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Alunos: Fernanda Andrade Hugo Vilhena Luísa Martins Marina Costa UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Escola de Enfermagem Departamento de Nutrição Disciplina: Gestão em Unidade de Alimentação (NUT020) Professora: Simone Cardoso Lisboa Pereira Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HAZARD ANALISYS AND CRITICAL CONTROL POINTS) Belo Horizonte, 27 de abril de 2015 Definição: É um sistema de análise que identifica perigos específicos e medidas preventivas para o seu controle, objetivando a segurança do alimento, e garantia da qualidade e integridade do mesmo. Baseia-se na prevenção, eliminação ou redução dos perigos em todas as etapas da cadeia produtiva. (BRASIL, Portaria nº 46, 10 de fevereiro de 1998) Aspectos Históricos • Década de 50 : Indústrias químicas da Grã- Bretanha. • Anos 60 e 70: Extensivamente usado nas plantas de energia nuclear e adaptado para áreas de alimentos pela Pillsbury Company, a pedido da NASA, para que não houvesse nenhum problema com os astronautas relativo a enfermidades transmitidas por alimentos (ETA) e equipamentos (migalhas de alimentos) em pleno voo. (RIBEIRO FURTINI; ABREU, 2006) Aspectos Históricos • O problema de migalhas foi resolvido com o uso de embalagens especiais e, de possíveis ETA, com a utilização do sistema APPCC, que por mostrar-se altamente preventivo, evita a falsa sensação de segurança de produtos que eram, até então, inspecionados lote a lote por análises microbiológicas, sendo esta a única garantia dada por outras ferramentas de controle de qualidade. (RIBEIRO-FURTINI; ABREU,2006) Evolução e a disseminação do Sistema nos últimos anos • 1971: Sistema apresentado pela primeira vez durante a Conferência Nacional sobre Proteção de Alimentos; • 1973: Publicado o primeiro documento detalhando a técnica; • 1985: Recomendação; • 1988: Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas para Alimentos (ICMSF) editou um livro propondo o Sistema; • 1993: Implantação nos estabelecimentos de pescado e derivados; Portaria nº 1428: indústrias de alimentos; • 1998: Portaria nº 40: bebidas e vinagres; nº 46: Produtos de origem animal. (GUIA APPCC, 2001) Evolução e a disseminação do Sistema nos últimos anos Devido às novas exigências sanitárias e aos requisitos de qualidade tanto pelo mercado interno quanto pelos principais mercados internacionais, o governo brasileiro, juntamente com a iniciativa privada, vem desenvolvendo desde 1991, a implantação deste sistema. (BRASIL, Portaria nº 46, 10 de fevereiro de 1998) Importância da Implantação do sistema APPCC na área de alimentos Garantia da segurança do alimento Diminuição dos custos operacionais Diminuição da necessidade de testes Redução de perdas de matérias-primas e produtos Maior credibilidade junto ao cliente (consumidor) Maior competitividade do produto na comercialização (GUIA APPCC, 2001) Objetivo da Implantação do APPCC • Identificar os perigos relacionados com a saúde do consumidor que podem ser gerenciados em segmentos da produção, estabelecendo formas de controle para garantir a segurança do produto e a inocuidade para o consumidor. (GUIA APPCC, 2001) Pré-requisitos para Implantação do sistema APPCC Sensibilização do dirigente quanto aos benefícios da instalação Comprometimento do mesmo com a instalação do plano (investimentos na capacitação e educação dos princípios do APPCC para toda equipe) Responsabilidade gerencial (assegurar conscientização da importância da implantação do plano) Formação de uma equipe multidisciplinar de forma a reunir conhecimentos específicos e experiência adequada ao processo em estudo de elaboração Implantação das BPF e os POP (BRASIL, Portaria nº 46, 10 de fevereiro de 1998) Relação: Boas Práticas de Fabricação (BPF) (RIBEIRO-FURTINI; ABREU,2006) Procedimentos necessários para prevenir a contaminação do produto final. Constitui a base higiênico-sanitária para implantação do Sistema APPCC. Quando as BPF não são eficientemente implantadas e controladas, muito mais Pontos Críticos de Controle são identificados. A implantação das BPF simplifica o Plano APPCC, assegurando sua integridade e eficiência. Relação: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP) Procedimentos determinados a serem seguidos rotineiramente em determinadas situações ou operações, sendo uma subparte importante da BPF. POP oferecem suporte a confecção do manual de Boas Práticas. (RIBEIRO-FURTINI; ABREU,2006) Relação: ISO 9000 Série ISO 9000, é uma ferramenta de controle da qualidade, por isso, necessita do sistema APPCC como complemento para a segurança sanitária. Preveni ou detecta um produto que não esteja de acordo com os padrões, durante a produção e distribuição ao consumidor. O objetivo principal da ISO 9000 é a obtenção de 100% de qualidade no produto, enquanto o objetivo da APPCC é a obtenção de um produto seguro. (RIBEIRO-FURTINI; ABREU,2006) Legislações e Sistema APPCC Portaria nº 40, de 20 de janeiro de 1997: • Aprova o Manual de Procedimentos no Controle da Produção de Bebidas e Vinagres baseado nos princípios do Sistema de Analise de Perigo e Pontos Críticos de Controle – APPCC. Circular nº 272, de 22 de dezembro de 1997: • Implanta o Programa de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO) e do Sistema de Análise de Risco e Controle de Pontos Críticos (ARCPC) em estabelecimentos envolvidos com o comércio internacional de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos e mel e produtos apícolas. Portaria n°46, de 10 de fevereiro de 1998: • É aplicada nos estabelecimento e produtos de origem animal que realizam o comercio interestadual e, ou internacional. Circular nº 369, de 02 de junho de 2003: • Estabelece instruções para elaboração e implantação dos sistemas PPHO e APPCC nos estabelecimentos habilitados à exportação de carnes. Legislações e Sistema APPCC Circular nº 175, de 16 de maio de 2005: • Estabelece Programas de Autocontrole que serão sistematicamente submetidos à verificação oficial de sua implantação e manutenção. • Estes Programas incluem o Programa de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional, o Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle e, num contexto mais amplo, as Boas Práticas de Fabricação. Legislações e Sistema APPCC Definições de termos do sistema APPCC Ação corretiva: procedimento ou ação a ser tomada quando se verificar que uma variável encontra-se fora dos limites estabelecidos; Alimento seguro: alimento livre de contaminações que possam causar problemas à saúde do consumidor; Análise de perigos: consiste na avaliação de todas as etapas envolvidas na produção de um alimento específico,desde a obtenção das matérias- primas até o uso pelo consumidor final. Árvore decisória para identificação de ponto crítico de controle: determinar se uma matéria-prima ou ingrediente ou etapa de processo, para um determinado perigo, é um Ponto Crítico de Controle (PCC); (GARCIA, 2000) Definições de termos do sistema APPCC Avaliação do programa de APPCC: revisões periódicas documentadas do Programa com o objetivo de modificá-lo para adequá-lo às necessidades do processo; Critério: requisito no qual é baseada a tomada de decisão ou julgamento; Defeito Crítico: desvio ocorrido no PCC, podendo resultar na produção de alimentos que possam colocar em risco a saúde do consumidor. Desvio: não atendimento dos limites estabelecidos Ingrediente susceptível: ingrediente que ecológica e historicamente foi associado as falhas e para o qual há razões para suspeitas de risco a saúde do consumidor. Limite crítico: valores ou atributos para cada variável que, quando não atendido pode colocar em risco a saúde do consumidor. (GARCIA, 2000) Definições de termos do sistema APPCC Limite de segurança: valores ou atributos que são mais estritos que os limites críticos e que são usados para reduzir os riscos de desvios; Medida preventiva de controle: fatores de natureza física ou química que podem ser usados na produção ou preparação de um alimento, para eliminar, reduzir ou prevenir perigos que possam causar prejuízo à saúde do consumidor; Monitor: indivíduo que conduz a monitorização; Monitorização: sequência planejada de observações ou mensurações, devidamente registradas, que permite avaliar se um PCC está sob controle; Perigo: contaminação inaceitável de natureza biológica, química ou física que leva o alimento a ser impróprio para o consumo; Ponto de controle (PC): qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual fatores biológicos, físicos ou químicos podem ser controlados para garantir a qualidade do produto; (GARCIA, 2000) Definições de termos do sistema APPCC Ponto crítico de controle (PCC): é uma operação onde se aplicam medidas preventivas de controle para mantê-la sob controle com o objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir riscos que possam causar algum problema à saúde do consumidor; Procedimento de controle: dispositivo ou modo usado para controlar um PC ou PCC. Programa ou plano APPCC: documentação escrita, baseado nos princípios de APPCC, onde constam todas as etapas do estudo do APPCC: identificação da equipe, do produto ou processo em estudo, forma de uso, consumidor alvo, cuidados especiais quanto ao transporte, armazenagem, preparação, ingredientes, fluxograma de processo, perigos, PCCs, procedimentos a serem seguidos para assegurar o controle de processo, limites e medidas corretivas para cada PCC; Risco: é a estimativa da probabilidade de ocorrência de um perigo; Sistema de APPCC: resultado da implantação do programa de APPCC; Definições de termos do sistema APPCC Validação do programa de APPCC: revisão inicial realizada pela equipe de APPCC Variáveis: são características de natureza física (tempo, temperatura, atividade de água), química (concentração de sal, de ácido acético), biológica (presença de salmonella) ou sensorial (odor, sabor); Verificação ou Auditoria: Uso de métodos, procedimentos ou testes, além dos usados na monitorização de um processo, para certificar se o sistema está em concordância com o Programa APPCC e se este necessita de modificações para adequá-lo às necessidades de segurança do processo. Formação de uma equipe de APPCC Descrição do produto Identificação do uso final do produto Desenvolvimento de um diagrama de fluxo Conferência do seguimento do diagrama de fluxo (CODEX ALIMENTARIUS, 2001) A aplicação dos princípios do APPCC consiste das seguintes operações, que são identificados na Sequência Lógica de Aplicação do APPCC Roteiro de Aplicação do Sistema APPCC Roteiro de Aplicação do Sistema APPCC Listagem de todos os potenciais perigos associados a cada etapa Realização de uma análise de riscos considerando todas as medidas para controlar perigos identificados Determinação dos pontos críticos de controle (PCC) Estabelecimento de limites críticos para cada PCC Estabelecimento de um sistema de monitoramento para cada PCC Elaboração e Implantação do APPCC 1ª ETAPA – Formação da Equipe EQUIPE Gerente Microbiologistas Compradores Técnicos Capatazes Chefe de seção e operário Responsável técnico (capacitado em APPCC) • A - Identificação Completa da Empresa • B - Organograma da Empresa A organização: diagrama, com indicação dos setores que efetivamente participam do desenvolvimento, implantação e manutenção do Plano de APPCC. 2ª ETAPA – Identificação da Empresa Direção Geral: Implantação e Revisão Pessoal de nível gerencial: Revisão e gerenciamento da produção, compras, vendas e garantia da qualidade, Responsável pela implantação do Plano de APPCC: elaborar, implantar, acompanhar, verificar e melhorar continuamente o processo 2ª ETAPA – Identificação da Empresa A) Relativas ao técnico: 2ª ETAPA – Identificação da Empresa Estar motivado Possuir experiência comprovada Ter perfil multiplicador Ter poder de decisão Ter formação universitária ou técnica compatível Ser o elemento de contato direto B) Relativas à Empresa: 2ª ETAPA – Identificação da Empresa Possibilitar total acesso do técnico à Direção Geral e prover todo o apoio necessário para a execução de suas atividades; Promover a capacitação do técnico e eventos de sensibilização. 1 - Leiaute (Lay-out) do estabelecimento: 3ª ETAPA – Avaliação dos Pré-requisitos para o Sistema APPCC Recepção, estocagem e preparação da matéria- prima Estocagem de embalagens, ingredientes e aditivos. Expedição e estocagem do produto final 3ª ETAPA – Avaliação dos Pré-requisitos para o Sistema APPCC • 2- Manutenção das instalações • 3- Equipamentos • 4- Água de abastecimento • 5- Saúde dos operários e hábitos higiênicos • 6- Controle de insetos e roedores • 7- Limpeza e sanitização • 8- Aferição dos instrumentos • 9- Qualidade da matéria-prima e ingredientes • 10- Procedimentos de recolhimento do produto final • 11- Procedimentos sobre reclamações dos consumidores e/ou importadores 4ª ETAPA – Programa de Capacitação Técnica Conteúdo programático - Sensibilização para a qualidade; - Perigos para a saúde pública ocasionados pelo consumo de alimentos de origem animal; - Deterioração de alimentos perecíveis; - Lay-out operacional; - Programas de higiene; - Etapas de elaboração e implantação (parte teórica e exercícios práticos na indústria). • 1º Passo - Reunir a Equipe APPCC, formada nos moldes apresentados na 1ª etapa; • 2º Passo - Descrever o produto; • 3º Passo - Identificar o uso pretendido e consumidor do produto; • 4º Passo - Construir o diagrama operacional; • 5º Passo - Verificar, na prática, a adequação do diagrama operacional; • 6º Passo - Listar e identificar os perigos, analisar os riscos e considerar as medidas preventivas de controle (Princípio 1); • 7º Passo - Identificar os PCCs e aplicar a árvore decisória (Princípio 2); • 8º Passo - Estabelecer os limites críticos para cada PCC (Princípio 3); • 9º Passo - Estabelecer o sistema demonitorização para cada PCC (Princípio 4); • 10º Passo - Estabelecer as ações corretivas (Princípio 5); • 11º Passo - Estabelecer os procedimentos de verificação (Princípio 6); • 12º Passo - Providenciar a documentação e estabelecer os procedimentos de registro (Princípio 7). 5ª ETAPA – Sequência lógica de Aplicação dos Princípios do APPCC Após a elaboração do plano APPCC, a empresa remeterá ao DIPOA, através da representação estadual do órgão, em 2 vias: 6ª ETAPA – Encaminhamento da Documentação para Avaliação pelo DIPOA - Requerimento ao Sr. Diretor do DIPOA, solicitando análise e aprovação do plano; - Identificação e organograma da empresa com definições das funções e atribuições dos colaboradores; - Leiaute (lay-out) da indústria; - A documentação, listada anteriormente, será encaminhada ao membro do Comitê Permanente de Avaliação 6ª ETAPA – Encaminhamento da Documentação para Avaliação pelo DIPOA - Diagrama operacional de cada produto com identificação e descrição dos perigos, dos controles de pontos críticos, com o estabelecimento dos limites críticos, procedimentos de monitorização, das ações corretivas, dos procedimentos de verificação e do sistema de registros; - Memorial descritivo de fabricação de cada produto, detalhando as matérias- primas utilizadas, ingredientes, aditivos, fases do processo, equipamentos envolvidos, embalagem, condições de armazenamento, distribuição e condições de exposição no varejo; - Características do produto quanto ao pH, à atividade de água, à concentração de sal, à umidade, etc.; - Documentação referente ao cumprimento dos pré-requisitos (3ª etapa). O plano será implantado após a apresentação da documentação e aprovação pelo DIPOA. Após a aprovação, a validação do plano ficará condicionada ao resultado de auditoria específica, liderada por profissionais médicos veterinários pertencentes ao DIPOA. A primeira auditoria deverá ser conduzida preferencialmente no prazo de 30 dias após a comunicação da implantação do plano por parte da empresa. Nos casos de não aprovação, o programa será revisto pelo estabelecimento e reavaliado pelo DIPOA. 7ª ETAPA – Aprovação, Implantação e Validação do Plano APPCC 7 Princípios do Sistema APPCC Listar todos os perigos, analisar os riscos e considerar os controles necessários; Determinar os pontos críticos de controle (PCC); Estabelecer limites críticos para cada PCC; Estabelecer um sistema de monitoramento para cada PCC; Estabelecer ações corretivas; Estabelecer procedimento de verificação; Estabelecer documentação e manter registros. 1 - Listar todos os perigos, analisar os riscos e considerar os controles necessários Os perigos em potencial, relacionados a cada etapa do processo, devem ser identificados com base na experiência dos membros da equipe e nas informações de saúde pública sobre o produto. A análise dos riscos deverá ser feita considerando os seguintes fatores: - Probabilidade de ocorrência do perigo e sua severidade em relação aos efeitos adversos à saúde; - Evolução qualitativa e quantitativa da presença do perigo; - Capacidade de multiplicação e sobrevivência dos micro-organismos; - Produção ou permanência nos alimentos de toxinas, agentes químicos ou físicos. EXEMPLO: -Temperatura inadequada; -Presença inaceitável de contaminantes biológicos, químicos ou físicos na matéria-prima ou nos produtos semi-acabados ou acabados; -Não conformidade com o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ). 2 - Determinar os pontos críticos de controle (PCC) PC – PONTO DE CONTROLE Qualquer etapa na qual fatores biológicos, químicos ou físicos podem ser controlados por programas e procedimentos de pré-requisitos, como as Boas Práticas. PCC – PONTO CRÍTICO DE CONTROLE Qualquer etapa na qual se aplica medidas preventivas para manter um perigo sob controle, com objetivo de eliminar ou evitar os riscos à saúde do consumidor. FURTINI; ABREU, 2005 2 - Determinar os pontos críticos de controle (PCC) EXEMPLO: Etapa pasteurização em um leite fluido é um PCC, pois não há etapa anterior ou posterior efetiva para a redução de micro-organismos patogênicos a um nível aceitável. E o item a ser controlado (binômio tempo/temperatura) não faz parte do programa de pré-requisitos. Etapa de empacotamento do leite pasteurizado pode ser tratada como um PC, o controle dessa depende basicamente do programa de boas práticas como manutenção preventiva de equipamentos, higienização adequada de máquinas, tubulações e ambiente e treinamento de pessoal. Como identificar os PCCs? Utilização da árvore decisória, que consiste em se fazer uma série de perguntas para cada etapa de elaboração do produto. FURTINI; ABREU, 2005 Á rv o re D e ci só ri a d o P o nt o C rí ti co d e C o nt ro le ( P C C ) CODEX ALIMENTARIUS, 1999 3 - Estabelecer limites críticos para cada PCC LIMITES CRÍTICOS são parâmetros usados para separar, num processo, o que é aceitável do que não é aceitável. - Cada PCC deve ter o seu limite crítico estabelecido. - O estabelecimento desses limites deve estar baseado nos conhecimentos disponíveis em fontes como: legislação, literatura científica, dados de pesquisas reconhecidas, normas internas da empresa, etc. EXEMPLOS: Tempo, temperatura, pressão, pH, umidade, atividade de água, viscosidade, padrões microbiológicos. -Pasteurização PCC -Item a ser controlado Tempo X Temperatura Limite crítico RASZL, et al. 2001 3 - Estabelecer limites críticos para cada PCC - Quando se excede o limite crítico, é necessária uma ação corretiva. - Por isso, um processador pode escolher operar um PCC em um limite mais conservador que o limite crítico: Limites operacionais RASZL, et al. 2001 3 - Estabelecer limites críticos para cada PCC - Vai fornecer informações a tempo para permitir qualquer ajuste no processo, evitando-se a perda de controle e a ultrapassagem dos limites críticos. - Devem ser rápidos, para serem efetivos. -Medidas físicas e químicas são preferíveis do que os testes microbiológicos. - É necessário definir o que, quando e como monitorar, quem será o responsável pela execução da tarefa. - Exemplos de monitoramento: observação visual, avaliação sensorial, medidas de temperatura, medidas de pH e análise microbiológica. 4 - Estabelecer um sistema de monitoramento para cada PCC DAMIAN; OLIVEIRA; RASZ, 2009 5 - Estabelecer ações corretivas AÇÃO CORRETIVA é qualquer ação a ser tomada quando os resultados do monitoramento do PCC indicarem uma perda de controle. As ações corretivas e seus procedimentos de execução, estabelecidas para cada PCC, devem estar descritas de forma a ser aplicável pelo colaborador, sem dificuldades. DAMIAN; OLIVEIRA; RASZ, 2009 EXEMPLO: - Durante o processamento do leite, o tratamento térmico programado não é cumprido por causa de uma perda de pressão de vapor durante o processo. - O operador observa o desvio antes do final do tempo de processo e consulta o procedimento escrito sobre desvio. - O procedimento de desvio estabelece que o operador deve acrescentar um tempo de processo. (Acrescenta alguns minutos). - O procedimento informa também que a ação deve ser registrada e os lotesafetados retidos até que uma autoridade de processo permita e assine a liberação do produto. (Depois de terminar o ciclo de processo, o lote é etiquetado e levado à área de retenção). A ação corretiva tomada corrigiu o problema e controlou o produto afetado! DAMIAN; OLIVEIRA; RASZ, 2009 5 - Estabelecer ações corretivas O que pode ser utilizado para verificação? Elaboração de cronograma de revisão do Plano APPCC; Confirmação da exatidão do fluxograma de processo; Coleta aleatória de amostras e análises para verificar se os PCCs estão sob controle; Calibração de instrumentos de medições de variáveis críticas. 6- Estabelecer procedimento de verificação Aplicação de métodos, testes e outras avaliações, além do monitoramento, para determinar o cumprimento do Plano APPCC. DAMIAN; OLIVEIRA; RASZ, 2009 - Os procedimentos do sistema APPCC devem estar documentados, assim como os registros das atividades do sistema APPCC. - Os registros devem estar acessíveis, ordenados e arquivados durante um período de pelo menos dois anos após o vencimento do prazo de validade dos produtos comercializados. 7- Estabelecer documentação e manter registros DAMIAN; OLIVEIRA; RASZ, 2009 4 tipos de registros devem ser mantidos como parte do programa APPCC: Documentação de apoio para o desenvolvimento do Plano APPCC; Registros gerados pelo Sistema APPCC; Documentação de métodos e procedimentos usados; Registros de programas de treinamento dos funcionários. Análise de Perigo e Ponto Crítico de controle Doce de Leite dietético PROCESSAMENTO Resumo do plano APPCC do doce de leite dietético adicionado de doce de bacuri Resumo do plano APPCC do doce de leite dietético adicionado de doce de bacuri Resumo do plano APPCC do doce de leite dietético adicionado de doce de bacuri Resumo do plano APPCC do doce de leite dietético adicionado de doce de bacuri Resumo do plano APPCC do doce de leite dietético adicionado de doce de bacuri Resumo do plano APPCC do doce de leite dietético adicionado de doce de bacuri 1 2 3 4 5 6 7 Vídeo ABDALLAH, Rodrigo Raggi. Uma Experiência de Aplicação do Sistema APPCC em uma Industria de Lacticínio. 1997. Dissertação (Pós- graduação em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopolis, 1997. BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Portaria n. 46, de 10 de fevereiro de 1998. Institui o sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle: APPCC a ser implantado nas indústrias de produtos de origem animal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 fev. 1998. Seção I. BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Circular nº 175, de 16 de maio de 2005. Estabelece Programas de Autocontrole que serão sistematicamente submetidos à verificação oficial de sua implantação e manutenção no setor de carnes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mai. 2005. Seção I. BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Circular nº 272, de 22 de dezembro de 1997. Implanta o Programa de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO) e do Sistema de Análise de Risco e Controle de Pontos Críticos (ARCPC) em estabelecimentos envolvidos com o comércio internacional de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos e mel e produtos apícolas. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 dez. 1997. Seção I. BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Circular nº 369, de 02 de junho de 2003. Estabelece instruções para elaboração e implantação dos sistemas PPHO e APPCC nos estabelecimentos habilitados à exportação de carnes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 jun. 2003. Seção I. BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Portaria nº 40, de 20 de janeiro de 1997. Aprova o Manual de Procedimentos no Controle da Produção de Bebidas e Vinagres baseado nos princípios do Sistema de Analise de Perigo e Pontos Críticos de Controle – APPCC . Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 jan. 1997. Seção I. Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas CARNEIRO,C.A.A ; SOUSA, C.L . Identificação dos pontos criticos de controle na elaboração de doce de leite dietético produzido no laboratório de engenharia química da UFPA. Revista Científica da UFPA. v. 3, março, 2002. DAMIAN; OLIVEIRA; RASZL. Análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC). Florianópolis. SENAI/SC, 2009. FURTINI; ABREU. Utilização de appcc na indústria de alimentos. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 30, n. 2, p. 358-363, 2006. FIGUEIREDO, Veruschka Franca de; COSTA NETO, Pedro Luiz de Oliveira. Implantação do HACCP na indústria de alimentos.Gest. Prod., São Carlos , v. 8, n. 1, abr. 2001. RASZL, S. M., CABRAL, D.D., LINARDI, P.M. (1998). Xenopsylla cheopis em cães do Brasil: Primeiro relato. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia. v. 50, n.2, p. 211-212. RIBEIRO; FURTINI, Larissa Lagoa; ABREU, Luiz Ronaldo de. Utilização de APPCC na indústria de alimentos. Ciênc. agrotec., Lavras , v. 30, n. 2, p. 358-363, Abr. 2006. SILVA, João Martins de. O ambiente da qualidade na prática - 5S. 3. ed. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni,1996. 260 p.
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