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CLÍNICA MÉDICA DE EQUINOS - Locomotor resumo


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CLÍNICA MÉDICA DE EQUINOS
Contusões em região coronária
Fatores predisponentes
-Defeitos de aprumo- posição adotada pelos membros durante o trote e/ou galope
-Vícios de comportamento – animal bate a pata na porta da baia
-Imperícia na equitação – cavaleiro erra a distância até o obstáculo, o que leva o animal a bater a pata no mesmo
-Trauma durante evento e manejo – caseiro vai limpar a baia com o cavalo dentro e acaba lançando o pé do animal o garfo de limpeza
Sinais clínicos
- Claudicação, deformidade no crescimento dos cascos em lesões crônicas
Diagnóstico
- Exame físico com o uso da pinça de casco, radriografia e bloqueio anestésico (bloqueio do nervo digital palmar)
Tratamento
-Repouso, uso de AINEs (não exceder 3 dias para não levar a um quadro de laminite), crioterapia (repousar o membro no gelo), ferrageamento reduzindo a pressão na região da coroa.
Trauma aberto na região da coroa do casco
Avulsão da parede e região coronária do talão
Causas 
-Defeitos de aprumo
-Trauma em cerca de arame
-Imperícia na equitação
-Trauma durante evento ou manejo
Sinais Clínicos 
-Claudicação grau >2
 Disgnóstico
- Inspeção geral
- Radiografia para verificar se há comprometimento da terceira falange
Tratamento
- Casqueamento
- Ferrageamento para distribuição do peso
-Uso de tinta iodo 10% ou formol para fortalecimento dos cascos?
-Sutura quando possível, mas na maioria das vezes ocorre deiscência de pontos. Sendo assim, tratamos como ferida aberta
-Bandagens e curativos com solução antisséptica e alcatão vegetal por cima (caso o ambiente seja úmido)?
- Caso ocorra formação excessiva de tecido de granulação, o removemos, já que causará redução na vascularização e comprometimento da cicatrização. Podemos usar, para tanto, pomadas, sulfato de cobre e/ou AIE tópicos
Poderia usar açúcar ou borra de café? Qual pomada é melhor?
- Pedilúvio
***É importante não deixar que a lesão ultrapasse os bordos de pele, pois nesse caso não ocorrerá cicatrização ao atingir a coroa
Contusões na Sola, hematomas e abcessos
Causas 
Traumas, traumas em pisos pedregulhosos, perfuração por prego ou outros matérias...
Sinais Clínicos 
Claudicação, pulso aumentado e membro quente
Disgnóstico
Exame físico com uso da pinça de casco, bloqueio anestésico e radiografia.
Tratamento
Remoção do tecido morto/contaminado
-Drenagem do abcesso (se houver)
-Pedilúvios (iodo???)
-Uso de AINE por 5 dias em conjunto com omeprazol e ranitidina (tratamento prolongado)
-Uso de antibióticos tópicos e orais? - gentamicina. 
- Manter animal na baia com a mesma higienizada adequadamente
Ferimentos na linha branca – Broca
Infecção ascendente na linha branca. Os microrganismos buscam uma área mais mole para originar um abcesso e drenar, e nessa região é a banda coronária. Sendo assim, quando não drena, busca a banda e exuda.
Causas
-Manejo inadequado. Casqueamento em data incorreta (acúmulo de sujeira), ambiente úmido, cocheira com cama úmida e suja, feridas
Sinais Clínicos 
-Animal não apoia o membro (apoio em pinça)
- Aumento de temperatura 
-Pulso arterial aumentado
Disgnóstico
- Exame físico com uso da pinça de casco e radiografia em casos crônicos + 10 dias após instituição da terapia
Tratamento
-Uso de solução de sulfato de magnésio, que atua na drenagem do abscesso através da alta pressão osmótica que exerce, drenando líquido do interior do casco. Além disso, exerce função antisséptica.
-Assepsia (iodo povidona), enxuga, usa botinha e deixa o animal em baia fechada(limpa e seca)
-Antibióticos sistêmicos caso envolva o comprometimento de tecidos moles
**Pode usar o animal após o ferrageamento com uma palmilha de borracha quando houver fechamento da ferida.
Dermatovilite exudativa/ necrose da rânula-cancro/ cancro de ranilha/ Pododermatite hipertrófica 
Aparecimento de um tecido podofiloso infiltrativo na região da ranilha e da sola do casco, caracterizado por crescimento rápido e desordenado, de aspecto papiliforme, de coloração esbranquiçada na raiz e escura nas pontas, com secreção necrótica de odor extremamente
Causas
-Alojamentos com má higiene e úmidos (equinos ficam em camas com urina, fezes e/ou enlameadas) ---- infecção por microrganismos anaeróbicosgram-negativos (fusobacterium necrosphorum e Bacterioides spp)
Sinais Clínicos
-Claudicação logo nos estágios iniciais pelo acometimento da epiderme
- Odor extremamente fétido
- Ranilha com aparência desigual de aspecto proliferativo, e pode haver tecido branco
Tratamento
-Debridamento superficial da região afetada, removendo todo o tecido que sofreu hipertrofia (o grosseiramente afetado)
- Limpeza com iodo ipovidine e curativos/ bandagens
- Aplicação de Cloranfenicol ou metronidazol a 2% por 4 a 6 semanas
 Fratura e fissura da muralha do casco
Causas
Falta de higiene, ambientes muito úmidos ou secos,casqueamento inadequado (pinça longa demais predispõem a essas fraturas pela sobrecarga do impacto) ferrageamento inadequado, defeitos de aprumo (animal pisa na ferradura do outro pé), falta de casqueamento
Sinais Clínicos
-Visualização da rachadura
Diagnóstico
Visual
Tratamento
-Uso de parafusos, arames de ciclagem, resina, ferraduras ortopédicas especiais
-Limpeza com iodo povidine
-Vacinação
-Casqueamento periódico, manutenção adequada do ambiente e nutrição balanceada
Osteíte podal
Processo degenerativo da terceira falange 
Causas
Acomete animais de esporte e está correlacionada com o trabalho do animal em pisos muito duros ou ferrageamento/casqueamento inadequado, já que tais fatores levvam à traumas constantes na região de terceira falange por desmineralização resultante de inflamação ou infecção situadas no interior do estojo córneo (casco).
Sinais Clínicos
-Claudicação (animal pode passar a não utilizar o membro), sensibilidade na base do casco, sendo esta localizada ou difusa
Diagnóstico
-Exame físico com uso da pinça de casco – sensibilidade na base do casco (compressão da falange)
-Radiografia DP e LM casco- verifica-se diminuição da densidade óssea da falange distal, mais ou menos intensa, com aumento de canais vasculares e frangeamento do bordo distal da falange distal
Tratamento
-Cloreto de cálcio 20mg/dia na ração
-Calcitonina 2 ampolas IM MÍNIMO DOIS MESES
- AINEs
-Vasomoduladores periféricos –Isoxsuprina 0,6 a 1.2mg/kg agonista β2 adrenérgico que provoca relaxamento dos vasos, dilatação dos bronquíolos e redução das contrações uterinas
- Casqueamento corretivo e ferrageamento com colocação de palmilha na sola (menor impacto na falange ao andar)
- Em casos crônicos, indica-se neurectomia – nervo digital palmar 
Síndrome do Navicular (Podotrocleose)
Afeta em muitas ocasiões não apenas o osso navicular, como também a bursa podotroclear, os ligamentos sesamóides colaterais e sesamóide distal ímpar, o tendão do músculo flexor digital profundo e a articulação interfalangeana distal. A lesão pode se manifestar de diversas formas: erosão e ulceração da fibrocartilagem da face flexora, osteíte e rarefação do córtex, bursite crônica, dilaceração da porção distal das fibras do TFDP, entre outras
A principal função do osso navicular é atuar como âncora para que o TFDP se ancore à terceira falange.
Acomete mais frequentemente membros torácicos
Indivíduos predispostos: todos os tipos e raças de equinos, com exceção dos asinos e muares, e raramente observada em pôneis, equinos da raça árabe e de raças pesadas. Acomete esses animais na idade entre 3 a 12 anos, mais comumente observada entre 7 e 9 anos de idade e em raças como Puro Sangue Inglês e Quarto de Milha (casco pequenos que leva a forças exercida sem uma área menor e grandes pressões exercidas no navicular)
Causas
Teoria vascular
Interrupção do fluxo sanguíneo para e da região navicular – dilatação dos canais vasculares da região em resposta à isquemia – congestão do tecido --- degeneração óssea 
Teoria Biomecânica
má conformação dos membros, casqueamento inadequado/ trabalho em superfíciesmuito duras ou/e a forma de apoio do casco no solo --- forças concussivas repetitivas --- remodelação óssea pela compressão do TFDP – bursite (inflamação da bursa do navicular) --- dor --- claudicação 
Teoria Cartilagem
Alterações na conformação e afins leva a um distúrbio vascular, o qual tem por consequência o comprometimento do osso navicular e dos tecidos adjacentes
Sinais Clínicos
Claudicação mais comumente de início agudo, sendo observada de forma bilateral, porém, os dois membros podem estar acometidos, caracterizando a síndrome. Nos estágios iniciais, pode haver melhora como exercício (ou aparecimento só nesse momento), e com o passar do tempo pode se tornar crônica, com grandes chances de dispensar a necessidade de sacrifício do animal
De forma geral, há encurtamento da fase final da passsada ao trote, relutância em saltos, tropeços constantes, enterram as pinças na cama, podem formar amontoados com o feno para apoiar o talão em cima dos mesmos...
Diagnóstico
Anamnese, nos achados do exame físico (dor na região central da ranilha e/ou terço cranial com possível atrofia da ranilha em casos muito crônicos– colocar o animal para andar em terrenos com declive para aumentar a pressão na ranilha), na anestesia regional seletiva e intra-articular (essencial para o diagnóstico)e na imagem diagnóstica (radiografia- ML comum e oblíqua 65°e DP- e ultrassonografia- alterações em tecidos moles nas fases iniciais-bursite navicular)
Achados radiográficos: entesófitos (proliferações ósseas na inserção do TFDP—remodelamento, que pode dar aparência alongada ao osso), alargamento dos canais vasculares e remodelamento ósseo na borda proximal e extremidade distal do navicular, irregularidades e ondulações nas extremidades ósseas, mineralização do TFDP, erosões corticais, cistos radiotransparentes e esclerose em região de cavidade medular
Na avaliação pré compra --- cavalos com borda proximal convexa apresentam menor risco de doença navicular grave
Tratamento
O tratamento tem por objetivo aliviar a dor, melhorar o aporte sanguíneo da região e impedir que ocorra maior degeneração do osso navicular. 
-Casqueamento -- alinhamento do eixo patela-quartela, nivelamento da muralha e restabelecimento da simetria entre os talões.Heartbar
-Ferrageamento -- Ferradura mais larga nos talões e mais fina na pinça de formato arredondado.Podemos usar ferraduras fechadas com talonetes, ferraduras de borracha oude plástico para reduzir as forças concussivas na região da ranilha e dos talões 
- AINEs – fenilbutazona oral/parenteral durante a fase inicial de tratamento 
- hidrocloreto de isoxsuprine – 15 dias a dose maior depois diminui pela metade
- Pentoxifiline ??????????????????????????????????????
-AAS – como vasomodulador
-Sulfato de condroitina e glicosaminoglicano para dar superte à articulação metatarsofalangeama
- Neurectomia como último recurso
Diagnóstico diferencial
Ferimento perfurantes da sola e da ranilha, fratura do osso navicular, fratura da falange distal, laminite, sensibilidade na sola, contusões no casco, calcificação da cartilagem alar, osteíte, artrite da articulação interfalangeana distal (diferenciada pelo broqueio da intra-sinovial) e exostose interfalangeana
Laminite
Caracterizada pelainflamação das lâminas do casco e separação do casco da terceira falange, o que leva ao maior apoio nesta e, consequentemente, rotação 
Fatores predisponentes: introdução repentina de carboidratos na dieta ( do Ph do ceco – lise de bactérias gram neg – liberação de endotoxinas – absorção dessas pela mucosa –produção de metaloproteinases –degradação da membrana basal presente nas laminas -- laminite), alterações gastrointestinais (cólica), retenção placentária/metrite, pleuropneumonias, apoio excessivo e prolongado no membro por comprometimento do contralateral, hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, estresse (vacinação, transporte..), exercícios em pisos duros
Etiologia
Teoria vascular
Ocorrencia de vasocontrição e consequente formação de edema (digito muito permeável à proteínas associado ao aumento da pressão nos vasos), o que leva à abertura de anastomoses arteiovenosas, acarretando na piora do quadro – aumentando a isquemia e acarretando necrose
 
Teoria traumática
Consequencia de um trauma direto no casco, o qual leva a uma reação inflamatória no local, resultando na formação de edema e vide anterior
Teoria enzimática/ destruição da membrana basal
Liberação de endotoxinas – absorção dessas pela mucosa –produção de mtaloproteinases –degradação da membrana basal presente nas lâminas – laminite
Teoria endotoxemica
Liberação de endotoxinas – absorção dessas pela mucosa – coagulação vascular – agregação plaquetária em região de vasos digitais – isquemia – lesão
Processos patológicos- liberação de corticosteroides – resistência insulínica induzida – liberação de metaloproteinases
Sinais clínicos
Claudicação com aspecto de “pisar em ovos” e relutância ao se movimentar, aumento da temperatura e edema na região coronária, pulso digital aumentado (pressão diastólica e sistólica diferente), e contínua distribuição do peso nos membros. Em casos graves, observamos depressão na faixa coronária, perfuração de sola pela falange ou afundamento da mesma. 
Obs: se os 4 membros estiverem acometidos, o animal fica deitado em decúbito lateral 
Pode variar de acordo com as fases, que são: prodrômica, aguda, subaguda e crônica
FASE PRODROMICA - inicia quando o animal entra em contato com o agente causador e cessa quando apresenta os primeiros sinais de claudicação. Dura em média 40h, a depender do agente causal.
FASE AGUDA – Animal apresenta os primeiros sinais de claudicação, e o tempo médio de duração é de 72h ou até que ocorra rotação da terceira falange. Pode ocorrer taquicardia, aumento do tempo de perfusão capilar (TPC), acidose metabólica, hipertensão e hemograma característico de estresse.
FASE CRÔNICA – Após a ocorrência da isquemia, ocorre rotação e afundamento da terceira falange, indo em direção à sola, podendo romper a mesma e originar um processo séptico. 
Disgnóstico
Anamnese, exame físico com uso da pinça de casco (maior sensibilidade em região de pinça), bloqueio anestésico perineural dos nervos palmares abaxiais à região dos sesamóides distais (se a dor for crônica, pode não ocorrer o bloqueio) e radiografia (ULTRASSOM????)
Tratamento
Objetivos: prevenir o desenvolvimento da laminite, reduzir a dor e o ciclo de hipertensão,evitar o dano laminar permanente, melhorar a hemodinâmica capilar laminar dérmica e prevenir o movimento da falange distal.
-AINEs – Fenilbutazona (mais eficaz que os demais para dor digital)4,4mg/kg via oral ou IV a cada 12h por 3 ou 4 dias, sendo reduzida pela metade por 7 a 10 dias.
 Cetoprofeno – 4,4mg/kg IV a cada 12h – mais potente para dor que o anterior
-Dimetilsulfóxido ???
-Acepromazida 0,03-0,06mg/kg a depender do pulso, por 3 a 5 dias, e deve ser substituído por Hidrocloreto de isoxsuprina 1,2mg/kg a cada 12h via oral quando os sinais clínicos melhorarem
-Aspirina – 10 a 20mg/kg via oral em dias alternados
-Nitroglicerina – aplicar a pomada na regição da quartela tricotomizada na região das artérias para reduzir a pressão
-Heprina 40-80UI/Kg IV ou SC para PREVENÇÃO da laminite
-Suplementação com metionina e biotina para promover o crescimento do casco
Biotina 15mg/dia em casos crônicos 
- Casqueamento – cortar a pinça em 15 a 20° para reduzir a pressão sobre a parede dorsal do casco.
-Ferrageamento –ferraduras com formato oval, ferradura em formato de coração ????mas nãoaumenta a pressão na região ????
- Confinamento em baia com 15,2cm de cama de areia seca ou cama macia 
- Desmotomia do ligamento cárpico em último caso
OBS: animais que tem complicações e são tratados com pedilúvio sentem mais dor

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