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TERAPIA NUTRICIONAL NO PACIENTE CRÍTICO PROFª THAYNARA HELENA O suporte nutricional do paciente grave é um dos maiores desafios clínicos dentro da UTI. •Estudos recentes destacam que a terapia nutricional é fundamental na recuperação de pacientes críticos Há algumas décadas a comunidade científica específica ressalta à associação entre desnutrição e pior evolução clínica do paciente grave. •Portanto, sabe-se que se não bem conduzidos, estes podem evoluir para desnutrição e complicações metabólicas, sendo a relação de perda de massa magra e peso corporal diretamente proporcional à morbi- mortalidade, destes pacientes Paciente crítico Paciente Crítico •Em geral, esta população envolve paciente s criticamente enfermos, instalados normalmente, em uma UTI e em estado hipermetabólico em resposta à um trauma e/ou estresse. (CÔRTES et al., 2003) Trauma / Estresse Um evento agudo que altera a homeostase do organismo, desencadeando uma complexa resposta neuroendócrina e imunobiológica, com o objetivo de preservar: •Débito cardíaco (volume e frequência); •Volemia; •Oxigenação tecidual; •Oferta e utilização de substratos energéticos. Trauma / estresse Pode ser consequência de várias situações clínicas de diferentes natureza e etiologia como politrauma, intervenções cirúrgicas, sepse, queimadura, pancreatite aguda. Essas situações têm as seguintes características em comum: Características do Paciente Crítico •Hipermetabolismo e hipercatabolismo . •Perda de massa magra (resistente a TN). •Resistência à insulina e hiperglicemia. •Glucagon: estimula a gliconeogênese. •Glicocorticóides: provoca resistência a insulina. •Catecolaminas: reduz a secreção de insulina •Mobilização de reservas lipídicas do tec ido adiposo. •Hiperinsulinemia ➪inibição das lipases. Avaliação do estado nutricional •Idealmente, seria indicada a medida real do gasto calórico por meio da calorimetria indireta (determinação do Vo 2consumido e Vco2produzido). •As ferramentas tradicionais de avaliação nutricional •Antropometria •Bioquímica e medida dos compartimentos corporais •AASG tem sido utilizada como ferramenta para avaliação e quantificação do estado nutricional, também no paciente grave. Não há ferramenta ideal para avaliação e monitorização do estado nutricional do paciente grave, deve-se utilizar a associação entre as distintas técnicas disponíveis para melhorar a sensibilidade dos métodos. A avaliação nutricional do paciente grave tem como objetivos: •Estimar o risco de mortalidade e morbidade da desnutrição, identificando e individualizando as suas causas e consequências; •Com indicação e intervenção mais precisa daqueles pacientes com maior possibilidade de beneficiar-se do suporte nutricional. Devido às características observadas em pacientes críticos: •Alterações metabólicas; •Inflamações sistêmicas •Uso de corticoides •Hiperglicemia, •Desnutrição •Expansão do volume de água corporal •Imobilização •Proced imentos Métodos de avaliação nutricional Estimativa de altura Equação de semi- envergadura Peso estimado ou maca – balança % de adequação de peso % de tempo de perda de peso Estimativa de peso pela compleição corporal Métodos de avalição nutricional RESTRIÇÕES AO USO MÉTODOS DE AVALIÇÃO NUTRICIONAL DOBRAS E CIRCUNFERÊNCIAS devem ser usada no paciente grave como forma de monitoração da evolução, sem considerar os valores de referência CMB E PCT? CP= bom prognóstico Pontos de Corte adotados para CP: > 31 cm : eutrofia < 31 cm : marcador de desnutrição MÉTODOS DE AVALIÇÃO NUTRICIONAL EXAMES LABORATORIAIS Albumina Pré-albumina Índice de prognóstico Índice creatinina- altura NECESSIDADES NUTRICIONAIS O gasto energético varia de acordo com: •O tipo de agressão (infecção, queimadura, cirurgia) •Estágio da doença; •Estado nutricional prévio do paciente; NECESSIDADES NUTRICIONAIS CALORIAS Para a estimativa por equação, é preferível o uso do peso atual e em pacientes eutróficos e desnutridos, e, em obesos, deve-se utilizar o peso ajustado para obesidade NECESSIDADES NUTRICIONAIS Carboidratos •30 a70% das calorias totais devem ser fornecidas na forma de carboidratos, na dose de 2 a 5 g /kg /dia . •A oferta de glicose deve ser ajustada para evitar níveis de glicemia > 140 mg /dL. •Lipídios •15 a30% das calorias devem ser oferecidas na forma de lipídeos. A quantidade mínima a oferecer é de 1g / kg /dia, sem exceder a 1,5 g /kg /dia. •A proporção dos vários tipos de ácidos graxos também é importante, pois pode influenciar na síntes e de eicosanoides. NECESSIDADES NUTRICIONAIS Proteínas •15 a20%do total de calori as devem ser fornecidos como proteína ou aminoácido. Deve-se iniciar com aporte de 1 a 1,5 g /kg /di a. •Em pacientes obesos, recomenda-se aporte proteico de 1,5 a 2 g /kg /dia de peso ideal. •A dose proteica deve s er reduzida nos casos da perda de nitrogênio urinário exc eder a 100 mg /dL ou o nível de amônia sanguínea se asso ciar a encefal opatia clínica. NECESSIDADES NUTRICIONAIS (OLIVEIRA; AMARAL; BATISTA, 2005 NECESSIDADES NUTRICIONAIS Água, Eletrólitos e Vitaminas •Não estão bem estabelecidas as necess idades de vitaminas, minerais e elementos -traço nos pacientes críticos. •A determinação das necessidades de água e eletrólitos deve ser baseada na determinação do balanço diário destes elementos, i ncluindo parâmetro s cardiovascular, renal, hepático e testes bioquímicos. •É necessário 1 mL de á gua por caloria administrada . (HEYLAND; DHALIWAL, 2005) NECESSIDADES NUTRICIONAIS Como conduta geral , deve-se instituir terapia nutricional, se: •Pac ientes de alto risco - com infecção grave, queimado, com traumatismo grave. •Sem nutrição há sete dias com índice de massa corporal (IMC) >18 kg /m2; •Sem nutrição há mais de três dias, se IMC ≤18 kg /m2; •Estimat iva da duração da doença, que impossibilita a ingestão, via oral, de alimentos, acima de 10 dias; •Pacientes com perda pon deral, aguda, maior que 10%; NECESSIDADES NUTRICIONAIS O suporte nutricional enteral não deve ser iniciado em vigência de hipofluxo sistêmico e(ou) do uso de drogas vasopressoras em doses elevadas (i.e. noradrenalina >50- 100 µg /min com sinais de baixa perfusão tecidual) . •A hidratação criteriosa, para correção do hipofluxo (volemia), sem a intenção de nutrir o paciente é a conduta mais adequada Terapia Nutricional Enteral (TNE) A via preferencial de oferta nutricional para o paciente grave é a via enteral: •Trato gastrointestinal (TGI) funcionante. •O uso de NE deve ser precoce, com início em 24-48 horas após a admissão em UTI. ( grau A) •Caso o paciente não tenha risco de aspiração a sonda pode ser posicionada em região gástrica, porém se há risco posiciona-se em região jejunal A nutrição parenteral (NP) é uma opção segura aos pacientes impossibilitados de utilizar o trato gastrintestinal, durante 7 a 10 dias; •Apresentam perda de peso superior a 10% do usual; •Quando estão impossibilitados de tolerar a NE NE ASSOCIADA À NP •Quando a necessidade nutricional não é atingida com o uso de nutrição enteral (NE), a suplementação com nutrição parenteral (NP) é uma possibilidade. •Quando a NE eNP são iniciadas simultaneamente e a NP é interrompida quando o paciente tolera totalmente a NE. •Quando a NP é introduzida apenas após alguns dias de NE, quando confirmada a intolerância a NE