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OBESIDADE Decorre, principalmente, do desequilíbrio no balanço energético, promovido por maior consumo calórico aliado a menor gasto energético É definida pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode ocasionar hipertrofia dos adipócitos e consequente disfunção do tecido adiposo FATORES ENDOCRINOS CCK Inibe a saciedade e o peristaltismo PYY Inibe o consumo de alimento Em indivíduos obesos as concentrações são menores GRELINA Atua no SNS - Estimula a ingestão alimentar Em indivíduos obesos as concentrações de grelina aumentam mais rapidamente comparado a indivíduos eutróficos LEPTINA Age no hipotálamo para regulação do apetite Diminui o apetite e estimula o gasto energético A obesidade é caracterizada pelo AUMENTO da inflamação sistêmica crônica de baixo grau, originada a partir de uma complexa interação entre microbiota intestinal, o tecido adiposo, alimentação e células do sistema imune O hipotálamo controla a homeostasia do consumo energético CONTROLANDO O APETITE Na obesidade existe a alteração do sistema endócrino – seja na produção ou liberação PODE SER CONSIDERADO: MASSA CORPORAL: é regulada por hormônios e neuropeptídeos que controla o consumo alimentar e tudo isso é controlado pelo HIPOTALAMO. Controla CURTO PRAZO: determina o INICIO e o FIM da refeição É REGULADA PELA GRELINA (estimula o apetite), CCK e PYY (inibem o apetite) - GRELINA DIMINUI O GASTO ENERGÉTICO E AUMENTA O APETITE - CONTROLE DO BALANÇO ENERGETICO A CURTO PRAZO: 1. DISTENÇÃO DO ESTOMAGO 2. ESTIMULAÇÃO DO NERVO VAGO E NERVOS ESPINHAIS 3. LIBERAÇÃO DE CCK E PYY 4. INFORMAÇÃO AO HIPOTALAMO 5. INIBIÇÃO NPY E PNT AGOUTI = FIM DA REFEIÇÃO Controla a LONGO PRAZO: Responsável pelo ESTOQUE DE GORDURA CORPORAL LEPTINA e INSULINA (responsáveis por informar ao hipotálamo a adequação das reservas energéticas) - A LEPTINA REGULA A INGESTÃO ALIMENTAR, DIMINUINDO O APETITE. - CONTROLE DO BALANÇO ENEGÉTICO A LONGO PRAZO: 1. BALANÇO ENERGÉTICO + AUMENTO GORDURA CORPORAL 2. AUMENTA LEPTINA E INSULINA 3. ESTIMULA OS NEURONIOS POMC E CART 4. HORMONIO ALFA ESTIMULANTE DERIVADO DA POMC – AGE SOBRE OS RECEPTORES DE MC4R - DIMINUINDO A INGESTÃO ALIMENTAR NA OBESIDADE VAI TER ALTERAÇÕES ENZIMÁTICAS, IMUNOLOGICAS E HORMONAIS INSULINA CORTISOL CATECOLAMINAS ESTROGÊNIOS TESTOSTERONA LEPTINA ADIPOPECTINA INSULINA É produzida no pâncreas e é produzida na forma inativa = PRE PRO INSULINA, não é produzida na forma ativa. Ocorre uma quebra pelas PROTEASES formando a = PRO INSULINA. A PRO INSULINA vai para o complexo de Golgi e é armazenada em vesícula Quando tem estimulo para INSULINA ser liberada, a PRO INSULINA sofre ação da enzima CONVERTASES que converte a PRO INSULINA em INSULINA MADURA e é liberada na C.S A secreção de INSULINA é estimulada por fatores humorais que controlam a sua liberação para o plasma (glicose e AGL) A INSULINA precisa se ligar ao seu receptor, que é uma enzima do tipo TIROSINA QUINASE que promove a fosforilação da tirosina e gera um sinal para que o substrato de insulina ative essas duas vias, via da proteína cinase: MAP CINASE e PI3 CINASE Não ativação adequada das vias de sinalização = RESITENCIA A INSULINA. RESISTENCIA A INSULINA É uma resposta subnormal aos efeitos das altas concentrações de insulina no metabolismo da glicólise As vezes a pessoa produz muita insulina, mas por algum motivo, a resistência de captação da glicose para célula a medida que a pessoa perde peso pode ajeitar esse defeito na sinalização O QUE CONTRIBUI PARA RESISTENCIA DA INSULINA? Fatores nutricionais (lipotoxidade e glicotoxidade) Defeitos na sinalização da insulina no tecido alvo Aumento de substâncias pró inflamatórias GLICOTOXIDADE Excesso de carboidratos Aumento de PTN C reativa Rápida liberação de glicose no plasma LIPOTOXIDADE Excesso de gordura Intensa atividade da LIPASE LIPOPROTEICA em obesos AUMENTA armazenamento de TG nos adipócitos AUMENTO de AGL no fígado = se tiver isso = diminui a extração hepática de insulina e inibe a ligação insulina + receptor Hiperinsulinêmia que vai inibir a produção de glicose hepática Alteração na oxidação de AG = aumenta AGL e DIMINUI a ação da insulina Falência do pâncreas por causa da falência das células beta OBS.: - A lipase lipoproteica: capta os TG das lipoproteínas, quebrando e liberando ácidos graxos livres e glicerol. Está + ativa na fase pós alimentar, estimulado pela insulina - Lipase hormônio sensível: é inibida pela insulina e quebra os TG, liberando AGL na circulação. Está + ativa no jejum e – ativa no pós prandial. CATECOLAMINAS Responsável pela ativação de enzimas que vão regular o balanço energético Enzimas: Lipase lipoproteica e Lipase hormônio sensível No que diz respeito às catecolaminas, os obesos têm a regulação hormonal da lipólise prejudicada. DEFEITOS NA SINALIZAÇÃO INTRACELULAR DE INSULINA PRODUÇÃO DE CITOQUINAS PRÓ INFLAMATORIAS A OBESIDADE está associada a um estado crônico subclínico de inflamação caracterizado por uma produção anormal de citoquinas pró-inflamatórias Os adipócitos e macrófagos, estão envolvidos na produção anormal de citoquinas pró-inflamatórias que impede a correta sinalização intracelular da insulina e propiciam o estado de resistência a esse hormônio. O aumento de ACG intracelulares pode interferir na sinalização intracelular da insulina, juntamente com o aumento da produção das citoquinas e eicosanoides pró-inflamatórias. CORTISOL A obesidade central é caracterizada por aumento na produção de cortisol, em razão da hiperativação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal pela via de feedback positivo A presença das citoquinas pró-inflamatórias no tecido adiposo contribuem na ativação do HPA, exercendo importante função na patogênese da obesidade central A hiperativação do HPA desencadeia outras complicações funcionais: Aumento de estrogênio Hiperinsulinêmia Resistência a insulina Diminuição do hormônio de crescimento ESTROGÊNIO Os hormônios sexuais femininos estão envolvidos na determinação da distribuição da gordura ↑ tecido adiposo na região glúteo femoral do que na região abdominal, isso quando a função ovariana está normal, possuindo atividade da LPL na região glúteo-femoral, enquanto a LHS é na região abdominal TESTOSTERONA Homens obesos apresentam desequilíbrio nos níveis de esteroides, menores níveis de testosterona e maiores níveis de estrogênio, favorecendo a obesidade visceral A testosterona reduz por causa do excesso da enzima aromatase, que atua convertendo testosterona em estrogênio HORMONIOS PRODUZIDOS PELO TECIDO ADIPOSO Tecido adiposo produz proteínas chamadas de adipocitoquinas e sintetiza hormônios (leptina e adiponectina) A TNF, IL-6 e IL-18, RESISTINA e LEPTINA = atividade pró-inflamatória, que quando em excesso = desregulam as funções hormonais, enzimáticas e imunológicas Já a ADIPONCETINA, GRELINA, IL-2 e 10 = tem atividade anti-inflamatória LEPTINA Produzida nos adipócitos e secretada na circulação Reconhecida por receptores no hipotálamo, que SINALIZA ao cérebro sobre a quantidade de tecido adiposo presente no corpo Essa sinalização DIMINUI a ingestão calórica (inibição de NPY), favorece a saciedade, DIMINUI a glicemia, insulina e cortisol e AUMENTA o gasto energético e a produção de calor A concentração de leptina é determinada pelo SEXO e pela ADIPOSIDADE (QUANTO + TECIDO ADIPOSO + LEPTINA) O AUMENTO da leptina plasmática tem CORRELAÇÃO positiva com o AUMENTO da insulina plasmática do IMC Nos obesos, é que a maior concentração de LEPTINA PLASMATICA decorra deles apresentarem DIMINUIÇÃO na resposta do sinal até o gene OB receptor no hipotálamo, o que leva a um estado de resistência a leptina (alterações nos receptores deleptina ou deficiência no sistema de transporte) A atividade física pode atuar na diminuição da resistência, promovendo uma ação reguladora do balanço energético ADIPONECTINA AUMENTA A SENSIBILIDADE A INSULINA INIBE gliconeogênese pelo fígado Potencializa a fosforilação da tirosina AUMENTA a atividade da PKA Em obesos ocorre o AUMENTO de TNF, que DIMINUI a resistência a insulina e causa um quadro de HIPOADIPONECTINEMIA, o que favorece a REDUÇÃO DE ADIPONECTINA - REDUÇÃO DE ADIPONECTINA = AUMENTA TUDO O QUE TEM UMA CORRELAÇÃO NEGATIVA COM ELA. ALTERAÇÕES HIPOTALÂMICAS Tem responsabilidade em controlar homeostase energética Dividida entre várias regiões do hipotálamo que interagem em um complexo circuito que regula o apetite Essa regulação do apetite é feita por meio de: Sinais orexígenos: que estimulam o consumo de alimentos Sinais anorexígenos: que estimulam a inibição do consumo alimentar - O excesso na produção e liberação desses sinais orexígenos pode levar a hiperfagia e aumento de peso - Existem vários neuropeptídios que incentiva a estimulação do apetite: OREXIGENICOS NEUROPEPTIDEOS Y Está envolvido na compulsão alimentar durante a noite, aumento da ingestão de alimentos e número de episódios de ingestão alimentar Estimula o consumo de carboidrato GALANINA Estimula o consumo de gordura MCH Jejum prolongado aumenta sua secreção HIPOCRETINAS E OREXINAS Jejum aumenta a secreção das orexinas GRELINA Seus níveis AUMENTAM e DIMINUEM com a DIMINUIÇÃO e o AUMENTO da ingestão alimentar, respectivamente; porém, em obesos os níveis não caem após a ingestão alimentar ANOREXINOGENICOS SEROTONINA Intensifica o poder da saciedade Seus níveis no cérebro são dependentes da ingestão alimentar de triptofano PEPTIDEO DA FAMILIA DO CRH A urocortina é um dos peptídeos da família do CRH. Está envolvido na ↓ da ingestão alimentar noturna, levando a ↓ no tamanho da porção ingerida MELANOCORTINAS É estimulada pela leptina, que nos receptores MC4R do hipotálamo leva a redução do apetite; porém, mutações nesses receptores levam ao excesso de fome e obesidade