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COMPOSIÇÃO DO LEITE Profa Luciana Pacheco Golinelli 1 Introdução O papel do leite na natureza é, basicamente, nutrir e prover proteção imunológica aos filhotes principalmente nos primeiros meses de vida; Outras definições: Conceito físico-químico: Leite é uma mistura homogênea de substâncias das quais algumas encontram-se em emulsão, outras em suspensão e o restante em dissolução verdadeira; Diferenças: espécies, inter-raciais, idade, fase de lactação alimentação, sazonais e climáticas. mistura homogênea de grande número de substâncias (lactose, glicídeos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais, enzimas), das quais algumas estão em emulsão (gordura e substâncias associadas), algumas em suspensão (caseínas ligadas a sais) e outras em dissolução (lactose, vitaminas hidrossolúveis, proteínas do soro) 5 Tabela 1: composição química do leite em várias espécies.* 12,6 0,2 6,8 0,2 1,1 4,5 Humano 14,5 2,6 5,9 0,6 2,1 3,9 Macaco 21,5 0,8 4,3 0,6 5,9 10,4 Búfalo 25,4 --- 3,4 1,0 11,1 10,9 Gato 20,7 1,2 3,7 1,1 9,5 8,3 Cão 26,4 2,0 1,8 0,8 10,4 12,2 Coelho 10,2 0,4 6,9 1,4 1,7 1,2 Asno 11,0 0,5 6,1 1,7 2,1 1,6 Cavalo 19,9 0,6 4,8 0,7 5,8 8,2 Suíno 16,3 0,9 4,6 1,0 5,5 5,3 Ovelha 12,0 0,8 4,6 0,9 3,1 3,5 Cabra 14,7 0,8 5,1 0,8 3,9 4,9 Vaca Zebu 15,0 0,7 4,9 0,7 3,9 5,5 Vaca Jersey 12,2 0,7 4,9 0,9 3,1 3,5 Vaca Holstein 14,4 0,7 4,9 0,8 3,8 5,0 Vaca Guernsey 13,3 0,7 5,0 0,9 3,6 4,0 Vaca pardo suíno 13,1 0,7 4,7 0,9 3,6 4,1 Vaca Ayrshire Sólidos Totais Cinzas (%) Lactose (%) Relação Proteína/Gordura Proteína (%) Gordura (%) Espécie/raça *Adaptado de Jensen, R.G. Handbook of Milk Composition, Academia Press (1995) 6 Distribuição e tamanho dos componentes do leite Fonte: Ordoñez, 2005 Ordõnez, 2005 7 Lactose Único glicídeo simples encontrado em quantidades importantes no leite”(45 a 50g/litro) Estrutura dissacarídeo formas amorfa: leite em pó e soros de leite (mais estável e higroscópica) cristalizada: tipos α e β Poder edulcorante Sabor doce fraco (6 x menor que a sacarose) Cristalização Defeitos (sorvetes, leite condensado e doce de leite); Riboflavina impede ou atrasa a cristalização (0,25mg/100g) Lactose Solubilidade Baixa (outros açúcares); Concentração e temperatura; Co 9 Lactose Fermentação propiônica (Propionibacterium, queijos (gruyère) butírica (Clostridium, odores pútridos) láctica (espontânea, aroma natural) Valor nutritivo favorece retenção de cálcio (crianças) problemas de intolerância à lactose Ação redutora- reação de maillard Lipídeos “fração do leite que mais varia (3,2 a 6%)” Glóbulo de gordura Lipídeos Composição da membrana do glóbulo Fração lipídica: 48% (fosfolipídeo e triglicerídeos) fração proteica: 48% (polipeptídeos, glicoproteínas e metaloproteínas) substâncias diversas: riboflavina e RNA Estrutura da membrana do glóbulo 1. Camada interna (semelhante à membrana celular, ptns e fosfolipídeos); 2. Camada intermediária (metais) 3. Camada externa (atividade enzimática, lipoptns) Lipídeos TECNOLOGIA DE LEITE Lipídeos Auto-aglutinação leite cru (refrigerado) forma nata agente reponsável: IgM (união dos glóbulos em vários pontos ativos) Coalescência Fusão de duas gotas de uma emulsão em uma única; fatores :agitação (maior) temperatura (menor) conteúdo de gordura (maior) congelamento (desfavorece) ruptura da mebrana (desfavorece) tamanho do glóbulo (maior) Lipídeos Principais alterações Lipólise (rancidez): triglicerídeos (acidos graxos livres) lipase endógena (370C / pH 8,0) lipase microbiana (40 a 500C / pH alcalino) auto-oxidação ácidos graxos insaturados livres ou esterificados reação depende do oxigênio catalizador (luz, calor e metais – Fe e Cu) Lipídeos Principais alterações Homogeneização prolongar a estabilidade da emulsão redução do glóbulo aplicação de pressão (65 a 700C) efeitos: nova membrana cor mais branca (dispersão da luz) tendência a formar espuma membrana menos estável menor auto-oxidação (Cu no soro) PROTEÍNAS Oscila entre 3,0% e 3,2% (influência: alimentação); Constitui num parâmetro de controle (queijo); 75 a 85% - caseínas (as1, as2, b, e k); 15 a 22% - proteínas do soro (a-lactoalbumina (2% a 5%) e b- lactoglobulina (15% a 18%); Composição da matéria nitrogenada Matéria nitrogenada (100%) Proteínas (95%) Não Proteícos (5%) Caseínas (78%) Proteínas do soro (17%) Proteínas do leite Características Caseínas não são solúveis a pH 4,6 (iogurte) - espumante e emulsificante - alta digestibilidade - resistência térmica - precipitação ácida Proteínas do soro - Estáveis em toda faixa de pH - Desnaturação térmica - Se depositam sobre a caseína – queijos e iogurtes Proteínas do leite Micela Estrutura κ-caseina (na superfície, estabiliza outras caseínas) estabilizada por fosfato cálcico coloidal micela composta de sub-micelas, porosa (migração de β-caseína) e hidratada Proteínas do leite Enzimas - lipases (pricincipais alterações do leite) - proteases (hidrólise de β a γ-caseína) - fosfatases (ácida e alcalina – mais resitente que alguns patógenos) - lactoperoxidase (inibe crescimento microbiano) - catalase (alta concentração em vacas com mastite) - superóxido dismutase (formação de radicais livres) Sais do leite Componentes majoritários - Fosfatos, citratos, cloretos, sulfatos, carbonatos e bicarbonatos de sódio, potássio, cálcio e magnésio Tabela. Composição média de sais (mg/100mL) do leite de vaca Sódio 50 Potássio 145 Cálcio 120 Magnésio 13 Fósforo 95 Cloro 100 Sulfatos 10 Carbonato 20 Citratos 175 Proteínas do leite Vitaminas
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