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10 Proteinas na Nutrição Animal 2018 2

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PROTEÍNAS
NA
NUTRIÇÃO ANIMAL
Prof. Álvaro Augusto Feitosa Pereira
Universidade Cruzeiro do Sul
Medicina Veterinária
Bromatologia e Nutrição Animal
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Proteínas e nitrogênio
➢ 95% do N orgânico = proteínas
➢ 5% do N orgânico = DNA, RNA, uréia, creatinina, purinas, 
pirimidinas, vitaminas
➢ 16% da massa de proteínas = nitrogênio
➢ Método de Kjeldahl = dosagem de nitrogênio
➢ Proteína bruta (PB) [bruta porque parte do N dosado não é 
protéico]
➢ PB = dosagem de N por Kjeldahl x 6,25 
(pois 100%  16% = 6,25)
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Proteínas
❑ são os principais componentes dos tecidos moles
❑ crescimento, manutenção, renovação tecidual
❑ são formadas por aminoácidos
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Proteínas dos alimentos
Digestão
Aminoácidos 
Absorção 
Sangue Células
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Aminoácidos essenciais e não essenciais
Alguns aminoácidos podem ser sintetizados pelo organismo a partir 
de outras substâncias presentes na dieta. São os aminoácidos não
essenciais.
Outros aminoácidos não podem ser sintetizados pelo organismo a 
partir de outras substâncias presentes na dieta. São os aminoácidos 
essenciais.
A relação de aminoácidos essenciais e não essenciais varia com a 
espécie animal considerada e muitas vezes com a idade.
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Essenciais Não Essenciais
para o homem para o homem
Fenilalanina Alanina
Histidina Arginina
Isoleucina Asparagina
Leucina Aspartato
Lisina Cisteína
Metionina Glutamato
Treonina Glutamina
Triptofano Glicina
Valina Prolina
Serina
Tirosina
AMINOÁCIDOS
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Transaminação é a transformação de um aminoácido, que se encontra
em quantidade excessiva na dieta, em outro que o organismo está
necessitando. Ocorre no fígado e é catalisada pelas transaminases 
(também chamadas aminotransferases).
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Como o organismo não pode armazenar aminoácidos, todos os aminoácidos que não forem 
utilizados pela célula para síntese de proteínas serão desaminados, formando uréia e os -
cetoácidos (piruvato, acetil CoA, -cetoglutarato, succinil CoA, fumarato e
oxaloacetato). Os -cetoácidos são intermediários do ciclo de Krebs.
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Alguns -cetoácidos e seus aminoácidos correspondentes
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Excreção renal
uréia
Acetil CoA
Ciclo
de
Krebs
Gliconeogênese
Síntese de
ácidos graxos
e colesterol
ATP (energia)
-
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Transaminação é o processo pelo qual as transaminases (também chamadas 
aminotransferases) hepáticas transformam um aminoácido que está em excesso no 
citoplasma em outro aminoácido que está faltando a síntese de uma proteína. 
As transaminases mais importantes são ALT (Alanina aminotransferase_ retira o grupo 
amino da alanina e o doa a um alfa-cetoácido para formar outro aminoácido) e AST 
(Aspartato aminotransferase_ retira o grupo amino do aspartato e o doa a um alfa-
cetoácido para síntese de outro aminoácido). Níveis aumentados destas enzimas no sangue 
indicam lise de hepatócitos.
Quando a proteína já foi formada e restou aminoácido ele perde o grupo amino que vai 
para a corrente sanguínea e vira uréia. A uréia é tóxica e deve ser eliminada pelos rins. Por 
este motivo, animais com problemas renais não podem ingerir grande quantidade de 
proteínas. Animais idosos também devem ter uma dieta com pouca proteína, pois o 
excesso de uréia no plasma pode provocar uma insuficiência renal.
O alfa-cetoácido permanece na célula para ser utilizado no ciclo de Krebs. No caso de 
jejum há mais de 8 h, os aminoácidos (principalmente alanina muscular) fornecem 
oxaloacetato para iniciar a neoglicogênese, pois a glicogenólise não é mais suficiente para 
manter a glicemia.
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Papel das proteínas na nutrição animal
As proteínas são o componente principal dos tecidos moles.
Organismo usa proteínas para:
• crescimento
• recuperação de tecidos
• gestação
• produções (ovos e leite)
A necessidade de proteínas é maior na fase de crescimento e na
gestação
As proteínas mantêm as pressões oncótica e osmótica do plasma. 
Na deficiência nutricional protéica, ocorre edema.
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Proteínas dos tecidos
Proteínas = aprox. 20% do peso do tecido muscular
Proteínas das produções
Leite
Proteínas = 3-4% do peso do leite 80% caseínas
20% proteínas do soro
Ovo
Proteínas do ovo 50% na clara*
44% na gema
6% na membrana e na casca
* Na clara existe uma proteína chamada avidina, que impede a
absorção de biotina no intestino. (fator anti-nutricional da biotina)
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Fonte de proteína Digestibilidade (%)
Ovo 97
Leite e queijo 95
Peixe 94
Arroz branco 88
Aveia 86
Farinha de milho 85
Feijão 78
Arroz integral 75
Milho 70
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uréia
NH3CO2
carboidratos
AGVcetoácidos
aminoácidos
Metabolismo nitrogenado no rúmen
urease
microbiana
enzimas 
microbianas
enzimas 
microbianas
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Suplementação com uréia
A flora ruminal transforma uréia em aminoácidos. Por isso a uréia é
tóxica para todos os animais, menos para os ruminantes (desde que
não seja fornecida em excesso ou que o animal não esteja com flora 
ruminal reduzida, como em tratamentos com antibióticos, ou o animal
não tenha uma dieta pobre em glicídios prontamente digeríveis!)
Bezerros = só fornecer uréia após 3 meses de idade 
(ainda não possuem flora ruminal!)
Dieta pobre em glicídios prontamente digeríveis = cetoácidos em
qtde limitante p/ síntese de aminoácidos = absorção ruminal
de amônia (NH3, produto de degradação da uréia, tóxica).
30 g → 2-4 semanas → gradativo aumento até 200 g / dia (adulto)
(máx. 3% do concentrado ou 1% da MS ingerida)
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Toxicidade da uréia (amônia)
Sintomas:
inquietação, salivação excessiva, tremores musculares, in-
coordenação, dificuldade respiratória, urina e defeca c/ mais
freqüência, prostração, timpanismo e espasmos tetânicos.
Morte 30 min - 2,5 horas após início dos sintomas.
Tratamento:
20-40 litros de água fria ou ácido acético diluído em água 
gelada.
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Restrição protéica e muda forçada em poedeiras
1º. Passso = Debicagem (para evitar canibalismo)
2º. Passo = restrição alimentar (poedeiras não devem ser obesas) 
5-6 semanas até 20 semanas de idade (maturidade sexual)
3º. Passo = Iluminação 24 h / dia (aumenta oviposição)
4º. Passo = jejum hídrico de 10 dias (muda forçada ou reforma de plantel)
13-15 meses (56-64 semanas) de idade 
 Muda de penas e mais 13-30 meses de produção de ovos
** 74 semanas de vida:
Poedeiras não reformadas encerram vida produtiva.
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BIBLIOGRAFIA
ANDRIGUETTO, J.M. e cols. Nutrição Animal. São Paulo:
Nobel, 2002. v.1, p. 27-33, 110-131.
MARZZOCO, A. & TORRES, B. B. Bioquímica Básica. Rio de 
Janeiro: Guanabara-Koogan, 1999. p.11-36, 87-88, 216-234 ,
237-239, 243-248.
MAYNARD, L.A e cols. Nutrição Animal. São Paulo: Freitas 
Bastos, 1984. p.169-170, 195-196.

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