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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - UNIVESP PEDAGOGIA Aluna: Márcia Cristina de Oliveira Prof. Dr. Marcos Garcia Neira Atividade para avaliação – semana 3 Descreva o cenário e elementos que motivaram o surgimento das teorias críticas do currículo No contexto de educação, de maneira sintética, podemos definir currículo como uma trajetória de informação, um percurso, um roteiro com atividades e ensinamentos a serem desenvolvidos dentro da escola, mas não é somente isso, currículo vai muito além de conteúdos e diretrizes a serem seguidas em uma sala de aula pelo professor em diferentes fazes da educação escolar, ao longo dos anos o termo sofreu diversas mudanças devido ao contexto histórico, social e cultural de cada país e até hoje está sujeito a mudanças. Desde a época da colonização no Brasil, a escola era utilizada com instrumento de separação da sociedade, nos primórdios da educação, foram construídos colégios jesuítas onde somente a elite local frequentava, normalmente filhos de portugueses e donos de engenho, já no inicio do século XX, mesmo com a influencia da industrialização emergente, forte urbanização e imigração crescente, ainda havia uma grande separação de classes sociais na educação, a elite tinha formação mais progressiva, focada à ensinamentos técnicos para a industria, já a classe mais baixa recebia pouca formação escolar e focado apenas na mão de obra qualificada, visando sempre o eficientismo, isso é o que poderíamos chamar de Teorias Tradicionais do currículo. A partir da década de 70, começa a se preocupar com o que está acontecendo dentro da escola, percebem que a educação é condicionada pelos fatores políticos, econômicos, sociais, culturais e busca-se uma sociedade justa e igualitária, a população começa a lutar pelos seus direitos, para ter mais acesso a bens de consumo, a escolas e universidades, naquele momento o país tem um cenário econômico e político complicado, a transição da ditadura militar para a democracia, enxerga-se a escola como instrumento utilizado pela classe dominante para impor suas ideologias e reproduzir as desigualdades sociais, e é nesse contexto que surgem as teorias criticas do currículo, abaixo irei apresentar a visão dos principais idealizadores da teoria critica: Michael Apple: O educador defende que o currículo não deve ser algo pronto, pré determinado e sim analisado criticamente cada conceito ensinado, porque transmitir este saber? Porque não outro? ; Henry Giroux: defende o professor como autor principal do currículo, e que os alunos devem ser incentivados a pensar e questionar, pois são portadores do conhecimento; Paulo Freire: defende que o professor não é o único detentor do conhecimento, que o conhecimento é construído junto com os alunos, considerando a cultura, é necessário que o estudante entenda o mundo em que vive para poder transforma-lo; Michael Young: entende o currículo como uma construção social, e que os conhecimentos atrelados ao currículo são de interesse de quem está na condição de poder; Basil Bernstein: defende que a escola é um instrumento de controle, que está a serviço de determinada classe social, através dos detalhes e da organização escolar. Referencias Bibliográficas: Vídeo – aulas da disciplina teorias do currículo, apresentadas pelo Prof. Dr. Marcos Garcia Neira ; https://www.infoescola.com/pedagogia/a-pedagogia-critica-de-michael-apple/, acesso em 06 de setembro de 2018; https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/henry-giroux-e-os-professores-como-intelectuais-transformadores/14465, acesso em 06 de setembro de 2018; https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia, acesso em 06 de setembro de 2018; http://ri.uepg.br/riuepg/bitstream/handle/123456789/243/ARTIGO_TeoriaBasilBernstein.pdf?sequence=1, acesso em 06 de setembro de 2018;
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