos e, por conseqüência, o julgamento do litígio. Esclarece-se que a legislação trabalhista confunde por vezes o depoimento pessoal e o interrogatório. Contudo, nítida é a distinção, pelos seguintes fundamentos: x O depoimento é requerido pela parte contrária, enquanto o interrogatório é determinado pelo Juiz, de ofício, ou seja, sem requerimento da parte; x O depoimento é colhido na audiência de instrução e julgamento, uma única vez, ao passo que o interrogatório pode ser colhido diversas vezes durante o curso do processo, em qualquer momento processual; Tais diferenças encontram-se dispostas nos artigos 342 e 343 do CPC, bem como nos artigos 819 e 848 da CLT, sendo que esse último código por vezes confunde os conceitos, como já dito anteriormente. Na prática trabalhista, tomando-se por base o art. 848 da CLT, o Juiz, de ofício, interrogará as partes sobre os fatos relevantes e controvertidos da causa, tentando extrair a verdade dos fatos através da confissão dos litigantes. ! Como dito, o depoimento pessoal é colhido mediante pedido da parte contrária, que pode ser indeferido pelo Magistrado, 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 131 sem que tal fato constitua cerceamento do direito de defesa, como já decidido diversas vezes pelo TST. Ainda sobre o tema, importante se mostra tecer alguns comentários sobre o procedimento de colheita do depoimento, assim como as conseqüências da ausência da parte na audiência em que iria depor. Estando presente a parte, será tomado o seu depoimento, podendo haver confissão sobre os fatos, gerando a presunção absoluta de veracidade daqueles. Contudo, pode ser que a parte, apesar de intimada a comparecer na audiência para depor, venha a faltar àquele ato, gerando para si uma conseqüência negativa, prevista na Súmula nº 74 do TST, que é a presunção relativa de veracidade dos fatos. Por ser relativa a presunção, poderá ser desconstituída pela análise das outras provas existentes nos autos, bem como por aquelas determinadas de ofício pelo Magistrado, ao agir por meio de seus poderes instrutórios, segundo dispõe o inciso III da referida súmula. ! Mostra-se importante salientar que a confissão só surge quando a parte é expressamente intimada para comparecer à audiência para depor, não se podendo presumir verdadeiros os fatos caso não haja aquela cominação no mandado de intimação. Por fim, podem confessar os capazes, os prepostos e os advogados com poderes específicos para tanto, não sendo aceita a confissão extrajudicial nos domínios do processo do trabalho, com prejudicial ao empregado, por presumir-se objeto de coação ou outro defeito do ato jurídico. ! Afirmou-se anteriormente, quando do estudo da ação trabalhista, que o reclamante pode ser substituído por outro empregado, da mesma profissão, ou pelo Sindicato, para evitar o arquivamento da demanda, conforme art. 843, §2º da CLT. Tal empregado não possui poderes para confessar, podendo apenas comparecer e evitar que a reclamação trabalhista seja arquivada. 2.4. Ônus da prova; 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 131 Ônus significa carga, peso, responsabilidade, encargo, e é dentro desses conceitos que serão analisadas as regras sobre ônus da prova, dispostas no art. 818 da CLT e 333 do CPC. Em uma demanda, diversos são os fatos e alegações levadas aos autos pelo autor e réu, sendo que os fatos, regra geral, precisam ser provados para que possam embasar uma sentença favorável, salvo as exceções do art. 334 do CPC. Aquela parte que leva aos autos um fato ou alegação possui o ônus da prová-lo, isto é, possui o encargo de prová-lo se quiser ver sua pretensão reconhecida em juízo. Caso consiga comprovar aquele fato, estará livre desse encargo (peso), o que certamente acarretará uma sentença favorável. Caso não consiga provar tal fato, a improcedência certamente será o seu destino. Na CLT, o art. 818 afirma, com a simplicidade que é peculiar ao processo do trabalho, que a prova das alegações incumbe a quem as fizer, o que significa dizer que se afirmo um fato, devo prová-lo. ! A simplicidade do art. 818 da CLT é criticada pela doutrina e jurisprudência, que permitem a aplicação supletiva do art. 333 do CPC, que afirma ser ônus do autor a prova do fato constitutivo, e do réu a prova dos fatos extintivos, impeditivos e modificativos. Assim, de forma a exemplificar nosso estudo, alguns exemplos de fatos que precisam ser provados são elencados: x Salário-família: cabe ao empregado provar a filiação para receber o benefício; x Equiparação salarial: cabe ao empregado provar o fato modificativo, extintivo ou impeditivo daquele pedido. x Reconhecimento de vínculo de emprego: duas são as situações que podem surgir, alterando as normas sobre distribuição do ônus da prova: o Se o empregador negar a prestação dos serviços, será do empregado o ônus da comprovar o preenchimento dos requisitos do art. 3º da CLT, a saber: pessoalidade, subordinação, onerosidade, habitualidade, alteridade e trabalho realizado por pessoa física. o Se o empregador reconhecer o trabalho a outro título, como por exemplo, trabalhador autônomo, será do empregador o ônus da comprovar a ausência dos requisitos do art. 3º da CLT. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 131 2.4.1. Inversão do ônus da prova; As regras sobre distribuição do ônus da prova, conforme sustentado, encontram previsão no art. 818 da CLT e 333 do CPC, não havendo regra genérica sobre a alteração daqueles comandos, mesmo que a prova de determinado fato mostre- se difícil para o empregado. Contudo, considerando-se a hipossuficiência do empregado, bem como a dificuldade em conseguir as provas de suas alegações, a doutrina e jurisprudência vem reconhecendo aos poucos a possibilidade de inversão daquelas regras, ou seja, a alteração dos comandos sobre distribuição do ônus da prova, de forma a facilitar a defesa dos interesses da parte mais fraca em juízo. ! A inversão do ônus da prova mostra-se como uma direito básico do consumidor, previsto no art. 6º, VIII do CDC, sendo suas premissas utilizadas para praticar a mesma conduta na seara trabalhista. A hipossuficiência é a premissa mais importante daquele dispositivo legal. A inversão do ônus da prova pode ser requerida pelo reclamante na petição inicial, mas também pode ser determinada de ofício pelo Magistrado, uma vez que a verdade real deve ser buscada a todo curso pelo condutor do processo e a inversão é uma das técnicas mais efetivas para a consecução daquele mister. O momento adequado para deferir-se a inversão do ônus da prova é a audiência, já que a defesa do réu é apresentada naquele ato, estando presentes as partes, que podem auxiliar o Magistrado na definição acerca da distribuição do ônus. ! Já foi analisada no tópico sobre prova documental a possibilidade de inversão do ônus da prova em relação aos cartões de ponto, quando apresentados com horário britânico, conforme Súmula nº 338 do TST. 2.5. Análise da prova ± livre convencimento motivado do julgador; O princípio do livre convencimento motivado do julgador, previsto no art. 131 do CPC, destaca a liberdade do Magistrado para analisar as provas colhidas durante a instrução processual e que fazem parte do conjunto probatório. Esse pode ser composto de documentos, confissão das partes, perícia e provas testemunhais. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 131 Todas as provas produzidas e constantes nos autos, independentemente de serem documental, pericial ou testemunhal, possuam a mesma força probante, pois o nosso sistema está baseado no livre convencimento do julgador, tendo sido ultrapassado o antigo sistema de prova legal. ! No sistema de prova legal, cada meio de prova (testemunhal, documentos, etc) possuía um valor, havendo ao término do processo, a somatória das provas produzidas pelas partes para saber quem era o vencedor. Já no sistema do livre convencimento motivado do julgador, as provas possuem a mesma força probante, o que representa dizer que a prova testemunhal pode ser levada em consideração mesmo se em contradição com a perícia realizada, já que não existe prova mais forte ou mais fraca. Claro que o princípio em estudo ± livre convencimento motivado do juiz ± pelo próprio nome, demonstra que o Magistrado é livre para avaliar as provas e julgar dentro do seu censo de justiça, mas desde que motive, fundamente a decisão, o que significa dizer que deverá explicar os motivos que o levaram a decidir daquela maneira. Tal necessidade encontra amparo no art. 93, IX da CRFB/88. 3. Sentença; O conceito de sentença foi alterado em 2005 por meio da Lei nº .11.232, que instituiu o sistema de cumprimento de sentença, também denominado de sincretismo processual¸ sendo que naquele oportunidade houve a alteração do art. 162, §1º do CPC. Comparando a redação antiga e a atual, tem-se que: x Redação anterior a Lei nº 11.232/05: Sentença é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. x Redação atual, alterada pela Lei nº 11.232/05: Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. A mudança foi pensada pelo legislador para adequar o conceito de tal importante ato ao sistema de cumprimento de sentença, no qual o antigo processo de execução passa a fazer parte do processo de conhecimento, sendo tão somente uma fase daquele, ou seja, não há mais a cisão antes existente, de forma a que o início do módulo de cumprimento de sentença passou a ser mais simples, com 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 131 menor formalidade, trazendo benefícios, sobretudo, no tocante à celeridade processual. ! Pela redação antiga, o conceito estava vinculado à conseqüência que aquele ato gerava no processo, que era o término do mesmo no primeiro grau de jurisdição. ! O novo conceito de sentença leva em consideração, pela leitura do §1ºdo art. 162 do CPC, o conteúdo daquele ato, que deve ser um doselencados nos arts. 267 e 269 do CPC que, respectivamente, aludem às hipóteses de extinção do processo sem e com resolução do mérito. O novo conceito de sentença pode gerar certa confusão, já que o conteúdo do ato não basta para qualificá-lo como sentença, uma vez que existem decisões interlocutórias cujo conteúdo encontra-se nos arts. 267 e 269 do CPC, como pode ser facilmente verificado na exclusão de um litisconsorte por decisão interlocutória. Assim, mesmo com a atual redação do Código de Processo Civil, o entendimento majoritário é no sentido de avaliar também a conseqüência que aquele ato processual traz para relação processual para qualificá-lo como sentença ou decisão interlocutória. Assim, tem-se que: x Se o ato judicial determinar a extinção de todo o procedimento, será sentença; x Se o ato judicial determinar a extinção de apenas parte do procedimento, será decisão interlocutória; ! Se o ato judicial concluir pela ilegitimidade dos dois réus, será sentença, pois não haverá mais nenhum ato a ser realizado, pois findo totalmente o procedimento. ! Se o ato judicial concluir pela ilegitimidade de um dos réus, permanecendo os demais, será decisão interlocutória, já que o procedimento continuará em face dos demais réus, que permanecem nos autos. Os exemplos acima demonstram claramente que não é o conteúdo que define se o ato é sentença ou interlocutória, e sim, a conseqüência que o mesmo traz para o processo. 3.1. Classificação; 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 131 Diversas são as classificações, que ora levam em consideração o mérito de demanda, ora o conteúdo, razão pela qual se divide o estudo a partir de agora, de forma a facilitar a compreensão de tão importante tema: x Em relação ao mérito da demanda, as sentenças são classificadas em definitivas e terminavas, sendo que as primeiras caracterizam-se pelo julgamento de mérito, isto é, são definitivas as sentenças proferidas com base no art. 269 do CPC, hipóteses em que o Poder Judiciário analise o(s) pedido(s) formulado(s) pelo autor. Nas terminativas, ocorre alguma das hipóteses do art. 267 do CPC, sendo que o mérito não é julgado, isto é, o processo é extinto sem resolução do pedido formulado pelo autor. x Em relação ao conteúdo da sentença, essa pode ser condenatória, constitutiva, declaratória, mandamental ou executiva lato sensu. Vejamos as características de cada uma: o Condenatória: a grande maioria das sentenças trabalhistas possui caráter condenatório, uma vez que impõe como obrigação o pagamento de alguma quantia ao reclamante. Mas a obrigação de pagar não é a única que pode ser imposta por meio de sentença condenatória, já que esse pode fixar uma obrigação de fazer, não fazer ou de entrega de coisa. o Constitutiva: essa espécie de sentença é caracteriza pela criação, modificação ou extinção de uma relação jurídica. Não se impõe uma obrigação, como na sentença condenatória. Um exemplo clássico de sentença constitutiva é aquela que reconhece o direito à rescisão indireta e extingue o vínculo de emprego antes existente. Trata-se de sentença também denominada desconstitutiva, por extinguir o vínculo jurídico havido entre as partes. o Declaratória: também denominada meramente declaratória, pois toda sentença declara antes de condenar ou de constituir algo. Nessa espécie de sentença, há apenas a declaração de que existe uma relação jurídica, por exemplo, ou que determinado documento 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 131 é verdadeiro/falso, que a assinatura partiu das mãos do réu, dentre outras situações. Funda-se no art. 4º do CPC. o Mandamental: caracteriza-se pela expedição de ordem (mandamento) voltado ao réu, para que pratique determinada conduta ou abstenha-se da prática. Exemplo comum é o mandado de segurança, no qual expede-se ordem à autoridade coatora para que cesse a atividade ilegal violadora de direito líquido e certo do impetrante. o Executiva lato sensu: as sentenças ditas executivas lato sensu contém um comando executivo que, por isso, dispensa futuro processo de execução, uma vez que a efetivação da decisão é feita através de comandos existentes no próprio ato judicial, como ocorre com as sentença que impõem obrigação de fazer, não fazer e entrega de coisa, disciplinadas pelos arts. 461 e 461-A do CPC. O §5º do art. 461 do CPC elenca diversas medidas que podem ser impostos pelo Magistrado para a efetivação da decisão, sendo muito comum a imposição de multa, busca e apreensão, desfazimento de obras, dentre outros. 3.2. Requisitos formais; Diversos aspectos formais devem ser lembrados para que a sentença seja válida e produza os seus efeitos. O primeiro deles toca aos requisitos de forma, previstos nos arts. 832 da CLT e 458 do CPC. Segundo o dispositivo celetista, caso a 2ª tentativa de conciliação seja infrutífera, deverá o Magistrado proferir sentença, que conterá, obrigatoriamente: x Nome das partes: indispensável para aferir-se os limites subjetivos da coisa julgada; x O resumo do pedido e da defesa: importante para que a sentença demonstre os fundamentos elencados pelas partes; 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 131 x A apreciação das provas: necessária para demonstrar o livre convencimento motivado do Magistrado, de forma a avaliar-se a ocorrência de erro no julgamento, a ser destacado em futuro recurso; x Os fundamentos da decisão: conforme art .131 do CPC, o livre convencimento do Julgador deve ser motivado, o que significa dizer que, ao decidir, deverá expor os motivos que levaram ao convencimento acerca da questão; x A conclusão: trata-se do dispositivo da sentença, que concluirá pela procedência (aceitação de todos os pedidos formulados pelo autor), parcial procedência (aceitação de parte dos pedidos) ou improcedência (negação de todos os pedidos formulados pelo autor), nos termos do art. 269 do CPC. ! A conclusão pode ser ainda pela extinção do processo sem resolução do mérito, nas hipóteses do art. 267 do CPC, ocasião em que os pedidos formulados pelo autor não serão analisados pelo Poder Judiciário. O art. 458 do CPC elenca três partes da sentença, com denominações diversas mas que, em síntese, expõem as mesmas idéias dispostas acima: x Relatório: trata-se de um resumo dos principais acontecimentos do processo, incluindo um resumo do pedido do autor e seus fundamentos, bem como a tese de defesa do réu, as provas que foram produzidas, dentre outros aspectos relevantes do procedimento. x Fundamentação: é a análise dos fundamentos expostos pela partes, com a explicitação do entendimento do Magistrado acerca dos pontos controvertidos. x Dispositivo: trata-se da conclusão, que conforme exposto acima, pode ser de procedência, parcial procedência ou improcedência, bem como de extinção do processo sem resolução do mérito. Importante que se diga que a sentença deve sempre mencionar o valor das custas a serem pagas pelo vencido, conformeart. 789, §1º da CLT, sendo que essas deverão ser pagas no prazo do recurso, caso esse venha a ser interposto. O pagamento daquele valor, bem como do depósito recursal, constituem o preparo, pressuposto de admissibilidade recursal. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 131 Além disso, o art. 832 da CLT sofreu alterações por meio da Lei nº 11.457/2007, que modificou o §4º e incluiu os §§ 5º, 6º e 7º, trazendo as seguintes informações, sendo indispensável afirmar-se, à luz do dispositivo legal, que: x A sentença, seja de mérito ou homologatória de acordo, deve sempre especificar se as verbas são salariais ou indenizatórias, de maneira a aferir-se a incidência de contribuição previdenciária, imposto de renda, etc. x Havendo parcela indenizatória, a União será intimada, podendo interpor recurso caso discorde da especificação daquela. x Havendo acordo após o trânsito em julgado da decisão, nos termos do §6º, tal fato não prejudicará créditos da União. ! Atenção para o disposto na OJ nº 376 da SBDI-1 do TST, que afirma ser proporcional o valor devido à União à titulo de contribuição previdenciária quando realizado acordo após o trânsito em julgado. Assim, leva-se em consideração o valor do acordo e não aquele imposto pela condenação. 3.3. Princípio da congruência; O princípio em estudo também é denominado princípio da correlação, pois trata de uma vinculação que deve existir entre os pedidos que foram formulados pelo autor e a sentença a ser proferida pelo Juiz. Ao julgar, o Magistrado deve ater-se ao que foi pedido pelo autor e a quantidade solicitada pelo mesmo, não sendo lícito decidir fora dos limites impostos pela petição inicial. Tal vinculação ao que foi pedido está previsto nos arts. 128 e 460 do CPC. Assim, se o autor foi ao Poder Judiciário para requerer danos materiais, não pode o Magistrado deferir danos morais. Se o autor fixou os danos materiais em R$10.000,00 (dez mil reais), não pode o Juiz condenar o réu ao pagamento de quantia superior. Por fim, se foram formulados os pedidos de danos materiais e morais, ambos devem ser analisados, mesmo que para serem indeferidos, mas não pode haver omissão no julgamento dos referidos pedidos. ! O princípio da congruência não restará violado se o Magistrado deferir quantia inferior a que foi pedida, e sim, se deixar de julgar algum pedido, ou seja, de incorrer em omissão. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 131 A violação ao princípio em estudo pode acarretar três espécies de vícios, a saber: x Decisão extra petita; trata-se de sentença que deferiu pedido que não havia sido formulado pelo autor. x Decisão ultra petita; trata-se de sentença que deferiu o pedido que foi formulado, mas em quantidade superior àquela solicitada pelo autor. x Decisão citra petita ou infra petita; trata-se de típico caso de omissão, em que o Magistrado deixa de analisar algum pedido que foi formulado pela parte autora. O direito do trabalho possui importante situação em que se discutiu a violação ou não ao princípio em apreço, sendo que o TST editou a Súmula nº 396 acerca da matéria. O verbete sumulado afirma que não há nulidade na decisão que determina o pagamento de salários, quando o pedido é de reintegração ao trabalho, haja vista a incidência do princípio da proteção. A redação do inciso II da súmula referida afirma que ³1mR�Ki�QXOLGDGH�SRU�MXOJDPHQWR��H[WUD�SHWLWD��GD� decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos GR�DUW������GD�&/7´� 4. Coisa julgada ± conceito e limites; Uma das principais características da jurisdição, poder-dever-função do Estado, é a imutabilidade, consagrada como direito elementar, defendido pelo art. 5ª, XXXVI da CRFB/88 que afirma a regra de que ³D� OHL� QmR� SUHMXGLFDUi� R� GLUHLWR� DGTXLULGR��R�DWR�MXUtGLFR�SHUIHLWR�H�D�FRLVD�MXOJDGD´� Assim, o Estado analisa uma situação conflituosa entre as partes, afirmando a existência ou não do direito vindicado pelo autor. Ao decidir o conflito, poderá o Magistrado equivocar-se, razão pela qual foram previstos os diversos recursos disponíveis em nosso sistema processual. Ocorre que mesmo que a parte prejudicada interponha todos os recursos possíveis, haverá um dia em que aquela decisão se tornará imutável, indiscutível, por não haver mais meio de alterá-la, já que esgotados os recursos. Nesse momento haverá o trânsito em julgado da decisão, com a conseqüente formação da coisa julgada, fenômeno previsto no art. 467 do CPC e que torna aquele ato jurisdicional imutável, garantindo a todos a necessária segurança jurídica. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 131 ! A partir do momento em que é formada a coisa julgada, o dispositivo da decisão, por exemplo, que condenou João a pagar R$10.000,00 a José, em decorrência de determinado acidente de trânsito, torna-se indiscutível, impedindo que José venha, a qualquer tempo, buscar a rediscussão da matéria, insistindo na tese de que não foi culpado e que, portanto, não deveria ser condenado. Ocorre que, conforme dito acima, somente o dispositivo da decisão é considerado imutável, o que significa dizer que, conforme previsão contida no art. 469 do CPC, o relatório e os fundamentos lançados pelo Juiz na sentença, não são acobertados por aquela característica, podendo ser rediscutidos em outra demanda. O inciso II do referido artigo afirma que ³D�YHUGDGH�GRV�IDWRV�� HVWDEHOHFLGD� FRPR� IXQGDPHQWR� GD� VHQWHQoD´�não faz coisa julgada. De acordo com o inciso III, a questão prejudicial incidente também não é acobertada pela coisa julgada, salvo se houver o ajuizamento de ação declaratória incidental, consoante os arts. 5º e 470 do CPC. Partindo-se dessas premissas, somente o objeto de demanda, ou seja, os pedidos, julgados no dispositivo da sentença, é que fazem coisa julgada, demonstrando que tal imutabilidade está limitada ao objeto que foi levado ao Poder Judiciário pelo autor ou réu (reconvenção, por exemplo). A esse limite dá- se o nome de limites objetivos da coisa julgada. ! Os limites objetivos da coisa julgada dizem respeito aos pedidos que foram julgados pelo Poder Judiciário. Além dos limites objetivos, destacam-se igualmente os limites subjetivos da coisa julgada, que envolve as partes litigantes, ou seja, os efeitos emanados das decisões proferidas em uma demanda atingem apenas aqueles que participaram ou puderam participar do contraditório. Por isso que se afirma que a decisão no processo individual produz efeitos inter partes, não atingindo terceiros estranhos a lide. Exceção existe no art. 103 do CDC, que alude às demandas coletivas, em que são atingidas pessoas que não foram partes no processo. 4.1. Espécies; 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 131 A depender da espécie de sentença ± terminativaou definitiva ± isto é, que extingue o processo sem resolução do mérito e com resolução do mérito, respectivamente, a coisa julgada será apenas formal ou formal e material ao mesmo tempo. 4.1.1. Formal; Sendo proferida uma decisão judicial e não havendo impugnação por recurso, incidirá sobre ela a imutabilidade, impedindo a prática de qualquer outro ato naquele procedimento que vise alterar o comando sentencial. Essa impossibilidade de alterar-se a decisão e realizarem-se novos atos processuais é denominada de coisa julgada formal, existentes em toda espécie de sentença, seja terminativa ou definitiva. Assim, a sentença que extingue o processo sem resolução de mérito ± terminativa ± acarretará a formação apenas da coisa julgada formal, ao passo que na sentença definitiva, além da formal, também será observada a coisa julgada material, a ser estudada no tópico seguinte. ! A coisa julgada formal possui efeitos inter processuais, ou seja, produz efeitos apenas dentro da relação processual na qual se formou, não impedindo o ajuizamento de outras ações, com as exceções do art. 268 do CPC. Portanto, regra geral, sendo extinta uma demanda sem resolução do mérito, essa mesma ação poderá ser reproposta, sendo inviável apenas a prática de atos no mesmo processo, o que demonstra que os efeitos da coisa julgada formal não são extraprocessuais, e sim, como já dito, interprocessuais. 4.1.2. Material; Descrita no art. 467 do CPC, como a ³������ HILFiFLD� TXH� WRUQD� LPXWiYHO� H� LQGLVFXWtYHO�D�VHQWHQoD��QmR�PDLV�VXMHLWD�D�UHFXUVR�RUGLQiULR�RX�H[WUDRUGLQiULR´�� a coisa julgada material diferencia-se da coisa julgada formal por possuir efeitos extra processuais, ou seja, por impedir a rediscussão daquilo que foi decidido no mesmo processo ou em qualquer outro. O Poder Judiciário ao extinguir o processo com resolução, diz o direito, afirmando se o autor possui direito ou não ao que foi pleiteado. Tal decisão, por 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 131 exemplo, de condenar o réu ao pagamento de R$10.000,00 a título de danos morais, após o trânsito em julgado, não pode mais ser discutida em qualquer processo ± naquele em que se formou a coisa julgada ou qualquer outro ± em qualquer tempo, uma vez que já houve manifestação judicial acerca da questão, que se tornou imutável e indiscutível. ! A coisa julgada material é típica das sentenças que extinguem o processo com resolução do mérito, ao passo que a coisa julgada formal surge tanto naquele tipo de sentença, quanto naquelas que extinguem a demanda sem resolução do mérito. Por fim, vale a pena lembrar que o art. 5º, XXXVI da CRFB/88 protege o instituto ao afirmar que ³D�OHL�QmR�SUHMXGLFDUi�R�GLUHLWR�DGTXLULGR��R�DWR�MXUtGLFR� SHUIHLWR� H� D� FRLVD� MXOJDGD´�� Além disso, segundo dispõe o art. 485 do CPC, a ação rescisória somente pode ser proposta para desconstituir a coisa julgada material que se formou com um dos vícios descritos nos incisos daquele dispositivo, sendo necessário, portanto, uma sentença definitiva (art. 269 do CPC) para que a ação rescisória seja admitida. 5. Rito Sumário; O rito sumário, também denominado de alçada, encontra-se previsto na Lei n. 5584/70, em seu art. 2º, que traz o cabimento para as demandas até 2 (dois) salários mínimos. Na prática mostra-se como procedimento raramente utilizado, mas que pode ser objeto de questionamento em eventual concurso público. Nesse procedimento, destacam-se as seguintes regras: x Será cabível quando o objeto do litígio for de até 2 (dois) salários mínimos (Súmula n. 356 do TST); x Não há necessidade de expor o resumo dos depoimentos, bastante a conclusão em relação à matéria de fato, de maneira que a ata seja bastante simplificada e a audiência possa transcorrer mais rapidamente; x Em regra, não é cabível recurso em face da sentença proferida nesse rito, salvo se houver violação à Constituição Federal. Nesse ponto reside a dúvida sobre o recurso cabível: o Recurso Ordinário: corrente minoritária defende a tese do cabimento do recurso ordinário, já que o mesmo é interposto de sentenças, a teor do art. 895 da CLT. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 131 o Recurso Extraordinário: corrente majoritária destaca o cabimento do recurso extraordinário, a teor do art. 102, III da CRFB/88, por ter sido proferida sentença de única instância com violação do texto constitucional. Assim, a Súmula nº 640 do STF. 6. Rito Sumaríssimo; O procedimento sumaríssimo foi inserido pelo legislador por meio da Lei nº 9957/2000, visando imprimir maior celeridade aos processos mais simples de serem solucionados, que são, presumidamente, aqueles cujo valor não se mostra exacerbado. Ao criar o novo procedimento, já que antes vigoraram apenas as normas atinentes ao rito ordinário (CLT) e sumário (Lei 5584/70), o legislador criou uma série de peculiaridades, a seguir estudadas e que são extremamente cobradas em provas de concursos. 6.1. Especificidades; 6.1.1. Competência; A primeira regra específica no tocante ao procedimento sumaríssimo é a sua competência, descrita no art. 852-A da CLT, que faz alusão às demandas trabalhistas de valor não excedente a 40 (quarenta) salários mínimos quando do ajuizamento. Assim, se o valor da causa for de até aquele valor, a demanda será processada perante o procedimento em estudo, não havendo possibilidade de HVFROKD�� Mi� TXH� R� OHJLVODGRU� XWLOL]RX� H[SUHVVmR� QHVVH� VHQWLGR� �³ILFDP� submetidas). Sobre o tema, devem ser destacados 3 (três) aspectos: x Ações plúrimas: sendo a ação plúrima em seu pólo ativo, isto é, havendo mais de um autor, a soma das pretensões deverá ser inferior ou igual a 40 (quarenta) salários mínimos, para adequar-se ao rito, ou seja, não há que se levar em consideração a pretensão de cada litigante, e sim, a sua soma. x Dissídios coletivos: tratando-se de dissídio coletivo, não há que se pensar em procedimento sumaríssimo, uma vez que esse tipo de demanda possui rito próprio, previsto na CLT e nos Regimentos Internos dos Tribunais, a ser analisado em capítulo próprio da presente obra. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 131 x Revogação do rito sumário (Lei n. 5584/70): questão bastante polêmica na doutrina e jurisprudência toca à saber se o rito sumário, previsto na Lei n. 5584/70 para as demandas de valor até 2 (dois) salários mínimos, foi revogada ou não pelo novo rito, ou seja, se teria sido absorvido ou não pelo rito sumaríssimo, já que esse trata das demandas até 40 (quarenta) salários mínimos. A corrente majoritária afirma não ter havido revogação do rito sumário, por inexistir qualquer previsão legal de revogação expressa e por entender-se que os procedimentos não se excluem, podendo ser aplicados perfeitamente. ! Essa matéria não é unânime. Adota-se apenas a posição mais segura para as questões de concursos públicos, uma vez que esse é o entendimento que vem sendo considerado correto pelas bancas de concurso. Ainda em relação àcompetência para a apreciação das demandas trabalhistas perante o rito sumaríssimo, importante destacar a exclusão realizada pelo parágrafo único do art. 852-A da CLT, que diz não ser lícito utilizar-se do referido procedimento quando for parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. A exclusão claramente refere-se aos entes da administração pública que atuam sob o regime de direito público, razão pela qual pode-se ajuizar demanda pelo rito sumaríssimo em face das empresas públicas e sociedades de economia mista. ! Lembrar sempre que as empresas públicas e as sociedades de economia mista possuem personalidade jurídica de direito privado, isto é, são tratadas pela lei como empresas privadas, apesar de possuírem parte ou integralidade do capital público. 6.1.2. Petição inicial; Algumas das mais importantes alterações empreendidas pela Lei nº 9957/2000 diz respeito à petição inicial. A primeira relaciona-se aos pedidos, que não podem ser genéricos. Ao redigir a petição inicial no rito sumaríssimo, deve o autor formular pedido certo e determinado. Não há possibilidade, como se dá no rito ordinário, de afirmar-se serem devidas parcelas de 13º salário, férias proporcionais acrescidas de 1/3, além de horas extraordinárias, sem indicar os valores referentes àquelas. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 131 Ao se pleitear perante o rito sumaríssimo as parcelas acima referidas, o reclamante deve afirmar quais são os valores relacionados ao 13º salário (p.ex., R$200,00), férias proporcionais acrescidas de 1/3 (p.ex., R$400,00), dentre outros. A impossibilidade do autor formular pedido genérico decorre de técnica utilizada em prol da celeridade, que consiste na inexistência da fase de liquidação, devendo a sentença ser, desde logo, líquida. Na prática, os Advogados apresentam uma tabela discriminando os valores devidos pelo reclamado, especificando as parcelas, de forma a cumprir o art. 852-B, I da CLT. Também mostra-se imprescindível afirmar que a petição inicial deve indicar corretamente o endereço do reclamado, uma vez que não é possível a notificação daquele por edital, sendo tal modalidade vedada pelo art. 852-B, II da CLT. Nas duas situações apresentadas ± pedido e indicação do endereço ± o descumprimento das normas enseja o arquivamento da reclamação trabalhista, ou seja, a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do parágrafo §1ª do art. 852-B da CLT. Assim, nos termos da lei, não cabe determinação de emenda da petição inicial, sendo o arquivamento o único destino da petição inicial. ! Apesar dos princípios da celeridade e economia conduzirem o aplicador do direito à necessidade de tentar sempre a emenda da petição inicial, nesse ponto, pelo menos para os concursos públicos, a resposta correta não é a emenda, e sim, o arquivamento, ou seja, a extinção do processo sem resolução do mérito, inclusive com a condenação do autor ao pagamento das custas processuais, salvo se for beneficiário da justiça gratuita (Lei n. 5584/70). 6.1.3. Audiência; A respeito da audiência no procedimento sumaríssimo, alguns aspectos devem ser relevados, tais como: x Realização da audiência no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar do ajuizamento da demanda ± art. 852-B, III da CLT. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 131 x Audiência una, sendo impossível, regra geral, o seu fracionamento, de forma a proporcionar o julgamento da demanda na própria audiência. Além disso, os incidentes (incompetência relativa, impugnação ao valor da causa, etc.) devem ser julgados imediatamente, sem suspensão da audiência ± art. 852-C da CLT. x Ausência de momentos obrigatórios de conciliação, diferentemente do que se vê no rito ordinário, quando são dois os momentos obrigatórios (início da audiência ± art. 846 CLT e após as razões finais ± art. 850 CLT). Nesse rito, as tentativas de conciliação devem ser buscadas pelo Magistrado durante todo o processo, de acordo com o art. 852-E da CLT. x Manifestação imediata sobre os documentos juntadas pela parte contrária, sem suspensão da audiência, garantindo-se, mesmo que de forma célere, o contraditório, assim como dispõe o art. 852-H, §1º da CLT. 6.1.4. Provas; 'RLV�VmR�RV�SRQWRV�TXH�PHUHFHP�GHVWDTXH�HP�UHODomR�DR�WHPD�³SURYDV´�QR�ULWR� sumaríssimo. O primeiro, já analisado quando do estudo da fase instrutória (provas no processo do trabalho), relaciona-se à produção da prova testemunhal, pois nesse rito é possível arrolar-se apenas 2 (duas) testemunhas para cada pólo, em vez de 3 (três), como se tem no rito ordinário. O art. 852-H, §2º da CLT afirma a redução acima descrita, além de trazer a norma do §3º, cuja redação é a seguinte: ³6y� VHUi� GHIHULGD� LQWLPDomR� GH� WHVWHPXQKD� TXH�� comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercLWLYD´� A prova do convite geralmente é realizada pelo Aviso de Recebimento (A.R) dos correios, mas pode ser comprovado por qualquer outro meio de prova, inclusive, testemunhal. ! Há necessidade de provar-se o convite feito à testemunha para comparecer à audiência, sob pena do pedido de intimação ser indeferido. O convite não precisa ser obrigatoriamente por escrito, podendo ser provado pela parte através das outras testemunhas. A segundo restrição que o rito sumaríssimo impõe às partes está relacionado à produção de prova pericial. Uma primeira e importante observação é a seguinte: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 131 não há proibição de requerer-se e produzir-se prova pericial no rito sumaríssimo. O legislador tão somente afirmou no art. 852-H, §4º da CLT que tal meio de prova somente será deferida se indispensável à prova do fato ou for imposta por lei, devendo o Juiz fixar desde logo o objeto da perícia, designar o perito e fixar o prazo de entrega do laudo. Entregue o laudo, as partes serão intimadas para, querendo, impugná-lo no prazo comum de 5 (cinco) dias, a teor do §6º do art. 852-H da CLT. 6.1.5. Sentença; Em relação à sentença no rito sumaríssimo, pouco se tem a dizer, já que a base continua a ser aquela estudada no rito ordinário. Apensas serão destacadas as peculiaridades do rito. Ao criar o procedimento em estudo, o legislador reservou o art. 852-I da CLT para o tema sentença, simplificando-a sobremaneira, especialmente pelos seguintes motivos: x Dentre os requisitos da sentença (art. 458 do CPC), dispensa-se o relatório, podendo o Juiz do Trabalho fazer menção apenas aos acontecimentos mais importantes do processo, conforme caput do art. 852-I da CLT; x Ao proferir a sentença, o Juiz deverá atender aos fins sociais da lei e ao bem comum, mostrando-se justa e equânime; x A sentença deve ser líquida, pois inexiste procedimento de liquidação de sentença nesse rito trabalhista, já que o ideal do legislador foi imprimir celeridade aos feitos; x Por fim, sendo a sentença proferida em audiência,nesse mesmo ato serão intimadas as partes, evitando-se perda de tempo com intimações posteriores, pela imprensa. ! À sentença líquida, liga-se o pedido certo e determinado que deve ser formulado pelo autor na petição inicial, sob pena de indeferimento. 3.1.6. Recursos; As regras diferenciadas existem em relação ao recurso ordinário e ao recurso de revista, devendo ser estudados separadamente: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 131 Em forma bastante sintética, tem-se que: x Recurso ordinário ± Art. 895, §§1º e 2º da CLT: será distribuído imediatamente após a sua chegada ao TRT, devendo o relator liberá-lo para julgamento no prazo máximo de 10 dias. Não haverá revisor e, na necessidade de intervenção do MPT, este apresentará parecer oral. O acórdão consistirá apenas na certidão do julgamento, sendo necessária apenas a indicação do processo, da parte dispositiva e das razões de decidir do voto prevalente. Caso seja confirmado pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento valerá como acórdão. Por fim, os TRT´s poderão constituir órgãos específicos para o julgamento de tais recursos, imprimindo aos feitos a maior celeridade possível. x Recurso de revista ± Art. 896, §6º da CLT: Somente será cabível o recurso de revista quando a decisão do TRT afrontar entendimento consolidado em Súmula do TST ou violar a Constituição Federal. ! Destaque para a Súmula nº 442 do TST, que diz não caber sob fundamento de violação à Orientação Jurisprudencial. 3. QUESTÕES COMENTADAS SOBRE O TEMA: AUDIÊNCIAS: 1 - Q302232 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Em se tratando de dissídio individual, a norma processual trabalhista prevê, como regra, a realização de audiência UNA, ou seja, em um determinado ato processual será realizada a tentativa de conciliação, a instrução processual e o julgamento. Nesse sentido, a) terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, sendo ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver, e após será efetuado o interrogatório dos litigantes. b) caso o reclamante não compareça na audiência inaugural, mesmo presente seu advogado, deverá necessariamente ser adiada a sessão. c) é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 131 qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, mas cujas declarações não obrigarão o proponente. d) aberta a audiência, o Juiz proporá a conciliação, sendo que se não houver acordo, o reclamado poderá apresentar defesa oral no tempo máximo de 10 (dez) minutos. e) deverão estar presentes o reclamante e o reclamado na audiência de julgamento, independentemente do comparecimento de seus representantes. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´�A informação contida na letra ³(´��GH�TXH�DV�SDUWHV�GHYHP�FRPSDUHFHU�j�DXGLrQFLD�LQGHSHQGHQWHPHQWH� de seus representantes, encontra-se no art. 843 da CLT, assim redigido: ³Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria´. Percebam que as exceções encontram-se nas ações plúrimas e nas ações de cumprimento, pois nessas o número de autores, em especial, poderia impedir ou atrapalhar a própria realização da audiência. Imagine uma ação ajuizada por 100 reclamantes. Seria impossível a presença e participação de todos na mesma audiência. Vejamos as demais alternativas: /HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� R� LQWHUURJDWyULR� VHUi� realizada e, em seguida, serão ouvidas as testemunhas, peritos e assistentes. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 131 /HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�D�DXVrQFLD�GR�UHFODPDQWH��PHVPR�SUHVHQWH�R�VHX� Advogado, importará no arquivamento no processo, conforme art. 844 da CLT. /HWUD�³&´��HUUDGR��SRLV�DV�LQIRUPDo}HV�SUHVWDGRV�SHOR�SUHSRVWR�YLQFXODP�D� parte, conforme art. 843, §1º da CLT. /HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�R�DUW������GD�&/7�SUHYr�D�DSUHVHQWDomR�GD�GHIHVD� no prazo de até 20 minutos. 2 - Q299670 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Sobre as audiências trabalhistas, com base nas normas aplicáveis, é correto afirmar: a) A ausência injustificada do reclamante ou de seu advogado à audiência importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. b) O reclamante e o reclamado, deverão estar presentes pessoalmente, independentemente do comparecimento de seus advogados, não podendo ser substituídos ou representados neste ato processual. c) As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, não podendo ser reinquiridas a requerimento das partes ou advogados. d) O juiz, à hora marcada, declarará aberta a audiência, sendo feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, havendo uma tolerância de até 15 minutos após a hora marcada. e) Estas serão públicas e realizar-se-ão em dias úteis, entre 8 e 18 horas, não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´�A informação trazida pela FCC na DOWHUQDWLYD�³(´��FRQVLGHUDGD�FRUUHWD��p�FySLD�ILHO�GR�DUW������GD�&/7��TXH� deve ser memorizado pelo candidato, pois muitas vezes cobrado nos concursos trabalhistas: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 131 ³$V�DXGLrQFLDV�GRV�yUJmRV�GD�-XVWLoD�GR�7UDEDOKR�VHUmR�S~EOLFDV�H� realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando KRXYHU�PDWpULD�XUJHQWH´. Vejamos as demais assertivas, que estão todas erradas: /HWUD� ³$´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� D� DXVrQFLD� GR� reclamante importa em arquivamento. Na verdade, a revelia surge pela ausência injustificada do reclamado. /HWUD� ³%´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� SUHYr� D� SRVVLELOLGDGH� GH� representação das partes, ora por empregados da mesma categoria ou sindicato ou por preposto. /HWUD� ³&´��HUUDGR��SRLV� DV� WHVWHPXQKDV�H�SDUWHV�SRGHP�VHU� UHLQTXLULGDV� conforme o art. 820 da CLT. /HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�D�2-�Q�����GD�6',-1 do TST não prevê tolerância para o atraso das partes. 3 - Q208227 ( Prova: FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Na reclamação ajuizada pelo trabalhador, para a cobrança de direito irrenunciável,correspondente a salário mínimo não pago, ausentes ambas as partes à única audiência designada, a) deve designar-se nova audiência, com condução coercitiva das partes. b) o reclamado é considerado revel. c) o processo é arquivado. d) encerra-se a instrução, julgando o feito no estado em que se encontra. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³C´� O Art. 844 da CLT prevê o arquivamento do processo quando ausente o reclamante e a revelia quando ausente o reclamado. Havendo ausência de ambas as partes, o 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 131 entendimento é de que o feito será arquivado. Transcreve-se o artigo mencionado para ciência: ³Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência´. As demais alternativas tratam do mesmo assunto, razão pela qual não precisam ser analisadas em separado. 4 ± Q292822 ( Prova: FCC ± 2013 ± TRT ± 1ª REGIÃO (RJ) ± Analista Judiciário ± Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Hércules após quatro anos de contrato de trabalho com a empresa Alfa Beta Engenharia foi dispensado sem receber saldo salarial e verbas da rescisão. Ajuizou reclamação trabalhista, sendo designada audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento) após dois meses da distribuição da ação. Ocorre que Hércules sofreu acidente na véspera da audiência, ficando hospitalizado e, portanto, impossibilitado de se locomover até a Vara do Trabalho. Com base nas normas previstas em lei trabalhista, nessa situação, a) o advogado de Hércules fará toda a sua assistência em audiência, inclusive com poderes para depor pelo reclamante e realizar demais atos processuais. b) o reclamante Hércules poderá fazer-se representar na audiência por outro empregado que pertença a mesma profissão ou pelo Sindicato Profissional. c) o processo será arquivado ante a ausência do reclamante, que poderá ajuizar novamente a demanda quando estiver em condições plenas de saúde. d) a lei processual trabalhista não prevê a hipótese de substituição de 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 131 empregado reclamante ausente, razão pela qual fica a critério do Juiz adiar a audiência ou arquivar o processo. e) a esposa, companheira ou algum parente até o terceiro grau poderão representar o trabalhador ausente com amplos poderes para inclusive prestar depoimento pelo reclamante. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Na hipótese da questão, há uma justificativa plausível para a ausência do reclamante a audiência, razão pela qual autoriza a CLT que o mesmo seja substituído por outro empregado da mesma categoria ou pelo sindicato, de forma a evitar o arquivamento do processo. A representação serve apenas para evitar o arquivamento do feito, não sendo realizados atos processuais. Vejamos a redação do art. 843, §2º da CLT: ³6H�SRU�GRHQoD�RX�TXDOTXHU�RXWUR�PRWLYR�SRGHURVR��GHYLGDPHQWH� comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado TXH�SHUWHQoD�j�PHVPD�SURILVVmR��RX�SHOR�VHX�VLQGLFDWR´� Vejamos as demais alternativas: /HWUD�³$´��HUUDGR��SRLV�D�SUHVHQoD�GR�SDUWH�p�LQGLVSHQViYHO��QmR�SRGHQGR� ser suprida pela presença do Advogado, conforme art. 843 da CLT. /HWUD�³&´��HUUDGR��SRLV�R�PRWLYR�GD�DXVrQFLD�p�UHOHYDQWH��QmR�KDYHQGR�R� arquivamento do processo, o que somente ocorre na hipótese de ausência injustificada, o que não ocorreu na situação em análise. /HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�R�DUW���������GD�&/7�SUHYr�D�VXEVWLWXLomR�� /HWUD� ³(´�� HUUDGR�� SRLV� VRPHQWH� RXWUR� HPSUHJDGR� GD� FDWHJRULD� RX� R� sindicato é que podem representar o obreiro, não possuindo amplos poderes, e sim, apenas para evitar o arquivamento. 5 - Q292823 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 131 Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) A empresa Deuses do Olimpo Produções S/A foi citada para responder reclamatória trabalhista que tramita pelo procedimento ordinário e comparecer à audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento), designada trinta dias após a sua notificação. Entretanto, o representante legal da empresa reclamada, por mero esquecimento, não compareceu à audiência designada. O reclamante compareceu à audiência sem a presença de seu advogado. O advogado da reclamada, presente em audiência, pretendeu apresentar defesa oral. Nessa situação, com fundamento na lei e em jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ± TST, o Juiz deverá a) arquivar a reclamatória diante da ausência de uma das partes e do advogado do reclamante, tendo em vista que este não pode atuar pessoalmente na Justiça do Trabalho. b) adiar a audiência para outra data possibilitando o comparecimento do advogado do reclamante e do representante legal da reclamada. c) permitir ao patrono da empresa a apresentação de defesa oral e adiar a audiência para que o advogado do reclamante tome ciência da defesa e apresente réplica nos autos. d) aplicar a revelia e consequente confissão quanto à matéria de fato à reclamada ausente não permitindo que seu advogado apresente defesa oral diante do motivo da ausência não ser relevante e prosseguir com o processo sem adiar a audiência. e) autorizar que o patrono da reclamada apresente defesa por escrito em 15 dias diretamente no protocolo da Secretaria da Vara e adiar a audiência para nova data. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³D´� A questão, apesar de relativamente grande, é de fácil desate. Perceba que o reclamante estava presente mas seu Advogado ausente, o que não gera o arquivamento do feito, pois a parte estava presente. Em relação ao reclamado, o Advogado 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 131 estava presente mas o representante da empresa não. Nessa situação, aplica-se a Súmula nº 122 do TST, assim redigida: ³$� UHFODPDGD�� DXVHQWH� j� DXGLrQFLD� HP� TXH� GHYHULD� DSUHVHQWDU� defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressa- mente, a impossibilidade de locomoção do empregador RX�GR�VHX�SUHSRVWR�QR�GLD�GD�DXGLrQFLD´� Extrai-se da Súmula e da situação posta pela FCC, que mesmo presente o Advogado do reclamado, haverá a aplicação da revelia, conforme art. 844 da CLT, pois o motivo da ausência do reclamado não foi justo ± mero esquecimento ± não cabendoao seu Advogado a apresentação de defesa, FRQIRUPH�GLWR�QD�OHWUD�³'´��9HMDPRV�DV�GHPDLV�DVVHUWLYDV� /HWUD�³$´��HUUDGR��SRLV�R�UHFODPDQWH�HVWDYD�SUHVHQWH��QmR�SRGHQGR�KDYHU� o arquivamento, pois essa consequência decorre da ausência daquele, conforme art. 844 da CLT. /HWUD�³%´��HUUDGR��SRLV�QmR�Ki�R�DGLDPHQWR��SRLV�D�DXVrQFLD�GR�$GYRJDGR� do reclamante não traz consequências, já que no processo do trabalho impera o jus postulandi, ou seja, a desnecessidade de Advogado. Já em relação ao representante da reclamada, não haverá o adiamento, pois a ausência foi injustificada (esquecimento). /HWUD� ³&´�� HUUDGR�� SRLs a Súmula nº 122 do TST diz que o reclamando será revel, não se falando em apresentação de defesa. /HWUD� ³(´�� HUUDGR�� SRLV� R� UHFODPDGR� VHUi� FRQVLGHUDGR� UHYHO� H� SRU� QmR� haver previsão de defesa escrita no processo do trabalho (art. 847 da CLT). 6 - Q280535 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 131 Em relação à audiência, considere: I. Aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação. II. A audiência de julgamento será contínua, devendo ser concluída no mesmo dia. III. A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. IV. Pessoa jurídica de direito público não se sujeita à revelia. V. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. É entendimento pacificado pelo TST, o que se afirma APENAS em a) III e IV. b) II, IV e V. c) I. d) II e III. e) I, III e V. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� Estão corretas as assertivas I, III e V, de acordo com a jurisprudência do TST e a legislação aplicável. Vejamos: I. A informação está correta, pois de acordo com o art. 846 da CLT, que diz que o Juiz proporá a conciliação aberta a audiência. II. Errada, pois a audiência de julgamento pode ser fracionada, caso haja necessidade, como, por exemplo, alguma testemunha faltar ao ato e tiver que ser intimada. III. Perfeito, pois a Súmula nº 9 do TST traz tal informação: se houver a apresentação de defesa e a audiência for adiada, não haverá arquivamento do processo, pois nasceu para o 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 131 reclamado, com a apresentação da defesa, o direito ao julgamento de mérito. IV. Errado, pois a OJ nº 152 da SDI-1 do TST diz que o art. 844 da CLT, que trata da revelia, é aplicável às pessoas jurídicas de direito público. V. Perfeito, pois em total conformidade com a Súmula nº 122 do TST, que possui idêntica redação. 7 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST, a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte à audiência. b) pessoa jurídica de direito público não sujeita-se à revelia. c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica. d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser ilidida. e) a revelia produz confissão na ação rescisória. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³$´� A informação acerca da inexistência de previsão legal para o atraso das partes à audiência está em total consonância com a OJ nº 245 da SDI-1 do TST, a seguir transcrita: ³,QH[LVWH� SUHYLVmR� OHJDO� WROHUDQGR� DWUDVR� QR� KRUiULR� GH� comparecimento da parte na DXGLrQFLD´� Havendo atraso, aplicar-se-ão as consequências do art. 844 da CLT, ou seja, arquivamento no atraso do reclamante e revelia, na hipótese do reclamado. Vejamos as demais assertivas: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 131 /HWUD� ³%´�� HUUDGR�� SRLV� D� 2-� Q� ���� GD� 6',-1 do TST diz aplicar-se a revelia aos entes públicos. /HWUD� ³&´�� HUUDGR�� SRLV� YLROD� D� 6~PXOD� Q� ���� GR� 767�� GL]� TXH� KDYHU� revelia da mesma forma. /HWUD� ³'´�� HUUDGR�� SRLV� D� SUySULD� 6~PXOD� Q� ���� GR� 767� GL]� TXH� R� atestado médico, que demonstre a impossibilidade de locomoção, é capaz de ilidir a revelia, ou seja, evitar a aplicação dos seus efeitos. /HWUD�³(´��HUUDGR��SRLV�D�6XPXOD�Q�����GR�767�GL]�TXH�QmR�Ki�FRQILVVmR� na ação rescisória, ou seja, tal efeito da revelia não é verificado. 8 - Q263459 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Conforme previsão legal e jurisprudência sumulada do TST, em relação às audiências trabalhistas é correto afirmar: a) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, importa arquivamento do processo. b) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto em audiência deve ser necessariamente empregado do reclamado. c) Não se aplica a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor desde que esteja presente o seu advogado. d) Aberta a audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa oral ou apresentá-la por escrito e, em seguida, o juiz proporá a conciliação. e) Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, devendo o juiz, exofficio, interrogar os litigantes, sob pena de nulidade, sendo que findo o interrogatório não poderão os litigantes retirar-se, até o término da instrução com a oitiva de testemunhas. COMENTÁRIOS: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 131 A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³B´�A informação acerca da necessidade do preposto ser empregado, salvo em reclamação proposta em face de empregador doméstico e micro ou pequeno empresário, está em conformidade com a Súmula nº 377 do TST, que será transcrita a seguir: ³([FHWR�TXDQWR�j�UHFODPDomR�GH�HPSUHJDGR�GRPpVWLFR��RX�FRQWUD� micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclama- do. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de ���GH�GH]HPEUR�GH�����´� Vejamos as demais assertivas: /HWUD� ³$´�� HUUDGR�� SRLV� FRQWUDULD� D� 6~PXOD� Q� �� GR� 767�� TXH� QHVVD� hipótese diz inexistir arquivamento do feito, pois a defesa já foi apresentada. /HWUD�³&´��HUUDGR��SRLV� FRQWUDULD�R�HQWHQGLPHQWR�SUHYLVWR�QR� LQFLVR� ,� GD� Súmula nº 74 do TST. /HWUD� ³'´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� QmR� SUHYr� D� SRVVLELOLGDGH� GD� defesa ser apresentada por escrito, e sim, apenas no prazo de 20 minutos, ou seja, oralmente. /HWUD�³(´��HUUDGR��SRLV�YLROD�R�DUW������GD�&/7��TXH�VHUi� WUDQVFULWR�SDUD� comparação: ³Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, exofficio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. § 1º - Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante.§ 2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver´. 9 - Q262175 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 131 Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Audiências; ) É INCORRETO afirmar que a) o preposto deve ser necessariamente empregado. b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer- se representar pelo sindicato da categoria profissional correspondente. c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação. d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação. e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. COMENTÁRIOS: A alternativa IN&255(7$� e� $� /(75$� ³A´� Realmente é incorreto afirmar que o preposto deve ser necessariamente empregado, pois existem situações excepcionais, presentes na Súmula nº 377 do TST, que trata da matéria. O entendimento sumulado do TST diz que, em se tratando de empregador doméstico e micro e pequeno empresário, não há necessidade do preposto ser empregado, podendo ser qualquer pessoa com conhecimento dos fatos, já que as suas declarações vincularam o reclamado. Vejamos: ³([FHWR�TXDQWR�j�UHFODPDomR�GH�HPSUHJDGR�GRPpVWLFR��RX�FRQWUD� micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de ���GH�GH]HPEUR�GH�����´� Vejamos as demais assertivas da FCC: /HWUD� ³%´�� FRUUHWD�� SRLV� GH� DFRUGR� FRP�R� DUW�� ���� GD�&/7�� TXH� SUHYr�D� possibilidade de substituição pelo Sindicato da categoria. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 131 /HWUD�³&´��FRUUHWD��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�DUW������GD�&/7��TXe prevê o arquivamento do feito na ausência injustificado do reclamante. /HWUD� ³'´�� FRUUHWD�� Mi� TXH� R� DUW�� ���� GD� &/7� SUHYr� D� �� WHQWDWLYD� GH� conciliação sendo realizada no início da audiência. /HWUD� ³(´�� FRUUHWD�� � HP�FRQIRUPLGDGH� FRP�D�6~PXOD�Q����� ,,,� Go TST, que trata dos poderes instrutórios do Juiz. 10 - Q249307 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) O Processo do Trabalho apresenta como traços identificadores a oralidade, a concentração dos atos processuais e o aspecto conciliatório. Em relação às propostas de conciliação no Processo do Trabalho, é correto afirmar que a) devem ser realizadas em dois momentos: após a abertura da audiência, mas antes da apresentação da defesa; terminada a instrução processual, após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las. b) somente podem ser realizadas após a oitiva das partes e quando do encerramento da instrução processual, antes das razões finais. c) estão vinculadas ao valor atribuído à causa, sendo portanto obrigatórias apenas nas ações de alçada e de rito sumaríssimo. d) devem ser realizadas após a apresentação da defesa e renovadas após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las. e) não há obrigatoriedade na sua realização, constituindo-se assim em faculdade do Juiz na direção do processo. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Os dois momentos obrigatórios de tentativa de conciliação são: a. No início da audiência, após o pregão das partes e antes da apresentação da defesa pelo reclamado, conforme art. 846 da CLT. b. Após as razões finais, conforme art. 850 da CLT. Esses dois momentos de conciliação foram tratados corretamente pelo DOWHUQDWLYD� ³$´�� &RQWXGR�� FXLGDGR� FRP� D� LQIRUPDomR� Ge que as partes 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 131 podem aduzir ou não as razões finais. Realmente não há obrigação daqueles apresentarem as razoes finais. O art. 850 da CLT diz que as partes podem aduzir razões finais em prazo de 10 minutos para cada. Realmente não há obrigatoriedade. Se forem apresentadas, a 2ª tentativa de conciliação será feita. Caso as partes não queiram apresentar as razões finais, a tentativa de conciliação será feita da mesma forma. Essa é a idéia correta. Como todas as demais alternativas tratam do mesmo tema, não há necessidade de análise em separado. 11 - Q113389 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, a) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente postuladas. b) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente postuladas. c) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a reclamação. d) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação já tinha sido contestada. e) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³D´� A questão sobre a conseqüência da ausência do reclamante à audiência, após contestada a ação, é bastante comum nos concursos trabalhistas. A solução da mesma é simples, de acordo com a Súmula nº 9 do TST, que será descrita a seguir: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 56 de 131 ³$� DXVrQFLD� GR� UHFODPDQWH�� TXDQGR� DGLDGD� D� LQVWUXomR� DSyV� contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do SURFHVVR´� Se já houve a apresentação de defesa na primeira audiência e o reclamante falta à audiência em prosseguimento, não haverá arquivamento do processo, pois a partir do momento em que o réu apresenta a sua defesa, nasce para o mesmo o direito ao julgamento de mérito, não cabendo falar em extinção do feito sem resolução do mérito (arquivamento). A regra pode ser assim resumida: Primeira audiência Audiência em prosseguimentoReclamado não apresenta defesa Ausência do reclamante gera o arquivamento. Reclamado apresenta defesa Ausência do reclamante não gera o arquivamento. Não se pode falar, de forma alguma, em revelia, pois essa é a conseqüência da ausência injustificada do reclamado, conforme art. 844 da CLT. Como todas as assertivas tratam do mesmo tema, não serão analisadas em separado. 12 - Q113390 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João, proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou advogado na véspera da data designada para a realização da audiência, em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 57 de 131 a) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário da respectiva reclamação trabalhista. b) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para aduzir sua defesa. c) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para aduzir sua defesa. d) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal, independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória. e) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para aduzir sua defesa. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� A primeira regra que deve ser lembrada é quanto à forma de apresentação da defesa no processo do trabalho, nos moldes do art. 847 da CLT: oral, em 20 minutos. O Advogado contratado pelo reclamando poderá apresentar defesa oral, que é a regra prevista na CLT, valendo-se do prazo máximo de 20 minutos para apresentação de toda a defesa, incluindo exceções e reconvenção, se for o caso. Transcreve-se o dispositivo mencionado por sua importância: ³1mR� KDYHQGR� DFRUGR�� R� UHFODPDGR� WHUi� YLQWH� PLQXWRV� SDUD� aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não IRU�GLVSHQVDGD�SRU�DPEDV�DV�SDUWHV´� Em hipótese alguma a questão poderia afirmar que o reclamado não pode apresentar defesa oral ou que está obrigado a apresentá-la por escrito. Essas assertivas estão sempre erradas, conforme a sistemática adotada pela CLT. Como todas as assertivas tratam do mesmo tema, já foram respondidas e, por isso, não serão analisadas em separado. PROVAS: 1 - Q302229 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 58 de 131 Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em todo processo judicial, o conjunto probatório é fundamental para a solução do litígio. A Consolidação das Leis do Trabalho possui regras específicas sobre as provas judiciais, sendo assim, a) as testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. b) as testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação, sendo que as que não comparecerem não serão ouvidas, ainda que seja requerido pela parte a intimação das ausentes. c) o juiz nomeará perito em caso de haver matéria técnica, não sendo facultado às partes indicação de assistentes técnicos em razão da celeridade processual que deve ser aplicada ao Processo do Trabalho. d) apenas a testemunha que for parente até o segundo grau civil ou amigo íntimo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. e) o documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original ou em certidão autêntica, não podendo ser declarado autêntico pelo próprio advogado, diante da sua parcialidade. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³A´� A impossibilidade da testemunha sofrer desconto em seu salário, encontra-se previsto no art. 822 da CLT, assim redigido: ³$V� WHVWHPXQKDV� QmR� SRGHUmR� VRIUHU� TXDOTXHU� GHVFRQWR� SHODV� faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devLGDPHQWH�DUURODGDV�RX�FRQYRFDGDV´� As demais assertivas estão erradas, pelos seguintes motivos: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 59 de 131 /HWUD� ³%´�� HUUDGD�� SRLV� FRQWUDULD� R� DUW�� ���� GD� &/7�� TXH� GL]� TXH� DV� testemunhas serão intimadas caso não compareçam à audiência. /HWUD�³&´��HUUDGD��SRLV�VH�aplicam as disposições do CPC no que concerne à apresentação de assistente técnico, conforme art. 421, §1º, I do CPC, bem como Súmula nº 341 do TST. /HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�R�DUW������GD�&/7�GL]�DWp�WHUFHLUR�JUDX�FLYLO� /HWUD� ³(´�� HUUDGR�� Mi� TXH� R� DUW�� ���� GD� &/7� SUHYr� D� SRVVLELOLGDGH� GR� Advogado declarar os documentos autênticos. 2 - Q292945 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; Provas; ) O Processo Judiciário do Trabalho elenca o depoimento de testemunhas como uma das modalidades de prova. Assim, conforme previsão da Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais de Procedimento Ordinário, de Procedimento Sumaríssimo e no Inquérito para Apuração de Falta Grave, a quantidade máxima de testemunhas que cada parte poderá indicar é de, respectivamente, a) três, duas e seis. b) três, três e cinco. c) duas, três e seis. d) cinco, duas e cinco. e) três, duas e quatro. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Uma das questões mais simples sobre provas é essa, relacionada ao número de testemunhas que podem ser arroladas no processo do trabalho, que varia de acordo com o procedimento adotado. No rito ordinário, cada testemunha poderá indicar até 3 testemunhas (art. 821 da CLT), no rito sumaríssimo esse número é reduzido para 2 (art. 852-H, §2º da CLT) e no inquérito para apuração de falta grave cada parte pode valer-se de até 6 testemunhas (art. 821 da CLT). 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 60 de 131 As demais alternativas não precisam ser analisadas em separado, por tratarem do mesmo assunto. 3 - Q280518 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Sobre ônus da prova no processo do trabalho, é INCORRETO afirmar: a) É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. b) Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do reclamante. c)O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. d) Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. COMENTÁRIOS: A alternativa IN&255(7$�e�$�/(75$�³B´� A informação acerca do ônus da prova do não recebimento da notificação ou o seu recebimento tardio, conforme Súmula nº 16 do TST, é do destinatário (reclamado) e não do reclamante, como dito pela FCC. Transcreve-se a Súmula referida: ³3UHVXPH-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do GHVWLQDWiULR´� Vejamos as demais assertivas, todas corretas: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 61 de 131 /HWUD�³$´��FRUUHWR��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�LQFLVR�9,,,�GD�6~PXOD�Q���GR� TST. /HWUD�³&´��FRUUHWR��GH�DFRUGR�FRP�D�UHGDomR�GD�6~PXOD�Q�����GR�767� /HWUD�³'´��FRUUHWR��QRV�WHUPRV�GR�LQFLVR�,,,�GD�6~PXOD�Q�����GR�767� 4 - Q289149 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A inspeção judicial a) somente será realizada de ofício. b) somente será realizada a requerimento da parte. c) pode ser realizada em qualquer fase do processo. d) pode ser realizada em relação a coisas, mas não em relação a pessoas. e) é realizada por peritos nomeados pelo juiz. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e�$� /(75$� ³C´� A inspeção judicial, conforme art. 440 do CPC, de aplicação subsidiária ao Processo do Trabalho, prevê a possibilidade de realização da inspeção judicial como meio de prova, em qualquer fase do processo, de ofício ou a requerimento das partes. Transcreveremos todos os dispositivos do CPC que tratam do assunto, por serem poucos e por responderem todas as assertivas dispostas acima pela FCC: ³Art. 440. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa. Art. 441. Ao realizar a inspeção direta, o juiz poderá ser assistido de um ou mais peritos. Art. 442. O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando: I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar; 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 62 de 131 II - a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves dificuldades; Ill - determinar a reconstituição dos fatos. Parágrafo único. As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações que reputem de interesse para a causa. Art. 443. Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia´. As demais alternativas não precisam ser analisadas em separado, pois já foram respondidas pelos dispositivos acima. 5 - Q289151 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em relação à prova pericial no processo do trabalho, com base nos dispositivos da CLT e na jurisprudência pacífica do TST, é correto afirmar: a) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente no processo. b) Os benefícios da justiça gratuita não abrangem os honorários periciais. c) A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. d) A atualização monetária dos honorários periciais é a mesma aplicada aos débitos trabalhistas. e) A exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais é compatível com o processo do trabalho. COMENTÁRIOS: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 63 de 131 A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³C´� A indicação de assistente técnico, nos termos do art. 826 da CLT, é faculdade das partes: ³e� facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou WpFQLFR´� Se a indicação de assistente técnica é faculdade das partes, os honorários cobrados pelos mesmos devem ser pagos pela parte contratante, independentemente do resultado da perícia ou do processo, isto é, mesmo que venha a vencer o processo ou o resultado da perícia seja favorável, será responsável pelo pagamento dos honorários a parte contratante, conforme Súmula nº 341 do TST: ³$� LQGLFDomR� GR� SHULWR� DVVLVWHQWH� p� IDFXOGDGH� GD� SDUWH�� D� TXDO� deve responder pelos respectivos honorários, ainda que YHQFHGRUD�QR�REMHWR�GD�SHUtFLD´� As demais alternativas estão incorretas, conforme análise abaixo: /HWUD� ³$´�� QRV� WHUPRV� GR� DUW�� ���-B da CLT, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ou seja, daquele que perdeu a perícia e não o processo. /HWUD�³%´��QRV�WHUPRV�GD�2-�Q�����GD�6',-1 do TST, os agraciados com a justiça gratuita não pagam os honorários periciais, que serão suportados pela União. /HWUD�³'´��QRV�WHUPRV�GD�2-�Q�����GD�6',-1 do TST: ³Diferentemente da correção aplicada aos débitos trabalhistas, que têm caráter alimentar, a atualização monetária dos honorários periciais é fixada pelo art. 1º da Lei nº 6.899/1981, aplicável a débitos resultantes de decisões judiciais´� 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 64 de 131 /HWUD� ³(´�� FRQIRUPH� 2-� Q� ��� GD� 6',-2 do TST, os honorários periciais prévios são incompatíveis com o processo do trabalho. 6 - Q289159 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Conforme a jurisprudência pacífica do TST sobre ônus da prova, a) o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negado o despedimento, é do empregado. b) a não apresentação injustificada dos controles de frequência pelo empregador que tem mais de dez empregados gera presunção absoluta de veracidade da jornada alegada na inicial. c) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, salvo se prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. d) os controles de jornada com horários invariáveis são imprestáveis como meio de prova, devendo, porém, o empregado alegar a nulidade dos mesmos, sob pena de serem os mesmos considerados válidos.e) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� A prova da jornada de trabalho é um tema muitas vezes explorado pelas bancas de concursos. Em relação ao tema, destaca-se a Súmula nº 338 do TST, que responde ao questionamento, em especial o seu inciso II, que diz que a jornada prevista em negociação coletiva cria uma presunção de veracidade, mas que, por ser relativa, pode ser desconstituída. Transcrevemos a súmula inteira, para conhecimento: ³,� - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação in-justificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex- Súmula nº 338 ± alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 65 de 131 II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- '-������������´� Vejamos as demais assertivas, todas incorretas: /HWUD�³$´��HUUDGD��SRLV�FRQWUDULD�D�6~PXOD�Q�����GR�767��TXH�GL]�VHU�GR� empregador o ônus da prova. /HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�R�LQFLVR�,�GD�6~PXOD�Q�����GR�767��WUDWD�GH�XPD� presunção relativa de veracidade. /HWUD� ³&´�� HUUDGD�� SRLV� FRQWUDULD� R� LQFLVR� ,,� GD� 6~PXOD� Q� ���� GR� 767�� pois mesmo prevista em negociação coletiva, pode haver prova em contrário. /HWUD�³'´��HUUDGD��SRLV�YLROD�R�LQFLVR�,,,�GD�6~PXOD�Q�����GR�767��TXH�GL]� que os cartões de ponto com horários inflexíveis não servem como meio de prova. 7 - Q289160 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em relação à prova testemunhal, é INCORRETO afirmar: a) Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, ficando sujeita, em caso de falsidade, às penas da lei. b) Os depoimentos das testemunhas serão transcritos em sua integralidade, não podendo ser feito resumo dos mesmos. c) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 66 de 131 d) As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. e) As testemunhas serão inquiridas pelo juiz, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento das partes, seus representantes ou advogados. COMENTÁRIOS: A alternativa INCORRETA É A /(75$� ³B´� A informação contida na DVVHUWLYD� ³%´�� TXH� QmR� RV� GHSRLPHQWRV� QmR� SRGHP� VHU� UHVXPLGRV�� HVWi� em confronto com o art. 828, § único da CLT, assim redigido: ³2V�GHSRLPHQWRV�GDV�WHVWHPXQKDV�VHUmR�UHVXPLGRV��SRU�RFDVLmR� da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do 7ULEXQDO�H�SHORV�GHSRHQWHV´� Letra ³$´��FRUUHWD��HP�FRQVRQkQFLD�FRP�R�DUW������GD�&/7� Letra ³&´��FRUUHWD��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�DUW������GD�&/7� Letra ³'´��correta, de acordo com o art. 822 da CLT. Letra ³(´��FRUUHWD��SRLV�FRQIRUPH�$UW������GD�&/7� 8 - Q262172 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Sobre a prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar: a) O depoimento das testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz. Pessoa surda- muda não pode ser testemunha b) As testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou pelas partes, seus representantes ou advogados. c) O número máximo de testemunhas para cada parte varia conforme o rito processual: três testemunhas no rito ordinário, duas testemunhas no rito sumaríssimo, uma testemunha no rito sumário e seis testemunhas no 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 67 de 131 inquérito para apuração de falta grave. d) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. e) Somente serão ouvidas pelo juiz as testemunhas indicadas pela parte em rol específico, e devidamente intimadas para a audiência. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³D´� A existência de parentesco, amizade ou inimizade entre a testemunha e qualquer das partes, leva à oitiva da primeira apenas como informante, conforme art. 829 da CLT, abaixo transcrita: ³$� WHVWHPXQKD� TXH� IRU� SDUHQWH� DWp� R� WHUFHLUR� JUDX� FLYLO�� DPLJR� íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples LQIRUPDomR´� Vejamos as demais assertivas: /HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� FRQIRUPH� R� DUW�� ���� GD� &/7�� R� VXUGR-mudo também prestará depoimento por meio de intérprete nomeado pelo Juiz. /HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�R�DUW������GD�&/7�GL]�TXH�VHUmR�LQTXLULGDV�SHOR�-XLz e não pelas partes. Podem ser formuladas perguntas pelas partes e Advogados, mas sempre por meio do Juiz. /HWUD� ³&´��HUUDGD��SRLV�QR� ULWR� VXPiULR��SRU�DXVrQFLD�GH�QRUPD�SUySULD�� aplica-se o art. 821 da CLT que fala de 3 testemunhas para cada parte, igual ao rito ordinário. /HWUD� ³(´�� HUUDGD�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� LQH[LVWLUi� LQWLPDomR� prévia. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 68 de 131 9 - Q248773 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho - Prova TIPO 4 / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; Provas; ) Quanto à prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar que se diferenciam o rito ordinário e o rito sumaríssimo porque a) no rito sumaríssimo não há que se falar em condução coercitiva de testemunha. b) em ambos os ritos a limitação do número de testemunhas dá-se em função da matéria debatida, até o limite máximo de três para cada parte. c) no rito sumaríssimo só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. d) no rito ordinário limita-se a três testemunhas para cada fato e no rito sumaríssimo limita-se a duaspara cada parte. e) no rito ordinário limita-se a duas testemunhas para cada fato e no rito sumaríssimo limita-se a duas para cada parte. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³C´� No rito sumaríssimo temos uma norma específica sobre a intimação das testemunhas, que o torna nesse ponto diferente do rito ordinário. Tal regra diz que somente haverá intimação da testemunha se a parte demonstrar que, apesar de convidada, a mesma não compareceu. A prova do convite somente ocorre no rito sumaríssimo, não podendo ser exigida no rito ordinário. Transcreve-se o art. 852-H, §3º da CLT: ³6y� VHUi� GHIHULGD� LQWLPDomR� GH� WHVWHPXQKD� TXH�� comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar VXD�LPHGLDWD�FRQGXomR�FRHUFLWLYD´� As demais assertivas estão erradas, pelos seguintes motivos: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 69 de 131 /HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� R� �� GR� DUW�� ���-H da CLT diz que haverá a condução coercitiva caso a testemunha, intimada, não compareça ao ato. /HWUD�³%´��HUUDGR��SRLV�LQGHSHQGHQWHPHQWH�GD�PDWpULD��QR�ULWR�RUGLQiULR�R� número máximo de testemunhas por parte é 3 (art. 821 da CLT) e no sumaríssimo é de 2 (art. 852-H, §2º da CLT). /HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�D�OLPLWDomR�GH�WHVWHPXQKDV�p�SRU�SDUWH�H�QmR�SRU� fato, como afirmado. /HWUD�³(´��HUUDGR��SRLV�QmR�Ki�OLPLWDomR�SRU�IDWR�GDV�WHVWHPXQKDV��H�VLP�� por parte. 10 - Q241034 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) O número máximo de testemunhas admitido em lei para cada uma das partes nos dissídios individuais trabalhistas nos procedimentos ordinário, sumaríssimo e inquérito para apuração de falta grave, respectivamente, é de a) duas, três e quatro. b) três, duas e seis. c) três, três e três. d) cinco, três e seis. e) cinco, três e cinco. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Novamente uma questão muitas vezes cobrada pela FCC, em relação ao número de testemunhas por parte, a depender do rito (procedimento) adotado. As regras são: x Rito Ordinário: 3 testemunhas para cada parte ± Art. 821 da CLT; x Ação de inquérito para apuração de falta grave: 6 testemunhas para cada parte ± Art. 821 da CLT; x Rito sumaríssimo: 2 testemunhas para cada parte ± Art. 852-H, §2º da CLT. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 70 de 131 As demais alternativas não precisam ser analisadas em separado, pois tratam do mesmo tema. 11 - Q213042 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; Provas; ) Carlos, analista judiciário do TRT, é arrolado como testemunha do autor em uma ação reclamatória trabalhista em que deverá depor em horário normal de seu expediente. Nesta situação, Carlos deverá a) ser conduzido por oficial de justiça à audiência marcada. b) comparecer espontaneamente à audiência designada. c) ser ouvido na sua própria repartição. d) prestar seu depoimento por escrito para posterior juntada aos autos. e) ser requisitado ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� O art. 823 da CLT prevê que: ³6H�D�WHVWHPXQKD�IRU�IXQFLRQiULR�FLYLO�RX�PLOLWDU��H�WLYHU�GH�GHSRU� em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para FRPSDUHFHU�j�DXGLrQFLD�PDUFDGD´� Trata-se da situação mencionada pela banca examinadora: Carlos é funcionário civil, tendo que depor na hora do serviço. Nessa hipótese, será requisitado ao chefe da repartição para que possa comparecer à audiência e depor. Como as demais alternativas tratam exatamente do mesmo tema, não precisam ser analisadas em separado, pois já excluídas automaticamente pela resposta correta, 12 - Q214472 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 71 de 131 Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em relação à prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar que a) no caso de inquérito para apuração de falta grave, cada uma das partes não poderá indicar mais de três testemunhas. b) no procedimento sumaríssimo, só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. c) a testemunha que for parente até o quarto grau civil, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. d) a testemunha que não souber falar a língua nacional não será ouvida, devendo ser substituída por outra testemunha. e) a testemunha poderá sofrer desconto salarial proporcional ao tempo do seu depoimento quando for arrolada pela parte, mas não poderá sofrer qualquer desconto quando foi convocada pelo juiz. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� 1RYDPHQWH�R� WHPD�³LQWLPDomR� GH� WHVWHPXQKDV� QR� ULWR� VXPDUtVVLPR´� p� REMHWR� GH� DQiOLVH� SRU� EDQFD� examinadora em questões de processo do trabalho. A sistemática a ser adotada nesse procedimento encontra-se nos parágrafos 2º e 3º do art. 852-H da CLT, abaixo transcritos: ³§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000) § 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva´. Percebam que a regra continua a ser que as testemunhas comparecem independentemente de intimação, mas podem vir a ser intimadas pelo 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 72 de 131 Juízo caso a parte prova que as convidou. Somente com a prova do convite é que haverá a intimação judicial. As demais assertivas estão erradas pelos seguintes motivos: /HWUD� ³$´: no inquérito para apuração de falta grave, cada parte pode arrolar até 6 testemunhas, nos termos do art. 821 da CLT. /HWUD� ³C´: o art. 829 da CLT diz até o terceiro grau civil e não quarto, como afirmado pela banca. /HWUD�³D´: o art. 819 da CLT diz que o depoimento será prestado por meio de intérprete. /HWUD�³E´: o art. 822 da CLT diz da impossibilidade da testemunha sofrer desconto. 13 - Q201713 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Com relação às provas no Direito Processual do Trabalho, considere: I. A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em confronto com a confissão ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. II. A prova do contratode trabalho pode ser realizada por qualquer meio admitido em direito, sendo relativa a veracidade das anotações lançadas na CTPS do empregado. III. É ônus do empregador que conta com mais de 10 empregados o registro da jornada de trabalho na forma da lei. IV. No tocante as testemunhas, em regra, a incapacidade e o impedimento são de ordem subjetiva e a suspeição de ordem objetiva, sendo suspeita a testemunha que for cônjuge do reclamante. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II e III. c) II e III. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 73 de 131 d) II, III e IV. e) III e IV. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Somente os incisos I, II e III estão corretos, de acordo com a análise seguinte: I. Correta, já que de acordo com a Súmula nº 74, II do TST abaixo transcrito: ³$� SURYD� SUp-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas SRVWHULRUHV´�� II. Correta, já que a Súmula nº 12 do TST trata da presunção de veracidade das informações constantes da CTPS. Vejamos: ³$V� DQRWDo}HV� DSRVWDV� SHOR� HPSUHJDGRU� QD� FDUWHLUD� SURILVVLRQDO� do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". III. Correta, pois essa é a redação do inciso I da Súmula nº 338 do TST: ?�� ƀŶƵƐ� ĚŽ� ĞŵƉƌĞŐĂĚŽƌ� ƋƵĞ� ĐŽŶƚĂ� ĐŽŵ� ŵĂŝƐ� ĚĞ� ? ?� ?ĚĞnj ?� empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação in-justificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de ƚƌĂďĂůŚŽ ?�Ă�ƋƵĂů�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ĞůŝĚŝĚĂ�ƉŽƌ�ƉƌŽǀĂ�Ğŵ�ĐŽŶƚƌĄƌŝŽ ? ? IV. Errada, pois o impedimento é de ordem objetiva e a suspeição de ordem subjetiva. No parentesco, tem-se o impedimento, conforme art. 405 do CPC. 14 - Q202045 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 74 de 131 Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Considere as seguintes assertivas a respeito das provas: I. As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris tantum. II. Presume-se recebida a notificação quarenta e oito horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. III. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. IV. A prova documental poderá, em regra, ser produzida em qualquer oportunidade, inclusive na fase recursal. A juntada de documentos com o recurso é perfeitamente possível não importando se referente a fato anterior ou posterior à sentença. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II e III. c) I e III. d) II, III e IV. e) II e IV. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Estão corretas as assertivas I, II e III, nos termos da análise abaixo realizada. I. Correta, pois em conformidade com a Súmula nº 12 do TST, que diz que as anotações na CTPS geram presunção relativa, de acordo com transcrição abaixo: As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". II. Correta, pois essa é a redação da Súmula nº 16 do TST, conforme transcrição abaixo: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 75 de 131 ³3UHVXPH-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do GHVWLQDWiULR´� III. Correta, já que de acordo com a Súmula nº 357 do TST, abaixo transcrita: ³1mR� WRUQD� VXVSHLWD� D� WHVWHPXQKD� R� VLPSOHV fato de estar OLWLJDQGR�RX�GH�WHU�OLWLJDGR�FRQWUD�R�PHVPR�HPSUHJDGRU´� IV. Incorreta, pois contraria o entendimento externado na Súmula nº 8 do TST, abaixo transcrita: ³$�MXQWDGD�GH�GRFXPHQWRV�QD�IDVH�UHFXUVDO�Vy�VH�MXVWLILFD�TXDQGR� provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou VH�UHIHULU�D�IDWR�SRVWHULRU�j�VHQWHQoD´� 15 - Q86130 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A empresa X possui 3 empregados; a Empresa Y possui 7 empregados e a empresa Z possui 10 empregados. Em reclamação trabalhista relativa ao pagamento de horas extras laboradas, NÃO terá o ônus de provar as horas trabalhadas com a apresentação do controle de frequência a) a empresa Z, somente. b) a empresa X, somente. c) as empresas X e Y, somente. d) as empresas Y e Z, somente. e) as empresas X, Y e Z. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´� As empresas Z, Y e Z não precisam provas as horas trabalhadas pelo reclamante por meio de controle de freqüência, já que o art. 74 da CLT diz que as empresas com mais de 10 empregados (ou seja, a partir de 11) precisam ter 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 76 de 131 registro de controle. Essa informação também consta na Súmula nº 338, I do TST, abaixo transcrita: ³e� {QXV� GR� HPSUHJDGRU� TXH� FRQWD� FRP� PDLV� GH� ��� �GH]�� empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada GH�WUDEDOKR��D�TXDO�SRGH�VHU�HOLGLGD�SRU�SURYD�HP�FRQWUiULR´� As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do mesmo tema. 16 - Q85310 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em determinada reclamação trabalhista Janaina, advogada da reclamante, anexou à petição inicial cópia simples, extraída da internet, de Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria. Este documento, de acordo com Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, a) não possui valor probante, uma vez que as Convenções Coletivas de Trabalho devem ser anexadas aos autos obrigatoriamente por meio de cópias com carimbo do órgão representativo da categoria em questão. b) não possui valor probante, pois os instrumentos normativos que acompanham a reclamação ou a contestação devem ser obrigatoriamente cópias autenticadas em razão da relevância jurídica. c) possui valor probante incontestável, tratando-se de documento comum a ambas as partes e de fácil acesso. d) não possui valor probante, uma vez que foi extraído da internet e não de órgãos oficiais. e) possui valor probante, desde que não haja impugnação do seu conteúdo, eis que se trata de documento comum a ambas as partes.COMENTÁRIOS: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 77 de 131 A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� O documento juntado aos autos pela parte ± convenção coletiva de trabalho ± é considerado como comum às partes, sendo válido como meio de prova, mesmo que juntado aos autos em cópias simples. A OJ nº 36 da SDI-1 do TST diz que: ³2�LQVWUXPHQWR�QRUPDWLYR�HP�FySLD�QmR�DXWHQWLFDGD�SRVVXL�YDORU� probante, desde que não haja impugnação ao seu conteúdo, eis TXH�VH�WUDWD�GH�GRFXPHQWR�FRPXP�jV�SDUWHV´� Percebam que a regra possui exceção, que é a possibilidade da parte contrária impugnar a autenticidade, o que também está descrito no art. 830 da CLT, que trata do tema. As demais alternativas, que tratam do mesmo assunto, não precisam ser analisadas em separado. 17 - Q79978 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Joana e Márcia são testemunhas na reclamação trabalhista proposta por Gabriela contra sua ex-empregadora, a empresa CHÁ. Somente considerando que Joana já litigou contra a mesma empregadora em reclamação trabalhista transitada em julgado e que Márcia ainda está litigando contra a empresa CHÁ, a) Joana e Márcia não são consideradas suspeitas. b) Joana e Márcia são consideradas suspeitas. c) apenas Joana é considerada suspeita. d) apenas Márcia é considerada suspeita. e) Joana e Márcia estão impedidas de testemunhar. COMENTÁRIOS: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 78 de 131 A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³A´� A resposta à pergunta é facilmente encontrada na Súmula nº 357 do TST, que trata da ausência de suspeição para servir como testemunha daquele que litigou ou esta litigando em face do mesmo empregador. Vejamos: ³1mR� WRUQD� VXVSHLWD� D� WHVWHPXQKD� R� VLPSOHV� IDto de estar OLWLJDQGR�RX�GH�WHU�OLWLJDGR�FRQWUD�R�PHVPR�HPSUHJDGRU´� Vejam que as testemunhas não são suspeitas, nos termos do entendimento acima. 18 - Q79392 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Fátima ajuizou reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora, a empresa K. Ela pretende levar na audiência de instrução três testemunhas: Marta, Mariana e Kátia. Considerando que Marta já foi condenada por crime de falso testemunho com sentença transitada em julgado; que Mariana é sobrinha de Fátima; e que Kátia é amiga íntima de Fátima, o impedimento para testemunhar recai sobre a) Mariana e Marta. b) Marta, Mariana e Kátia. c) Marta e Kátia. d) Mariana. e) Kátia. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´� Em primeiro lugar vamos transcrever o art. 405 do CPC, que trata dos incapazes, impedidos e suspeitos para depor como testemunhas: ³$UW�������3RGHP�GHSRU�FRPR�WHVWHPXQKDV�WRGDV�DV�SHVVRDV��H[FHWR�DV� incapazes, impedidas ou suspeitas. § 1o São incapazes: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 79 de 131 I - o interdito por demência; II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) III - o menor de 16 (dezesseis) anos; IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que Ihes faltam. (Incluído pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) § 2o São impedidos: I - o cônjuge, bem como o ascendente e o descendente em qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consangüinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público, ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova, que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; (Incluído pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor na causa do menor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros, que assistam ou tenham assistido as partes. (Incluído pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) § 3o São suspeitos: I - o condenado por crime de falso testemunho, havendo transitado em julgado a sentença; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) II - o que, por seus costumes, não for digno de fé; III - o inimigo capital da parte, ou o seu amigo íntimo; IV - o que tiver interesse no litígio. § 4o Sendo estritamente necessário, o juiz ouvirá testemunhas impedidas ou suspeitas; mas os seus depoimentos serão prestados independentemente de compromisso (art. 415) e o juiz Ihes atribuirá o YDORU�TXH�SRVVDP�PHUHFHU´� A pergunta da banca examinadora é específica em relação ao impedimento. A testemunha que é condenada por falso testemunho, com trânsito em julgado, é suspeita, assim como aquele é amiga íntima. Já a sobrinha, diante do laço de parentesco, é impedida a depor como testemunha. Assim, somente Mariana, diante do parentesco, é que 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 80 de 131 possui impedimento para depor na qualidade de testemunha, podendo ser ouvida como informante do Juízo, nos termos do §4º do art. 405 do CPC. 19 - Q78870 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A empresa X possui atualmente sete empregados, uma vez que dispensou Maria no semestre passado e João pediu demissão. João ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora requerendo, dentre outras verbas, horas extras realizadas e aviso prévio. Neste caso, em regra, o ônus da prova das horas extras e do aviso prévio é a) da empresa X e de João, respectivamente. b) de João. c) da empresa X. d) de João e da empresa X, respectivamente. e) de ambas as partes indistintamente. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³D´� Em primeiro lugar, destaque para o art. 818 da CLT, que trata do ônus da prova no processo do trabalho: ³$�SURYD�GDV�DOHJDo}HV�LQFXPEH�j�SDUWH�TXH�DV�IL]HU´� Além disso, é sempre importante (e fundamental para esse pergunta), lembrar do art. 74, §2 da CLT, que diz que o empregador com mais de 10 empregados deve manter registro de freqüência, de forma a ser apuradas eventuais horas extras realizadas, regra que se completa com a Súmula nº 338, I do TST: $UW��������GD�&/7�� ³3DUD�RV�HVWDEHOHFLPHQWRV�GH�PDLV�GH�GH]� trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ±TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 81 de 131 instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-DVVLQDODomR�GR�SHUtRGR�GH�UHSRXVR´� 6~PXOD�Q������,�GR�767��³e�{QXV�GR�HPSUHJDGRU�TXH�FRQWD�FRP� mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por SURYD�HP�FRQWUiULR´� Relendo o problema, percebe-se que a empresa possui menos de 10 empregados (e não mais de 10, como dito no dispositivo legal), o que faz com que a prova das horas extras seja do reclamante, João, portanto. Já em relação ao aviso prévio pedido pelo empregado, presume-se, nos termos da Súmula nº 212 do TST, que o empregador é que concede (despede), razão pela qual cabe ao empregador a prova da concessão do DYLVR�� (VVDV� LQIRUPDo}HV� QRV� OHYDP� D� DVVLQDODU� D� DOWHUQDWLYD� ³'´� FRPR� correta. 20 - Q53317 ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Ao contestar uma reclamação trabalhista em que o reclamante postula verbas rescisórias decorrentes da despedida injusta, a empresa alegou justa causa para a rescisão do contrato de trabalho. Nesse caso, o ônus da prova incumbe a) ao empregador, por se tratar de fato extintivo do direito do autor. b) ao empregador, por se tratar de fato impeditivo do direito do autor. c) ao empregador, por se tratar de fato modificativo do direito do autor. d) ao empregado, por se tratar de fato constitutivo do seu direito. e) à parte a quem o juiz atribuir o encargo. COMENTÁRIOS: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 82 de 131 A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Ao alegar a existência de justa causa como tese de defesa, atraindo para si o ônus da prova, uma vez que não se presume a justa causa do trabalhador, nos termos da Súmula nº 212 do TST, que pode aqui ser aplicada, já que aduz ao princípio da continuidade do vínculo de emprego. A existência de justa causa é um fato impeditivo do direito do autor, o que faz com que o ônus da prova seja do reclamado, conforme Art. 333 do CPC, abaixo transcrito: ³$UW�������2�{QXV�GD�SURYD�LQFXPEH� I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do GLUHLWR´� As demais assertivas não precisam ser analisadas, por tratam do mesmo assunto. 21 - Q25102 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Considere as assertivas abaixo a respeito das provas: I. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviços e o despedimento, é do empregado. II. Em regra, a prova da jornada extraordinária é do empregado por tratar- se de fato constitutivo do seu direito. III. É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. IV. O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da filiação e, em regra, se feita em juízo, corresponde à data do ajuizamento do pedido. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 83 de 131 Está correto o que consta APENAS em a) II, III e IV. b) I, II e III. c) III e IV. d) I e IV. e) I e III. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Estão corretas as assertivas II, III e IV, pela análise a seguir realizada: I. Errada, pois a informação contradiz o entendimento consolidado na Súmula nº 212 do TST, a seguir transcrita, que afirma ser do empregador o ônus da prova: ³2� {QXV� GH� SURYDU� R� WpUPLQR� GR� FRQWUDWR� GH� WUDEDOKR�� TXDQGR� negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de HPSUHJR�FRQVWLWXL�SUHVXQomR�IDYRUiYHO�DR�HPSUHJDGR´� II. Correta, pois o art. 818 da CLT diz que cabe à parte que alegar o fato, o ônus da prová-lo. No caso, se o empregado alega que trabalhou em jornada extraordinária, cabe ao mesmo a prova, a não ser que seja aplicada a Súmula nº 338 do TST, que trata das empresas com mais de 10 empregados, que devem possuir registro de ponto, bem como a juntada de cartões de ponto com horários uniformes, em que há a inversão do ônus da prova. III. Correta, em decorrência do entendimento da Súmula nº 6, VIII do TST, abaixo transcrita: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 84 de 131 ³É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial´ . IV. Correta, pois de acordo com o entendimento consolidado na Súmula nº 254 do TST: ³2�WHUPR�LQLFLDO�GR�GLUHLWR�DR�VDOiULR-família coincide com a prova da filiação. Se feita em juízo, corresponde à data de ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o HPSUHJDGRU�VH�UHFXVDUD�D�UHFHEHU�D�UHVSHFWLYD�FHUWLGmR´� 22 - Q24102 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A respeito da prova testemunhal, é correto afirmar: a) Quando se tratar de ação proposta contra vários empregadores, cada reclamado poderá ouvir até 3 (três) testemunhas. b) Nos dissídios individuais plúrimos, cada um dos reclamantes que propuser a ação conjuntamente poderá ouvir até 3 (três) testemunhas. c) Se cada uma das partes já tiver ouvido 3 (três) testemunhas, o juiz não pode determinar a oitiva de outras testemunhas referidas. d) O juiz não pode indeferir inquirição de testemunhas sobre fatos que considerar já provados pela prova testemunhal. e) Se a testemunha não souber falar a língua nacional, será obrigatória a convocação de tradutor público juramentado. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� O art. 821 da CLT diz que cada parte terá, no rito ordinário, direito à oitiva de até 3 testemunhas. Contudo, essa regra tem que ser cuidadosamente analisada na hipótese de litisconsórcio ± ativo e passivo ± pois o tratamento é diferente. Vejamos: a. Litisconsórcio ativo: os autores possuem, no máximo, 3 testemunhas, independentemente da quantidade, pois o 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 85 de 131 litisconsórcio é facultativo. Assim, se o ação for ajuizada por 1 ou 10 trabalhadores, o número máximo será o mesmo, qual seja, 3 !! b.Litisconsórcio passivo: nessa espécie de litisconsórcio, cada reclamado possui até 3 testemunhas no rito ordinário. Assim, se forem 2 empresas reclamadas, serão ouvidas até 6 testemunhas. Vejam que essa informação FRQVWD� QD� DOWHUQDWLYD� ³$´�� UD]mR� SHOD� TXDO� está correta. Vejamos as demais, todos incorretas: /HWUD�³%´��SHOR�TXH�Mi�IRL�GLWR��QR�OLWLVFRQVyUFLR�DWLYR�R�Q~PHUR�Pi[LPR�GH� testemunhas é para todos os autores. /HWUD�³&´��R�DUW�������,�GR�&3&�GL]�TXH�R�-XL]��GH�RItFLR��SRGHUi�GHWHUPLQDU� a intimação de testemunhas referidas. /HWUD�³'´����DUW�������,�GR�&3&�GL]�TXH�R�-XL]�SRGHUi�LQGHIHULU�D�LQWLPDomR� das testemunhas já os fatos já estiverem provados por documentos. /HWUD� ³(´�� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� VHUi� QRPHDGR� LQWpUSUHWH� H� QmR� tradutor público juramentado. 23 - Q23050 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Segundo as regras de distribuição do ônus da prova no processo do trabalho, será de responsabilidade a) do trabalhador a prova do fato impeditivo de seu direito. b) do trabalhador a prova da identidade de funções, no pedido de equiparação salarial, quando a defesa demonstra que os comparandos exerciam cargos diferentes. c) do empregador, qualquer que seja o tema, já que ele é hipersuficiente na relação contratual. d) nunca do empregado, porque é hipossuficiente na relação de direito material. e) do empregador a prova dos fatos constitutivos do direito alegado na inicial. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 86 de 131 COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Constata-se que para que seja possível a equiparação salarial, conforme art. 461 da CLT, é imprescindível, além de outros, a prova do requisito ³LGHQWLGDGH� GH� IXQo}HV´��RX�VHMD��UHDOL]DomR�GH�PHVPDV�WDUHIDV��SRXFR�LPSRUWDQGR�VH�R� cargo tem ou não a mesma denominação. Trata-se de fato constitutivo do direito do autor. Se o mesmo alega que exercia as mesmas funções em relação ao paradigma, deverá provar tal fato. Mesmo que o empregador afirme que exerciam cargos diferentes, como a prova é do exercício das mesmas funções, pois esse é o requisito a ser preenchido, continua a caber ao reclamante/empregado a prova do fato. Com base nessa informação, constata-VH� TXH� D� DVVHUWLYD� ³%´� p� D� FRUUHWD�� � 9HMDPRV� DV� demais, todas incorretas: /HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� R� IDWR� LPSHGLWLYR� GR� GLUHLWR� LQFXPEH� DR� UpX�� conforme art. 333 do CPC, já que é um fato alegado pelo mesmo, de acordo com o art. 818 da CLT. Aquele que alega, deve provar ! /HWUD�³&´��HUUDGD��SRLV�D�KLSRVVXILFLrQFLD�QmR�JHUD�D�LQYHUVmR�GR�{QXV�GD� prova automático e genérico, como dito na assertiva. /HWUD� ³'´�� HUUDGD�� SRLV� R� HPSUHJDGR� SRVVXL� R� {QXV� GD� SURYDU� RV� IDWRV� constitutivos do seu direito. /HWUD�³(´: errada, pois os fatos constitutivos do direito incumbem ao autor e não ao reclamado. 24 - Q15550 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Audiências; Provas; ) Observe as assertivas abaixo a respeito da prova testemunhal. I. As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação, e as que não comparecerem serão intimadas ex 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 87 de 131 oficio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas à condução coercitiva se não atenderem a intimação sem justo motivo. II. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. III. A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. IV. Cada uma das partes não poderá indicar mais de duas testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, fase em que esse número poderá ser elevado a três. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é correto o que se afirma APENAS em: a) I, II e III. b) II e III. c) I e IV. d) II e IV. e) II, III e IV. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³A´� As assertivas corretas são aquelas contidas em I, II e III, pela análise que se realiza abaixo: I. Correta, pois em total conformidade com o art. 825 da CLT, VHQGR�TXH�D�EDQFD�H[DPLQDGRUD�SUDWLFDPHQWH�³FRSLRX�H�FRORX´�R� dispositivo. II. Correta, pois essa é a regra do art. 822 da CLT, assim redigido: ³$V� WHVWHPXQKDV� QmR� SRGHUmR� VRIUHU� TXDOTXHU� GHVFRQWR� SHODV� faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para GHSRU��TXDQGR�GHYLGDPHQWH�DUURODGDV�RX�FRQYRFDGDV´� III. Correta, em total sintonia com o art. 829 da CLT, assim redigido: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 88 de 131 ³$� WHVWHPXQKD� TXH� IRU� SDUHQWH� DWp� R� WHUFHLUR� JUDX� FLYLO�� DPLJR� íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples LQIRUPDomR´� IV. Incorreta, pois viola o art. 821 da CLT, que diz que as testemunhas podem indicar até 3 testemunhas, salvo no inquérito, pois esse número sobe para 6 testemunhas. Vejamos: ³&DGD� XPD� GDV� SDUWHV� QmR� SRGHUi� LQGLFDU� PDLV� GH� �� �WUrV�� testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que HVVH�Q~PHUR�SRGHUi�VHU�HOHYDGR�D����VHLV�´� 25 - Q15156 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A prova pré-constituída nos autos a) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta uma vez que processualmente foram produzidas antes da ocorrência da confissão. b) pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. c) pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta e o indeferimento de provas posteriores implica cerceamento de defesa. d) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta uma vez que esta confissão gera presunção absoluta da verdade dos fatos confessos. e) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta em razão do princípio da verdade real aplicado no processo do trabalho. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Mais uma vez a resposta está no entendimento sedimentado pelo TST em sua Súmula nº 74, que é transcrita a seguir, em especial, o seu inciso II: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 89 de 131 ³I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA69/1978, DJ 26.09.1978) II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo´. Vejam que mesmo havendo confissão ficta, pode a prova documental, que já está juntada aos autos, ser utilizada para o convencimento do Magistrado, podendo o mesmo indeferir as provas posteriores e julgar com aquelas que estão nos autos. As demais assertivas estão relacionadas à utilização ou não da prova documental pré-constituída para formação do convencimento, o que já foi analisado com a transcrição, em especial, do inciso II da Súmula nº 74 do TST, razão pela qual não há necessidade de estudo em separado. 26 - Q12509 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Considere as seguintes assertivas a respeito das provas: I. A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deverá responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. II. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. III. Está impedido de depor a testemunha que for parente por afinidade em 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 90 de 131 terceiro grau do reclamante. IV. Em regra, o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregado. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I e II. b) I, III e IV. c) II e III. d) I, II e III. e) I, II e IV. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³D´� As alternativas corretas são as de número I, II e III, sendo que apenas a IV está incorreta. Vejamos através da análise abaixo realizada: I. Correta, pois em conformidade com a Súmula nº 341 do TST, abaixo transcrita: ³A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia´. II. Correta, já que a matéria está sedimentada na Súmula nº 357 do TST, a seguir transcrita: ³1mR� WRUQD� VXVSHLWD� D� WHVWHPXQKD� R� VLPSOHV� IDWR� GH� HVWDU� OLWLJDQGR�RX�GH�WHU�OLWLJDGR�FRQWUD�R�PHVPR�HPSUHJDGRU´� III. Correta, de acordo com o art. 829 da CLT, que não distingue parentesco por laços de sangue ou por afinidade: ³$� WHVWHPXQKD� TXH� IRU� SDUHQWH� DWp� R� WHUFHLUR� JUDX� FLYLO�� DPLJR� íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 91 de 131 compromisso, e seu depoimento valerá como simples LQIRUPDomR´� IV. Incorreta, pois o ônus da prova é do empregador, nos termos da Súmula nº 212 do TST, assim redigida: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. SENTENÇA E COISA JULGADA: 1 - Q299000 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; ) Em relação à liquidação de sentença no processo do trabalho, é INCORRETO afirmar: a) Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, desde que requeridos na petição inicial e constantes da condenação. b) A liquidação pode ser feita por artigos, por cálculos ou por arbitramento. c) A liquidação abrangerá também o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. d) Na liquidação não se poderá inovar ou modificar a sentença liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa principal. e) A instauração da liquidação por artigos depende da iniciativa do credor, facultando-se ao juiz, no entanto, determinar a sua intimação para que apresente os seus artigos de liquidação. COMENTÁRIOS: A alternativaIN&255(7$�e�$�/(75$�³A´� A afirmação contida na letra ³$´�HVWi�HP�GHVFRQIRUPLGDGH�FRP�D�6~PXOD�Q�����GR�767��PXLWDV�YH]HV� cobradas em concursos da FCC, que traz os juros de mora e a correção monetária como possíveis de serem inseridos nos cálculos de liquidação, 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 92 de 131 mesmo que ausente o pedido ou a condenação. Nos termos da Súmula nº 211 do TST, temos: ³2V� MXURV� GH� PRUD� H� D� FRUUHomR� PRQHWiULD� LQFOXHP-se na OLTXLGDomR��DLQGD�TXH�RPLVVR�R�SHGLGR�LQLFLDO�RX�D�FRQGHQDomR´� As demais assertivas estão corretas. Vejamos: /HWUD�³%´��FRUUHWD, pois tais espécies de liquidação estão previstas no art. 879 da CLT. /HWUD� ³&´�� FRUUHWD�� SRLV� WDO� LQIRUPDomR� FRQVWD� QR� �-A do art. 879 da CLT. /HWUD�³'´��FRUUHWD��SRLV�HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R���GR�DUW������GD�&/7� /HWUD� ³(´��FRUUHWD��SRLV�D� OLTXLGDomR�por artigos é a única que não pode ser iniciada de ofício pelo Magistrado, devendo o credor apresentar os fatos novos e as provas dos mesmos por petição, podendo ser intimado para apresenta-los. Contudo, se não apresentar, não será a sentença liquidada. 2 - Q280537 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; ) A correção monetária no processo do trabalho a) é devida nas condenações por dano moral, a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. b) será devida, na execução da sentença, a partir da data da apresentação dos cálculos pelo exequente. c) não estão sujeitos à correção monetária os débitos trabalhistas das entidades submetidas aos regimes de intervenção ou liquidação extrajudicial. d) incide sobre o débito do trabalhador reclamante. e) não incide sobre o pagamento dos salários até o 5o dia útil do mês subsequente ao vencido. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês da prestação dos serviços. COMENTÁRIOS: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 93 de 131 A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´�A informação constante na letra ³$´�FRQVWD�WDPEpP�QD�6~PXOD�Q�����GR�767��DEDL[R�WUDQVFULWD� ³1DV� FRQGHQDo}HV� SRU� GDQR� PRUDO�� D� atualização monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Os juros incidem desde o ajuizamento da DomR��QRV�WHUPRV�GR�DUW������GD�&/7´� As demais assertivas estão erradas pelos seguintes motivos: /HWUD�³%´��HUUDGo, pois viola a Súmula nº 439 do TST, acima transcrita. /HWUD� ³&´�� HUUDGR�� SRLV� D� 6~PXOD� Q� ����GR� 767� GL]� VHU� DSOLFiYHO� D� correção monetária. /HWUD� ³'´�� HUUDGR��SRLV� FRQWUDULD� D�6~PXOD�Q�����GR�767�� TXH�GL]� QmR� incidir a correção monetária na espécie. LeWUD� ³(´�� HUUDGR�� SRLV� D� 6~PXOD� Q� ���� GR� 767� GL]� HP� DSOLFDomR� GD� correção monetária do incide do mês subsequente ao mês vencido. 3- Q97414 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Execução; Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; ) Considere as seguintes assertivas a respeito da liquidação da sentença: I. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de cinco dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência. II. Na liquidação por cálculos, elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo comum de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. III. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. IV. Na liquidação por cálculos, elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 94 de 131 Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) I e III. c) II, III e IV. d) II e IV. e) III e IV. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´�Estão corretas as assertivas III e IV, de acordo com a análise abaixo realizada: I. Errada, pois o procedimento previsto no art. 475-D do CPC é outro, a saber: ³$UW�� ���-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo. Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de dez dias, o juiz proferirá GHFLVmR�RX�GHVLJQDUi��VH�QHFHVViULR��DXGLrQFLD´� II. Errada, pois o §2º do art. 879 da CLT fala em prazo sucessivo de 10 dias para impugnação, e não, prazo comum, como afirmado. III. Correta, em conformidade com o art. 475-E do CPC. IV. Correta, pois esse é o procedimento descrito no art. 879, §3º da CLT. 4 - Q62738 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Execução; Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; ) Mario ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa LAGO que foi julgada totalmente procedente. Na fase de liquidação de sentença, elaborada a conta e tornada líquida, o juiz abriu prazo para manifestação das partes. Neste caso, a empresa LAGO deverá apresentar impugnação fundamentada no prazo a) comum de cinco dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 95 de 131 hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis do Trabalho. b) comum de dez dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis do Trabalho. c) de dez dias contados do dia seguinte à publicação do mencionado despacho, já que, apesar de tratar-se de prazo sucessivo, na execução, a empresa executada se manifesta antes do exequente. d) comum de oito dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis do Trabalho. e) de dez dias após a manifestação de Mário, já que este prazo é sucessivo. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´�$�UHVSRVWD�FRQWLGD�QD� OHWUD� ³(´� está em conformidade com o art. 879, §2º da CLT, abaixo transcrito, que fala em possibilidade das partes serem intimadas para, em prazo sucessivo de 10 dias, impugnarem os cálculos de liquidação, sob pena de preclusão: ³(ODborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da GLVFRUGkQFLD��VRE�SHQD�GH�SUHFOXVmR´� Saber que o prazo de 10 dias é sucessivo, já exclui as demais alternativas. Lembre-se, ainda, que o credor é intimado em primeiro lugar, sendo que a executada apresentará manifestação posterior, sob pena de preclusão. RITO SUMARÍSSIMO: 1 - Q324837 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 96 de 131 Mariana ajuizou reclamação trabalhista em face da autarquia federal X requerendo a rescisão indireta do seu contrato de trabalho, dando à causa o valor de R$ 12.000,00. Para a audiência designada, a reclamante pretende levar como testemunhas quatro ex-colegas de trabalho, com as quais não possui amizade íntima.Neste caso. a) somente será permitida a oitiva de três testemunhas, não obedecendo a demanda ao procedimento sumaríssimo. b) será permitida a oitiva das quatros testemunhas uma vez que, no caso narrado, a Consolidação das Leis do Trabalho permite a oitiva de até seis testemunhas. c) será permitida a oitiva das quatros testemunhas uma vez que, no caso narrado, a Consolidação das Leis do Trabalho permite a oitiva de até cinco testemunhas. d) somente será permitida a oitiva de duas testemunhas, uma vez que a demanda obedece ao procedimento sumaríssimo em razão do valor da causa. e) não será permitida a oitiva de nenhuma das quatro ex-colegas, tendo em vista que a Consolidação das Leis do Trabalho veda expressamente o testemunho de ex- colega de trabalho COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Percebam que, apesar do valor atribuído à causa ser inferior a 40 salários mínimos (pois R$12.000,00), o rito a ser utilizado não é o sumaríssimo, e sim, o ordinário, já que o art. 852-A § único da CLT exclui a utilização do rito sumaríssimo para as demandas em que forem parte os entes da Administração Pública Direta, bem como as autarquias e fundações públicas, que apesar de serem componentes da Administração Pública Indireta, possuem natureza jurídica de direito público. Se Mariana ajuizou reclamação trabalhista em face de autarquia federal, não se valerá do procedimento sumaríssimo, e sim, do ordinário, que permite a oitiva de até 3 testemunhas para cada parte, de acordo com o art. 821 da CLT. Transcreveremos os dois dispositivos mencionados acima, pois precisam ser memorizados: ³$UW�����-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof.Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 97 de 131 procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e IXQGDFLRQDO´� ³$UW������- Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a ���VHLV�´� Vejamos as demais assertivas, todas erradas: /HWUD�³%´: errado, pois o art. 821 da CLT diz que apenas no inquérito para apuração de falta grave é que podem ser ouvidas até 6 testemunhas para cada parte. /HWUD� ³C´: errado, pois o art. 821 da CLT diz que no rito ordinário somente podem ser ouvidas até 3 testemunhas para cada parte. /HWUD� ³D´: errado, pois não será utilizado o rito sumaríssimo, haja vista que a demanda foi ajuizada em face de autarquia, excluída pelo art. 852- A, § único da CLT. /HWUD� ³E´: errado, pois não há impedimento à utilização de ex-colega como testemunha, mesmo que já tenha ajuizado ação em face do ex- empregador, conforme Súmula nº 357 do TST. 2- Q302230 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Hidra pretende ajuizar uma reclamatória trabalhista em face da sua empregadora Matrix S/A, postulando o pagamento de horas extraordinárias, totalizando o valor equivalente a 10 (dez) salários mínimos à época do ajuizamento da ação. Nesse caso, o procedimento processual que deve tramitar a reclamatória trabalhista e a quantidade máxima de testemunhas que cada parte pode indicar, respectivamente, é a) ordinário e três testemunhas. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 98 de 131 b) sumaríssimo e duas testemunhas. c) inquérito judicial e seis testemunhas. d) ordinário e cinco testemunhas. e) sumaríssimo e três testemunhas. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³B´� Trata-se de questão extremamente fácil, do ano de 2013, que é respondida à luz do art. 852-A da CLT, que afirma que as demandas de valor até 40 salários mínimos serão ajuizadas perante o procedimento sumaríssimo, bem como o art. 852-H §2º da CLT que afirma serem até 2 as testemunhas de cada parte nesse procedimento. Vejamos: ³$UW�� ���-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento GD�UHFODPDomR�ILFDP�VXEPHWLGRV�DR�SURFHGLPHQWR�VXPDUtVVLPR´� ³$UW�� ���-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. (...) § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento LQGHSHQGHQWHPHQWH�GH�LQWLPDomR´� As demais assertivas ficam excluídas automaticamente pela análise realizada acima. 3 - Q299674 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Os dissídios individuais trabalhistas podem seguir o procedimento ordinário e sumaríssimo. Sobre esse último (sumaríssimo) é INCORRETO: a) As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 99 de 131 audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. b) Todas as provas serão produzidas em audiência única, sendo que sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. c) Estão excluídas desse procedimento as demandas em que é parte a Administração pública direta, autárquica e fundacional. d) Esse procedimento é determinado pelo valor dos dissídios individuais, que não exceda a 20 (vinte) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. e) Nas reclamações enquadradas nesse procedimento, o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente, sob pena de arquivamento da reclamação. COMENTÁRIOS: A alternativa IN&255(7$�e�$�/(75$�³D´� Trata-se de erro fácil de ser YHULILFDGR�� SRLV� D� OHWUD� ³'´� DILUPD� TXH� DV� GHPDQGDV� FXMR� YDORU� QmR� excedam 20 salários mínimos tramitarão pelo procedimento sumaríssimo, o que está completamente errado, pois o art. 852-A da CLT afirma que o valor correto é 40 salários mínimos. Vejamos: ³2V�GLVVtGLRV�LQGLYLGXDLV�FXMR�YDORU�QmR�H[FHGD�D�TXDUHQWD�YH]HV� o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ILFDP�VXEPHWLGRV�DR�SURFHGLPHQWR�VXPDUtVVLPR´� Vejamos as demais assertivas, todas corretas: Letra ³$´��SHUIHLWR��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�DUW�����-H, §2º da CLT. Caso não compareçam à audiência, poderão ser intimadas, podendo o Juiz exigir a prova do convite formulado às testemunhas. /HWUD�³%´��GH�DFRUGR�FRP�R�DUW�����-H, §1º da CLT. /HWUD�³&´��HP�FRQIRUmidade com o art. 852-A, § único da CLT que trata da exclusão daqueles entes. /HWUD�³(´��GH�DFRUGR�FRP�R�DUW�����-B, I e §1º da CLT. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 100 de 131 4 - Q292945 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; Provas; ) O Processo Judiciário do Trabalho elenca o depoimento de testemunhas como uma das modalidades de prova. Assim, conforme previsão da Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais de Procedimento Ordinário, de Procedimento Sumaríssimo e no Inquérito para Apuração de Falta Grave, a quantidade máxima de testemunhas que cada parte poderá indicar é de, respectivamente, a) três, duas e seis. b) três, três e cinco. c) duas, três e seis. d) cinco, duas e cinco. e) três, duas e quatro. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³A´� Trata-se de uma questão freqüente nas provas da FCC. A questão em comento foi aplicada em 2013, para o cargo de Analista. A resposta acerca do número de testemunhas está nos artigos 821 e 852-H, §2º da CLT, que serão posteriormente transcritos. Antes, devem ser memorizadas as seguintes informações: a. Rito ordinário: 3 testemunhas para cada parte. b. Rito sumaríssimo: 2 testemunhas para cada parte. c. Inquérito para apuração de falta grave: 6 testemunhas para cada parte. Vejamos a transcrição dos dispositivos legais relacionados ao tema: ³Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis)´. ³Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. (...) 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ±Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 101 de 131 § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação´. As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do mesmo tema. 5 - Q292985 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Atenas, em dezembro de 2012, ajuizou reclamação trabalhista em face da sua empregadora Celestial Cosméticos e Perfumes S/A postulando apenas uma indenização por ofensas e danos morais, no valor que foi atribuído à causa de R$ 6.220,00 (seis mil duzentos e vinte reais), equivalentes a 10 salários mínimos na época da propositura da ação. Para comprovar suas alegações, conforme previsão legal, a quantidade máxima de testemunhas que Atenas poderá indicar é de a) três. b) cinco. c) duas. d) quatro. e) seis. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³C´� Se a pretensão de Atenas, reclamante, é de apenas 10 salários mínimos, a reclamação trabalhista tramitará pelo rito sumaríssimo, conforme previsão contida no art. 852-A da CLT. Assim sendo, dispõe o art. 852-H §2º da CLT que a mesma terá apenas 2 testemunhas para comprovar as suas alegações. Vejamos: ³$UW�� ���-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento GD�UHFODPDomR�ILFDP�VXEPHWLGRV�DR�SURFHGLPHQWR�VXPDUtVVLPR´� 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 102 de 131 ³$UW�� ���-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. (...) § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento LQGHSHQGHQWHPHQWH�GH�LQWLPDomR´� 6 - Q280523 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Em relação ao procedimento sumaríssimo, é INCORRETO afirmar: a) Os dissídios individuais cujo valor não exceda a 40 (quarenta) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam sujeitos ao procedimento sumaríssimo. b) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada a demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade à Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade à Orientação Jurisprudencial do TST. c) Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, indireta, autárquica e fundacional. d) Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar- se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante, justificado nos autos pelo juiz da causa. e) A sentença mencionará os elementos da convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. COMENTÁRIOS: A alternativa IN&255(7$�e�$�/(75$�³C´� A informação contida na letra ³&´�HVWi�LQDGHTXDGD��VH�FRPSDUDGD�j�UHGDomR�DWULEXtGD�DR��~QLFR�GR�DUW�� 852-A da CLT, abaixo transcrito: ³(VWmR�H[FOXtGDV�GR�SURFHGLPHQWR�VXPDUtVVLPR as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e IXQGDFLRQDO´� 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 103 de 131 Percebe-se que não estão excluídos todos os entes da administração pública INDIRETA, e sim, apenas as autarquias e fundações públicas. Como isso, se afirma que podem ser partes no rito sumaríssimo as sociedades de economia mista e as empresas públicas, entes da administração pública indireta que possuem personalidade jurídica de direito privado. Vejamos as demais assertivas, todas corretas: /HWUD�³$´��SHUIHLWR��SRLV�em sintonia com o art. 852-A da CLT. /HWUD� ³%´� de acordo com o art. 896, §6º da CLT, lembrando que a Súmula nº 442 do TST diz que não cabe recurso de revista se houve contrariedade à OJ, mas sim, apenas à Súmula do TST. /HWUD�³'´� de acordo com o art. 852-H, §7º da CLT. /HWUD�³(´� em conformidade com o art. 852-I da CLT. 7 - Q288772 ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Em relação ao procedimento sumaríssimo, é correto afirmar que: a) Cada parte não poderá se valer de mais de 3 (três) testemunhas. b) A citação por edital somente será realizada quando o reclamante fizer a correta indicação do nome do reclamado. c) O juiz terá total liberdade para determinar as provas a serem produzidas. d) Não é admissível a produção de prova pericial. e) Somente serão produzidas na audiência de instrução e julgamento as provas que foram previamente requeridas. COMENTÁRIOS: A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³C´� A afirmação contida na letra ³&´�� de que o Juiz tem liberdade para conduzir o processo, determinando as provas a serem produzidas, está em consonância com o art. 852-D da CLT, abaixo transcrito: ³2� MXL]� GLULJLUi� R� SURFHVVR� FRP� OLEHUGDGH� SDUD� GHWHUPLQDU� DV� provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 104 de 131 cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum RX�WpFQLFD´� Essa idéia também está presente no art. 130 do CPC, que trata dos poderes instrutórios do Juiz. As demais assertivas estão erradas. Vejamos: /HWUD�³$´��HUUDGD��SRLV�R�DUW�����-H, §2º da CLT diz que serão não mais do que 2 testemunhas para cada parte. /HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�R�DUW��852-B, II da CLT diz que não haverá citação por edital no procedimento sumaríssimo. /HWUD�³'´��HUUDGD��SRLV�R�DUW�����-H da CLT prevê o procedimento para a produção da prova pericial, razão pela qual é cabível no procedimento sumaríssimo. /HWUD� ³(´�� HUUDGD, pois o art. 852-H da CLT diz que as provas serão produzidas em audiência independentemente de requerimento prévio. 4. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS: AUDIÊNCIAS: 1 - Q302232 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Em se tratando de dissídio individual, a norma processual trabalhista prevê, como regra, a realização de audiência UNA, ou seja, em um determinado ato processual será realizada a tentativa de conciliação, a instrução processual e o julgamento. Nesse sentido, a) terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, sendo ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver, e após será efetuado o interrogatório dos litigantes. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof.Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 105 de 131 b) caso o reclamante não compareça na audiência inaugural, mesmo presente seu advogado, deverá necessariamente ser adiada a sessão. c) é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, mas cujas declarações não obrigarão o proponente. d) aberta a audiência, o Juiz proporá a conciliação, sendo que se não houver acordo, o reclamado poderá apresentar defesa oral no tempo máximo de 10 (dez) minutos. e) deverão estar presentes o reclamante e o reclamado na audiência de julgamento, independentemente do comparecimento de seus representantes. 2 - Q299670 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Sobre as audiências trabalhistas, com base nas normas aplicáveis, é correto afirmar: a) A ausência injustificada do reclamante ou de seu advogado à audiência importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. b) O reclamante e o reclamado, deverão estar presentes pessoalmente, independentemente do comparecimento de seus advogados, não podendo ser substituídos ou representados neste ato processual. c) As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, não podendo ser reinquiridas a requerimento das partes ou advogados. d) O juiz, à hora marcada, declarará aberta a audiência, sendo feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, havendo uma tolerância de até 15 minutos após a hora marcada. e) Estas serão públicas e realizar-se-ão em dias úteis, entre 8 e 18 horas, não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente. 3 - Q208227 ( Prova: FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Na reclamação ajuizada pelo trabalhador, para a cobrança de direito 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 106 de 131 irrenunciável, correspondente a salário mínimo não pago, ausentes ambas as partes à única audiência designada, a) deve designar-se nova audiência, com condução coercitiva das partes. b) o reclamado é considerado revel. c) o processo é arquivado. d) encerra-se a instrução, julgando o feito no estado em que se encontra. 4 ± Q292822 ( Prova: FCC ± 2013 ± TRT ± 1ª REGIÃO (RJ) ± Analista Judiciário ± Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Hércules após quatro anos de contrato de trabalho com a empresa Alfa Beta Engenharia foi dispensado sem receber saldo salarial e verbas da rescisão. Ajuizou reclamação trabalhista, sendo designada audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento) após dois meses da distribuição da ação. Ocorre que Hércules sofreu acidente na véspera da audiência, ficando hospitalizado e, portanto, impossibilitado de se locomover até a Vara do Trabalho. Com base nas normas previstas em lei trabalhista, nessa situação, a) o advogado de Hércules fará toda a sua assistência em audiência, inclusive com poderes para depor pelo reclamante e realizar demais atos processuais. b) o reclamante Hércules poderá fazer-se representar na audiência por outro empregado que pertença a mesma profissão ou pelo Sindicato Profissional. c) o processo será arquivado ante a ausência do reclamante, que poderá ajuizar novamente a demanda quando estiver em condições plenas de saúde. d) a lei processual trabalhista não prevê a hipótese de substituição de empregado reclamante ausente, razão pela qual fica a critério do Juiz adiar a audiência ou arquivar o processo. e) a esposa, companheira ou algum parente até o terceiro grau poderão representar o trabalhador ausente com amplos poderes para inclusive prestar depoimento pelo reclamante. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 107 de 131 5 - Q292823 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) A empresa Deuses do Olimpo Produções S/A foi citada para responder reclamatória trabalhista que tramita pelo procedimento ordinário e comparecer à audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento), designada trinta dias após a sua notificação. Entretanto, o representante legal da empresa reclamada, por mero esquecimento, não compareceu à audiência designada. O reclamante compareceu à audiência sem a presença de seu advogado. O advogado da reclamada, presente em audiência, pretendeu apresentar defesa oral. Nessa situação, com fundamento na lei e em jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ± TST, o Juiz deverá a) arquivar a reclamatória diante da ausência de uma das partes e do advogado do reclamante, tendo em vista que este não pode atuar pessoalmente na Justiça do Trabalho. b) adiar a audiência para outra data possibilitando o comparecimento do advogado do reclamante e do representante legal da reclamada. c) permitir ao patrono da empresa a apresentação de defesa oral e adiar a audiência para que o advogado do reclamante tome ciência da defesa e apresente réplica nos autos. d) aplicar a revelia e consequente confissão quanto à matéria de fato à reclamada ausente não permitindo que seu advogado apresente defesa oral diante do motivo da ausência não ser relevante e prosseguir com o processo sem adiar a audiência. e) autorizar que o patrono da reclamada apresente defesa por escrito em 15 dias diretamente no protocolo da Secretaria da Vara e adiar a audiência para nova data. 6 - Q280535 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Em relação à audiência, considere: I. Aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 108 de 131 II. A audiência de julgamento será contínua, devendo ser concluída no mesmo dia. III. A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. IV. Pessoa jurídica de direito público não se sujeita à revelia. V. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. É entendimento pacificado pelo TST, o que se afirma APENAS em a) III e IV. b) II, IV e V. c) I. d) II e III. e) I, III e V. 7 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST, a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte à audiência. b) pessoa jurídicade direito público não sujeita-se à revelia. c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica. d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser ilidida. e) a revelia produz confissão na ação rescisória. 8 - Q263459 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Conforme previsão legal e jurisprudência sumulada do TST, em relação às audiências trabalhistas é correto afirmar: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 109 de 131 a) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, importa arquivamento do processo. b) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto em audiência deve ser necessariamente empregado do reclamado. c) Não se aplica a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor desde que esteja presente o seu advogado. d) Aberta a audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa oral ou apresentá-la por escrito e, em seguida, o juiz proporá a conciliação. e) Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, devendo o juiz, exofficio, interrogar os litigantes, sob pena de nulidade, sendo que findo o interrogatório não poderão os litigantes retirar-se, até o término da instrução com a oitiva de testemunhas. 9 - Q262175 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; Audiências; ) É INCORRETO afirmar que a) o preposto deve ser necessariamente empregado. b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer- se representar pelo sindicato da categoria profissional correspondente. c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação. d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação. e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. 10 - Q249307 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) O Processo do Trabalho apresenta como traços identificadores a oralidade, a concentração dos atos processuais e o aspecto conciliatório. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 110 de 131 Em relação às propostas de conciliação no Processo do Trabalho, é correto afirmar que a) devem ser realizadas em dois momentos: após a abertura da audiência, mas antes da apresentação da defesa; terminada a instrução processual, após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las. b) somente podem ser realizadas após a oitiva das partes e quando do encerramento da instrução processual, antes das razões finais. c) estão vinculadas ao valor atribuído à causa, sendo portanto obrigatórias apenas nas ações de alçada e de rito sumaríssimo. d) devem ser realizadas após a apresentação da defesa e renovadas após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las. e) não há obrigatoriedade na sua realização, constituindo-se assim em faculdade do Juiz na direção do processo. 11 - Q113389 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, a) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente postuladas. b) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente postuladas. c) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a reclamação. d) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação já tinha sido contestada. e) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. 12 - Q113390 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 111 de 131 Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João, proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou advogado na véspera da data designada para a realização da audiência, em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado a) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário da respectiva reclamação trabalhista. b) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para aduzir sua defesa. c) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para aduzir sua defesa. d) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal, independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória. e) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para aduzir sua defesa. PROVAS: 1 - Q302229 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em todo processo judicial, o conjunto probatório é fundamental para a solução do litígio. A Consolidação das Leis do Trabalho possui regras específicas sobre as provas judiciais, sendo assim, a) as testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. b) as testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação, sendo que as que não comparecerem não serão 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 112 de 131 ouvidas, ainda que seja requerido pela parte a intimação das ausentes. c) o juiz nomeará perito em caso de haver matéria técnica, não sendo facultado às partes indicação de assistentes técnicos em razão da celeridade processual que deve ser aplicada ao Processo do Trabalho. d) apenas a testemunha que for parente até o segundo grau civil ou amigo íntimo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. e) o documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original ou em certidão autêntica, não podendo ser declarado autêntico pelo próprio advogado, diante da sua parcialidade. 2 - Q292945 ( Prova:FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; Provas; ) O Processo Judiciário do Trabalho elenca o depoimento de testemunhas como uma das modalidades de prova. Assim, conforme previsão da Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais de Procedimento Ordinário, de Procedimento Sumaríssimo e no Inquérito para Apuração de Falta Grave, a quantidade máxima de testemunhas que cada parte poderá indicar é de, respectivamente, a) três, duas e seis. b) três, três e cinco. c) duas, três e seis. d) cinco, duas e cinco. e) três, duas e quatro. 3 - Q280518 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Sobre ônus da prova no processo do trabalho, é INCORRETO afirmar: a) É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. b) Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do reclamante. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 113 de 131 c) O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. d) Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. 4 - Q289149 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A inspeção judicial a) somente será realizada de ofício. b) somente será realizada a requerimento da parte. c) pode ser realizada em qualquer fase do processo. d) pode ser realizada em relação a coisas, mas não em relação a pessoas. e) é realizada por peritos nomeados pelo juiz. 5 - Q289151 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em relação à prova pericial no processo do trabalho, com base nos dispositivos da CLT e na jurisprudência pacífica do TST, é correto afirmar: a) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente no processo. b) Os benefícios da justiça gratuita não abrangem os honorários periciais. c) A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. d) A atualização monetária dos honorários periciais é a mesma aplicada aos débitos trabalhistas. e) A exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais é compatível com o processo do trabalho. 6 - Q289159 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 114 de 131 Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Conforme a jurisprudência pacífica do TST sobre ônus da prova, a) o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negado o despedimento, é do empregado. b) a não apresentação injustificada dos controles de frequência pelo empregador que tem mais de dez empregados gera presunção absoluta de veracidade da jornada alegada na inicial. c) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, salvo se prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. d) os controles de jornada com horários invariáveis são imprestáveis como meio de prova, devendo, porém, o empregado alegar a nulidade dos mesmos, sob pena de serem os mesmos considerados válidos. e) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. 7 - Q289160 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em relação à prova testemunhal, é INCORRETO afirmar: a) Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, ficando sujeita, em caso de falsidade, às penas da lei. b) Os depoimentos das testemunhas serão transcritos em sua integralidade, não podendo ser feito resumo dos mesmos. c) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. d) As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. e) As testemunhas serão inquiridas pelo juiz, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento das partes, seus representantes ou advogados. 8 - Q262172 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 115 de 131 Sobre a prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar: a) O depoimento das testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz. Pessoa surda- muda não pode ser testemunha b) As testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou pelas partes, seus representantes ou advogados. c) O número máximo de testemunhas para cada parte varia conforme o rito processual: três testemunhas no rito ordinário, duas testemunhas no rito sumaríssimo, uma testemunha no rito sumário e seis testemunhas no inquérito para apuração de falta grave. d) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. e) Somente serão ouvidas pelo juiz as testemunhas indicadas pela parte em rol específico, e devidamente intimadas para a audiência. 9 - Q248773 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho - Prova TIPO 4 / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; Provas; ) Quanto à prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar que se diferenciam o rito ordinário e o rito sumaríssimo porque a) no rito sumaríssimo não há que se falar em condução coercitiva de testemunha. b) em ambos os ritos a limitação do número de testemunhas dá-se em função da matéria debatida, até o limite máximo de três para cada parte. c) no rito sumaríssimo só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. d) no rito ordinário limita-se a três testemunhas para cada fato e no rito sumaríssimo limita-se a duas para cada parte. e) no rito ordinário limita-se a duas testemunhas para cada fato e no rito sumaríssimo limita-se a duas para cada parte. 10 - Q241034 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução deMandados / Direito Processual do Trabalho / 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 116 de 131 Provas; ) O número máximo de testemunhas admitido em lei para cada uma das partes nos dissídios individuais trabalhistas nos procedimentos ordinário, sumaríssimo e inquérito para apuração de falta grave, respectivamente, é de a) duas, três e quatro. b) três, duas e seis. c) três, três e três. d) cinco, três e seis. e) cinco, três e cinco. 11 - Q213042 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; Provas; ) Carlos, analista judiciário do TRT, é arrolado como testemunha do autor em uma ação reclamatória trabalhista em que deverá depor em horário normal de seu expediente. Nesta situação, Carlos deverá a) ser conduzido por oficial de justiça à audiência marcada. b) comparecer espontaneamente à audiência designada. c) ser ouvido na sua própria repartição. d) prestar seu depoimento por escrito para posterior juntada aos autos. e) ser requisitado ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada. 12 - Q214472 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em relação à prova testemunhal no processo do trabalho, é correto afirmar que a) no caso de inquérito para apuração de falta grave, cada uma das partes não poderá indicar mais de três testemunhas. b) no procedimento sumaríssimo, só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. c) a testemunha que for parente até o quarto grau civil, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 117 de 131 d) a testemunha que não souber falar a língua nacional não será ouvida, devendo ser substituída por outra testemunha. e) a testemunha poderá sofrer desconto salarial proporcional ao tempo do seu depoimento quando for arrolada pela parte, mas não poderá sofrer qualquer desconto quando foi convocada pelo juiz. 13 - Q201713 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Com relação às provas no Direito Processual do Trabalho, considere: I. A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em confronto com a confissão ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. II. A prova do contrato de trabalho pode ser realizada por qualquer meio admitido em direito, sendo relativa a veracidade das anotações lançadas na CTPS do empregado. III. É ônus do empregador que conta com mais de 10 empregados o registro da jornada de trabalho na forma da lei. IV. No tocante as testemunhas, em regra, a incapacidade e o impedimento são de ordem subjetiva e a suspeição de ordem objetiva, sendo suspeita a testemunha que for cônjuge do reclamante. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II e III. c) II e III. d) II, III e IV. e) III e IV. 14 - Q202045 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Considere as seguintes assertivas a respeito das provas: I. As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 118 de 131 tantum. II. Presume-se recebida a notificação quarenta e oito horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. III. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. IV. A prova documental poderá, em regra, ser produzida em qualquer oportunidade, inclusive na fase recursal. A juntada de documentos com o recurso é perfeitamente possível não importando se referente a fato anterior ou posterior à sentença. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II e III. c) I e III. d) II, III e IV. e) II e IV. 15 - Q86130 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A empresa X possui 3 empregados; a Empresa Y possui 7 empregados e a empresa Z possui 10 empregados. Em reclamação trabalhista relativa ao pagamento de horas extras laboradas, NÃO terá o ônus de provar as horas trabalhadas com a apresentação do controle de frequência a) a empresa Z, somente. b) a empresa X, somente. c) as empresas X e Y, somente. d) as empresas Y e Z, somente. e) as empresas X, Y e Z. 16 - Q85310 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Em determinada reclamação trabalhista Janaina, advogada da reclamante, anexou à petição inicial cópia simples, extraída da internet, de Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria. Este documento, de acordo com 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 119 de 131 Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, a) não possui valor probante, uma vez que as Convenções Coletivas de Trabalho devem ser anexadas aos autos obrigatoriamente por meio de cópias com carimbo do órgão representativo da categoria em questão. b) não possui valor probante, pois os instrumentos normativos que acompanham a reclamação ou a contestação devem ser obrigatoriamente cópias autenticadas em razão da relevância jurídica. c) possui valor probante incontestável, tratando-se de documento comum a ambas as partes e de fácil acesso. d) não possui valor probante, uma vez que foi extraído da internet e não de órgãos oficiais. e) possui valor probante, desde que não haja impugnação do seu conteúdo, eis que se trata de documento comum a ambas as partes. 17 - Q79978 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Joana e Márcia são testemunhas na reclamação trabalhista proposta por Gabriela contra sua ex-empregadora, a empresa CHÁ. Somente considerando que Joana já litigou contra a mesma empregadora em reclamação trabalhista transitada em julgado e que Márcia ainda está litigando contra a empresa CHÁ, a) Joana e Márcia não são consideradas suspeitas. b) Joana e Márcia são consideradas suspeitas. c) apenas Joana é considerada suspeita. d) apenas Márcia é considerada suspeita. e) Joana e Márcia estão impedidas de testemunhar. 18 - Q79392 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processualdo Trabalho / Provas; ) Fátima ajuizou reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora, a empresa K. Ela pretende levar na audiência de instrução três testemunhas: Marta, Mariana e Kátia. Considerando que Marta já foi condenada por crime 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 120 de 131 de falso testemunho com sentença transitada em julgado; que Mariana é sobrinha de Fátima; e que Kátia é amiga íntima de Fátima, o impedimento para testemunhar recai sobre a) Mariana e Marta. b) Marta, Mariana e Kátia. c) Marta e Kátia. d) Mariana. e) Kátia. 19 - Q78870 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A empresa X possui atualmente sete empregados, uma vez que dispensou Maria no semestre passado e João pediu demissão. João ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora requerendo, dentre outras verbas, horas extras realizadas e aviso prévio. Neste caso, em regra, o ônus da prova das horas extras e do aviso prévio é a) da empresa X e de João, respectivamente. b) de João. c) da empresa X. d) de João e da empresa X, respectivamente. e) de ambas as partes indistintamente. 20 - Q53317 ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Ao contestar uma reclamação trabalhista em que o reclamante postula verbas rescisórias decorrentes da despedida injusta, a empresa alegou justa causa para a rescisão do contrato de trabalho. Nesse caso, o ônus da prova incumbe a) ao empregador, por se tratar de fato extintivo do direito do autor. b) ao empregador, por se tratar de fato impeditivo do direito do autor. c) ao empregador, por se tratar de fato modificativo do direito do autor. d) ao empregado, por se tratar de fato constitutivo do seu direito. e) à parte a quem o juiz atribuir o encargo. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 121 de 131 21 - Q25102 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Considere as assertivas abaixo a respeito das provas: I. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviços e o despedimento, é do empregado. II. Em regra, a prova da jornada extraordinária é do empregado por tratar- se de fato constitutivo do seu direito. III. É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. IV. O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da filiação e, em regra, se feita em juízo, corresponde à data do ajuizamento do pedido. Está correto o que consta APENAS em a) II, III e IV. b) I, II e III. c) III e IV. d) I e IV. e) I e III. 22 - Q24102 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A respeito da prova testemunhal, é correto afirmar: a) Quando se tratar de ação proposta contra vários empregadores, cada reclamado poderá ouvir até 3 (três) testemunhas. b) Nos dissídios individuais plúrimos, cada um dos reclamantes que propuser a ação conjuntamente poderá ouvir até 3 (três) testemunhas. c) Se cada uma das partes já tiver ouvido 3 (três) testemunhas, o juiz não pode determinar a oitiva de outras testemunhas referidas. d) O juiz não pode indeferir inquirição de testemunhas sobre fatos que considerar já provados pela prova testemunhal. e) Se a testemunha não souber falar a língua nacional, será obrigatória a convocação de tradutor público juramentado. 23 - Q23050 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 122 de 131 Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Segundo as regras de distribuição do ônus da prova no processo do trabalho, será de responsabilidade a) do trabalhador a prova do fato impeditivo de seu direito. b) do trabalhador a prova da identidade de funções, no pedido de equiparação salarial, quando a defesa demonstra que os comparandos exerciam cargos diferentes. c) do empregador, qualquer que seja o tema, já que ele é hipersuficiente na relação contratual. d) nunca do empregado, porque é hipossuficiente na relação de direito material. e) do empregador a prova dos fatos constitutivos do direito alegado na inicial. 24 - Q15550 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Audiências; Provas; ) Observe as assertivas abaixo a respeito da prova testemunhal. I. As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação, e as que não comparecerem serão intimadas ex oficio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas à condução coercitiva se não atenderem a intimação sem justo motivo. II. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. III. A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. IV. Cada uma das partes não poderá indicar mais de duas testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, fase em que esse número poderá ser elevado a três. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é correto o que se afirma APENAS em: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 123 de 131 a) I, II e III. b) II e III. c) I e IV. d) II e IV. e) II, III e IV. 25 - Q15156 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) A prova pré-constituída nos autos a) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta uma vez que processualmente foram produzidas antes da ocorrência da confissão. b) pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. c) pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta e o indeferimento de provas posteriores implica cerceamento de defesa. d) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta uma vez que esta confissão gera presunção absoluta da verdade dos fatos confessos. e) não pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta em razão do princípio da verdade real aplicado no processo do trabalho. 26 - Q12509 ( Prova: FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Provas; ) Considere asseguintes assertivas a respeito das provas: I. A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deverá responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. II. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. III. Está impedido de depor a testemunha que for parente por afinidade em terceiro grau do reclamante. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 124 de 131 IV. Em regra, o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregado. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I e II. b) I, III e IV. c) II e III. d) I, II e III. e) I, II e IV. SENTENÇA E COISA JULGADA: 1 - Q299000 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; ) Em relação à liquidação de sentença no processo do trabalho, é INCORRETO afirmar: a) Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, desde que requeridos na petição inicial e constantes da condenação. b) A liquidação pode ser feita por artigos, por cálculos ou por arbitramento. c) A liquidação abrangerá também o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. d) Na liquidação não se poderá inovar ou modificar a sentença liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa principal. e) A instauração da liquidação por artigos depende da iniciativa do credor, facultando-se ao juiz, no entanto, determinar a sua intimação para que apresente os seus artigos de liquidação. 2 - Q280537 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; ) 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 125 de 131 A correção monetária no processo do trabalho a) é devida nas condenações por dano moral, a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. b) será devida, na execução da sentença, a partir da data da apresentação dos cálculos pelo exequente. c) não estão sujeitos à correção monetária os débitos trabalhistas das entidades submetidas aos regimes de intervenção ou liquidação extrajudicial. d) incide sobre o débito do trabalhador reclamante. e) não incide sobre o pagamento dos salários até o 5o dia útil do mês subsequente ao vencido. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês da prestação dos serviços. 3- Q97414 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Execução; Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; ) Considere as seguintes assertivas a respeito da liquidação da sentença: I. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de cinco dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência. II. Na liquidação por cálculos, elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo comum de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. III. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. IV. Na liquidação por cálculos, elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) I e III. c) II, III e IV. d) II e IV. e) III e IV. 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 126 de 131 4 - Q62738 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Execução; Sentença, Coisa Julgada e Liquidação de Sentença; ) Mario ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa LAGO que foi julgada totalmente procedente. Na fase de liquidação de sentença, elaborada a conta e tornada líquida, o juiz abriu prazo para manifestação das partes. Neste caso, a empresa LAGO deverá apresentar impugnação fundamentada no prazo a) comum de cinco dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis do Trabalho. b) comum de dez dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis do Trabalho. c) de dez dias contados do dia seguinte à publicação do mencionado despacho, já que, apesar de tratar-se de prazo sucessivo, na execução, a empresa executada se manifesta antes do exequente. d) comum de oito dias, ou seja, conjuntamente com Mário, já que se trata de hipótese de prazo comum a ambas as partes tipificado pela Consolidação das Leis do Trabalho. e) de dez dias após a manifestação de Mário, já que este prazo é sucessivo. RITO SUMARÍSSIMO: 1 - Q324837 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Mariana ajuizou reclamação trabalhista em face da autarquia federal X requerendo a rescisão indireta do seu contrato de trabalho, dando à causa o valor de R$ 12.000,00. Para a audiência designada, a reclamante pretende levar como testemunhas quatro ex-colegas de trabalho, com as quais não possui amizade íntima.Neste caso. a) somente será permitida a oitiva de três testemunhas, não obedecendo a demanda ao procedimento sumaríssimo. b) será permitida a oitiva das quatros testemunhas uma vez que, no caso narrado, a Consolidação das Leis do Trabalho permite a oitiva de até seis testemunhas. c) será permitida a oitiva das quatros testemunhas uma vez que, no caso narrado, a Consolidação das Leis do Trabalho permite a oitiva de até cinco testemunhas. d) somente será permitida a oitiva de duas testemunhas, uma vez que a demanda 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 127 de 131 obedece ao procedimento sumaríssimo em razão do valor da causa. e) não será permitida a oitiva de nenhuma das quatro ex-colegas, tendo em vista que a Consolidação das Leis do Trabalho veda expressamente o testemunho de ex- colega de trabalho 2- Q302230 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Hidra pretende ajuizar uma reclamatória trabalhista em face da sua empregadora Matrix S/A,postulando o pagamento de horas extraordinárias, totalizando o valor equivalente a 10 (dez) salários mínimos à época do ajuizamento da ação. Nesse caso, o procedimento processual que deve tramitar a reclamatória trabalhista e a quantidade máxima de testemunhas que cada parte pode indicar, respectivamente, é a) ordinário e três testemunhas. b) sumaríssimo e duas testemunhas. c) inquérito judicial e seis testemunhas. d) ordinário e cinco testemunhas. e) sumaríssimo e três testemunhas. 3 - Q299674 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Os dissídios individuais trabalhistas podem seguir o procedimento ordinário e sumaríssimo. Sobre esse último (sumaríssimo) é INCORRETO: a) As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. b) Todas as provas serão produzidas em audiência única, sendo que sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. c) Estão excluídas desse procedimento as demandas em que é parte a Administração pública direta, autárquica e fundacional. d) Esse procedimento é determinado pelo valor dos dissídios individuais, que não exceda a 20 (vinte) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. e) Nas reclamações enquadradas nesse procedimento, o pedido deverá ser certo 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 128 de 131 ou determinado e indicará o valor correspondente, sob pena de arquivamento da reclamação. 4 - Q292945 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; Provas; ) O Processo Judiciário do Trabalho elenca o depoimento de testemunhas como uma das modalidades de prova. Assim, conforme previsão da Consolidação das Leis do Trabalho, nos dissídios individuais de Procedimento Ordinário, de Procedimento Sumaríssimo e no Inquérito para Apuração de Falta Grave, a quantidade máxima de testemunhas que cada parte poderá indicar é de, respectivamente, a) três, duas e seis. b) três, três e cinco. c) duas, três e seis. d) cinco, duas e cinco. e) três, duas e quatro. 5 - Q292985 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Atenas, em dezembro de 2012, ajuizou reclamação trabalhista em face da sua empregadora Celestial Cosméticos e Perfumes S/A postulando apenas uma indenização por ofensas e danos morais, no valor que foi atribuído à causa de R$ 6.220,00 (seis mil duzentos e vinte reais), equivalentes a 10 salários mínimos na época da propositura da ação. Para comprovar suas alegações, conforme previsão legal, a quantidade máxima de testemunhas que Atenas poderá indicar é de a) três. b) cinco. c) duas. d) quatro. e) seis. 6 - Q280523 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Em relação ao procedimento sumaríssimo, é INCORRETO afirmar: a) Os dissídios individuais cujo valor não exceda a 40 (quarenta) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam sujeitos ao 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 129 de 131 procedimento sumaríssimo. b) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada a demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade à Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade à Orientação Jurisprudencial do TST. c) Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, indireta, autárquica e fundacional. d) Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar- se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante, justificado nos autos pelo juiz da causa. e) A sentença mencionará os elementos da convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 7 - Q288772 ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) Em relação ao procedimento sumaríssimo, é correto afirmar que: a) Cada parte não poderá se valer de mais de 3 (três) testemunhas. b) A citação por edital somente será realizada quando o reclamante fizer a correta indicação do nome do reclamado. c) O juiz terá total liberdade para determinar as provas a serem produzidas. d) Não é admissível a produção de prova pericial. e) Somente serão produzidas na audiência de instrução e julgamento as provas que foram previamente requeridas. 5. GABARITOS: Audiências: 1- E 2- E 3- C 4- B 5- D 6- E 7- A 8- B 9- A 10- A 11- D 12- B Provas: 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 130 de 131 1- A 2- A 3- B 4- C 5- C 6- E 7- B 8- D 9- C 10- B 11- E 12- B 13- B 14- B 15- E 16- E 17- A 18- E 19- D 20- B 21- A 22- A 23- B 24- A 25- B 26- D Sentença e Coisa Julgada: 1. A 2. A 3. E 4. E Rito Sumaríssimo: 1- A 2-B 3-D 4-A 5-C 6- C 7- C 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Meus prezados alunos, chegamos ao término de nossa aula 05 sobre AUDIÊNCIA, DAS PROVAS, SENTENÇA, COISA JULGADA, RITOS SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO. Todas as dúvidas podem ser tiradas por meio do fórum, bem como pelo meu e-mail do Estratégia Concursos, qual seja: brunoklippel@estrategiaconcursos.com.br ! Até breve ! Forte abraço. Tudo de bom. Sucesso! BRUNO KLIPPEL Vitória/ES 76309585010 Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA ± TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel ± Aula 05 Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 131 de 131 GRUPO ± DICAS GRATUITAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS NO FACEBOOK: https://www.facebook.com/groups/525961127461808/ GRUPO ± ESTUDOS PARA TRT NO FACEBOOK: https://www.facebook.com/groups/149658911902760/?fref=ts 76309585010