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Direito Processual Civil III: Recursos e Julgamentos

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
CASO CONCRETO 1:- A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel? 
Resposta: - Sim, assiste razão ao advogado de Manoel, uma vez que não houve a sua intimação para a sessão do dia seguinte e, em consequência, não foi observado o art. 935 do CPC, que preceitua a inclusão deste processo em nova pauta, seguido da sua publicação e definição de um novo intervalo de pelo menos 5 (cinco) dias para que pudesse ocorrer outra sessão de julgamento do recurso.
Questão objetiva 1: - Incumbe ao relator, exceto: 
a) negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal. 
b) não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. 
c) dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, e, quando for o caso, homologar autocomposição das partes. 
d) decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado em sede de primeiro grau de jurisdição. 
Questão objetiva 2: - Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal: 
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes; 
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelo Supremo Tribunal Federal; 
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso; 
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência.
CASO CONCRETO 2:- João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: 
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
Resposta: - Não, o pedido de reconsideração tem natureza de sucedâneo recursal, ou seja, apesar de possuir as mesmas finalidades não está indicado na lei como um recurso (princípio da taxatividade), conforme Art. 994 CPC, nem tampouco previsto em lei extravagante. 
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
Resposta: - Não, pois não é considerado recurso válido.
A fungibilidade recursal somente poderá ser aplicada, conforme entendimento do STF, no caso de ocorrer dúvida objetiva sobre a interposição do recurso correto. No caso em tela, o “recorrente” apresentou o pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, o que configura erro grosseiro. Caso o pedido de reconsideração tivesse sido formulado no prazo de cinco dias, poderia ter sido acolhido na forma de embargos de declaração.
QUESTÃO OBJETIVA 1: - São princípios fundamentais dos recursos previstos no Código de Processo Civil:
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformation in pejus; 
b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição do reformatio in pejus; (reformar c/ pena superior) 
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia do reformatio in pejus; 
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in pejus; 
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a proibição do reformato pejus; 
QUESTÃO OBJETIVA 2: - Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta. 
 a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte; 
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a desistir do recurso; 
c) O MP tem legitimidade para recorrer somente n o processo em que é parte; 
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do recorrido.
CASO CONCRETO 3:- Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se: 
a) Poderá a associação atuar como se parte fosse? (parte é quem é alcançado; litigante)
Resposta: O amicus curiae poderá ter o seu ingresso solicitado de ofício pelo Juiz ou através de requerimento. Esse instituto, contribui em muito para o esclarecimento da questão haja vista sua experiência e conhecimentos específicos na área/assunto em tela, democratizando assim o debate judicial. Encontra previsão no art. 138, CPC. 
Art. 138 - CPC. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 D de sua intimação. 
b) Qual a diferença entre amicus curiae e a assistência simples? 
Resposta: O assistente precisa demonstrar interesse jurídico para ingressar no processo. Todavia o amicus curiae não, pois ele vem à relação jurídica para esclarecer sobre o seu conhecimento em determinada área. 
Obs: Amicus curiae é um instituto jurídico que, em português, significa amigo da corte. Não é parte no processo e nem modalidade de intervenção de terceiros, trata-se, em verdade, de um terceiro especial que possibilita a participação de órgãos ou entidades no processo que vão atuar em defesa de direitos públicos e privados de terceiros que podem ser afetados indiretamente pela decisão do Juiz. Logo, o amicus curiae tem a função de proteger direitos coletivos ou direitos difusos no processo.
QUESTÃO OBJETIVA1: - Indique, dentre as alternativas abaixo, o requisito extrínseco de admissibilidade dos recurso em geral: 
a) cabimento. 
b) legitimação para recorrer. 
c) interesse para recorrer. 
d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. 
e) N. D. A.
QUESTÃO OBJETIVA2: - De acordo com o CPC 15, assinale a alternativa correta:
 a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção independentemente de intimação; 
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação; 
c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo imediatamente, na forma retida ou por instrumento no prazo de dez dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação; 
d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do recorrido,desistir do recurso; Art. 998 CPC
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de embargos de declaração apenas quando resultar contradição.
CASO CONCRETO 4: - Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar o autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se:
A apelação de Carlos foi formulada adequadamente?
Resposta: - Não, pois a desconsideração da personalidade jurídica deveria ter sido combatida por meio de agravo de instrumento, conforme rol taxativo no art. 1015, IV do CPC. Desta forma não é possível tratar a questão em preliminar de apelação. A apelação somente servirá para insurgir-se em relação a condenação referente a 10 mil reais atualizado e corrigido. Importante salientar que as decisões interlocutórias impugnáveis pelo recurso de apelação são aquelas não contempladas pelo rol exaustivo do artigo 1015 do CPC
 O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos?
Resposta: - Não. No atual sistema recursal, o juízo de admissibilidade será feito pelo juízo ad quem (grau superior) na forma do artigo 1010 §3º CPC.
Questão Objetiva 1:- O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando interposto contra sentença que julgar ação:
a) de manutenção de posse ou interdito proibitório referentes a posse nova;
b) condenatória de prestação alimentícia; (art.1012, II, CPC )
c) de reparação de danos causados em acidente de veículos processada pelo rito sumário;
d) de reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, fundamentada no CDC;
e) não confirmando os efeitos da tutela.
Questão Objetiva 2:- É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação nas seguintes hipóteses:
a) excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de urgência, seja antecipada ou cautelar.
b) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há recebimento no efeito suspensivo.
c) excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência e nos de indeferimento da inicial. (art. 331, caput; art. 332 §3º)
d) em regra, em todas as ações de conhecimento, seja o procedimento ordinário ou sumário, cautelar ou execução.
CASO CONCRETO 5: - Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi inadmitido sob o fundamento de que contra a referida decisão o recurso cabível é a apelação. Agiu adequadamente o Relator?
Resposta: - Não. Pois segundo o art. 1015 VII do CPC, onde se diz que caberá agravo de instrumento no caso de exclusão de litisconsorte. Para impugnar decisões interlocutórias, cabe o agravo de instrumento e não apelação, por não se tratar de sentença propriamente dita.
Questão objetiva 1: - Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá:
a) embargos do devedor, seguro o juízo. 
b) recurso de apelação. 
c) recurso especial. 
d) objeção de pré-executividade. 
e) recurso de agravo de instrumento. 
art. 1015 p. único CPC
Questão objetiva 2: - Em um processo que observa o rito comum ordinário, o juiz profere decisão interlocutória contrária aos interesses do réu. É certo que, se a decisão em questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá a parte dano grave, de difícil ou impossível reparação. Assim sendo, o advogado do réu prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja petição de interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do pedido de reforma da decisão agravada, além do nome e endereço dos advogados que atuam no processo. A petição está, ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que irão formar o instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no prazo legal, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi arguido e provado pelo agravado. Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito da consequência processual decorrente. 
a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera faculdade do agravante. 
b) Não será admitido o agravo de instrumento. art. 1018 § 3º CPC
c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, o exercício do juízo de retratação pelo magistrado. 
d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato processual manifestamente protelatório, devendo a parte agravante ser sancionada, e o feito, extinto sem resolução do mérito.
CASO CONCRETO 6: - Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz?
Resposta: - Não, agiu incorretamente, uma vez que os embargos declaratórios interrompem (zeram) o prazo recursal, passando-se ter como início do prazo de interposição do recurso inominado a partir da ciência da decisão que julgou os embargos de declaração. No caso em tela, a autora opôs embargos declaratórios em cinco dias, e depois que este fora julgado, ao tomar ciência da decisão, interpôs o recurso inominado no prazo legal, isto é, em dez dias. Portanto, o recurso é tempestivo.
Questões objetivas:
2) Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que:
a) têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão judicial.
b) devem ser interpostos no prazo de cinco dias.
c) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes.
d) podem dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como manifestamente protelatórios.
e) não estão sujeitos a preparo.
3) O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua competência originária. Qual seria o recurso cabível contra tal decisão?
a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo constitucional.
b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal.
c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal.
d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da decisão.
e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão.
CASO CONCRETO 7: - Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator? 
Resposta: - Não agiucorretamente, o relator deveria chamar a parte contrária para transformar o recurso em especial e depois remeter os autos ao STJ para que fosse examinada a questão federal, conforme art. 1033 CPC - Se o STF considerar como reflexa a ofensa à constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação da lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao STJ para julgamento como recurso especial. Princípio da Fungibilidade
Questões objetivas: Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer repercussão geral sob pena de:
a) não ser provido pelo STJ. 
b) não ser provido perante o juízo a quo. 
c) não ser conhecido pelo juízo ad quem. 
d) não ser provido pelo juízo ad quem. 
3) Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal Federal que não admite a repercussão geral é:
a) irrecorrível. 
b) passível de embargos infringentes. 
c) passível de reclamação. 
d) agravável
CASO CONCRETO 8:- Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) selecionou dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga-se:
a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual? 
Resposta: - Sim, é possível a desistência da ação, podendo ser feita a qualquer momento antes do julgamento.
b) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder? 
Resposta: - Como estão suspensas as ações repetitivas, há que se demonstrar (por petição) ao Juiz responsável que a causa de seu processo é matéria totalmente divergente daquelas em discussão no STF.
Questão objetiva 2: - Cabe o recurso de Embargos de Divergência o acórdão de órgão fracionário que: 
I. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade. 
II. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito. 
III. Nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal. 
a) Apenas o item II está correto. 
b) Os itens I e II estão corretos. 
c) Apenas o item III está correto. 
d) Os itens II e III estão corretos. 
e) Apenas o item I está correto. 
Questão objetiva 3: - Está incorreta a seguinte assertiva: 
a) No recurso de Embargos de Divergência, será observado o procedimento estabelecido no R.I. do respectivo tribunal superior. (Art. 1043, I, CPC)
b) Cabe o recurso de Embargos de Divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros. (Art. 1043, § 3º, CPC)
c) Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. 
d) O prazo para interpor Embargos de Divergência é de 05 dias.
CASO CONCRETO 9:- Antônio Silva, funcionário público, ajuizou ação em face do município de Jacarezinho, alegando que o Plano de Cargos e Salários de sua categoria profissional, estabelece como critério de progressão, níveis de escolaridade diferenciados e isso violaria o princípio da isonomia e o artigo 39, §1° da CRFB, eis que para o exercício do cargo exige-se apenas nível médio. Então, requereu seu reenquadramento na forma da Lei Municipal n. 388/2011, realizando de forma imediata a majoração de seu salário-base. O magistrado em sentença julgou procedente o pedido de Antônio. Inconformado, o ente público recorreu alegando, dentre outros motivos, que os requisitos estabelecidos na lei municipal são constitucionalmente válidos. O órgão colegiado, por unanimidade, acordou em suscitar o incidente processual cabível. Qual incidente processual enquadra-se na hipótese? 
Resposta: - O incidente trata-se de uma arguição de inconstitucionalidade da Lei Municipal.
Questão objetiva 2: - Na hipótese é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver: 
I - simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
II - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão de fato e de direito. 
III - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
a) Apenas o item I está correto. Art. 976 CPC
b) Apenas o item III está correto. 
c) Os itens II e III estão corretos. 
d) Apenas o item II está correto. 
Questão objetiva 3: - Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal:
 a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes; 
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelo Supremo Tribunal Federal; 
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso; 
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência.
CASO CONCRETO 10: - Em sessão plenária o Supremo Tribunal Federal alterou o entendimento pacificado através do precedente judicial extraído da ADPF 186, no sentido de admitir a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas, determinando que a partir da data da referida sessão o único critério a ser utilizado para ingresso nas universidades deve ter como base a meritocracia. Considerando a sistemática de aplicação dos precedentes judiciais podemos afirmar que o Supremo Tribunal Federal agiu adequadamente? 
Resposta: - Seria razoável haver um prazo (modulação) para iniciar a aplicação, produzir efeitos, para atender aos casos em andamento e garantir a segurança jurídica das situações pretéritas e sob a nova legislação. Art. 927 §3º CPC.
Questões objetivas 2: Com o objetivo de expandir a prestação jurisdicional e aperfeiçoar a legislação outrora em vigor, promulgou-se a Lei nº 9.099/95, criando os Juizados Especiais Cíveis e Criminais. A sentença proferida em processo seguindo este rito está sujeita a recurso ao próprio Juizado, sendo julgado por turma composta por 3 (três) juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição. No âmbito civil, o acórdão prolatado pela turma recursal está sujeito:
(A) à reclamação ao STJ, desde que o acórdão contrarie jurisprudência firmada na Corte Superior, versando sobre direito material. 
(B) à interposição de recurso extraordinário, dispensando- -se o prequestionamento em razão da informalidade e simplicidade que regem a lei. 
(C) à interposição de recurso especial, nas hipóteses constitucionalmente previstas. 
(D) à oposição de embargos infringentes, para casos em que a decisão tenha sido não unânime. 
Questões objetivas 3: A autoridade federal competente para julgar processo administrativo de imposição de multa decidiu por aplicar a pena de multa ao administrado, impondo-lhe, ainda, o ônus de depositar o respectivo valor como condição de admissibilidade do recurso administrativo cabível. Sabendo que a exigência da autoridade administrativa contraria teor da súmula vinculante 21 (segundo a qual é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo),o administrado pretende propor reclamação constitucional para que não seja obrigado a depositar o valor da multa como condição de admissibilidade do recurso administrativo. De acordo com a Constituição Federal, a reclamação constitucional é, em tese, 
a) incabível; 
b) cabível, devendo ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal. 
c) cabível, devendo ser proposta perante o Superior Tribunal de Justiça. 
d) cabível, devendo ser proposta perante o Tribunal Regional Federal competente. 
e) cabível, devendo ser proposta perante a autoridade administrativa superior.
CASO CONCRETO 11: - Arlete celebrou com José um contrato de promessa de compra e venda de um imóvel cujo pagamento do valor do bem foi parcelado em 50 parcelas de R$10.000.00. José, diante da necessidade financeira, realizou contrato de mútuo com o Banco XZV onde ofereceu o referido imóvel em garantia, sem comunicar previamente a Arlete. Diante do descumprimento do contrato de mútuo por José, o Banco instaurou processo judicial visando a execução da garantia. Considerando que José está em local incerto e Arlete não mais vem recebendo os boletos para pagamento das parcelas, a compradora propôs ação de consignação em pagamento, nos termos do art. 547 do CPC, em face de José e do Banco XZV, pois teve dúvida acerca da titularidade do crédito. O juiz extinguiu o feito, sem resolução do mérito, por entender que inexiste, nesse caso, interesse de agir vez que não há dúvida acerca de quem é o titular do crédito. O juiz agiu corretamente? 
Resposta:- O Juiz equivocou-se, porque a razão de Ação de Consignação em pagamento é justamente quando não se tem ideia de quem é o credor da obrigação (legitimidade). O magistrado deve decidir quem é o recebedor das quantias, estabelecendo o contraditório e Arlete fazer os depósitos.
Questões objetivas: 
2) Na Ação de Consignação em pagamento o réu, em contestação, poderá alegar, exceto: 
a) que foi justa a recusa. 
b) que não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida. 
c) que o depósito não é integral. 
d) que o depósito apesar de efetuado dentro do prazo pactuado não foi no lugar onde deveria ocorrer o pagamento. (art. 544 CPC)
3) Na ação interposta por aquele que pretende exigir a prestação de contas, conforme a disposição do CPC, se o réu não negar a obrigação de prestar contas, é incorreto afirmar que, em consequência: 
a) o Juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença. 
b) a sentença que julgar procedente a ação condenará o réu a prestar as contas no prazo de quarenta e oito (48) horas. 
c) as contas serão, desde logo, apresentadas pelo autor, em dez (15) dias, sendo julgadas segundo o prudente arbítrio do Juiz. 
d) a sentença que julgar procedente a ação, condenando o réu a prestar as contas, também, imporá a este a pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar, caso não cumpra a condenação no prazo fixado.
CASO CONCRETO 13: - Fernando José propôs ação de Reintegração de Posse em face de Pedro Feijó sob o fundamento de que o réu praticou esbulho possessório. A demanda tramitou regularmente e, ao final, o juiz julgou procedente o pedido possessório para determinar a retomada da posse do imóvel em favor de Fernando. Após o trânsito em julgado e a consequente expedição do competente Mandado de Reintegração, Diego de Sá e sua esposa Marieta opuseram embargos de terceiros, nos termos do art. 674 do CPC, para defesa de sua propriedade alegando, para tanto, que têm a posse mansa e pacífica do imóvel há mais de 12 anos. Por outro lado, argumentaram, também, que adquiriram a posse do imóvel antes mesmo do bem se tornar litigioso. Agiu corretamente o advogado de Diego e Marieta ao opor embargos de terceiros para a defesa da posse de seus clientes? 
Resposta: - Sim, pois os atuais possuidores não foram citados no processo que decidiu a Reintegração de Posse; eles deveriam ter sido parte no processo inicial e, em consequência não participaram do contraditório dela.Por outro lado, a coisa julgada operada na ação de reintegração de posse não produz efeitos em relação a terceiros.
Questões objetivas 2: A ação monitória : 
a) segue o mesmo rito da ação de execução. 
b) admite prova exclusivamente testemunhal. 
c) demanda a existência de prova escrita sem eficácia de título executivo e pode ter como objeto a entrega de bem fungível. 
d) permite que o réu ofereça embargos ao mandado monitório, desde que deposite o valor integral do débito ou preste caução idônea. 
e) leva, quando da rejeição dos embargos, à constituição de título executivo extrajudicial. 
3) Em relação à ação monitória é correto afirmar: 
a) Não se admite o procedimento monitório para adimplemento de obrigação de fazer ou não fazer. 
b) Não cabe ação rescisória contra decisão proferida no procedimento monitório quando o devedor não oferecer embargos. 
c) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é bienal. 
d) Admite-se a condenação do réu por litigância de má-fé.
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