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DISTURBIOS DA CIRCULAÇÃO PROFA. ALANA PIRES � Importante causa de morbidade e mortalidade na sociedade ocidental �EUA: �81 milhões de pessoas no EUA com doenças cardiovasculares �35 a 34% das causas de óbito �Brasil: �As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no Brasil �308 mil pessoas faleceram principalmente de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) DOENÇAS CARDIOVASCULARES DOENÇAS CARDIOVASCULARES � Distúrbios da coagulação � Infarto � Embolia � Choque � Fatores genéticos � Cigarro � Álcool � Obesidade DOENÇAS CARDIOVASCULARES HEMOSTASIA � Hemostasia significa a manutenção da fluidez sanguínea pelos vasos, ou seja, a prevenção da perda significativa de sangue após algum dano vascular, através da resposta fisiológica normal, que abrange o controle da hemorragia e a dissolução dos coágulos � Componentes: plaquetas, os vasos, as proteínas da coagulação do sangue, os anticoagulantes naturais e o sistema de fibrinólise COAGULAÇÃO � Dano ao vaso ↓ � Contração da musculatura lisa da parede vascular → reduzir o fluxo, e a perda de sangue ↓ � Espasmo miogênico local, dos reflexos dolorosos, e também de substâncias químicas liberadas pelas plaquetas. ↓ � Outros mecanismos de hemostasia começam a funcionar. Agregação plaquetária � Lesão endotelial expõe a matriz extracelular subendotelial altamente trombogênica ↓ � Agregação plaquetária e Ativação plaquetária ↓ � Plaquetas liberar várias substâncias, que atraem cada vez mais plaquetas, além de manter a vasoconstrição→ formação de tampão plaquetário com as redes de fibrina, provenientes da coagulação Agregação plaquetária � Adesão: � FVW: ponte de ligação entre o colágeno e receptores na superfície plaquetária (GP IbIX) � Ativação plaquetária: � ↑ volume � Secreção de grânulos: ADP, serotonina, Ca2+ � Secreção de TXA2 � Ativação concomitante da trombina � ↑ agregação: GP IIbIIIa, Fibrinogênio � acelera formação trombina Agregação plaquetária Ao cortar um dedo, as plaquetas afluem para a ferida e aglomeram-se até formarem um coágulo Desta maneira o corte pode fechar-se e a hemorragia estanca. Ativação plaquetária ADP NE SER ADP NE SER TXA2 TXA2 Ca2+ Contração : pseudópodos col vW Agregação plaquetária Cascata de coagulação � Desencadeamento da coagulação → formação do ativador da protrombina (FATOR X): 1)Traumatismo da parede vascular e dos tecidos adjascentes (via extrínseca) 2) Contato do sangue com células endoteliais lesionadas, ou com colágeno ou outros elementos teciduais extenos (via intrínseca) Via extrínseca � Iniciada por um trauma da parede do vaso ou dos tecidos extravasculares � 15 segundos - explosiva � Etapas: 1) Liberação do fator tecidual (síntese endotélio) 2) Ativação do fator tecidual 3) Formação do ativador de pro-trombina (Xa) Via intrínseca � Ocorre através do próprio trauma do sangue, ou exposição deste ao colágeno da parede vascular, que leva a uma cascata de reações → Depende de um fator circulante � Ocorre mais lentamente: 1 a 6 minutos. � Etapas: 1) Ativação do fator XII 2) Ativação do fator XI 3) Ativação do fator IX 4) Formação do ativador de protrombina (Xa) Papel da trombina � Atua no fibrinogênio permitindo a formação de fribras de fibrina � Ativa o fator estabilizador de fibrina → rede de fibrina mais resistente devido ao aumento de ligações covalentes entre as fibras � Coagulante � Agregação plaquetária � Proliferação celular � Contração do músculo liso Endotéééélio � FATORES PROCOAGULANTES * Fat von Willebrand * Inibidor Ativador Plasminogênio (PAI 1) * Fat Tecidual * Fat V * Fat Ativador Plaquetas (PAF) Controle da formação de trombos � A prevenção da coagulação sanguínea no sistema vascular normal também é muito importante, evitando, dessa forma, a formação de trombos e êmbolos � Efeitos antiplaquetarios: � Fat Relaxamento Derivado do Endotelio (EDRF): óxido nítrico e a prostaciclina (PGI2) → vasodilatação � Adenosina difosfatase: degrada ADP � Efeitos anticoagulantes: � Trombomodulina: liga-se a trombina convertendo-a em � Cofator II heparina e Subst Heparinóides: ↑ inativação da trombina � Antitrombina III (ATIII) � Proteína S: co-fator para a proteína C � Ativador Plasminogênio Tecidual (TPA) Controle da formação de trombos 1) Maciez das células endoteliais 2) Camada de glicocálice do epitélio, que repele as plaquetas e fatores de coagulação 3) Trombomodulina, que se liga a trombina, evitando a coagulação. 4) Antitrombina III se liga á trombina, impedindo o excesso de ação das trombinas sobre o fibrinogênio e, portanto, o crescimento excessivo do coágulo. 5) Heparina se liga à antitrombina III pode aumentar a eficácia desta em até mil vezes e, por isso, apresenta grande importância. 6) Plasmina digere as fibras de fibrina e outras proteínas coagulantes. O plasminogênio está presente nos coágulos formados, mas só se transformará em plasmina quando for ativado, o que ocorre alguns dias depois da formação do coágulo, pela liberação do ativador do plasminogênio tecidual pelos tecidos lesados. Papel da vitamina K Hemorragia � A hemofilia é um distúrbio do sangramento causado por uma deficiência de um dos fatores da coagulação sanguínea. �As pessoas afetadas por esta doença não produzem um a dois fatores importantes para que a cascata de coagulação seja eficaz, o fator VIII ou o fator IX. Hemofilia Hemofilia � Hemofilia A, é a mais comum doença hereditária associada a serio sangramento em que há carência do fator VIII. � Ela é herdada com um traço recessivo ligado ao cromossomo X, e assim ocorre em homens e mulheres homozigotas. �Hemofilia B, causada por deficiência do fator IX. Encontra-se um amplo espectro de mutações envolvendo o fator IX na hemofilia B. �Hemofilia C, decorrente da falta do fator XII. É uma doença de herança autossômica dominante. �Geralmente, os sangramentos são internos. Podem também ser externo, na pele provocado por algum machucado. �As mucosas (como nariz, gengiva, etc.) também podem sangrar). �Os sangramentos podem tanto surgir após um trauma ou sem nenhuma razão aparente. �A hemofilia C difere da hemofilia A e B pois não leva a sangramentos nas juntas Sangramento �Hematomas são vistos frequentemente. � Hemartroses são comuns em articulações tais como tornozelos, joelhos, quadris e cotovelos. Elas são freqüentemente dolorosas, e episódios repetidos podem levar à destruição da sinóvia e à diminuição da função articular. �Sangramentos intracranianos também são comuns. �Deve ser enfatizado que a atividade plaquetária é normal em hemofílicos, de modo que lacerações e abrasões secundárias normalmente não levam a um sangramento excessivo. Sintomatologia � Reposição do fator de coagulação deficiente (Concentrados de Fator VIII , IX ou XII), normalmente obtido a partir de plasma humano. � Concentrados recombinantes, desenvolvidos por modernas técnicas de biologia molecular e altamente purificados também são utilizados em diversos países. Tratamento PPPPúúúúrpuras rpuras rpuras rpuras PlaquetPlaquetPlaquetPlaquetááááriasriasriasrias TrombocitopênicasTrombocitopênicasTrombocitopênicasTrombocitopênicas � Doença auto-imunes � Por diminuição da produção � Por aumento da destruição TromboseTrombose �Um coágulo que se forma num vaso sanguíneo denomina- se trombo. �Alterações que levam à formação de um trombo: � Lesão endotelial � Estase ou turbulência do fluxo sanguíneo � Hipercoagulabilidade sanguínea Trombose Disfunção endotelial� ↑ liberação de fatores pró-coagulantes � ↓ liberação de fatores anticoagulantes � Hipertensão � Fluxo sanguíneo turbulento � Endotoxinas bacterias � Anormalidades metabólicas � Homocistinemia � Hipercolesterolemia � Toxinas da fumaça do cigarro Estase ou turbulência do fluxo sanguíneo � Turbulência: � trombose arterial ou cardíaca � Estase: � Desenvolvimento do trombo venoso � Lesão e ativação endotelial: atividade pró-coagulante, adesão de leucócitos e plaquetas � Previnem a limpeza e diluição dos fatores de coagulação e o influxo dos fatores anticoagulantes Plaquetas e outras células sanguíneas agrupadas no centro do vaso separados do endotélio por uma camada de plasma Hipercoagulabilidade sanguínea � Trombofilia � Fatores genéticos: mutações � Fator V torna-se resistente à degradação pela proteínas C � Protrombina: ↑ de 3x nos níveis de protrombina � Fatores adquiridos: � Uso de contraceptivos orais e estado hiperestrogênico da gravidez: � ↑ síntese pelo fígado dos fatores de coagulação � Síndrome da trombocitopenia induzida pela heparina: � administração de heparina não fracionada � Presença de anticorpos que ativam as plaquetas antes de degradá-las � Trombos vermelhos ou de estase: contém mais eritrócitos e poucas plaquetas � Três fatores contribuem para a formação de trombose de veias profundas: 1) lesões do revestimento interno da veia; 2) hipercoagulabilidade associada a algumas formas de cancro e, em raras ocasiões, ao uso de anticoncepcionais orais; 3) atraso da corrente sanguínea nas veias por um repouso prolongado na cama, devido ao fato de os músculos da perna não se contraírem e não empurrarem o sangue para o coração. Trombose de veias • OUTROS FATORES: • Insuficiência venosa • Obesidade • Queimaduras • Tabagismo • Idade avançada • Uso de estrógenos • Problemas anatômicos vasculares Trombose de veias � Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na área afetada, além de vermelhidão e edema (inchaço). � Nas veias profundas, o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha. Trombose de veias: Sintomatologia Trombose de veias: quadro clinico Trombose arterial � Trombos freqüentemente oclusivos � Coronárias > cerebrais > femurais � Trombos brancos: malha de plaquetas, fibrina, glóbulos vermelhos e leucócitos degenerados � Em geral decorrentes de uma placa aterosclerótica rompida 1. Depósito de LDL Colesterol no endotélio vascular + Disfunção endotelial causada por fatores de risco; 2. Expressão de moléculas de adesão e entrada de monócitos no espaço intimal; 3. Englobamento de LDL oxidadas: formação de células espumosas; 4. Liberação de mediadores inflamatórios, com amplificação do processo; 5. Formação da placa de ateroma. Trombose arterial: Aterogênese Trombose arterial Presença das Linhas ou Estrias de Zahn. As estrias mais esbranquiçadas correspondem ao acúmulo de plaquetas e as linhas mais escurecidas, ao acúmulo de hemáceas e fibrina. A presença dessas estrias indica que esses trombos já estão bem organizados, o que significa maior tempo de evolução. Note também ao adelgaçamento da parede vascular devido à presença dessas massas trombóticas; esse adelgaçamento da parede vascular é denominado de aneurisma, o qual pode romper e desencadear hemorragia Trombos murais � Trombos que ocorrem nas câmaras cardíacas ou no lúmen da aorta � Coração: � Contração anormal do miocárdio : arritimias, miocardiopatia dilatada ou infarto do miocárdio � Lesão endomiocárdia: miocardite ou cateterismo traumático � Aorta: � Placa aterosclerótica ulcerada � Dilatação auneurismática Trombos na parede vascular Trombos bem aderidos à parede vascular. Note que essa artéria já possuía placas de ateroma, as quais, por provocarem lesões no endotélio, predispõem ao desecadeamento de uma reação de hemostasia exacerbada e à instalação do processo de trombose. Veja que essas massas promovem a perda da elasticidade do vaso, o que acarreta alterações na pressão sangüínea; além disso, essas massas podem se desprender e desencadear embolias (são as chamadas tromboembolia). Destinos do trombo � Propagação: aumento de tamanho � Embolização: desalojam-se e percorrem outros locais na vasculatura � Dissolução: agentes fibrinolíticos � Organização e recanalização: � Canais capilares que se reestabelecem � Transformação de trombo em pequena massa de tecido conjuntivo que se incorpora à parede do vaso � Iniciar anticoagulante sc ou venoso (heparina não fracionada/ heparina de baixo peso molecular) em dose plena � Após 48 horas iniciar anticoagulante VO: varfarina, aspirina � Suspender heparina após 15 dias. Tratamento � Definida como uma síndrome adquirida, caracterizada pela ativação difusa da coagulação intravascular, levando à formação e deposição de fibrina na microvasculatura. � Esta síndrome ocorre na proporção de 1 caso a cada 10.000 pessoas, acometendo igualmente ambos sexos e sem preferências por faixa etária � Coexistência de uma tendência à trombose e de uma diátese hemorrágica (pelo consumo excessivo de plaquetas e proteínas de coagulação) Coagulação Intravascular Disseminada Coagulação Intravascular Disseminada � Fatores que desencadeiam: � traumas extensos � atos cirúrgicos, “shock”, aborto, calor, venenos de cobra, carcinomas e leucemias, transfusões com sangue incompatível, septicemia devido particularmente a microorganismos Gram negativos, necrose hepática severa, dirofilariose, endotoxemia, torção gástrica, hérnia diafragmática, pancreatite, enterite hemorrágica, policitemia e em muitas outras condições isoladas (BICK, 1998). �A coagulação intravascular disseminada normalmente aparece abruptamente e pode ser muito grave. �Se ela se manifestar após uma cirurgia ou um parto, a superfície dos tecidos cortados ou lacerados pode sangrar profusamente e de maneira incontrolável. SINTOMATOLOGIA MANIFESTAMANIFESTAMANIFESTAMANIFESTAÇÇÇÇÕES CLINICAS DA CIDÕES CLINICAS DA CIDÕES CLINICAS DA CIDÕES CLINICAS DA CID MANIFESTAÇÕES CLINICAS DA CID A– Foco de fratura de costela (seta vazada) e exsudato purulento proveniente do flegmão no local (seta). B. – Petéquias, equimoses e sufusões em epicárdio. C. – Inúmeras hemorragias no parênquima pulmonar D.– Corte histopatológico mostrando trombo na parede de um vaso pulmonar, HE, Obj 20x. E.– Petéquias e equimoses cutâneas em região abdominal ventral.– F Visão mais aproximada da lesão anterior • Deve-se eliminar os fatores que estão determinando a ativação da coagulação sangüínea. Isto inclui correção da desidratação, acidose metabólica, hipoxia e anemia hemolítica • O tratamento de escolha é a administração de anticoagulante, pois a coagulação intravascular é que ocorre primeiramente, sendo a fibrinólise apenas uma conseqüência da formação de trombos intravasculares (RIBEIRO, 1997; DEMPFLE, 2004). TRATAMENTO EMBOLIA � Massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa que é transportada pelo sangue para um local distante do seu ponto de origem � Obstruem o fluxo sanguíneo parcial ou total � Embolia pulmonar � Tromboembolismo sistêmico Embolia pulmonar � 95% originam-se de trombos venosos profundos � Ocluir a artéria pulmonar principal � Impactar-se na bifurcação da artéria pulmonar � Distribui-se nas arteríolas menores ramificadas � 60 a 80% dos êmbolos pulmonares são silenciosos pois são pequenos � Morte súbita só acontece quandose tem > 60% da circulação pulmonar obstruída Sintomatologia � Embolia menorEmbolia menorEmbolia menorEmbolia menor � Falta de ar súbita � Dor para respirar � Escarros com sangue Sintomatologia � Quando coágulos grandes migram para os pulmões, artérias maiores são obstruídas e o doente apresenta: � Embolia maiorEmbolia maiorEmbolia maiorEmbolia maior � Desmaio � Ansiedade � Sudorese � Queda de pressão � Sensação de morte iminente � Intensa e súbita falta de ar � Taquicardia (> 100 bpm) � Na embolia menor os coágulos se alojam em artérias menores, mais próximas da pleura, havendo: