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Planejamento de Unidades de Alimentação e Nutrição Aula 04 : Sustentabilidade em UAN; Fatores da UAN intervenientes no projeto arquitetônico Profa. M.Sc Cremilda Amaral Roso de Oliveira E-mail: cremilda.oliveira@estacio.br Etapas do planejamento de UAN 1ª etapa – estabelecimento do plano diretor Determina-se a equipe multiprofissional. Estudo detalhado de todos os dados referentes ao serviço: – Subordinação hierárquica do S.A.; – localização do serviço, – nº comensais, qualidade do serviço prestado (política de compras, planejamento do cardápio, sistema de distribuição de refeições), – quadro de funcionários e – jornada de trabalho Etapas do planejamento de UAN 2ª etapa – definição do layout Esboço da planta física, sob a orientação de um nutricionista Etapas do planejamento de UAN 3ª etapa – definição da planta física e do memorial descritivo 4ª etapa – construção da UAN A equipe de nutricionista deverá elaborar o organograma, as rotinas, roteiros, normas técnicas e administrativos,dimensionamento do quadro de funcionários, programa de treinamento, impressos. •Cálculo da área de armazenamento e preparo x política de compra adotada. •Definir a verba destinada para administração da UAN. Projeto de um novo hospital/empresa projeto de construção da UAN é elaborado junto com o da organização, maior flexibilidade, sem necessidade de adaptações ou limitações. Projeto de uma UAN em área já construída planejamento mais trabalhoso e elaborado, necessitando de adequação ao espaço físico e local disponíveis. Projeto de reforma da UAN profissionais podem emitir suas opiniões e apresentar ideias funcionais, o projeto fica limitado às alterações estruturais permitidas. Informações fundamentais para o planejamento físico da UAN Estudo de mercado Características da região a ser atendida; Avaliação dos núcleos de consumo e pontos de bom trânsito de público, tipo de área (residencial, comercial, industrial, executiva, universitária); Tipos de restaurante já existentes nas áreas, hábitos do público, tipos de cardápio e serviços já oferecidos; Departamento de marketing ou empresa de consultoria especializada. Análise da legislação brasileira Portaria 326/97 CVS 6/99 RDC 275/02 RDC 216/04 Informações fundamentais para o planejamento físico da UAN Análise das necessidades e caracterização da UAN Tipo de estabelecimento: trabalho, saúde, ensino, forças armadas, comercial ou serviço de bordo; Porte do estabelecimento: pequeno, médio, grande ou extraporte; Tipo de clientela: faixa etária, gênero, gasto energético, hábitos e preferências alimentares; Tipos de refeição: quais refeições. Pequenas, grandes, pequenas e grandes? Localização da UAN: facilidades para abastecimento?? Per Capita geral previsto Quantidade de alimento necessária para servir uma pessoa; Essencial para cálculo da capacidade e quantidade dos equipamentos e utensílios necessários para a montagem de setores; Levantamento da necessidade da clientela para propor per capitas gerais Tipo de preparação; Gasto energético da clientela; Composição do alimento; Hábitos alimentares; Gênero Preparações Porção Saladas 100 g (20g de folha e 80g de outras hortaliças) Prato principal: -Preparações assadas com osso - Preparações grelhadas - Preparações cozidas - Preparações refogadas - Preparações fritas sem osso 250g 130g 180g 150g 130g Guarnição -À base de tubérculos - Massas 130g 50g Arroz 100g Feijão 50g Sobremesa: - Fruta -Doce 1 und (80 a 100g) 60g Bebida 180 ml Cardápio médio – clientela com atividade de moderada à pesada Número de refeições diárias (TR) e capacidade máxima de atendimento (CMA) TR: soma das pequenas (desjejum e lanches) e das grandes refeições (almoço, jantar e ceia) servidas ao longo do dia; CMA: soma das pequenas e grandes refeições a serem servidas no turno de maior movimento; Número de funcionários, alunos ou pacientes e acompanhantes por turno; 20% margem segurança em ambos. Número de refeições diárias (TR) e capacidade máxima de atendimento (CMA) EXEMPLO DE CÁLCULO Número de refeições diárias (TR) e capacidade máxima de atendimento (CMA) Pesquisa prévia com potenciais clientes: quais refeições seriam feitas? Margem de segurança de crescimento: evitar eventuais reformas para ampliação 20% de margem de segurança: atendimento de terceirizados ou visitantes que venham a utilizar a UAN. Padrão e estilo geral dos cardápios Popular : preparações simples, pouca variedade, alimentos de baixo custo (produtos de safra) Médio: maior variedade de alimentos Luxo: não há preocupação com custo Misto: fusão dos três tipos Estipular os itens gerais que todas as refeições apresentarão Padrão e estilo geral dos cardápios Café-da-manhã Fruta Pão Frios Torradas Bolo Leite/chá/café Almoço Saladas (4 componentes) Prato principal ( 2 opções: aves, carnes bovina e suína, peixes; assados, grelhados, cozidos, refogados, fritos) Guarnição ( à base de tubérculos, hortaliças, massas, farinhas) Arroz (polido ou parboilizado, integral; simples, enriquecido, à grega) Feijão (preto e carioca): feijão-tropeiro, tutu, etc. Sobremesa: frutas, doces, etc Bebidas: sucos de frutas industrializado, com e sem açúcar, café Molhos: vinagrete, à base de maionese, etc. Períodos previstos para distribuição; Política de compras e frequência de abastecimento das matérias – primas (semanal, quinzenal, mensal, diária) – dimensionamento da área de armazenamento; Disponibilidade financeira: estimado R$ 2.500,00 a R$3.000,00/m2 para custear a construção (edificações e instalações) e montagem (equipamentos, móveis e utensílios); Dados sobre infraestrutura existente. Localização da UAN Deve localizar-se no andar térreo,voltado para o nascente e em bloco isolado. •Melhora a operacionalização •Facilita a comunicação com o exterior •Facilidade de iluminação natural •Facilidade no reparo das instalações - manutenção preventiva •Desnecessário o uso de monta-carga ou elevadores p/abastecimento - reduz custos •Facilidade de remoção de resíduos sólidos(lixos) Configuração geométrica Facilitar o fluxo de atividades, localização de setores e utilização de iluminação e ventilação natural; Configuração recomendada é a RETANGULAR; •Evita caminhadas supérfluas •Possibilita melhor esclarecimento do fluxo de produção •Evita conflitos de circulação de pessoal e matéria–prima •Limita espaço entre os equipamentos •Facilita supervisão das atividades Distância de paredes opostas; Dificulta localização de setores; Dificulta iluminação e ventilação adequadas; Concentração do som; Maior custo Vias de acesso Acesso para matérias-primas; Acesso para fornecedores; Acesso para visitantes; Acesso e saída de funcionários (porta única); Retirada de lixo Redução de acessos – atividades em horários diferentes Fluxograma Consumo de água Higienização e preparo dos alimentos, higienização dos ambientes, equipamentos e utensílios, sanitários – estímulo consumo racional; Pontos de água fria e quente devem ser sinalizados; 28 litros de água por refeição preparada; Maior percentual (entre a 4ª e a 7ª hora) – etapa da distribuição; Sistema de captação de água da chuva para sanitários Fontes de energia É importante definir o tipo de combustível a ser utilizado e o fornecedor. Eletricidade •As instalações elétricas devem ser embutidas ou protegidas em tubulaçõesexterna e íntegras de tal forma que permitam a higienização dos ambientes; •Devem ser protegidas; •Plugues e tomadas devem ser identificadas com voltagem; •O quadro elétrico com a chave geral da UAN deve ser instalado em local estratégico e acessível. Vantagem:distribuição mais homogênea de calor Desvantagem:equipamentos mais caros do que o gás. Fontes de energia Gás •Convencional (cilindros com capacidade de 45 e 90Kg) •Granel (tanques de grande capacidade) Vantagem: Facilidade de instalação e conservação Desvantagem: Maior aquecimento do ambiente Estimativa do consumo de gás Exemplo de cálculo de estimativa de consumo de gás: 3.000 refeições 3 horas de cocção 2 turnos Resposta: 2 x 3 x 35kg/h = 210 kg por dia Equipamentos Fontes de Energia Refrigeração(câmaras frigoríficas, balcões refrigerados, freezers, geladeiras, mesas frias, fabricadores de gelo) Energia elétrica Cocção em água (panelões, fogões) Vapor, gás, energia elétrica Cocção em óleo (fritadeira, frigideira, bifeteira) Gás, energia elétrica Cocção seca (fornos convencionais, fornos de convecção, fornos combinados) Gás, energia elétrica Equipamentos de pré-preparo (fatiadores e picadores de carne e vegetais, descascadores de tubérculos, batedeiras) Energia elétrica Distribuição (balcões térmicos e refrigerados, pass through) Vapor, gás, energia elétrica Higienização (lavadoras de louças) Vapor, energia elétrica Sustentabilidade em UAN Sustentabilidade: atendimento das necessidades presentes sem o comprometimento das atividades futuras. Estratégias de economia e tratamento de água, medidas para uso consciente de energia, registros por meio de documentação, destino final adequado dos resíduos e cuidados no descarte, colaboração de todos os membros da equipe de trabalho. Alimentos preparados, mas não distribuídos (excesso), e a alimentos distribuídos, mas não consumidos (restos). Práticas de sustentabilidade em UAN 1) Reaproveitamento de óleo e gorduras; 2) Realização de coleta seletiva e reciclagem; 3) Campanhas contra o desperdício de alimentos; 4) Treinamentos para o uso racional de recursos hídricos e energéticos; 5) Uso de utensílios de materiais permanentes; 6) Aquisição de hortifrúti sem adição de agrotóxicos ou de agricultura familiar, 7) Realização de pesquisas de satisfação e 8) elaboração de cardápio considerando a sazonalidade do hortifruti
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