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modulo 5 - atendimento ao cliente
EE Maurilo De Jesus Peixoto
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mercado especulativo implica na organização por descrédito do público. Portanto, a credibilidade está sempre em função das condições reais que mantém a empresa no mercado. O comportamento ético é também uma construção diária que acontece nas relações, conforme as situações acontecem, pois as pessoas aprendem uma com as outras. A aprendizagem é, portanto, parte do cotidiano das pessoas em todos os âmbitos das relações humanas e profissionais. Assim, é importante que a empresa promova capacitações para a agregação de valores humanos e atualização profissional de todos os colaboradores, afinal, são esses que a faz funcionar e manter-se “viva” no mercado. É preciso fazer uma análise profunda destes quesitos, porque se estamos lidando com outras pessoas numa relação baseada em intenções – ganhar o cliente e esse satisfazer-se por meio do meu atendimento – é necessário sempre ter à vista a qualidade total para o cliente. Conforme explica Oakland (1994), todos na organização são comprometidos com cada setor, cada atividade, cada pessoa, assim os erros e as falhas podem se multiplicar e, para a organização ser realmente eficaz cada membro deve trabalhar em equipe, num clima organizacional sempre favorável, resultando em benefícios que se alinham aos objetivos da organização. Nesse sentido, a qualidade é um princípio remetido ao clivo do cliente. Para muitos, qualidade é simplesmente ausência de defeitos, entretanto Oakland (1994, p.15) assinala que: Qualidade é muitas vezes empregada com o significado de de um produto ou serviço – fala-se sobre “qualidade Rolls- Royce” e “ qualidade superior”. Em algumas companhias de engenharia, a palavra pode ser usada para indicar que a peça de metal está de acordo com certas características físicas, dimensionais, estabelecidas muitas vezes na forma de uma especificação particularmente “apertada”. Em um hospital, ela pode usada para indicar alguma espécie de “profissionalismo”. Uma vez que devemos definir qualidade de modo que seja útil em sua Administração, precisamos reconhecer à necessidade de incluir na sua avaliação as verdadeiras exigências do “cliente” – suas necessidades e expectativas. Desse modo, qualidade deve ser empregada a um conjunto de condições que contemplam todo o contexto interno e externo da organização antes do produto chegar à casa do cliente. Para Oakland (1994), qualidade e confiabilidade andam juntas, intrinsecamente ligadas, com o mesmo grau de importância, às vezes, de maneira confusa porque num determinado período um produto e/ou serviço pode ser satisfatório, proporcionando a possibilidade de aceitação dele e, em outro momento, não satisfaz em nada. Gerar uma reputação de “excelência” requer que as empresas preparem sua capacidade de atender continuamente os requisitos dos clientes. E atender aos requisitos do cliente inclui a atualização no mercado dos produtos e serviços que estão em conformidade com a atual realidade que se insere o próprio cliente. Para Maximiano (2002), qualidade é sinônimo de melhor, ou de nível mais alto de desempenho; usa-se ainda conceito S de mais de 25 séculos, na qual a excelência é a característica que difere algo em relação ao outro pela superioridade, dependendo do contexto. O conceito de gestão da qualidade total (TQM), que é uma filosofia empresarial oriunda do Japão, tem o objetivo de obter vantagem competitiva. Assim, Aaker, Kumar e Day (2004, p.704) define TQM: Como um esforço sistemático em direção a um contínuo aumento da qualidade de todos os processos, produtos, serviços e recursos humanos em toda a organização, visando sempre ao objetivo da melhoria da satisfação dos clientes. Nessa perspectiva, colocamos o esforço sistemático num contexto de totalidade do real, ou seja, a realidade que envolve a organização – seus sistemas internos e externos na interdependência dos setores de produção e oferta, bem como, as adequadas relações com os fornecedores e o treinamento dos colaboradores – até o encontro com o cliente, no qual se conclui o esforço sistemático. Para os mesmos autores as características da TQM são: • Todos na organização estão comprometidos com o constante aperfeiçoamento, buscando o aumento da qualidade. • Equipes multifuncionais, integradas e motivadas, estabelecendo os seus próprios objetivos. • Estabelecer ferramentas de medidas confiáveis de progresso, sendo o benchmarking o mais utilizado nos dia de hoje. Processo contínuo e sistemático de pesquisa para Para Silva (2005, p.306), qualidade é: com a finalidade de servir de macro de referencia ou padrão de excelência que precisa ser identificado para ser tomado como base ou de alvo para mudanças, visando à melhoria de desempenho. As empresas que adotam o TQM utilizam várias ferramentas, técnicas e processos para assegurar a qualidade de seus produtos, tais como: diagrama de causa e efeito (descrito no item 4.2) e o processo do ciclo plan-do-check-act (PDCA). O ciclo PDCA de Deming representa um ciclo de melhorias, cujo objetivo é a competitividade da empresa por meio da melhoria contínua dos resultados. Muito utilizado na gestão da qualidade, o PDCA se divide em quatro passos que são os seguintes: • Plan (Planejamento): estabelecer missão, visão, objetivos, procedimentos e processos necessários para alcançar os resultados. • Do (Execução): Realizar, executar as atividades. • Check (Verificação): Acompanhar, monitorar, rever os processos e resultados, comparando com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações e os relatórios. • Act (Ação): Agir de acordo com os relatórios e determinar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, a eficiência e a eficácia, corrigindo as falhas. Pode ser assim representado: Figura 5: Ciclo PDCA O ciclo PDCA é uma ferramenta de melhoria continua, o método se baseia em fatos e dados, ele permite priorizar projetos, da mesma forma que permite estabelecer metas concretas e mais fáceis de atingir. A qualidade do produto é uma resultante da participação de todos os setores da empresa, sem exceção. Por essa premissa, devemos entender o PDCA por duas vertentes: • A do sistema organizacional e sua operacionalização. • A do sistema organizacional focado no cliente. Portanto, o ciclo PDCA é uma ferramenta de grande importância para a gestão administrativa, pois se o sistema organizacional não estiver focado no cliente, ele próprio saberá disso ao adentrar o ambiente da empresa. Se mencionarmos as várias pesquisas com esse tema que nos dias atuais é considerado um desafio para as empresas, este estudo se tornaria exaustivo. Assim a satisfação é um sistema de administração de informações que continuamente volta-se a voz do cliente, através da avaliação da empresa a partir do ponto de vista do cliente, transformando reclamações em oportunidades. IMPORTÂNCIA DO CLIENTE SATISFEITO Isso implica a sensibilidade da organização em sua compreensão do cenário que a sociedade vive e se transforma. Uma sensibilidade que implica em lucratividade, sem dúvida. Afinal, a organização sobrevive de seus negócios, compras e, sobretudo, vendas. Contudo, lucrar com clientes insatisfeitos