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Nutrição para Performance: 
Lipídeos 
03 de Abril de 2019 Profª Jamila Rodrigues Barboza 
1 
LIP 
O 
H C 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
2 
 
Cadeias retas de hidrocarbonetos que apresentam um grupo 
carboxila numa ponta e um grupo metila na outra. 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
3 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídios 
 Constituem-se em grupo heterogêneo: 
E seus derivados. 
Óleos Gorduras Ceras 
o Gorduras visíveis: alimentos com alta concentração de lipídios ( óleos, 
manteigas e margarinas); 
 
o Gorduras invisíveis: alimentos elaborados com alta concentração de 
lipídios (certos biscoitos, bolos e sobremesas). 
4 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
São encontrados tanto em fontes animais como vegetais: 
Alimentos de origem animal  proporção > LIP que origem vegetal. 
 
São insolúveis em água 
 Por essa propriedade apresentam processos de 
digestão, absorção e transporte no organismo 
diferenciados dos demais macronutrientes. 
5 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
Aproximadamente 98% dos lipídios de origem alimentar 
encontram-se sob a forma de triacilgliceróis (TG). 
Triacilgliceróis 
6 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 Os lipídios podem ser classificados de acordo com: 
o O tamanho de sua cadeia de carbonos (curta, média e longa); 
o Nível de saturação (saturados, insaturados); 
oProcesso tecnológico aplicado (hidrogenação). 
De forma geral, são classificados como simples, compostos e 
derivados. 
7 
 Lipídeos Simples: 
São compostos que por hidrólise total dão origem somente a 
ácidos graxos e álcoois (glicerol). 
 
• Ácidos graxos saturados, insaturados e essenciais; 
• Gorduras neutras mono, di e triglicerídeos (triacilgliceróis); 
• Ceras ésteres do esterol; ésteres não-esteroidais. 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
8 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
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 Lipídios Compostos: 
São compostos que contêm outros grupos na molécula, além 
de ácidos graxos e alcoóis. 
• Fosfolipídios; 
• Glicolipídios; 
• Lipoproteínas; 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
10 
 Lipídios Derivados: 
São formados por lipídios simples e compostos. 
• Colesterol Encontrado apenas em tecidos animais; 
 Não contém AG, mas possui algumas características 
físicas e químicas dos LIP; 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
Funções: 
• Precursor de ác. biliares Síntese da bile; 
• Precursor na síntese de Vit D; 
• Síntese de hormônios sexuais (estrogênios, 
androgênios e progesterona); 
• Síntese de hormônios adrenocorticais; 
• Construção das membranas célulares. 
11 
Principais funções no ORGANISMO 
- Fonte de energia (9 kcal/g); 
- Isolante térmico, mecânico e elétrico; 
- Constituintes de membrana celulares (fosfolípídeos e glicolipídeos); 
- Transporte de lipoproteínas e ácidos graxos; 
- Atua como precursores de hormônios esteróides; 
- Transporte de Vit lipossolúveis (A, D, K, E); 
- Síntese de sistemas antioxidantes (A e E); 
- Precursor de ác. biliares Síntese da bile; 
-Regula o sistema imune: (tromboxanos, prostaglandinas e leucotrienos). 
 
LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
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 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
A função do LIP X Esporte: 
 Para modalidades esportivas mergulho e travessias a nado 
oceânicas ou de canais, a função da gordura subcutânea é muito 
importante  manter a temperatura corporal; 
 
 No futebol americano excesso de gordura subcutânea em um 
jogador pode ser favorável para amenizar os impactos físicos; 
 
 Para outras modalidades (ex.: endurance): excesso de gordura 
subcutânea pode prejudicar o processo de regulação da temperatura 
corporal. 
 
Excesso de gordura subcutânea  consiste em um “peso 
morto” para o atleta, portanto seus efeitos para o desempenho 
devem ser sempre avaliados. 
14 
Principais Funções nos Alimentos 
- Representa um dos principais constituintes dos alimentos; 
 
- Contribuem para as características sensoriais dos alimentos; 
 
- São suscetíveis a fenômenos de deterioração; 
 
- Agem como emulsificantes, texturizantes, aromatizantes; 
 
- São suprimento de nutrientes essenciais carream nutrientes 
lipossolúveis (Vitaminas lipossolúveis e Ácidos graxos essenciais); 
 
- ↑ Saciedade  ↑ tempo de digestão  ↓ volume da alimentação. 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
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Nutrição para Performance: Lipídeos 
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 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 Os lipídios são a mais abundante fonte de energia para a 
atividade física. 
 
 A habilidade de mobilizar e de utilizar os lipídios armazenados 
durante o exercício  influenciam no desempenho do atleta. 
 
 Os lipídios podem ser mobilizados a partir das seguintes fontes: 
 
o LIP intramusculares; 
o Tecido adiposo; 
o Lipoproteínas séricas; 
o LIP consumidos antes ou durante a atividade física. 
 
Oferecem 
quantidade 
suficiente de 
AG livres 
durante 
exercício físico. 
Onde a maioria está estocada. 
18 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
Triacilgliceróis (TG): forma de armazenamento de todo o 
excesso de nutrientes ingeridos (CHO, PTN E LIP). 
Principal reserva energética do organismo 
(~20% da massa corporal) 
↓ 
Massa 100 vezes > que a de glicogênio 
hepático. 
Mas qual a vantagem do organismo estocar TG? 
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 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
• A oxidação de TG rende 2,25x mais 
energia/grama quando comparada a 
oxidação de CHO; 
 
• A molécula de TG é hidrofóbica 
quando o organismo armazena energia 
na forma de gordura, não necessita 
carrear um peso extra na forma de água; 
• 1g glicogênio armazenado2 a 4g água. 
Triacilgliceróis 
20 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 Fatores que determinam na quantidade e a fonte de lipídios a 
serem utilizadas durante o exercício: 
 
oNível de treinamento, tipo de exercício, intensidade e duração da 
atividade  ativ. intensidade leve a moderada e > 30min.; 
oReservas de LIP intramusculares disponíveis; 
oHabilidade de mobilizar e de transportar os AG do tecido adiposo para as 
células musculares  albumina; 
oComposição da refeição; 
oDisponibilidade de glicogênio; 
oQuantidade de CHO ingeridos antes e durante a atividade (↓insulina  ↑ 
mobilização de AGL). 
22 
 
23 
 
 Utilização de lipídios durante exercício físico 
 
 
 
Metabolismo de nutrientes no esforço 
Mobilização dos AGL do tecido adiposo Mobilização 
 
Circulação 
 
Captação 
 
Ativação 
 
Translocação 
 
-oxidação 
e 
Oxidação 
mitrocondrial 
Pelo sarcolema, após passagem dos AG através do endotélio e interstício 
Aumento do estado energético dos AG 
Entrada de AG na mitrocôndria 
Síntese acetil-CoA a partir de AG 
e uso do acetil-CoA no Ciclo de Krebs e 
posterior geração de ATP 
pela cadeia transportadora de elétrons 
 LIPÍDIOS 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
Transporte de AG ligado à molécula de albumina 
 Lipólise Redução dos TG a ácidos graxos e glicerol 
24 
Nutrição para Performance:Lipídeos 
 É iniciada quando o sistema nervoso simpático estimula a produção da 
lipase hormônio sensível (HLS) e da epinefrina. 
Início da 
Atividade 
Física 
 Captação de 
AGL pelas 
células 
musculares 
Momentaneamente 
há  nos níveis de 
AGL circulantes na 
corrente sanguínea 
Após 20 a 30 minutos de exercício de baixa a moderada intensidade: 
 
 [epinefrina] (+) a produção do HLS na célula adiposa 
25 
Li 
Metabolismo dos TAG 
no Tecido Adiposo 
 
No adipócito a adrenalina 
(exercício) ativa, via AMPc 
(adenosina monofosfato cíclica), 
uma lipase hormônio-sensível, 
que catalisa a hidrólise de 
triacilgliceróis. 
27 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 A ↓ quantidade da enzima glicerol quinase no tec.adiposo A molécula 
de glicerol livre não pode ser reutilizada pelo tecido adiposo 
Glicerol  Fígado  fará gliconeogênese 
[glicerol] no sangue: medida indireta de indicativo de lipólise no 
organismo. 
 AGL que não forem utilizados como fonte de energia  reesterificados 
a triglicerídios (tec. adiposo ou no fígado). 
 
 
 Se não houver albumina suficiente na corrente sanguínea para 
promover o transporte dos AGL, a reesterificação aumentará. 
28 
Casos de desnutrição ou perda de sangue! 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
Β-oxidação 
Gliconeogênese 
28 
Ação: Monogliceril lipase 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 O exercício estimula a lipólise de forma suficiente a ponto de sua taxa 
exceder, a necessidade de AGL para a oxidação pelas células 
musculares. 
 Contudo, o uso de lipídios como fonte predominante de energia é 
limitado a atividades de leve a moderada intensidade (< 65% do V02 
máximo). 
 Repouso: níveis plasmáticos AGL sob dieta mista: 0,2 a 0,4 mmol/L.. 
 
 Durante exercício: [AGL] pode aumentar de 10 a 20 vezes, 
dependendo da intensidade e da duração da atividade. 
29 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 É inibida pela insulina visto que este hormônio diminui a quantidade de 
HLS. 
A administração de carboidratos durante o exercício aumenta a concentração sérica de 
glicose, o que altera a proporção do uso dos substratos como fonte de energia. 
 [insulina] -> [LHS] 
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Nutrição para Performance: Lipídeos 
 São importante fonte de energia durante o exercício. 
 
 A quantidade de TGIM em um indivíduo saudável dependerá: 
o Tipo predominante de fibra muscular (I e II); 
o Estado nutricional; 
o Tipo de atividade física ao qual está condicionado. 
 
 
 Estudos durante as atividades de endurance, as concentrações TGIM 
são reduzidas de 25 a 50%; 
 
 Durante atividade os TGIM contribuem de 5 a 35% para a síntese de 
energia, em relação à contribuição total dos lipídios como fonte de 
energia, (depende do tipo de fibras I e II, que serão recrutadas). 
31 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 O tecido muscular é composto por dois tipos principais de fibras 
musculares: 
 
TIPO I  FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA 
- Sistema de energia utilizado  
AERÓBICO 
- Contração muscular lenta; 
- Utiliza o oxigênio como principal fonte 
de energia; 
- Coloração: Vermelha (devido ao grande 
número de mioglobina e mitocôndrias); 
- São altamente resistentes à fadiga; 
- São mais apropriadas para exercícios de 
longa duração; 
- Ex.: natação, corrida. 
TIPO II  FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDA 
- Sistema de energia utilizado 
ANAERÓBICO; 
- Alta capacidade p/ contrair rapidamente; 
- Capacidade glicolítica; 
- Coloração: Branca; 
- Fadigam rapidamente; 
- Predomina em atividades anaeróbicas 
que exigem paradas bruscas, arranques 
com mudança de ritmo, saltos. Ex.: 
basquete, futebol, tiros de até 200 
metros, musculação, entre outros. 
32 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 Os exercícios mais intensos demandam maior oxidação dos TGIM; 
& 
 Os indivíduos mais condicionados ao esforço oxidam esses lipídios de 
forma mais otimizada (poupam o glicogênio muscular); 
Hurley et al. demonstraram que, em atividades de endurance, 
indivíduos treinados oxidam 2x mais TGIM, e 60% menos 
glicogênio muscular que os não treinados. 
33 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 Os lipídios transportados pela corrente sanguínea e pelas lipoproteínas 
também contribuem para a produção de energia durante o exercício. 
 
o Quilomícrons 
o VLDL. 
 A enzima responsável por clivar este os AG dos TG das lipoproteínas 
séricas: lipase lipoproteica (LPL). 
 
lipase lipoproteica 
A contribuição energética dos lipídios das lipoproteínas é muito pequena: 
uma vez que é praticamente inviável submeter-se ao exercício intenso após 
grande refeição, em especial com quantidade considerável de gorduras. 
Lipoproteínas com maior [ ] de TG 
Oxidados à energia no 
tecido muscular 
Armazenados no tecido 
adiposo 
34 
Metabolismo das lipoproteínas 
Lipase 
lipoproteica: 
ancoradas na 
parede dos 
capilares 
Quilomicron
s nascente 
C: colesterol 
Ce: colesterol esterificado 
LIP são 
“reempacotados’ e 
secretados no 
sangue como 
VLDL 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
(oxidação dos AG à energia nas mitocôndrias)
Sarcoplasma 
AGL + proteínas 
sarcoplasmáticas
Reesterificados e 
estocados como TG 
intracelulares 
Ativados para transporte 
para o interior das 
mitocôndrias. 
- CPT1 enzima carnitina palmitoil transferase I 
- CPT2  enzima carnitina palmitoil transferase II 
Transporte 
Acil-CoA 
36 
Tec adiposo 
TGIM 
Lipopreteínas 
Trabalham em conjunto 
para concluir essa etapa 
(oxidação dos AG à energia nas mitocôndrias)
A oxidação dos AG produz 3x mais ATP que a mesma quantidade de glicose. 
37 
Acil-CoA  acilcarnitina 
Nutrição para Performance: Lipídios 
38 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 A carnitina é sintetizada no organismo a partir lisina, 
metionina com participação: vitaminas C, B6, niacina e ferro. 
 
 Carnitina também pode ser obtida pela alimentação, de modo 
mais específico por alimentos de origem animal. 
Em indivíduos saudáveis, não! 
 
O organismo dispõe de substrato o suficiente para elevar ao 
máximo a taxa de transporte de ácidos graxos para o 
interior das mitocôndrias. 
39 
 Acetoacetato e o β-hidroxibutirato 
 
 São oriundos da oxidação parcial dos 
AGL no fígado; 
 
 São os únicos substratos lipídicos 
oxidáveis solúveis em água; 
 
 
 Podem ser utilizados como substrato 
energético por praticamente todos os 
tecidos músc. esqueléticos, músculo 
cardíaco e cérebro, (momentos de 
privação de CHO). 
40 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
O nível de condicionamento físico e treinamento proporcionará ao organismo 
adaptações fisiológicas e metabólicas para utilizar mais gordura como fonte de 
energia, tais como: 
 
1. ↑ do número de mitocôndrias e da concentração e atividade das enzimas 
envolvidas na β-oxidação, no ciclo do ácido cítrico e no transporte de elétrons; 
 
2. ↑ da síntese de acil-CoA/acilcarnitina, lipaselipoproteica, e carnitina palmitoil 
tranferase 1 e 2; 
 
3. aumento dos estoques de TGIM, isto é, maior proximidade dos ácidos graxos de 
seus sítios de oxidação com consequente aumento da oxidação destes; 
 
4. aumento da captação de AGL pelas células musculares e transporte no 
sarcoplasma; 
 
5. melhora da capacidade cardiovascular, associada ao ↑ da vascularizaçãoisso 
otimiza o fluxo de oxigênio necessário pelas células musculares para a oxidação 
dos AG e o próprio fornecimento destes para a oxidação pelas células. 
41 
Nutriçãopara Performance: Lipídeos 
 Os atletas, em geral, ingerem +CHO e -LIP que os indivíduos 
sedentários: 
o Atletas de endurance, em fase de treinamento  20 a 25% do total de calorias 
da dieta de lipídios; 
o Atletas, na tentativa de redução de peso  máximo 20%. 
 Dietas com proporções de lipídios muito reduzidas (<15% das calorias 
totais) não proporcionam mais benefícios à saúde e ao 
desempenho que uma dieta moderada em lipídios. 
 
Uma dieta significativamente reduzida em lipídios pode conduzir à 
ingestão insuficiente de AG essenciais 
42 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 A proporção ideal dos macronutrientes a ser oferecida nas dietas para 
atletas pode variar de acordo com: 
o O hábito alimentar; 
o O nível de treinamento; 
o A modalidade esportiva na qual está envolvido; 
o O estado nutricional geral do atleta. 
ATENÇÃO! 
Cada vez mais os estudos confirmam e reconhecem a importância 
dos lipídios para a recuperação muscular, para a prevenção de 
lesões e para a manutenção da integridade do sistema 
imunológico do atleta 
43 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 A ingestão de gorduras: 20 a 25% das calorias totais da dieta. 
 Gorduras saturadas ≤ 10% das calorias totais; 
 Ácidos graxos monoinsaturados 70% do total de lipídeos ingeridos; 
 Ácidos graxos poli-insaturados 80% do total de lipídeos ingeridos; 
 A ingestão de colesterol não deve ultrapassar 300 mg diários ou100 mg 
por 1.000 kcal consumidas. 
0,9 a 1,2 g de gorduras por kg de peso/dia 
(Para atletas com um consumo energético 
diário entre 3.000 e 3.500 kcal) 
44 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 Dietas com quantidades reduzidas de lipídios priorizar a ingestão 
de alimentos fonte de AGE para não comprometer a adequação na 
dieta. 
 Pessoas fisicamente ativas e atletas adaptados à ingestão de dietas 
com alto teor de lipídios (proporção ultrapassa a recomendada para o 
consumo diário) há o ↑ da ingestão de alimentos formulados com 
substitutos de gorduras; 
 
 Atletas com demandas energéticas muito altas ( > 6.000 kcal diárias), 
podem reduzir a proporção de carboidratos na dieta (de 60 a 65% para 
55%) e aumentar a proporção de lipídios na dieta para 25 a 30% das 
calorias totais. 
45 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 Uma dieta reduzida em lipídios para atletas pode contribuir para a 
redução significativa dos estoques de TGIM  prejuízos ao 
desempenho. 
 
 
 Diversos estudos demonstraram que os estoques de TGIM encontram-
se significativamente reduzidos após atividades de endurance. 
49 
Muitas estratégias nutricionais vêm sendo utilizadas, 
sobretudo em atletas envolvidos em atividades de 
endurance, na tentativa de promover maior oxidação de 
lipídios e diminuir a taxa de utilização de glicogênio, 
visando melhorar o desempenho... 
50 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 Uma das estratégias mais recentes, e cada vez mais difundida, é a 
adaptação a uma dieta com alta proporção de lipídios (60 a 70% das 
calorias totais). 
 
 Estudos > proporção de lipídios na dieta   a disponibilidade de 
lipídios para a oxidação  adaptação do organismo  melhora a 
habilidade de oxidação de AG durante o exercício. 
o organismo se torna menos dependente dos CHO 
como fonte de energia poupa o glicogênio 
muscular. 
51 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
O organismo se adapta à pouca 
disponibilidade de carboidratos  capacidade 
de oxidar AG como fonte de energia torna-se 
mais eficiente; 
 
Interessante para o atleta de endurance: 
durante uma atividade de longa duração (>90 
min) a 65 a 75% do VO2 máx., a depleção dos 
estoques corporais de carboidratos é o fator 
determinante para a instalação da fadiga, o 
que leva o atleta à queda no rendimento e à 
exaustão. 
52 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
Entretanto... 
 Dietas com alta proporção de lipídios (60 a 70% das calorias totais), 
em geral, não são condutas de fácil adesão para o dia a dia dos 
atletas e podem causar desconfortos gastrintestinais, sobretudo 
durante a atividade, devido à digestão mais prolongada dos lipídios. 
 
 As evidências da viabilidade desse processo ainda não são suficientes 
para se chegar a um consenso sobre o assunto; 
 
 Do ponto de vista da saúde, dietas com alta proporção de lipídios 
estão associadas a doenças crônicas degenerativas e a síndrome 
metabólica, condições que conduzem a doenças cardiovasculares, 
diabetes e certos tipos de câncer 
 
 
53 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
 É consenso na literatura científica que os lipídios são nutrientes de vital 
importância para a saúde e integridade das funções fisiológicas do 
organismo, assim como é fundamental para o desempenho esportivo. 
 A ingestão deve ser de forma adequada e moderada; a proporção ideal 
dos diferentes lipídios na dieta também deve ser considerada. 
57 
 Reservas corporais sustentam horas de atividade sem se 
esgotarem. 
 
 É necessário o mínimo de CHO para que haja o estímulo 
a degradação de gordura ou lipólise no interior da célula 
muscular (TIRAPEGUI e MENDES, 2007). 
 
 Não se justifica recomendar dietas com teor de lipídios acima 
do estipulado para a população normal (CAMPOS, 2007); 
 
 CHO é a estratégia mais efetiva para atrasar a fadiga. 
Nutrição para Performance: Lipídeos 
58 
Referências 
59 
 GUERRA, I; ALVES, LA; BIESEK, S. Estratégias de Nutrição e 
Suplementação no Esporte. 3ª ed. São Paulo: Manole, 2015; 
 
 Lehninger Principles of Biochemistry, David L. Nelson (Autor), 
Michael M. Cox (Autor), W. H. Freeman; Edição 6 
 
 Maughan, Ronald J. & Burke, Louise M. Nutrição esportiva. Ed. 
ARMED, 1ª ED, 2004; 
 
 William D. McArdle, Frank l. Katch e Vitor L. Katch. 
Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho 
Humano. Ed.Guanabara Koogan, 6ª ed. 2008; 
 
 www.medicinadoesporte.org.br (SBME).

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