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Legislação Trabalhista

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 Pergunta 1 
0,2 em 0,2 pontos 
 
 
A Lei n. 12.506, de 2011, regulamentou a previsão 
contida no artigo 7o, XXI, da Constituição Federal, 
instituindo o aviso-prévio proporcional. A partir daí, 
começou a vigorar a regra estabelecida na referida 
lei, a qual preceitua: 
 
“Art. 1o – O aviso-prévio, de que trata o Capítulo VI 
do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho –
 CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de 
maio de 1943, será concedido na proporção de 30 
(trinta) dias aos empregados que contêm até 1 (um) 
ano de serviço na mesma empresa. 
Parágrafo único. Ao aviso-prévio previsto neste 
artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de 
serviço prestado na mesma empresa, até o máximo 
de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 
(noventa) dias”. 
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 12.506, 
de 11 de outubro de 2011. Dispõe sobre o aviso-
prévio e dá outras providências. Disponível 
em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12506.htm>. Acesso em: 06/06/2016. 
 
Portanto, no contexto do que regulamentou a Lei n. 
12.506/2011 sobre o aviso-prévio proporcional 
devido ao empregado, um funcionário que possua 23 
anos de contrato de trabalho com o mesmo 
empregador terá um período de aviso-prévio de: 
 
Resposta Selecionada: d. 
90 dias. 
Resposta Correta: d. 
90 dias. 
 
Comentário 
da resposta: 
Conforme a Lei n. 12.506/2011, o 
aviso-prévio será concedido a 
proporção de 30 dias para 
empregados que estejam há um ano 
com o empregador. Há o acréscimo 
de três dias por ano de trabalho na 
mesma empresa, chegando a um 
limite máximo de 60 dias. Dessa 
forma, o aviso-prévio, na hipótese 
apresentada, terá a duração máxima 
prevista em lei (artigo 1o, parágrafo 
único), que são 90 dias. Ter acima 
de 20 anos de serviço, portanto, não 
conta mais nada para fins de aviso-
prévio. 
 
 
 
 Pergunta 2 
0,2 em 0,2 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir. 
 
“DEMISSÃO. Pedido de demissão é a 
comunicação do empregado ao empregador 
de que não pretende mais dar continuidade ao 
contrato de trabalho. Não tem forma prevista 
em lei, mas segundo a praxe é escrita. Tem 
de ser feita com certa antecedência (art. 487), 
constituindo-se, portanto, em aviso-prévio, 
que uma vez não cumprido pode prejudicar o 
empregado”. 
NASCIMENTO, A. M. Iniciação ao Direito 
do Trabalho. São Paulo: LTr, 2013. 
p. 416. 
 
Considerando o texto apresentado e o que 
você aprendeu sobre as normas para a 
hipótese de pedido de demissão pelo 
empregado, analise as afirmativas a seguir e 
assinale V para as verdadeiras e F para as 
falsas. 
 
I. ( ) O aviso-prévio deve ser cumprido 
trabalhando ou o empregado deve indenizar o 
empregador com desconto correspondente 
nas verbas rescisórias. 
II. ( ) O empregado tem direito ao saldo de 
salários, ao décimo terceiro salário 
proporcional, a férias vencidas e 
proporcionais, inclusive com o acréscimo de 
1/3 previsto na Constituição Federal. 
III. ( ) Quando há o pedido de demissão 
pelo empregado, não é necessário dar o 
aviso-prévio nem pagar os dias de trabalho 
até completar 30 dias. 
IV. ( ) O empregado poderá sacar os 
recursos do Fundo de Garantia por Tempo de 
Serviço (FGTS). 
 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a 
sequência correta: 
 
Resposta Selecionada: a. 
V, V, F, F. 
Resposta Correta: a. 
V, V, F, F. 
 
Comentário 
da resposta: 
A afirmativa I é verdadeira porque tanto o 
empregado quanto o empregador devem 
avisar o término do contrato de trabalho, 
dando ciência do término do contrato. No 
caso de demissão pelo empregado, ele 
deve trabalhar ou pagar o valor respectivo, 
descontando-se das verbas a receber. A 
afirmativa II é verdadeira, pois o 
empregado possui o direito às seguintes 
verbas: décimo terceiro salário 
proporcional aos meses do ano e férias 
 
 
proporcionais e vencidas (se possuir mais 
de doze meses na empresa). A afirmativa 
III é falsa, uma vez que está previsto na 
legislação o aviso-prévio e cumprimento 
dos dias trabalhados ou o pagamento 
respectivo pelo empregado (CLT, artigo 
487). A afirmativa IV é falsa porque o 
empregado não poderá sacar os recursos de 
sua conta vinculada no FGTS em caso de 
pedido de demissão. 
 
 Pergunta 3 
0 em 0,2 pontos 
 
 
Analise o fragmento a seguir. 
 
“A finalidade da instituição do FGTS foi 
proporcionar uma reserva de numerário ao 
empregado para quando fosse dispensado da 
empresa, podendo sacar o FGTS inclusive 
em outras hipóteses previstas em lei. Ao 
mesmo tempo pretendia-se, com os recursos 
arrecadados, financiar a aquisição de imóveis 
pelo Sistema Financeiro da Habitação. Na 
verdade, o objetivo principal do FGTS foi o 
de proporcionar a dispensa por parte do 
empregador, tendo este que pagar uma 
indenização sobre os depósitos do FGTS, 
liberando-os para o saque”. 
MARTINS, S. P. Direito do Trabalho. São 
Paulo: Atlas, 2013. p. 497. 
 
Retomando o que aprendemos e 
considerando o texto anterior, analise as 
afirmativas a seguir sobre o FGTS. 
 
I. O empregador deve recolher o valor 
correspondente a 6% da remuneração total 
paga ou devida ao empregado no mês 
anterior. 
II. É um depósito bancário destinado a 
formar uma poupança para o trabalhador, 
que poderá ser sacada nas hipóteses previstas 
em lei, sendo a principal quando é 
dispensado sem justa causa. 
III. O cálculo do valor a ser depositado é 
feito sobre algumas das importâncias que 
compõem a remuneração, mas não todas 
elas: os adicionais, comissões e outras 
verbas, por exemplo, não entram no cálculo. 
IV. É depositado pelo empregador a cada 
mês, sendo considerado uma contribuição 
social. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
Resposta Correta: a. 
II e IV. 
 
 
 
Comentário 
da resposta: 
A afirmativa I está incorreta porque o 
empregador deve recolher o valor 
correspondente a 8% da remuneração total 
paga ou devida ao empregado no mês 
anterior, como regra. A afirmativa II está 
correta, pois o FGTS é um depósito 
bancário obrigatório, uma contribuição 
social instituída com o principal objetivo 
de formar uma poupança para o 
trabalhador, cujos valores podem ser 
sacados nas hipóteses previstas em lei, 
considerando-se mais importante e comum 
o saque quando há dispensa sem justa 
causa. A afirmativa III está incorreta, uma 
vez que o cálculo do valor devido é feito 
sobre todas as importâncias devidas a título 
de remuneração. A alternativa IV está 
correta porque o FGTS é considerado 
contribuição social, depositado 
mensalmente com referência e cálculo 
sobre a remuneração do mês anterior. 
 
 Pergunta 4 
0 em 0,2 pontos 
 
 
Analise o excerto a seguir. 
 
“Quando o empregado perde o direito às 
férias, inicia-se uma nova contagem de 
período aquisitivo. Nesse ponto a CLT 
declara (art. 133, § 2o): ‘iniciar-se-á o 
decurso de novo período aquisitivo 
quando o empregado, após o implemento 
de qualquer das condições previstas neste 
artigo, retornar ao serviço’”. 
NASCIMENTO, A. M. Iniciação ao Direito do 
Trabalho. São Paulo: LTr, 2013. p. 329. 
 
Alguns afastamentos durante o período 
aquisitivo podem gerar perda total ou de 
parte do direito às férias. Assim, com 
relação ao direito às férias em situações 
de faltas ou afastamentos diversos, faça as 
devidas correspondências a seguir. 
 
1. Casos em que o empregado perderá o 
direito ao período de férias 
2. Casosem que, mesmo com a falta ou 
afastamento, o empregado não perderá o 
direito ao período de férias 
3. Casos em que o empregado perderá 
parcialmente o período de férias. 
 
( ) Se o empregado faltar 
injustificadamente por 30 dias no período 
de um ano. 
( ) Se o empregado permanecer em 
licença por período superior a 30 dias e 
 
recebendo salário. 
( ) Se o empregado não trabalhar, mesmo 
recebendo salário, por período superior a 
15 dias e inferior a 30, em ocasião de 
paralisação parcial ou total dos serviços 
da empresa. 
( ) Se o empregado se afastar do trabalho 
durante o período aquisitivo, em razão de 
doença ou acidente de trabalho, por seis 
meses ou mais, contínuos ou não, 
recebendo os benefícios correspondentes 
da Previdência Social. 
 
Agora, assinale a alternativa que contém a 
sequência correta: 
Resposta Selecionada: 
c. 
 
2, 3, 2, 1. 
Resposta Correta: 
d. 
 
3, 1, 2, 1. 
 
 
Comentário 
da resposta: 
A primeira asserção trata de uma 
situação em que o trabalhador mantém 
o direito a um período de férias, 
porém, reduzido, em razão do período 
de afastamento. Embora a legislação 
preveja a perda do direito no caso de 
faltas injustificadas, isto ocorre 
somente quando houver mais de 
32 faltas. De 24 a 32 dias de faltas 
injustificadas, ele terá um período de 
férias menor, de apenas 12 dias, mas 
não perderá o direito às férias. É o que 
determina a CLT, artigo 130. A 
segunda asserção traz uma situação 
em que há perda de férias, conforme 
prevê o artigo 133 da CLT: “Não terá 
direito a férias o empregado que, no curso do 
período aquisitivo: [...] II – permanecer em 
gozo de licença, com percepção de salários, 
por mais de 30 (trinta) dias”. A terceira 
asserção descreve uma situação em 
que o trabalhador segue com o direito 
a férias, pois não há previsão de perda 
na CLT. O texto do artigo 133, III, 
afirma que há essa consequência no 
caso de paralização de mais de 30 
dias, mas não de 15. A quarta asserção 
 
 
traz uma situação em que há perda do 
direito a férias, conforme determina a 
CLT (artigo 133, IV). 
 
 Pergunta 5 
0,2 em 0,2 pontos 
 
 
Leia o excerto a seguir. 
 
“Durante as férias, o empregado não deixa 
de receber seu salário, nem poderia isso 
ocorrer, pois as férias são remuneradas. No 
entanto, a remuneração das férias é a que 
seria devida ao empregado na data de sua 
concessão, ainda que se refira a período 
anterior”. 
MARTINS, S. P. Direito do Trabalho. 
São Paulo: Atlas, 2013. p. 640. 
 
Tomando por base o texto apresentado e o 
conteúdo que estudamos, considere o 
problema a seguir. 
 
João foi contratado para exercer 
determinada função e recebia por mês o 
valor total de R$ 1.500. No final de seu 
terceiro ano de trabalho, foi dispensado 
sem justa causa, quando já recebia por mês 
R$ 2.500, exercendo a mesma função. 
Levando-se em conta que a empresa não 
concedeu férias a João na época em que 
sua remuneração era, ainda, R$ 1.500, o 
pagamento relativo às férias, com a 
penalidade por não ter sido pago no 
período correto, será calculado com base 
na remuneração de: 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
R$ 2.500, calculando-se o valor em 
dobro, por não ter sido pago à época 
correta. 
Resposta 
Correta: 
a. 
R$ 2.500, calculando-se o valor em 
dobro, por não ter sido pago à época 
correta. 
 
Comentário 
da resposta: 
Pela legislação (CLT, artigos 134, 137 e 
142), o salário a ser considerado é o da época 
da concessão. Além disso, as férias são pagas 
em dobro se não forem concedidas no 
período subsequente ao chamado período 
aquisitivo, ou seja, no ano posterior aos 12 
meses trabalhados. No caso em análise, 
portanto, o empregado receberá pela última 
remuneração, no valor de R$ 2.500, e em 
dobro.

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