Prévia do material em texto
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 2° Parte Disciplina de Fisioterapia aplicada à Cardiologia Prof. Esp. Raimundo Neto Pressão Arterial É procedimento fundamental Pode ser obtida no contexto clínico, mediante técnicas simples Suas implicações diagnósticas e prognósticas são importantes Deve-se analisar todos os fatores que podem influir em sua aferição Pode ser aferida direta ou indiretamente Pressão Arterial Essa técnica se baseia na percepção de que ao desinflar o manguito que oclui totalmente uma artéria, diferentes tipos de sons (ruídos de Korotkoff) são perceptíveis com o estetoscópio, o que corresponde a diferentes graus de obstrução parcial da artéria Pressão Arterial Fases de Korotkoff I. Corresponde ao aparecimento do primeiro som, ao qual se seguem batidas progressivamente mais fortes, bem distintas e de alta freqüência. Correlaciona-se com o nível da pressão sistólica II. O som adquire características de zumbido e sopro, podendo ocorrer sons de baixa freqüência que eventualmente determinam o hiato auscultatório Pressão Arterial Fases de Korotkoff III. Sons nítidos e intensos IV. Abafamento dos sons, correspondendo ao momento próximo ao desaparecimento deles V. Desaparecimento total dos sons Pressão Arterial Técnica 1. Explicar o procedimento ao paciente 2. Certificar-se que o paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos, não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida 3. Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos Pressão Arterial Técnica 4. Localizar a artéria braquial por palpação 5. Colocar o manguito firmemente cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento deve envolver pelo menos 80% do braço. Pressão Arterial Técnica 6. Manter o braço do paciente à altura do coração 7. Posicionar os olhos ao mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide 8. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até o seu desaparecimento, para estimativa do nível de pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar 15 a 30 segundos antes de inflar novamente Pressão Arterial Técnica 9. Colocar o estetoscópio nos ouvidos com a curvatura voltada para a frente 10. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital evitando a compressão excessiva 11. Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição Pressão Arterial Técnica 12. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até 10 a 20 mmHg acima do nível estimado 13. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente 14. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da velocidade da deflação Pressão Arterial 15. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff). SINTOMATOLOGIA CARDIOVASCULAR DOR TORÁCICA DISPNÉIA TOSSE HEMOPTISE CIANOSE SINCOPE PALPITAÇÃO SINTOMATOLOGIA CARDIOVASCULAR DOR TORÁCICA Principal manifestação Estabelecer diagnóstico diferencial Questionar características Angina Pectoris : IAM Hipertensão Pulmonar: isquemia direita Pericardite: infecção viral, mais prolongado Dissecção aórtica: lancinante de origem aguda SINTOMATOLOGIA CARDIOVASCULAR Dispnéia Manifestação da falta de ar Relação com doenças do coração, pulmão, pleuras e paredes torácicas Nem sempre é sintomas de doença Tipos Súbita(edema agudo, embolia, pneumotórax,) De esforço (ICC classe II e III, fibrose pulmonar) De repouso ( ICC classe IV asma, enfisema , pneumonia,) Paroxística (ICC, asma) SINTOMATOLOGIA CARDIOVASCULAR Dispnéia Manifestação Cardíaca Fator importante na classificação dos cardiopatas Ortopnéia : posição de alívio, Dispnéia paroxística noturna na ICC, hipervolemia Grandes derrames pericárdicos Cardiopatias Congênitas: posição de cócoras Edema agudo pulmonar: tosse e expectoração rósea, presença de estertores SINTOMATOLOGIA CARDIOVASCULAR TOSSE Pode ser causada por doenças infecciosas, neoplasias, alergias, assim como por doenças cardiovasculares que evoluem com HP, edema alveolar e infarto. Geralmente seca, irritativa, em crises e noturna Acompanhada de dispnéia = IC Expectoração: comuns na IC esquerda Espumoso róseo: edema pulmonar Mucoso claro: infecção viral Amarelado: origem infecciosa Tosse ruidosa sem doença pulmonar = compressão laríngeo recorrente SINTOMATOLOGIA CARDIOVASCULAR HEMOPTISES Expectoração de sangue ou escarro sanguinolento Causas: Extravasamento de hemácias(edema pulmonar) Ruptura de vasos endobrônquicos (estenose mitral) Necrose (infarto pulmonar) Ulceração da mucosa(tuberculose) Tosse excessiva (carcinoma) SINTOMATOLOGIA CARDIOVASCULAR CIANOSE MAIS UM SINAL QUE UM SINTOMA MAIOR INCIDÊNCIA EM CRIANÇAS Cardiopatias congênitas SINCOPE Perda da conciência Baixa perfusão cerebral Causas: arritmias, coronariopatia, hiperatividade vagal, hipotensão, mixoma atrial, valvulopatias. CLASSE FUNCIONAL NYHA I Semsintomase nenhuma limitação em atividades rotineiras; mais de 6 METs na ergometria; II Leves sintomas e limitações em atividades rotineiras. Confortáveis no repouso. De 4 a 6 METs na ergometria; III Com limitação importante naatividade física; atividades menores que as rotineiras produzem sintomas. Confortáveis somente em repouso. 2-4 METs na ergometria; e IV Severas limitações. Sintomas presentes mesmo em repouso. Não tolera a ergometria TESTE CAMINHADA 6 MINUTOS Embasado nas propostas de cooper 1968 Teste submáximo Adaptado do Teste de 12 min Pneumopátas, cardiopatas e saudáveis Boa correlação com capacidade funcional Acompanhamento da evolução da terapêutica TESTE CAMINHADA 6 MINUTOS METODOLOGIA ANAMNESE RISCOS CONTRA-INDICAÇÕES ORIENTAÇÃO CORREDOR PLANO DE 20-30 M TEMPO DE 6 MINUTOS INCENTIVO A CADA 2 MINUTOS MONITORIZAÇÃO DE SINAIS VITAIS CORRELAÇÃO COM MEDIÇÕES ANTERIORES OU VALORES PREDITOS. TESTE CAMINHADA 6 MINUTOS FÓRMULAS Brasileiros DTC6m = 622,461 – (1,846 x Idadeanos) + (61,503 x Gênerohomens = 1; mulheres = 0); Estrangeiros ♂: DTC6m = (7,57 x estaturacm) – (5,02 x idadeanos) – (1,76 x pesokg) – 309; ♀: DTC6m = (2,11 x estaturacm) – (2,29 x pesokg) – (5,78 x idadeanos) + 667;