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1. INTRODUÇÃO
As articulações do ombro são responsáveis por interligar a cintura escapular com o membro superior, permitindo que realize o principal movimento funcional do corpo, como flexão, extensão rotação interna e externa, abdução e adução. Mas devido à grande amplitude de movimentos realizados são mais suscetíveis a lesões, onde causa alterações na biomecânica dessas estruturas acometendo o membro superior. 
O plexo braquial é formado por cinco raízes nervosas que saem da medula ao nível da cervical e pescoço, onde se formam os nervos responsáveis pelos movimentos dos membros superiores.
A lesão do plexo braquial é considerada uma das lesões nervosas mais graves que acomete o membro superior. Podem ser de origem neonatal ou traumática, ocorrendo através de qualquer força exercida sobre o plexo capaz de provocar lesão das raízes superiores, inferiores ou ambas, onde há o comprometimento das fibras nervosas causando alteração na funcionalidade, como perdas temporárias ou permanentes de movimentos e sensibilidade do membro superior.
As lesões do plexo braquial podem ser complexas e de recuperação lenta, onde a reabilitação funcional dependerá do grau da lesão.
2. OBJETIVOS
Objetivo Geral
Falar sobre as lesões do plexo braquial, e as condutas fisioterapêuticas frequentemente utilizadas.
2.2 Objetivos Específicos
O que é o plexo braquial
Quais são as lesões do plexo braquial
Lesão do plexo braquial neonatal e traumática 
Consequências da lesão do plexo braquial
Tratamento para lesão do plexo braquial
3. METODOLOGIA
Para a realização do presente estudo, foram utilizadas bases de dados científicas como: google acadêmico, scielo, sites universitários, entre outras fontes.
4. REVISÃO DA LITERATURA
4.1 Plexo Braquial
 	O plexo braquial é um conjunto de raízes nervosas responsáveis pela inervação motora e sensitiva de todo o membro superior. Formado pela a união dos ramos ventrais (anteriores) dos quatro nervos cervicais inferiores C5, C6, C7 e C8 e do primeiro torácico T1, também algumas partes do quarto nervo cervical C4 e segundo torácico T2. O tronco superior é formado dos ramos ventrais do quinto e sexto nervo cervical (C5 e C6), o tronco médio é originado pelo ramo do sétimo nervo cervical (C7) e o tronco inferior dos ramos do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8 e T1). Os três troncos se localizam na fossa supraclavicular, dividindo-se em dois ramos, sendo um anterior e um posterior, onde vão se formar os fascículos, localizados em torno da artéria axilar (COELHO et al.,2012).
 	O fascículo lateral é formado pelos ramos anteriores dos troncos superior e médio, o fascículo medial é formado pelo ramo anterior do tronco inferior e o fascículo posterior é formado pelos ramos posteriores dos três troncos. Do fascículo lateral surge o nervo musculo-cutâneo e a raiz lateral do nervo mediano, do fascículo medial origina-se o nervo ulnar e a raiz medial do nervo mediano, e do fascículo posterior se tem os nervos axilar e o radial (DRAKE, VOGL, MITCHELL,2005).
Os nervos periféricos originado das divisões anteriores, cordões laterais e medial inervam os músculos anteriores (flexores), e os nervos periféricos que se originam das divisões posteriores, cordões posteriores inervam os músculos posteriores (extensores) (KENDALL, et al.,2007).
A raiz de C5 é responsável por inervar os músculos serrátil anterior, romboide maior e menor, infra-espinhoso e supra-espinhoso, peitoral maior e menor, bíceps braquial, braquirradial, redondo maior e menor, subescapular, deltoide, tríceps braquial, flexores do punho e extensores de punho e dedos. A raiz de C6 inerva supra-espinhoso e infra-espinhoso, peitoral maior, bíceps braquial, braquiorradial, subescapular, redondo maior, deltóide, tríceps braquial, grande dorsal, flexores de punho e dedos. A raiz de C7, serrátil anterior, peitoral maior, braquiorradial, bíceps braquial, coracobraquial, grande dorsal, tríceps braquial, flexores de punho e dedos, intrínsecos da mão. A raiz de C8 inerva grande dorsal, tríceps braquial, flexor ulnar do carpo, metade medial do flexor profundo dos dedos e intrínsecos da mão. E a de T1, peitoral maior e menor, tríceps braquial, flexores e extensores de punho e dedos, flexor ulnar do carpo, metade medial do flexor profundo dos dedos e intrínsecos da mão (COELHO et al.,2012).
4.2 Lesões do Plexo Braquial
 	As lesões das fibras nervosas do plexo braquial causam a perda da condução do axônio, da continuidade das fibras nervosas, dos fascículos ou do tronco completo do nervo (SILVA, et al.,2010). As lesões é causada por uma tração do plexo braquial ou um trauma diretamente no plexo, comprometendo as fibras nervosas que formam o plexo na região cervical, cintura escapular e ombro. Pode ser de origem neonatal, ocorrendo durante o parto, ou traumática que ocorre devido algum acidente (COELHO et al.,2012).
Os sintomas dependerá do nervo lesado, se será sensitivo, motor ou misto. Se for exclusivamente nervo motor, apresentará paralisia da musculatura por ele inervada, podendo gerar atrofia do mesmo. Se for sensitivo, apresentará perda de sensibilidade em alguma região. E se for lesão de nervo misto, apresentará perdas sensitivas e motoras. A lesão parcial ou incompleta de algum nervo deve ser acompanhada de dor, sensação de agulhadas e causalgia (sensação de queimação intensa) (JUNQUEIRA,TEIXEIRA, 2014).
Seddon classificou as lesões nervosas em três níveis. Na neuropraxia há o bloqueio fisiológico na condução de um axônio, mas mantém a preservação da estrutura do nervo, podendo ter perda temporária da função motora e preservação de sensibilidade. A axonotmese a lesão danifica os axônios, esse tipo de lesão requer um novo desenvolvimento do axônio até o musculo que inerva, o que leva ao um tempo considerável. A situação mais grave é a neurotmese, onde há destruição completa do axônio e ruptura completa do nervo (SILVA, SILVA, GAZZALLE, 2010).
As lesões do Plexo Braquial são classificadas de acordo com a altura e o tipo de lesão. Lesões superiores que é a paralisia de Erb-Duchene, corresponde danos nas raízes C5 e C6, nesta o membro superior apresenta hipotônico, encontra-se ao lado do corpo em adução, rotação interna, com antebraço pronado e estendido. A função da mão é preservada, reflexo bicipital perdido e a perda sensitiva é mínima. Nas lesões inferiores, chamadas de paralisia de Klumpke trata-se de danos nas raízes de C7, C8 e T1, acomete os flexores do punho e dedos e intrínsecos da mão, apresentando déficit sensitivo na mão e motricidade do braço e antebraço íntegros. Já nas lesões total conhecida como paralisia de Erb-Klumpke, é a lesão completa do plexo braquial, a lesão afetará todo o braço o qual se encontra todo flácido, podendo apresentar hipomobilidade, edemas e hematomas (JUNQUEIRA,TEIXEIRA, 2014).
Lesão do Plexo Braquial neonatal
A lesão do plexo braquial neonatal também é denominada de Paralisia Obstétrica (PO). É decorrente frequentemente do trabalho do parto, onde ocorre movimentos de torção e estiramento, onde o mecanismo é a adução do braço com extensão oposta do pescoço ou hiperabdução do membro. Se manifesta clinicamente pela alteração motora e sensitiva no membro superior do recém-nascido (RN) (SILVA, SILVA, GAZZALLE, 2010).
A PO é uma complicação devido a um parto trabalhoso, na qual há uma tração excessiva do pescoço realizada para saída do ombro anteriormente no momento do parto, pois no período expulsivo do RN, pode ser bloqueada pela sínfise púbica materna, lesando as raízes do plexo. A presença de PO no RN pode ser manifestada nos primeiros momentos de vida, decorrente da postura típica, onde leva um crescimento alterado do membro afetado caso não tenha uma rápida recuperação. Com o tempo pode surgir, contratura dos tecidos moles, interferência no equilíbrio grave e no desenvolvimento de atividades bimanuais.
A prevalência da PO varia entre 0,13 a 5,1 por 1000 nascidos vivos. Os fatores de risco pode estar relacionado com o parto (distociade ombros, parto distócico), com a mãe (primiparidade, idade avançada, obesidade, baixa estatura) ou com o feto (macrossomia, má adaptação intrauterina) (COELHO et al.,2012).
4.4 Lesão do Plexo Braquial Traumática 
A lesão do plexo braquial traumática pode ser decorrente de traumatismo por arma branca, ferimentos por armas de fogos, acidentes automobilísticos, quedas, hérnia de disco cervical, luxações do ombro, ocorrendo compressão, estiramento ou ruptura das raízes do plexo (SILVA, SILVA, GAZZALLE, 2010).
A incidência por trauma é de 1,75 casos 100.000 habitantes. Em 90% dos casos são atingidos jovens dos sexos masculinos com maior decorrência de acidentes automotores (COELHO et al.,2012).
4.5 Consequências da lesão do Plexo Braquial
A lesão do plexo braquial ocasionará fraqueza muscular, dor, alterações de sensibilidade, atrofias, encurtamentos musculares, rigidez nas articulações e podendo ocorrer alterações posturais. Com isso, podem ser comprometidas atividades do dia-a-dia como pentear os cabelos, tomar banho, praticar esportes, alimentar-se, etc., afetando a qualidade de vida, diminuindo o desempenho no trabalho, gerando consequências emocionais, sociais e econômicas (ANDRADE, 2015).
4.6 Tratamento para lesões do Plexo Braquial
É importante reconhecer o trauma logo no início, pois muitos fatores podem influenciar na recuperação desse nervo lesionado. O diagnóstico clínico neurológico deve ser realizado logo após o início dessa lesão e o tratamento deve ter início o mais rápido possível (TAVARES, et at.,2002).
O tratamento inicial geralmente é importante realizar o processo de reabilitação o mais precocemente possível, assim evitando que a lesão tenha uma progressão ocasionado problemas futuros como hipotrofia, limitação da ADM, restrições de movimento etc. (COELHO et al.,2012).
O controle da dor no estágios primário da lesão é muito importante, essa analgesia pode ser realizada através de condutas fisioterapêutica como estimulações elétricas Tens, ultrassom, também vão ser trabalhada atividades que visam a recuperação da força muscular, restauração da mobilidade, flexibilidade da musculatura afetada, prevenção de deformidades presentes para que não tenha progressões e alterações posturais, treino de atividades funcionais comprometidas, estimulações sensoriais, melhora da dor e treino das atividades funcionais que foram comprometidas (TAVARES, et at.,2002).
A cirurgia vai ser indicada nos casos mais graves, rompimento do nervo e perda da funcionalidade do membro. Conforme os estágios vão se agravando e não havendo uma intervenção de tratamento conservador precoce é indicado a cirurgia (TAVARES, et at.,2002).
A fisioterapia vai ter como principal objetivo melhorar a capacidade funcional desse paciente, com condutas específicas para que a musculatura volte a ter seu grau de funcionalidade adequada Dentre essas condutas pode ser englobadas técnicas como, cinesioterapia (alongamentos, fortalecimento), eletroterapia (FES), FNP (facilitação neuromuscular proprioceptiva) kabat, órteses e mobilização neural (COELHO et al.,2012).
A cinesioterapia vai trabalhar com alongamento e fortalecimento, para evitar a perda do movimento articular e reduzir a atrofia muscular. Eletroterapia vai trabalhar a analgesia reduzindo a dor desse paciente. FNP, o método kabat vai englobar varia técnicas nesse método pode fazer redução dos componentes reflexos que estimula a contração da musculatura e assim ajudando no ganho da ADM. As técnicas utilizadas são: inervação e inibição recíproca, irradiação da força muscular, movimentos feitos em diagonais etc. Órteses para estabilização do membro afetado e redução da dor. Mobilização neural utilizada para diagnosticar e tratar sequelas que danificam essas estruturas desse sistema que são inervados.
5. CONCLUSÃO
A lesão do plexo braquial acarreta grave disfunção no membro superior. Pode ser resultante de qualquer trauma com energia suficiente para tracionar, romper ou até avulsionar as raízes nervosas diretamente da coluna cervical, levando a perdas temporárias ou permanentes dos movimentos e sensibilidade do membro superior.
O tratamento especializado e precoce vai oferecer melhores chances de recuperação. A fisioterapia é muito importante e eficaz nas lesões de plexo braquial, podendo ser utilizados métodos como eletroestimulação, cinesioterapia, atividades para recuperação de força muscular, restauração da mobilidade. O tratamento fisioterapêutico proporciona grandes benefícios, estando ou não associados a procedimentos cirúrgicos, gerando uma melhor qualidade de vida para o paciente.
 REFERÊNCIAS
ANDRADE, F.G. LESÕES TRAUMÁTICAS DE PLEXO BRAQUIAL. Disponível em: “http://abrafin.org.br/wp-content/uploads/2015/01/LESOES_TRAUM%C3%81TIC AS.pdf”. Acesso em: 25/05/2019.
COELHO, B.R. et al. Lesões do plexo braquial - a utilização da fisioterapia no tratamento. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde. Rio Grande, v. 16, n. 6, p. 185-197, 2012.
DRAKE, R; VOGL, W.; MITCHELL, A. Grays: Anatomia para estudantes. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2005.
JUNQUEIRA, J. O. G.; TEIXEIRA, H.G.C. Lesões do Plexo Braquial. Departamento de Anatomia/ICB. 07/2014. Disponível em: “http://www.ufjf.br/anatomia/files/2014/07/ Lesoes-do-Plexo-Braquial.pdf”. Acesso em: 25/05/2019.
KENDALL, F. et al. Músculos: provas e funções, com postura e dor. 5 ed. São Paulo: Manole; 2007.
SILVA, J.L.B.; SILVA, P.G.; GAZZALLE, A. Lesões do plexo braquial. Revista da AMRIGS. Porto Alegre, 54 (3): p. 344-349, jul.-set. 2010.
TAVARES, A.P.S. et al. A terapia ocupacional favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor, ao intervir precocemente, em crianças com paralisia braquial obstétrica. Cadernos de Terapia ocupacional de Universidade Federal de São Carlos. Vol. 10, n.1, p. 51-59; 2002.