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Prof. Ms. Allisson Filipe Lopes Martins Diagnóstico Bucal EMBRIOLOGIA Mjör,I.A., Fejerskow,O. Embriologia e Histologia Oral Humana. 3 semanas de gestação EMBRIOLOGIA Mjör,I.A., Fejerskow,O. Embriologia e Histologia Oral Humana. EMBRIOLOGIA EMBRIOLOGIA Mjör,I.A., Fejerskow,O. Embriologia e Histologia Oral Humana. •Ectoderma: Epitélio Oral •Ectomesênquima: Tecidos Dentários (polpa, dentina, cemento e ligamento periodontal) ODONTOGÊNESE Os tumores odontogênicos compreendem um grupo complexo de lesões de diversos tipos histopatológicos e comportamentos clínicos Os tumores odontogênicos, assim como a odontogênese normal, demonstram variadas interações indutoras entre o epitélio odontogênico e o ectomesênquima odontogênico. Classificação dos tumores odontogênicos Epitélio odontogênico Odontogênicos Mistos Ectomesênquima odontogênico A. Ameloblastoma A. Fibroma ameloblástico A. Fibroma odontogênico B. Carcinoma odontogênico de células claras B. Fibro-odontoma ameloblástico B. Tumor odontogênico de células granulares C. Tumor odontogênico adenomatóide C. Fibrossarcoma ameloblástico C. Mixoma odontogênico D. Tumor odontogênico epitelial calcificante D. Odontoma composto E. Tumor odontogênico escamoso E. Odontoma complexo Classificação dos tumores odontogênicos Os tumores de epitélio odontogênico são compostos somente por epitélio odontogênico, sem qualquer participação do ectomesênquima odontogênico. Classificação dos tumores odontogênicos Outras neoplasias odontogênicas, algumas vezes denominadas tumores odontogênicos mistos, são compostas por epitélio odontogênico e por elementos do ectomesênquima. O tecido mineralizado dentário pode ou não ser formado nessas lesões. Classificação dos tumores odontogênicos Um terceiro grupo, os tumores de ectomesênquima odontogênico, é composto principalmente por elementos do ectomesênquima. O epitélio odontogênico não parece ter um papel essencial em sua patogênese. Tumores de epitélio odontogênico Tumores odontogênicos Os tumores de epitélio odontogênico são compostos somente por epitélio odontogênico, sem qualquer participação do ectomesênquima odontogênico. Ameloblastoma Tumor odontogênico clinicamente significativamente mais comum; Restos da lâmina dentária, órgão do esmalte em desenvolvimento, revestimento epitelial de um cisto ou células basais da mucosa oral; Crescimento lento; Localmente invasivos; Curso benigno; Ameloblastoma A. Sólido convencional ou multicístico – 86%; B. Unicístico – 13%; C. Periférico (extraósseo) – 1% Ameloblastoma sólido convencional Multicístico intaósseo; Prevalência na 3ª e 7ª décadas de vida; Sem predileção por gênero; Ramo e corpo mandibular (80%); Assintomático; Tumores menores exame radiográfico Podem atingir proporções grandes Ameloblastoma sólido convencional Lesão radiolúcida multilocular “bolhas de sabão” ou “em favos de mel” Ameloblastoma sólido convencional Expansão vestibular e lingual das corticais Reabsorção das raízes Defeitos radiolúcidos uniloculares Características histopatológicas • Diversos subtipos microscópicos de ameloblastoma convencional são reconhecidos • Pouca relação com o comportamento do tumor FOLICULAR PLEXIFORME ACANTOMATOSO DESMOPLÁSICO DE CÉLULAS BASAIS DE CÉLULAS GRANULARES Padrão FOLICULAR Ilhas de epitélio lembram o epitélio do órgão do esmalte Lembra o retículo estrelado de um órgão do esmalte Células colunares altas, semelhantes a ameloblastos, com polaridade reversa A formação de cistos é comum e pode variar desde microcistos, que se formam dentro das ilhas de epitélio, até grandes cistos macroscópicos, que podem ter muitos centímetros de diâmetro Cisto macroscópico Microcistos Padrão PLEXIFORME Padrão Plexiforme Cordões longos ou lençóis de epitélio odontogênico Estroma vascular e arranjado frouxamente Células colunares ou cúbicas, semelhantes a ameloblastos. A formação de cistos é incomum Ameloblastoma unicístico Prevalência em pacientes jovens; Região posterior de mandíbula (90%); Sem predileção por gênero; Assintomático, pode causar aumento de volume; Ameloblastoma unicístico Imagem radiolúcida circunscrita que envolve a coroa de um terceiro molar inferior não erupcionado Características histológicas • Três variantes histopatológicas do ameloblastoma unicístico foram descritas • Luminal • Intraluminal • Mural Luminal • O tumor está confinado à superfície luminal do cisto • Parede cística fibrosa + revestimento composto total ou parcialmente por epitélio ameloblástico • Epitélio com camada basal de células colunares ou cúbicas com núcleo hipercromático, polaridade reversa e vacuolização citoplasmática basilar • As células epiteliais sobrejacentes estão frouxamente coesas e lembram o retículo estrelado O tumor confinado à superfície luminal do cisto Epitélio com camada basal de células colunares com núcleo hipercromático, polaridade reversa e vacuolização citoplasmática basilar As células que lembram o retículo estrelado Intraluminal (unicísticos plexiformes) • Proliferação do tumor em direção ao lúmen do cisto • Podem ser pequenos ou preencher, em grande parte, o lúmen cístico Mural • Tumor se prolifera na parede fibrosa do cisto Ameloblastoma Periférico Restos da lâmina dentária sob a mucosa ou células basais do epitélio; Pacientes de meia-idade; Mucosa alveolar e gengival posterior em mandíbula; Diâmetro pequeno Cordões de epitélio ameloblástico que se interconectam ocupando a lâmina própria Tumor odontogênico adenomatoide Limitados a pacientes jovens (1ª e 2ª décadas de vida), muito incomum após 30 anos Região anterior dos ossos gnáticos; Predileção pelo gênero feminino; Pode acometer partes moles; Assintomáticos As lesões são relativamente pequenas (3cm) Tumor odontogênico adenomatoide Lesão radiolúcida circunscrita, unilocular, que envolve a coroa de um dente não erupcionado CANINO Tumor odontogênico adenomatoide Calcificações delicadas (em flocos de neve) Características histopatológicas Geralmente está envolvida por uma espessa cápsula fibrosa A região central do tumor pode ser essencialmente sólida ou pode mostrar diversos graus de alteração cística Células epiteliais fusiformes que formam lençóis, cordões ou aumentos de volume espiralados de células em um estroma fibroso escasso As células epiteliais podem formar estruturas semelhantes a rosetas ao redor de um espaço central, que pode estar vazio ou conter pequenas quantidades de material eosinofílico. Células epiteliais fusiformes que formam lençóis, cordões ou aumentos de volume espiralados de células em um estroma fibroso escasso As células epiteliais podem formar estruturas semelhantes a rosetas ao redor de um espaço central, que pode estar vazio ou conter pequenas quantidades de material eosinofílico. • As estruturas tubulares ou semelhantes a ducto, que são o aspecto característico do tumor odontogênico adenomatoide • Espaço central delimitado por uma camada de células epiteliais colunares ou cúbicas, com núcleos polarizados em direção oposta ao espaço Central • Não são ductos verdadeiros – não há elementos glandulares nesse tumor • Pequenos focos de calcificação também podem estar dispersos por todo o tumor Estruturas tubulares ou semelhantes a ducto Células epiteliais colunares ou cúbicas, com núcleos polarizados em direção opostaao espaço Central Tumor odontogênico epitelial calcificante Tumor de Pindborg; Região posterior dos ossos gnáticos; 3ª e 5ª décadas de vida; Sem predileção por gêneros; Aumento de volume indolor e crescimento Lento Comumente associado a molar impactado Tumor odontogênico epitelial calcificante Defeito radiolúcido uni ou multilocular Margens frequentemente festonadas e em geral bem definidas Tumor odontogênico epitelial calcificante Estruturas calcificadas de tamanhos e densidades variados Dente impactado molar inferior Características histopatológicas Discretas ilhas, cordões ou lençóis de células epiteliais poliédricas em um estroma fibroso Grandes áreas de material extracelular amorfo, eosinofílico, hialinizado (semelhante a amiloide) Aspecto cribriforme As calcificações são um achados característico desse tumor Se desenvolvem dentro do material semelhante a amiloide formando anéis concêntricos Discretas ilhas, cordões ou lençóis de células epiteliais poliédricas em um estroma fibroso Discretas ilhas, cordões ou lençóis de células epiteliais poliédricas em um estroma fibroso Grandes áreas de material extracelular amorfo, eosinofílico, hialinizado (semelhante a amiloide) Aspecto cribriforme * * * Calcificações * * * Calcificações Anéis concêntricos - Liesegang Calcificações Anéis concêntricos - Liesegang Tumores Odontogênicos mistos Tumores odontogênicos Compostos por epitélio odontogênico em proliferação em um ectomesênquima que lembra a papila dentária, Formação de variadas quantidades de esmalte e dentina. As características clínicas e radiográficas são frequentemente de considerável auxílio na realização de tal distinção. Odontoma Não são neoplasias verdadeiras Hamartomas; Complexo e composto; Esmalte e dentina; 1ª e 2ª décadas de vida; Assintomática; Maxila anterior; Odontoma Composto Estruturas semelhantes a dentes de variados tamanhos e formas, cercados por uma delgada zona radiolúcida Odontoma Complexo Aumento de volume calcificado com a radiodensidade da estrutura dentária, que também está cercada por uma delgada margem radiolúcida Odontoma Complexo Aumento de volume calcificado com a radiodensidade da estrutura dentária, que também está cercada por uma delgada margem radiolúcida Características histopatológicas O odontoma composto consiste em múltiplas estruturas lembrando pequenos dentes unirradiculares Matriz fibrosa frouxa O tecido pulpar pode ser observado na porção coronal e radicular das estruturas semelhantes a dentes Odontoma em desenvolvimento germes dentários Tecido pulpar Estrutura calcificada semelhante a dentina Matriz fibrosa frouxa Germe em desenvolvimento • Os odontomas complexos dentina tubular madura. • Fendas ou estruturas ocas circulares que costumavam conter o esmalte maduro que foi removido durante a descalcificação • Camada de cemento com frequência está presente Dentina tubular madura Matriz de esmalte Tumores de ectomesênquima odontogênico Tumores odontogênicos Mixoma Odontogênico Adultos jovens (2ª - 3ª décadas de vida); Mandíbula; Sem predileção por gênero; Assintomática e expansão óssea Mixoma Odontogênico Adultos jovens (2ª - 3ª décadas de vida); Mandíbula; Sem predileção por gênero; Assintomática e expansão óssea Mixoma Odontogênico • Lesão radiolúcida uni ou multilocular • Pode deslocar ou reabsorver dentes na região do tumor • Margens radiolúcida irregulares ou festonadas • Trabéculas de osso em ângulos retos Mixoma Odontogênico • Lesão radiolúcida uni ou multilocular • Pode deslocar ou reabsorver dentes na região do tumor • Margens radiolúcida irregulares ou festonadas • Trabéculas de osso em ângulos retos Mixoma Odontogênico • “Bolhas de sabão” Mixoma Odontogênico • “Bolhas de sabão” Características histopatológicas • Células casualmente arranjadas de formato estrelado, fusiforme ou arredondado • Estroma abundante, frouxo e mixoide, que contém somente algumas fibrilas colágenas Estroma abundante, frouxo e mixoide, que contém somente algumas fibrilas colágenas Pode conter epitélio odontogênico inativo Pode conter epitélio odontogênico inativo Células de formato estrelado, fusiforme ou arredondado Células de formato estrelado, fusiforme ou arredondado Variante rica em fibras colágenas Fibromixoma
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