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92 UNISULMA – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO IESMA – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO MARANHÃO CURSO DE NUTRIÇÃO 3º SEMINÁRIO DAYANE KELLY DE OLIVEIRA FERNANDES HANNANDA FERNANDA PEREIRA TIBURCIO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Imperatriz 2010 93 DAYANE KELLY DE OLIVEIRA FERNANDES HANNANDA FERNANDA PEREIRA TIBURCIO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Trabalho apresentado ao Curso de Nutrição da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão para a obtenção de nota na disciplina de Estágio Supervisionado em Administração e Planejamento de Unidade de Alimentação e Nutrição. Supervisora: Nutricionista Poliana Queiroz da Rocha. Imperatriz 2010 94 Sumário 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................96 2. OBJETIVO .......................................................................................................................99 3. DEFINIÇÕES................................................................................................................100 4. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ...............................................................................103 4.1 Estrutura organizacional da empresa .......................................................................104 5. RECURSOS HUMANOS ..............................................................................................105 5.1 Admissão dos funcionários ......................................................................................105 5.2 Rotinas Diária do Setor e Cargos.............................................................................106 5.3 Das Normas..............................................................................................................108 5.4 Treinamento e Reciclagem ......................................................................................108 6. HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES ..........................................................109 6.1 Saúde ............................................................................................................................109 6.2 Higiene.....................................................................................................................110 6.2.1 Uniformes/ EPI’s ..............................................................................................110 6.2.2 Higienização das Mãos.....................................................................................113 6.2.3 Hábitos Comportamentais ................................................................................115 7. LOCALIZAÇÃO............................................................................................................116 8. INSTALAÇÕES.............................................................................................................117 8.1 Iluminação ...............................................................................................................117 8.2 Ventilação, Temperatura e Umidade .......................................................................117 8.3 Cores ........................................................................................................................118 8.4 Piso...........................................................................................................................118 8.5 Paredes e Divisórias.................................................................................................118 8.6 Portas / Janelas.........................................................................................................119 8.7 Forros / Tetos ...........................................................................................................119 8.8 Características Físicas dos Setores da Unidade .......................................................119 8.8.1 Setor Chefia ....................................................................................................119 8.8.2 Setor Recebimento ........................................................................................119 8.8.3 Setor Armazenamento ..................................................................................120 8.8.4. Pré-despensa .................................................................................................121 8.8.5. Área para armazenamento de alimentos, sob temperatura controlada .............121 8.8.6. Câmaras Frias ................................................................................................121 8.8.7. Açougue ..........................................................................................................122 8.8.8. Padaria ............................................................................................................122 8.8.9. Pré-preparo de saladas ................................................................................123 8.8.10. Área de Pré-Preparo......................................................................................123 8.8.11. Setor de Cocção.........................................................................................124 8.8.12. Setor de Lavagem de Panelas.................................................................125 8.8.13. Área de recebimento de utensílios ..........................................................125 8.8.14. Refeitório Geral ..........................................................................................125 8.8.15. Área para Depósito e higienização do material de limpeza..........................125 8.8.16. Área para instalações Sanitárias e Vestiários................................................126 9. CONTROLE DA POTABILIDADE DA ÁGUA ..........................................................126 9.1. Higienização do Reservatório de água.....................................................................126 10. MANEJO DE RESÍDUOS ..........................................................................................127 11. EQUIPAMENTOS ......................................................................................................127 11.1. Equipamentos Existentes......................................................................................128 11.2. Manutenção Preventiva e Calibração dos Equipamentos ....................................129 12. HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS ......................................129 95 12.1. Processos de Limpeza e Desinfecção...................................................................130 12.2. Procedimentos Básicos Para Higiene de Utensílios .............................................130 13. CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS E VETORES..........................................131 14. CONTROLES NA PRODUÇÃO................................................................................132 14.1. Higiene dos Alimentos ........................................................................................132 14.1.1. Verduras e Legumes .....................................................................................133 14.1.2. Frutas ............................................................................................................134 14.1.3. Cereais e Leguminosas .................................................................................134 14.1.4. Ovos ..............................................................................................................135 14.1.5. Óleos .............................................................................................................136 14.1.6. Bovinos, Suínos e Aves ................................................................................137 14.1.7. Pescados........................................................................................................138 14.2. Etapas de Produção ..............................................................................................138 14.2.1. Pré-Preparo de Carnes .................................................................................13814.2.2. Preparo de Carne ..........................................................................................139 14.2.3. Recebimento .................................................................................................139 14.2.4. Recomendações que Indicam o Bom Estado dos Alimentos........................144 14.2.5. Controle dos Fornecedores ...........................................................................146 14.3. Acondicionamento ...............................................................................................147 14.4. Armazenamento ...................................................................................................147 14.5. Congelamento.......................................................................................................149 14.6. Descongelamento .................................................................................................150 14.7. Refrigeração .........................................................................................................150 14.8. Dessalgue .............................................................................................................150 15. MEDIDAS COMPLEMENTARES PARA SANIDADE AMBIENTAL ..................151 16. ACONDICIONAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E ARMAZENAMENTO DOS PRÉ- PARADOS, PRONTOS E SOBRAS .....................................................................................152 17. CONTROLE DE QUALIDADE .................................................................................152 18. PROGRAMA DE RECOLHIMENTO DE ALIMENTOS .........................................153 19. REGISTROS ...............................................................................................................154 20. RESPONSABILIDADE TÉCNICA............................................................................154 21. CONCLUSÃO.............................................................................................................155 22. REFERÊNCIAS ..........................................................................................................156 ANEXOS................................................................................................................................157 Fluxograma Geral da UAN .................................................................................................158 PRODUTOS REFRIGERADOS PÓS-ABERTOS............................................................165 Os 8 Sensos ( 8 "S" ) ......................................................................................................187 96 1. INTRODUÇÃO UAN (Unidade de Alimentação e Nutrição), este setor vem trazendo grandes destaques dentro da indústria, evoluindo em pesquisas que contribuem para a melhora do serviço alimentar. Seja através de novos alimentos que garantam a segurança alimentar e que contribuam também para o acesso á população, proporcionando saúde, que está diretamente relacionada com a nossa alimentação. Dentro da UAN realizando a distribuição de forma correta e preservando a segurança tanto dos comensais como dos que trabalham no local como, por exemplo, do uso adequado dos EPI´s que são de fundamental importância dentro de uma cozinha normal como em uma cozinha industrial. A segurança no local sempre deve ser valorizada como também a segurança do alimento que está sendo produzido e que logo irá ser servido á um determinado grupo de comensais, evitando assim qualquer suscetibilidade de contaminação alimentar. Assim os alimentos são vistos como fonte energética que contribui diretamente no nosso desenvolvimento mental, psicológico e físico. Boas práticas de fabricação é um conjunto de regras e princípios que devem ser seguidos para obter-se um manuseio correto de alimentos desde a matéria-prima bruta até o produto final, assim garantido aos comensais uma alimentação segura. O setor de Alimentação Coletiva compreende aquele em que são desenvolvidas “atividades de Alimentação e Nutrição” realizadas nas Unidades de Alimentação e Nutrição, como tal entendidas as empresas fornecedoras de serviços de alimentação coletiva, serviços de alimentação autogestão, restaurantes comerciais e similares, hotelaria marítima, serviços de buffet e de alimentos congelados, comissárias e cozinhas dos estabelecimentos assistenciais de saúde, atividades próprias da Alimentação Escolar e da Alimentação do Trabalhador”. (Resolução CFN nº 380/2005). “Boas Práticas”: procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária”. (Resolução ANVISA RDC nº. 216/2004). Dentro de um local onde se produz alimentos a higienização e sanitização devem ser levadas a risca, pois não pode haver erro em relação a manipulação dos procedimentos adotados pela empresa, assim levando os questionamentos deste 97 local do pré-preparo até o ambiente que vai ser servido com rigor para evitar contaminação por bactérias, vírus, protozoários e fungos e dentre outros. A empresa deve ter cautela com as quantidades de produtos químicos utilizados na higienização e sanitização do ambiente, para evitar possíveis intoxicações. Torna-se, portanto, imprescindível a elaboração de um regimento interno, conhecido por Manual de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na área de Alimentos (MBP, que define os critérios e as normas que devem ser adotados a fim de nortear os procedimentos higiênico-sanitários nos estabelecimentos que produzam refeições). De acordo com a Resolução CFN nº380/2005, é um “documento formal da unidade ou serviço de alimentação e nutrição, elaborado pelo nutricionista responsável técnico, onde estão descritos os procedimentos para as diferentes etapas de produção de alimentos e refeições e prestação de serviço de nutrição e registradas as especificações dos padrões de identidade e qualidade adotados pelo serviço, devendo seu cumprimento e supervisionado por nutricionista”. As doenças de origem alimentar podem ser divididas em três grupos: Doenças vinculadas pelos microrganismos (bactérias, fungos, vírus, parasitas, protozoários, helmintos, e seus produtos tóxicos); Intoxicações químicas que são doenças advindas da ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos, substâncias raticidas e inseticidas colocadas como proteção contra pragas, mico toxinas; e de Origem Física, quando corpos estranhos ao alimento estão presentes no mesmo, como pedaços de metal e madeira, pregos, giletes. Através do Sistema APPCC (Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle) devem se avaliar a severidade dos perigos e riscos de doenças e determinar as situações nos quais estes perigos podem estar presentes, ou seja, pontos críticos de controle. A cada ponto crítico de controle deve se estabelecer os critérios de segurança e daí seguir monitorando, avaliando e medindo através de instrumentos todos os critérios estabelecidos corrigindo o processo sempre que estes não forem atingidos. Os pontos críticos podem ser controlados através de medidas de controle que envolve as temperaturas de cocção e refrigeração, tempos de manipulação e processamento, pH, acidez, e Aa. (atividade aquosa final dos alimentos). A câmara de refrigeração apresenta um ponto crítico, quando a temperatura, está acima dos valores considerados como critérios seguros, logo a 98 temperatura da câmara passa a ser um ponto crítico de controle que deverá ser monitorado constantemente e corrigida através da manutenção do equipamento. A cocção é um ponto crítico quando a temperatura interna do alimento, não atinge os valores considerados como critérios de segurança. Ao detectar esse ponto crítico faz-se necessário o monitoramento constante para adequar a temperatura interna do alimento e assim garantir a segurança do processo. 99 2. OBJETIVO Com a elaboração deste manual tem-se como objetivo orientar no decorrer de ações preventivas,esclarecer, ajudar a prevenir contaminações através da manipulação dos alimentos elaborados e também métodos de prevenção de segurança com a utilização dos EPI´s no Bom Apetite, assim realizando um trabalho eficaz e de qualidade. E para isto estarão descritas neste Manual as atividades e procedimentos que os manipuladores de alimentos devem adotar para garantir com que os alimentos produzidos tenham segurança e qualidade sanitária aos seus consumidores, e além disso atendam às Legislações Sanitárias Federais em vigor, RESOLUÇÃO-RDC N° 216/2004, PORTARIA VS/MS N° 326/1997. 100 3. DEFINIÇÕES Serviço de Alimentação: Estabelecimento onde o alimento é manipulado, preparado, armazenado e/ou exposto a venda, podendo ou não ser consumido no local. Alimentos preparados: São alimentos manipulados e preparados em serviços de alimentação, expostos à venda embalada ou não, subdividindo-se em três categorias: Alimentos cozidos, mantidos quentes e expostos ao consumo; Alimentos cozidos, mantidos refrigerados, congelados ou à temperatura ambiente que necessitam ou não de aquecimento antes do consumo; Alimentos crus, mantidos refrigerados ou à temperatura ambiente, expostos ao consumo. APPCC: Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. Armazenamento: É o conjunto de tarefas e requisitos para a correta observação de insumos e produtos terminados. Manipuladores de Alimentos: Qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato direto ou indireto com o alimento. Anti-séptico ou sanificante / desinfetante: Produto de natureza química utilizado para reduzir a carga microbiana a níveis aceitáveis e eliminar os microorganismos patogênicos. Boas Práticas (BP): São os procedimentos necessários para a obtenção de alimentos inócuos, saudáveis e sãos. Contaminação: Presença de substâncias ou agentes estranhos, de origem química, física ou biológica, que se considere nocivo ou não a saúde humana. Check-list: Lista de verificação contendo os requisitos que devem ser verificados na auditoria interna. Tem como objetivo padronizar a auditoria. Contaminação Cruzada: Contaminação de um alimento para outro por substâncias ou agentes estranhos, de origem biológica, física ou química, que se considere nocivos ou não para a saúde humana, através do contato direto, por manipuladores ou superfícies de contato. 101 Controle integrado de vetores e pragas urbanas: Seleção de métodos de controle e o desenvolvimento de critérios que garantam resultados favoráveis sob o ponto de vista higiênico, ecológico e econômico. Desinfestação: É a eliminação das pragas. EPI: Equipamentos de Proteção Individual, todo dispositivo de uso individual de fabricação nacional ou estrangeira destinada a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Higienização: Procedimentos de limpeza e sanitização. Limpeza: É a eliminação da terra, restos de alimentos, pó ou outras matérias indesejáveis. Manipulação de alimentos: São as operações que se efetuam sobre a matéria-prima até o produto terminado, em qualquer etapa do processamento, armazenamento e transporte. Monitorização: Inspeção de indícios de focos com registro de ocorrências em planilhas próprias, servido para analise da eficiência do programa e necessidade de implementação de ações preventivas e corretivas. Não- conformidade: Não atendimento de um requisito especificado em legislação sanitária. Produção/ Elaboração/ Manipulação: É o conjunto de todas as operações e processo praticado para a obtenção de um alimento. Praga: Todo agente animal ou vegetal que possa ocasionar danos materiais ou contaminações com riscos á saúde, segurança e qualidade. Praguicida: Qualquer substância química utilizada para controle de pragas animais ou vegetais. Perigo: Contaminação inaceitável de natureza biológica, química ou física que pode causar dano a saúde ou integridade do consumidor. PC – ponto de Controle: Ponto ou etapa onde o perigo é controlado preventivamente pelas BP/POP. PCC – ponto critico de controle: Ponto ou etapa na qual o perigo vai ser controlado, não havendo possibilidade de ser controlado preventivamente. POP - procedimento operacional padrão: Procedimentos operacionais padronizados e documentados em forma de planilhas ou check - list apropriado. Seguro/ inócuo: Que não oferece risco à saúde e a integridade física do consumindo. 102 Registro: Consiste em anotação em planilha e/ou documento, apresentando data e identificação do funcionário responsável pelo seu preenchimento. Resíduos: Materiais a serem descartados, oriundos da área de preparação e das demais áreas de serviço de alimentação. 103 4. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Razão Social: Bom Apetite Refeições Industrial Ltda. Endereço: Rodovia BR 220, S/N- KM 08 – Margem Direita, Zona Rural, Estreito/MA. CNPJ: 05.457.769/0003-19 Horário de funcionamento da empresa: 24 horas Responsáveis: Gilmar Costa de Melo (Sócio Proprietário) Hallysson Saliba de Melo (Diretor Admnistrativo) Responsável Técnico: Poliana Queiroz da Rocha (Nutricionista) RG: 2057050 CRN 6 – 0052/5 Alvará Sanitário: Está em anexo. Lista de Produtos Manipulados: Alimentos perecíveis e não perecíveis, produtos descartáveis e material de limpeza. Equipe de Boas Práticas: Supervisor de Qualidade de Alimentos, Chefe de seção, Chefe de Higienização das mãos, cozinheiro, assistente de cozinha, auxiliar de cozinha e serviços gerais. 104 4.1 Estrutura organizacional da empresa Organograma DIRETOR ADMINISTRATIVO Halisson Saliba de Melo GERENTE DE PRODUÇÃO Marta Ione NUTRICIONISTA Poliana Queiroz da Rocha COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE QUALIDADE SUPERVISÃO DE CONTROLE DE QUALIDADE CHEFES DE SEÇÃO Cozinheiros Aux. e Ass. de Cozinha Açougueiros Aux. Serviços Gerais GERENTE PROPRIETÁRIO Gilmar Costa de Melo 105 5. RECURSOS HUMANOS N° total de funcionários: 218 Turno Matutino (1° turno): 94 Turno Vespertino (2° turno): 74 Turno Noturno (3° turno): 34 Horário Comercial: 13 Por escala: 03 N° de funcionários por cargo: Cozinheiro: 08 Assistente de Cozinha: 25 Auxiliar de Cozinha: 108 Açougueiro: 06 Auxiliar de Açougue: 02 Auxiliar de Serviços Gerais: 43 Assistente de Manutenção: 02 Almoxarife: 02 Chefe de Seção: 05 Supervisor de Controle de Qualidade: 03 Nutricionista: 02 Gerente Administrativo: 01 Assistente Administrativo: 01 Técnico de Segurança do Trabalho: 01 Motorista: 03 Supervisor de seção: 06 5.1 Admissão dos funcionários O processo de recrutamento e seleção de funcionários acontece através de análise de currículo e entrevista. Quando detectada a necessidade de mão de obra é solicitada autorização para contratação ao Diretor da Empresa, que repassa essa solicitação ao RH que 106 elabora o perfil dos funcionários que atenderão as necessidades da Empresa, após processo seletivo quando aprovado o candidato é encaminhado para exames médicos descritos no PCMSO da Empresa e após realização de todos os exames recebe relação de documentos necessários para a admissão e repassado ao DP onde é efetivada a contratação. O Treinamento inicial é oral realizado pela Nutricionista e pela técnica de segurança, sendo abordados temas sobre Higiene Pessoal, manipulação de alimentos e Segurança no Trabalho. No ato da contratação recebem uniformes adequados para a função e os EPI´s necessários. Os manipuladores são contratados de acordo com sua capacidade de desenvolver as atividades diárias de manipulação e preparo dos alimentos, de modo a garantir a segurança e a qualidade dos mesmos, sendo capazes de demonstrar que podem entender, cumprir e manter os requisitos de boas práticas. Não é permitido em qualquer momento, o comprometimento da qualidade ou segurança dos alimentos elaborados devido à falta de pessoal. 5.2 Rotinas Diária do Setor e Cargos Nutricionista Realiza check-list da Unidade inicialmente, conferindo presença dos funcionários, uso de adornos, roupas e calçados adequados, uso EPI’s,higiene dos setores, necessidades dos setores e etc; Orientar sobre a técnica de preparo dos alimentos; Supervisionar a distribuição de refeições; Supervisionar a distribuição da dieta e sua aceitação; Orientar o estagiário de nutrição sobre as atividades a serem desenvolvidas pelo mesmo; Registrar as intercorrências no livro ata; Colaborar nas atividades de treinamento; Elaborar os cardápios e encaminhá - los a produção e ao CRT; Analisar os relatórios de produção da unidade; Planejar ações e encaminhar para posterior aprovação da direção; Execução de atividades afins. 107 Almoxarife Registra a entrada e confere os itens necessários a produção das refeições conforme o cardápio previsto; Supervisiona a validade e higiene dos produtos do almoxarifado e câmara fria’; Seleciona os itens e inicia a retirada dos mesmos do depósito com o devido registro dos dados; Confere a lista do registro das refeições do dia anterior e anota no mapa de controle de refeições servidas; Confere os alimentos do depósito, arruma e conforme seja o dia recebe e confere os gêneros que os fornecedores executam a entrega; Informa diariamente a nutricionista sobre os itens que são recebidos e utilizados pelo setor; Seleciona os itens a serem utilizados para o inicio das atividades no dia seguinte; Cozinheiro Confere os itens e inicia o preparo dos alimentos Ajuda no preparo do desjejum dos funcionários; Inicia o preparo das carnes; Inicia o preparo do arroz, feijão e acompanhamentos; Inicia a distribuição de refeição dos funcionários e colaboradores Limpa o fogão, desocupa as panelas; Inicia a preparação para o próximo cozinheiro. Assistentes e Auxiliares de Cozinheira Ajuda na distribuição dos alimentos. Auxilia os cozinheiros no pré-preparo e preparo das refeições; Auxilia os cozinheiros na arrumação do balcão térmico e porcionamento das refeições. Auxilia higienização e organização do setor; 108 5.3 Das Normas Os funcionários do Serviço de Nutrição e Dietética deverão obedecer às seguintes Normas administrativas: Todos os funcionários deverão cumprir, rigorosamente, o horário de trabalho estabelecido; Todo o funcionário deverá trabalhar devidamente uniformizado; A entrada de pessoas estranhas ao Serviço de Nutrição e Dietética deverá ser autorizada pela direção da Empresa; Os documentos, livros, pastas e outros materiais pertencentes ao serviço, não poderão ser retirados sem a autorização da chefia da mesma; Todo o processo de compras será enviado ao setor responsável para tal; As mercadorias requisitadas pelo Serviço de Nutrição só serão recebidas quando os dados da nota fiscal e dos produtos forem idênticos àqueles que foram solicitados; É obrigatória a higienização diária de todas as áreas do Serviço de Nutrição; Deverá ser mantido um controle diário dos gêneros e materiais utilizados no serviço; Deverão ser elaborados mapas mensais de consumo de gêneros e refeições servidas, classificados por tipo, comensal e centro de custos; Deverá ser efetuada a provisão de gêneros, equipamentos e utensílios necessários para o bom andamento dos serviços. 5.4 Treinamento e Reciclagem Os treinamentos e reciclagem além de capacitar os funcionários para uma atividade específica, auxiliam para desenvolver seu potencial. O treinamento permanente qualifica o funcionário, desencadeia o seu potencial, capacita para tomada de decisões e estimula o trabalho em equipe. A qualidade dos serviços está intimamente relacionada com a forma como os funcionários são treinados. Uma vez treinados eles mesmos estabelecerão padrões de desempenho que elevarão a qualidade dos serviços. Os funcionários desta empresa passam por treinamento 109 mensal e de acordo com a necessidade onde são abordados diversos assuntos em relação à conduta profissional e boas Práticas de Manipulação, além dos cuidados necessários a segurança do trabalho. Todos os funcionários são esclarecidos quanto aos procedimentos em relação à manipulação dos alimentos. É realizado dinâmica em grupos a fim de despertar a atenção. Sempre que possível chama se atenção com dinâmicas de motivação e trabalho em equipe. 6. HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES 6.1 Saúde O profissional saudável garante um produto com garantia de qualidade.Todo exame clínico é realizado com consulta ao médico do trabalho. A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde exige que as pessoas que mantêm contato com os alimentos devem submeter-se aos exames médicos e laboratoriais que avaliem as condições de saúde antes do início de sua atividade e/ou periodicamente, após início das mesmas. (Portaria n° 326/97). Portanto, conforme determinação é realizada o controle médico de saúde ocupacional nos funcionários da empresa, objetivando avaliar e prevenir as doenças adquiridas no exercício de cada profissão. De acordo com PCMSO da empresa é realizado exames adimensionais, cujo os exames exigidos variam de acordo com a função que o funcionário irá ocupar na empresa. Dentre os exames que são exigidos para todas as funções estão: Ergonômicos, Mecânicos, Hemograma c/ plaquetas, Parasitológico, EAS, Exame Clínico Ocupacional. Após a admissão a periodicidade para realização dos exames é anual. Ainda visando a qualidade da saúde dos funcionários a empresa implantou “Ações de Conscientização Coletiva”, onde convida um profissional da saúde para contemplar os funcionários com palestras e eventos que abordem alguns assuntos, tais como: ergonomia, tabagismo, alcoolismo, outras drogas, DST, doenças do coração, diabetes, obesidade, sedentarismo, dentre outras. Os funcionários doentes ou feridas/lesões: são atendidos pelo médico do trabalho de acordo a gravidade o funcionário é afastado ou somente muda de ocupação. 110 Também faz parte do controle de saúde dos funcionários o treinamento de integração, oferecido pelo CRT (Consórcio Rio Tocantins). Com duração de 01 dia, este treinamento visa abordar a política da empresa e todos os cuidados necessários em relação ao desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente, controle de acidentes e normas da segurança do trabalho, além de favorecer ao iniciante uma prévia do serviço realizado pela empresa. Todos os funcionários da obra, independente de ser de empresas terceirizadas ou do CRT, devem passar pelo treinamento. 6.2 Higiene 6.2.1 Uniformes/ EPI’s O tipo de uniforme que é distribuído aos funcionários varia de acordo com sua função. Para os funcionários que trabalham na linha de produção de alimentos, o uniforme é de cor branca (Cozinheiros, Auxiliares e Assistente de Cozinha, padaria e Açougueiros) e os responsáveis pelos serviços gerais o uniforme é de cor azul. É fornecido 2 conjuntos de uniformes (blusa, calça, avental, bota), cujo a exigência da empresa é que o funcionário sempre os mantenham limpos e que os mesmos sejam trocados diariamente. A higienização dos uniformes é realizada nas próprias residências dos funcionários. Sobre os EPI's é de suma importância o uso destes equipamentos, pois preserva a boa integridade física dos funcionários, protegendo-os dos perigos que estão expostos diariamente no próprio trabalho. Assim, periodicamente é realizado treinamentos de conscientização da importância dos mesmos. De acordo com o conteúdo do PPRA, é definido o EPI’s necessário aos funcionários para o cumprimento adequado de suas funções. Esta lista de EPI’s é colocada a disposição do funcionário em seu setor de trabalho através de placas e cartazes. Vejamos quais os equipamentos necessários que devemos encontrar no nosso ambiente de trabalho: Óculos de proteção Luvas descartaveis (Polietileno) 111 Luvas de proteção térmica Máscara Luvas de látex Aventais de proteção térmica Calçados echados e anti-derrapante Botas anti-derrapante de cano longo Touca para cabelo Uniforme de acordo com a função. Uso correto de luvas: Quandonão for possível a utilização de utensílios, o uso de luvas descartáveis deverá ser feito, especialmente nos seguintes casos: Luvas decartáveis de polietileno Manipulação dos alimentos prontos para o consumo, que já sofreram algum tratamento térmico (cozidos, assados ou fritos); Preparo e manipulação de alimentos prontos para o consumo, que não sofrerão tratamento térmico; Alimentos crus, como folhas e legumes usados em saladas, que já foram adequdamente higienizados; * OBS: 1. Estas luvas devem ser substituídas sempre que o funcionário for trocar de atividade. 2. Quando houver risco de acidente de trabalho, a luva descartável não deve ser usada. Ex.: manuseio de fornos, fogões, etc. Luvas de látex descartável As luvas de látex oferecem proteção,devendo ser utilizadas sempre que se fizer necessário, como na manipulação e preparo dos alimentos, na realização da limpeza, sempre que for manusear produtos químicos, etc. Luvas de proteção térmica Estas luvas são utilizadas para que o funcionário não venha a sofrer queimaduras graves ao manipular formas, assadeiras, caldeirões, fornos e fogões com altas temperaturas. 112 Luvas de malha de aço Indicado como ítem de segurança para a manipulação de carnes cruas. Para manipulação de hortifruti já prontos para o consumo não é indicado devido a dificuldade de higienização da mesma. Quando extremamente necessário nesta atividade, devem ser exclusivas, devidamente higienizadas, revestidas com luva descartável. Após sua utilização, lavar com detergente, enxaguar com água corrente e desinfetar sob fervura por 15 minutos. Guardar em local apropriado, limpo e seco. * ATENÇÃO As luvas devem ser utilizadas somente para o fim a que se destinam, ou seja, nunca devem ser utilizadas para limpar algo que caiu no chão, para abrir uma geladeira ou gaveta, ou para qualquer outra atividade. Nunca lavar as luvas descartáveis a fim de reutiliza-las Não fazer destes equipamentos brinquedos, mas sim uma proteção para nossa própria segurança. Máscaras: Caso sejam utilizadas, devem seguir as recomendações: Ser descartável Ser trocada a cada 15 minutos e/ou de acordo com a necessidade. É realizado o DDQSM pela técnica de segurança do trabalho, onde são passadas orientações de medidas preventivas de acidentes como: Os colaboradores envolvidos deverão utilizar os equipamentos de proteção individual; Sempre isolar a área em que esteja sendo executadas atividades de limpeza, utilizando placas de sinalização indicativa, objetivando evitar que outros colaboradores possam escorregar; Cuidado ao manusear rodo/vassouras; Fazer avaliação do risco antes do início das atividades, observarem a existência de fios de energia exposto e equipamentos energizados; Sempre solicitar o auxílio de outro colaborador para transportar recipientes com peso acima de 20Kg; Sempre fazer o resfriamento do material antes de tocá-lo, a fim de evitar contato direto com recipiiente em temperatura elevada; 113 As cubas deverão ser lavadas em bancada de acordo com a estatura do colaborador, para evitar postura inadequada. Ao abrir a tampa das caldeiras nunca ficar á frente da abertura, o colaborador deverá posicionar-se sempre na lateral; Cuidado ao manusear os utensílios, carrinhos, cubas, nunca encher demasiadamente a mesma; Só fazer a higienização do equipamento com o mesmo desligado da tomada; O corte de frios deve ser execultado por pessoas com experiência e/ou prática no equipamento; Operar a máquina de corte com calma ficando atento para não prensar os dedos; Para corte de carne usar luvas de malha de aço; Durante a fritura, permanecer na área somente pessoas envolvidas na atividade; 6.2.2 Higienização das Mãos A empresa assegura a disponibilidade constante dos itens utilizados na higienização (sabão, escova, água, anti-séptico, papel toalha, etc.) mediante a escalação de um funcionário responsável pela verificação sistematizada da disponibilidade desses itens nos locais de utilização. E ainda panfletos ilustrativos da forma correta de higienizar as mãos. Procedimentos: Lavar a torneira; Umedecer as mãos e antebraços com água; 114 Colocar detergente neutro e inodoro sobre as mãos úmidas; Utilizar o detergente com saboneteiras dosadoras; Enxaguar bem as mãos e antebraços com papel toalha descartáveis de cor clara, não reciclável. Aplicar álcool gel nas mãos; Deixar secar naturalmente; * Frequência Recomendada para Lavar as Mãos Antes de manipular alimentos; Antes de iniciar um novo serviço; Antes de tocar em utensílios higienizados; Antes e após o uso de luvas; Toda vez que as mãos estiverem sujas; Quando chegar ao trabalho; Antes e depois de usar o sanitário; Depois de usar panos de limpeza esfregões e materiais de limpeza; Depois de recolher o lixo e outros resíduos; Depois de tocar em alimentos não higienizado ou alimentos crus; Depois de tocar em sacarias; garrafas e caixas; Depois de tocar em dinheiro ou sapatos; Na troca de tarefa-principalmente entre alimentos crus e cozidos; 115 Depois de tossir, espirrar ou assuar o nariz. 6.2.3 Hábitos Comportamentais Os funcionários são orientados, nos treinamentos e sempre que necessário, sobre hábitos comportamentais em relação a higiene pessoal. Caso haja alguma falha ou comportamento inadequado de alguma dessas obrigações o funcionário é chamado em particular e é feito a ação corretiva no momento, caso se repita há uma advertência escrita e esses registros são feitos em planilhas arquivadas na sala da nutricionista. Higiene Pessoal Os funcionários que trabalham na área de preparo dos alimentos utilizam farda branca, composta por calça e camisa branca, avental preto, touca, bota de borracha e luvas, quando se faz necessário. Os funcionários da limpeza possuem uniforme diferenciado dos demais, composto por camisa e calça na cor azul, bota e luva de borracha, touca e avental de plástico sempre que necessário. É exigido dos funcionários que lidam diretamente com os alimentos, a higiene nas atividades diárias, ou seja: Usar uniforme completo mantendo-o sempre limpo, trocando-o diariamente e usando-o somente no local de trabalho. Não usar desodorante ou perfume com cheiro forte. Manter o cabelo curto e aparado, e preso sob a touca. Manter as unhas curtas e aparadas, jamais esmaltadas. Manter a barba aparada. Limpar, cobrir e proteger qualquer ferimento. Comunicar a chefia a ocorrência de ferimentos ou doenças transmissíveis por alimentos ou acidente de trabalho. Manter os sapatos e botas limpas. Manter uma postura adequada à sua função. Não usar acessórios e bijuterias como brincos, anéis, alianças, correntes, pulseiras, relógios, etc. 116 Não é permitido coçar a cabeça, introduzir o dedo nas orelhas, nariz e boca, cuspir no ambiente de trabalho, enxugar as mãos no uniforme, tossir ou espirrar próximo do alimento, comer qualquer produto ou ingrediente na área de preparação. Proibido fumar nas dependências de processamento de alimentos. Não é permitido mascar chicletes, manter palitos de dente, ou fósforos na boca, nem manter objetos como lápis, caneta ou cigarro atrás das orelhas. Lavar as mãos após a fazer uso do sanitário. Manter limpo e organizado o vestiário. Não degustar comida nas mãos ou em utensílios que estão sendo utilizados. Retirar avental antes de ir ao sanitário. Roupas e pertences pessoais não podem entrar na área de processamento. Existe um banheiro exclusivo para funcionários com pia para lavagem das mãos com porta saboneteira e porta anti-séptico, com papel toalha não reciclável, lixeira com tampa acionada por pedal e mictórios. 7. LOCALIZAÇÃO O Restaurante Bom Apetite localiza-se na Rodovia BR 220, S/N- KM 08 – Margem Direita, Zona Rural, UHE – Estreito/MA. A construção da Unidade está localizada no térreo, com arredores cercados por cascalho e brita. Não oferecendo riscos ascondições gerais de higiene e sanidade, ou seja, livre de focos de insalubridade, lixo, objetos em desuso, animais, insetos, e roedores. Possui acesso direto e independente. Possui forma retangular, o que propicia melhor disposição dos equipamentos, minimiza caminhada e conflito de circulação, reduz as fases operacionais, facilita a higienização e a supervisão dos trabalhos. A configuração das áreas de preparação dos alimentos deve propiciar um fluxo linear, sem cruzamento de atividades entre os vários gêneros de alimentos. Se não houver áreas separadas para os vários gêneros, deve existir no mínimo um local para pré- 117 preparo de produtos crus, um local para preparo final, (produção quente e frio), além da área de lavagem de utensílios, evitando a contaminação cruzada. 8. INSTALAÇÕES A área conta com suprimento adequado de: eletricidade (monofásica e trifásica) gás, água tratada e esgoto. 8.1Iluminação A iluminação é distribuída uniformemente pelo ambiente garantindo boa visibilidade, livre de ofuscamentos, sombras, cantos escuros, reflexos fortes e contrastes excessivos. Embora a iluminação mais recomendada seja a natural, também existe iluminação artificial que se faz necessária. Não alterando as características sensoriais visuais dos alimentos. As lâmpadas e luminárias não possuem revestimento, sendo que as mesmas devem estar limpas e em bom estado de conservação. Todo sistema elétrico deve apresentar-se em bom estado de conservação e possuir conexões isoladas que possibilitem a limpeza. 8.2Ventilação, Temperatura e Umidade A ventilação deve ser adequada para proporcionar a renovação do ar, remover o ar viciado, garantir o conforto térmico e manter o ambiente livre de fungos, gases, fumaça, gordura, e condensação de vapores. Esse conforto térmico é garantido pela abertura de janelas e coifas. Nas áreas de manipulação e produção, a circulação deve ser assegurada por meios naturais através de sistemas de exaustão do ar, controlados por filtros, não sendo permitido o uso de ventiladores ou aparelhos de ar condicionado. A cozinha do bom apetite encontra-se com exaustores mantendo uma ventilação regular. O fluxo de ar deve ser direcionado da área limpa para a área suja. Cabe ressaltar que o ar condicionado e o ventilador são equipamentos que não atendem 118 estes requisitos e, portanto não devem ser utilizados nas áreas de processamento e manipulação dos alimentos. Para operações em unidades de alimentação e nutrição considera se compatível uma temperatura de 22° a 26° C, com umidade relativa de 50 a 60%. 8.3Cores A associação brasileira de normas técnicas determina as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenir acidentes. Vermelho: é usado para distinguir e identificar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio, sendo muito usados nas áreas de alarme, hidrantes, extintores de incêndio e portas de saída de emergência. Amarelo: é utilizado para indicar cuidado e atenção sendo comum em parapeitos, corrimões, portas de escada, etc. Verde: indica segurança, sendo usado em caixas e equipamentos de socorro de urgência, quadro de avisos e exposição de cartazes. Branco é empregado em áreas de bebedouros, áreas de armazenagem e zonas de segurança. Para as instalações das unidades de alimentação devem se utilizar as cores claras, como branco, creme, areia e outros, onde é de fácil visualização as sujidades 8.4Piso O piso é de cor clara anti- derrapante. Possui inclinação suficiente para o escoamento de água em direção aos ralos. 8.5Paredes e Divisórias Possui acabamento liso com azulejos de cor clara ( 1,8 M de altura), com características duráveis, resistentes a limpezas freqüentes e isentas de fungos e bolores. 119 8.6Portas / Janelas As portas possuem superfícies lisas, a de acesso à área externa da Unidade possui telas de fácil higienização e vidros nas portas internas para melhor visualização e iluminação entre os setores da unidade. 8.7Forros / Tetos O teto é de cor clara, forrado com material tipo compensado. 8.8Características Físicas dos Setores da Unidade A área interna da UAN é constituída dos setores: chefia, recebimento, armazenamento, cozinha industrial, salada, açougue, padaria e área de higienização de pratos e bandejas. 8.8.1 Setor Chefia É subdividido em três salas: sala da Nutricionista, da Administração e da Direção, onde a sala da nutricionista está diretamente ligada a área de cocção, possuindo duas janelas com vidros que permite a melhor supervisão das operações de processamento das refeições. É também utilizada pelo Coordenador de Controle de Qualidade e Técnico de Segurança, nela possui uma bancada anexada à parede onde é utilizada como mesa com 3 cadeiras, 1 prateleira e 2 arquivos. Da sala da nutricionista há uma porta de acesso para a sala da Administração, na qual é utilizada pelo gerente administrativo e assistente administrativa. Nesta sala da administração há duas portas, onde uma dá acesso a sala da Direção e outra que dá acesso a área externa da unidade. 8.8.2 Setor Recebimento Localiza-se na entrada da unidade. As mercadorias são inspecionadas no momento do recebimento, bem como observados alguns itens: data de validade e 120 fabricação; características sensoriais (cor, odor, textura, sabor) e no caso de carnes, verifica-se o selo do Ministério da Saúde e nº de registro. O espaço físico é suficiente para comportar a entrega das mercadorias. Os hortifruti são acondicionados em caixas plásticas (monoblocos vazados), sendo que os legumes e verduras são colocados na câmara própria, juntamente com as frutas. Ressalto, que antes do mesmo ser armazenado na câmara fria, é realizado uma pré higienização no setor de pré-levagem de hortifrutis. 8.8.3 Setor Armazenamento Localiza-se próximo ao recebimento, facilitando o armazenamento de mercadorias e evitando a circulação (transporte) das mesmas pelas áreas da UAN, o que poderia comprometer a qualidade dos gêneros, principalmente os perecíveis. É constituído de depósito e câmaras. O depósito é o local onde são armazenados todos os gêneros não perecíveis em temperatura ambiente; possui uma iluminação natural que é auxiliada por lâmpadas fluorescentes. Existe janela que facilita a ventilação. O piso é de cerâmica, de fácil higienização. As mercadorias são estocadas de acordo com a variedade e gêneros, havendo várias prateleiras afastadas da parede para que haja uma circulação de ar adequada. As mercadorias (alimentos) são armazenadas por período de validade, onde os mais antigos são posicionados de maneira a serem consumidos em primeiro lugar (princípio PEPS – Primeiro que entra, primeiro que sai). No setor de armazenagem existem espaços que permitem o controle de entrada e saída das mercadorias, requisições, etc. O espaço físico comporta bem as mercadorias de modo que as mesmas não ficam amontoadas, facilitando a saída conforme a sua freqüência. O setor de armazenamento garante as condições ideais para conservação de gêneros alimentícios, permitindo um controle eficaz. Possui um computador, para dar saída das mercadorias, escrivaninha, mesa, arquivo e dois ventiladores que propicia a circulação de ar. 121 8.8.4. Pré-despensa É um local a onde se guarda os alimentos para a hora do pré-preparo e quando necessário pegar um alimento embalado com maior agilidade e a embalagem já higienizada, pronta para ser utilizado. Também é a onde pode deixar embalagens descartáveis armazenadas, para a hora que for necessária a reposição deste descartáveis durante as refeições servidas. 8.8.5. Área para armazenamento de alimentos, sob temperatura controlada Destina-se a estocagem de gêneros perecíveis em condições ideais de temperatura e umidade. Devido à grande diversificação das características dos alimentos utilizados, recomenda-se a instalação de câmaras frigoríficas ou geladeiras: com temperatura até 4° C para conservação de carnes, outra com temperatura até 10° C para laticínios,frutas e verduras. No caso de possuir apenas uma Câmara ou geladeira, a temperatura deve ser regulada para o alimento que requeira a menor temperatura. A necessidade de instalação de câmaras de congelamento deve ser analisada em função das facilidades de abastecimento, freqüência de utilização e quantidade do produto adquirido. Deve ser de revestimento de material lavável e resistente Nível do piso igual ao da área externa, para facilitar o transporte de mercadorias. Inexistência de ralos internos, mesmo quando sinfonados. Termômetros, permitindo a leitura da temperatura, Porta hermética, revestida em aço inox ou outro material adequado, ferragens cromadas e dispositivos de segurança que permitam abertura por dentro. 8.8.6. Câmaras Frias As câmaras frigoríficas são duas sendo uma para carnes, congelados e peixes e a outra para armazenamento de laticínios e hortifrutigranjeiros. Também fica armazenado neste local, em razão do pouco espaço, o pré-preparo de carnes para o dia seguinte. 122 A câmara de vegetais localiza-se próximo ao açougue e a câmara de carnes fica próxima ao corredor de passagem ao lado do estoque. Portanto localizadas próximo ao recebimento, o que facilita o armazenamento dos gêneros perecíveis. Ambas as câmaras são dotadas de termômetros encontrados no lado de fora do tipo mostrador, nos quais são realizadas leituras de temperatura diariamente e relatados no check-list diário que é realizado pelo supervisor da qualidade. A temperatura média das câmaras é a seguinte: Carne: - 4 à -18c Hortifruti e laticínios: 6 a 10° C As câmaras são adequadas ao serviço de alimentação, apresentando as características recomendadas para o estoque de gêneros alimentícios em condições ideais de temperatura e umidade. Os funcionários utilizam capa e luvas térmicas para entrar nas câmaras, além do uniforme convencional. 8.8.7. Açougue É o setor responsável pelo corte, pré-preparo e distribuição de carnes. As paredes são revestidas por azulejos até altura de 1,80m, possui piso de cor clara e de fácil higienização a porta é de vai e vem no material de compensado com cortina vazada. Dispõe de bancadas para manipulação das carnes e 01 tanque para descongelamento, além de 01 Lavabo para higiene e sanitização das mãos. Possui utensílios exclusivos do setor (tábuas p/ carne, facas), 01 serra fita, 01 balança, 01 pia com cuba grande, 01 amaciador de carne e um mine armário. A higienização do local é realizada de acordo com a necessidade e ao final do expediente. 8.8.8. Padaria É o setor responsável pelo preparo de alimentos que são servidos como lanche e ceia. Fica localizada em local distinto e próximo do setor de cocção. Possui paredes revestidas em azulejos (1,80m de altura) e possui os seguintes equipamentos: 01 Fatiador de queijo e presunto; 01 Armário; 123 02 Batedeira; 01 Modelador de pão; 01 Máquina de fazer farinha de rosca; 01 Masseiro; 02 Cilindro; 03 Grade com formas; 01 Mesa de preparo de pães; 01 Descansador de pães; 01 Geladeira. Antes de sair da padaria todos os alimentos são etiquetados com data de validade e fabricação, e caso não seja utilizado no mesmo dia, armazenados na câmara fria. 8.8.9. Pré-preparo de saladas Esta Localizada juntamente com o setor de cocção, porém em ambiente separado e distinto. Não possui paredes. O espaço é adequado comportando: 01 pia com duas cubas para lavagem e desinfecção de frutas e verduras que serão utilizados para as saladas; 02 bancadas; 01 picador de legumes; 01 magrelas. 8.8.10. Área de Pré-Preparo Neste local são realizadas as operações preliminares de confecção, como descascar e cortar as verduras e legumes que serão utilizados nas preparações, fatiar frios, higienizar e abrir latas. Este local dispõe dos seguintes utensílios: 01 Geladeira (onde são armazenados os produtos pós abertos, e todos os produtos que forem cortados ou fatiados utilizados para as preparações do dia); 01 Liquidificador industrial; 02 Magrelas; 124 03 Descascadores; 01 Pia com duas cubas; 01 Prateleira (utilizada para armazenar produtos que são utilizados nas preparações como temperos); 03 Depósitos de lixo (azul, amarelo e vermelho); 01 Pia (a mesma utilizada para cocção). 8.8.11. Setor de Cocção É o setor onde ocorre a produção propriamente dita das refeições. Fica localizado na parte central da cozinha, entre o setor de pré-preparo e a distribuição das refeições, posição esta que facilita o andamento do serviço. Esta área é composta pelos seguintes utensílios: 05 Exaustores; 02 Fogões com 8 queimadores; 07 Caldeirões: 03 com capacidade de 500l 01 com capacidade de 300l 03 com capacidade de 250l 02 Fornos; 02 fritadeira elétrica 49 Panelas (com diferentes capacidades, que são utilizadas de acordo com a quantidade de alimento que será preparada); 06 Escorredores de macarrão grande; 07 Escorredores de macarrão pequeno; 04 Frigideiras grande; 02 Pias para higienização das mãos (contendo papel toalha, sabonete líquido e álcool); A limpeza da área é feita frequentemente, principalmente ao término do preparo das refeições. Possui iluminação elétrica e natural provinda uma parte do teto outra das janelas. O piso é de cerâmica na cor clara e a área toda possui grelhas em volta para o escoamento de água. As paredes de azulejos na altura de 1,80m na cor clara. 125 8.8.12. Setor de Lavagem de Panelas Está localizado junto com o setor de cocção, sendo o piso revestido de cerâmica na cor clara e as paredes de azulejos brancos, possui ralos para o escoamento da água e é constituído de: 01 Pia com 1 cuba grande; 02 Prateleiras; 02 Pia com 2 cubas; 01 Torneira fixada na parede. 01 Páletes na cor azul para disposição de Utensílios. 8.8.13. Área de recebimento de utensílios Na Unidade existe uma área de recebimento de utensílios (pratos e talheres). Nesta área é efetuada a higienização dos utensílios. Dispõe de uma pia com duas cubas, bancadas de apoio, uma prateleira para guarda dos utensílios higienizados e uma máquina de esterilizar os pratos. 8.8.14. Refeitório Geral O refeitório possui ambiente não climatizado somente com ventiladores e capacidade de 1328 acomodações (166 mesas com 08 bancos). Neste local há espaço suficiente para circulação de funcionários e clientes. Possui 5 balcões térmicos (água entre 80 e 90°C) e 01 leiteira elétrica e 05 bebedouro, além de 04 mesas de apoio para pratos, talheres e copos descartáveis. 8.8.15. Área para Depósito e higienização do material de limpeza Os materiais e objetos de limpeza, tais como vassouras, rodos, esfregões, panos de chão, baldes, produtos de limpeza e outros devem ser higienizado e guardados em área próprias, de maneira que não provoquem a contaminação dos alimentos, utensílios, equipamentos, etc. Na unidade existe um local próprio com tanque de higienização e máquina de lavar, na parte externa da unidade. 126 Existe também na área externa da unidade, um local distinto para armazenamento de todos os produtos de limpeza, com 01 estante e uma casinha de paredes de compensados para guarda rodos, vassouras e baldes. Estes locais encontram-se separados e distintos do setor de cocção. 8.8.16. Área para instalações Sanitárias e Vestiários As instalações sanitárias são privativas, adequadas, em bom estado de conservação, separadas para ambos os sexos, com vasos sanitários que possuem tampas, mictórios com descarga e lavatórios nas seguintes proporções: Sanitário Masculino dispõe de: 03 pias para higienização das mãos, 03 chuveiros, 02 bacias sanitárias dispostas com lixeira com pedal, 01 mictório, 01 armário de 16 portas e 01 de 12 portas. Sanitário Feminino dispõe de: 02 pias para higienização das mãos, 02 bacias sanitárias dispostas com lixeira com pedal, 03 chuveiros e 05 armários de 16 portas. Possui papel higiênico sempre disponível e papel toalha, além de sabonete líquido e anti-séptico para higienização das mãos e lixeira com pedal. Os sanitários e vestiários devem estarem bom estado de conservação e não podem ter comunicação direta com as áreas de produção e refeitórios. 9. CONTROLE DA POTABILIDADE DA ÁGUA 9.1. Higienização do Reservatório de água A unidade dispõe de dois reservatórios de água com capacidade de 5000l cada um, onde abastece toda a unidade, sendo higienizado a cada seis meses seguindo o procedimento abaixo: Fechar o registro ou amarrar a bóia para impedir a entrada de água; Esvaziar o reservatório, Lavar o interior do reservatório com água e esfregar as paredes com escova plástica a fim de eliminar a sujeira; 127 Obs.: Nunca usar sabão, detergente ou similar para esta operação, pois estes poderão permanecer nas paredes do reservatório, contaminando posteriormente a água armazenada. Encher o reservatório com água potável; Adicionar por intermédio de um recipiente plástico, água sanitária na proporção de 1 litro do produto para cada 100 ml de água do reservatório. Misturar bem a água sanitária com a água do reservatório com uma pá plástica destinada para tal fim; Manter essa solução em contato com a água, durante um período de tempo de 2,5 horas. 10. MANEJO DE RESÍDUOS Consiste em área fechada nas laterais e nas extremidades fechadas com telas para melhor ventilação natural e não muito distante da unidade. Neste depósito é armazenado todo o resíduo produzido na cozinha industrial, sendo o mesmo constituído de resíduo orgânico e inorgânico. O resíduo orgânico é armazenado em coletores de cor azul e é recolhido quatro vezes ao dia. Existe uma separação do lixo reciclável, daquele que não pode passar por este processo. O deposito de armazenamento de resíduos possui cerâmica na cor clara e portas teladas de entrada e saída do lixo produzido. Os resíduos ficam armazenados no mesmo lugar, porém em lados opostos de acordo com os tipos. A coleta é realizada por uma empresa especializada e logo após o recolhimento, é realizada a higienização de todo depósito e arredores. 11. EQUIPAMENTOS É importante verificar com cuidado, materiais empregados na fabricação dos equipamentos e utensílios. Estes devem ser dotados de superfícies lisas, resistentes, não absorventes, de fácil limpeza e desinfecção e de cor clara, livre de bordas, e reentrâncias que dificultem a limpeza, sem gotejamento de gordura, livres de porcas, parafusos ou partes móveis que possam cair acidentalmente no alimento, 128 isento de acúmulo de gelo e com manutenção constante. Quando pintados, a tinta deve ser de boa aderência e não entrar em contato direto com o alimento. 11.1. Equipamentos Existentes São diversos equipamentos existentes na unidade dentre eles: 01 liquidificador grande; 01 fatiador de frios; 03 magrelas; 02 descascadores industriais; 01 descascador de alho; 02 máquinas de fechar marmitex; 25 carrinhos; 49 panelas; 02 fogões de 08 bocas; 07 exaustores; 02 geladeiras; 02 fornos; 07 caldeirões; 01 picador de legumes; 02 fritadeiras elétricas. Os equipamentos para conservação dos alimentos devem possuir capacidade adequada (cadeia quente e fria) termômetros visíveis bem regulados, manutenção constante e cores claras e devem garantir aos alimentos as seguintes temperaturas: 129 Na cadeia fria Na cadeia quente Câmara frigorífica ou refrigerador Até 4°C Até 8°C Até 10°C Balcão térmico para distribuição A 65°C ou mais, com água mantida entre 80°C a 90°C, trocada diariamente Freezer De – 1°C a – 18°C, ou inferior. Equipamento para etapa de espera são os carros isotérmicos. A 65°C ou mais Balcão frio para distribuição Até 10°C Lava doura de louça Lavagem= 55 a 65°C Enxágüe= 80 a 90° C 11.2. Manutenção Preventiva e Calibração dos Equipamentos A empresa dispõe de dois funcionários responsáveis pelo serviço de manutenção dos equipamentos: um técnico de manutenção e um assistente. Os mesmos realizam uma vistoria diariamente, para verificar se há algum equipamento danificado. Caso haja, iniciam o processo de manutenção do equipamento. Os funcionários responsáveis pelo uso e/ou higienização dos equipamentos também são orientados a solicitarem imediatamente aos serviços de manutenção no momento que identificarem algum problema no equipamento 12. HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS A limpeza é o processo que compreende a pré-lavagem, utilização de detergentes e ação mecânica com posterior enxágüe e a esterilização dos mesmos. 130 12.1. Processos de Limpeza e Desinfecção Pré - lavagem: Recolher os resíduos com auxílio de pás ou similares; Limpeza com detergente: Lavar com água e detergente, esfregando bem; Enxague: Enxaguar cuidadosamente retirando todos os resíduos; Desinfecção: Aplicar solução desinfetante ou sanitizante; Secar ou puxar com rodo pequeno exclusivo para pias e bancadas, previamente desinfetado ou qualquer outro sistema comprovadamente eficaz. São considerados sanitizantes: A solução clorada e o álcool 70% e o álcool em gel. 12.2. Procedimentos Básicos Para Higiene de Utensílios Os utensílios devem cumprir requisitos importantes para a manipulação de alimentos, ou seja, devem ser constituídos de material atóxico, com superfícies lisas que não permitam o acúmulo de resíduos. Em relação aos utensílios da mesa talheres, pratos, etc., devem se dimensioná-los em quantidades superior ou igual ao numero de refeições servidas independente de serem lavados manual ou mecanicamente. Os utensílios de preparação devem ser dimensionados em quantidades suficientes de acordo com a natureza e o volume das operações desenvolvidas. Os utensílios destinados ao uso de produtos não comestíveis, limpeza e produtos contaminantes, devem ser visivelmente identificados e destinados para uma única finalidade, não podendo ser utilizados em outras operações. A higiene dos utensílios é realizada logo após a utilização dos mesmos. Respeitando o local de higienização e utilizando os materiais de limpeza adequados (sabão, esponja própria), já a higienização dos equipamentos é realizada de acordo a necessidade, diariamente, semanalmente ou mensalmente. Sendo apenas inspecionados na hora da limpeza não existe registro para esse procedimento. A higienização do ambiente é realizando pelos auxiliares de cozinha e pelas assistentes de cozinha de acordo com o setor, logo após a execução das tarefas, com produtos apropriados como: sabão em pó, desinfetante, sanitizantes, rodo, vassoura de pano, esponja grande. 131 Retirar o excesso de sujidades; Umedecer a esponja com solução detergente; Iniciar a lavagem dispondo de modo organizado os utensílios em quantidade suficiente, de acordo com o espaço disponível; Enxaguar em água corrente até a remoção total do detergente e demais resídua; Aplicar solução detergente ou sanitizante; Deixar secar naturalmente; Guardar em local limpo e seco, de preferência emborcados (de cabeça para baixo). 13. CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS E VETORES As pragas mais comuns nessa unidade são: formiga, barata e mosca. Semestralmente ou conforme a necessidade é contratada uma empresa especializada, SERVET, pelo serviço de manutenção da empresa para a eliminação desses vetores. O registro, procedimentos operacionais da empresa que realiza o procedimento não foi informado. O pedido da nutricionista para a realização desse procedimento e feito através de oficio para a coordenação e arquivado. Para evitar e prevenir propagação ou a instalação de pragas na empresa e rigorosamente feito uma higienização no ambiente, evita-se lixo acumulado e aberto dentro ou próximo do UAN, inspecionado pela nutricionista responsável. Limpe o local de aplicação de produtos químicos; Esvazie o local não permitindo entrada de pessoas por algum tempo; Coloque o produto usando EPI’s necessário; Encontrando algum “bicho” morto, faça novamente uma limpeza para retirar as pragas mortas; Registre o dia da desintetização, em uma planilha especifica; Refaça o processo cada 6 meses ou conformea necessidade. 132 14. CONTROLES NA PRODUÇÃO 14.1. Higiene dos Alimentos Por apresentarem propriedades e características particulares, os alimentos constituem excelentes meios para a reprodução dos microorganismos, podendo tornar-se veículo de doenças e contaminação geral. Na manipulação de alimentos devemos ter cuidados especiais, tais como: Não tocar nos alimentos com as mãos sujas e feridas; Nunca tocar os alimentos com as mãos, sem uso de luvas descartáveis, usar sempre colheres, garfos, escumadeiras ou utensílios adequados; Nunca lamber os dedos, o dorso das mãos ou os utensílios que estiverem sendo utilizados no preparo dos alimentos, pois isto acarretará uma contaminação; Não tossir e nem espirrar em cima dos alimentos, por isso é que devemos sempre fazer uso de máscaras decartáveis; Nunca utilizar alimentos que tenham caído no chão e sim desprezá-los Nunca colocar alimentos no chão, mesmo que estejam dentro de assadeiras, sacos, cestas, panelas ou qualquer outro recipientes; Nunca misturar ou guardar alimentos junto com material de limpeza ou higiene pessoal; Manter as latas de lixo sempre tampadas e limpas, preferencialmente longe dos alimentos; Não utilizar bijuterias, relógios ou outros tipos de adorno para trabalhar na cozinha, pois os mesmos podem cair e contaminar os alimentos; Não manipular diversos tipos de alimentos na mesma área, tais como carnes verduras, afim de evitar contaminação cruzada; 133 Não utilizar a mesma faca ou outro utensílio em alimentos diferentes,sem uma prévia higienização( carnes cruas/carnes cozidas) Nunca varrer a seco as áreas de manipulação de alimentos; Nunca reaproveitar embalagens de produtos de limpeza; Nunca utilizar nas áreas de manipulação de alimentos os mesmos utensílios e panos de limpeza utilizados em banheiros e sanitários; 14.1.1. Verduras e Legumes Proceder à escolha das folhas; Desprezar as folhas que não estejam em condições de serem utilizadas como: queimadas, furadas, amareladas e murchas; Lavar as folhas uma a uma em água corrente; As facas devem ser lavadas, higienizadas e desinfetadas; Colocá-las em solução clorada a 200-250 ppm: 10 ml ( 1 colher das de sopa rasa de água sanitária a 2,0 – 2,5 % em 1 litro de água ou 20 ml) ( 2 colheres de sopa rasas ) de hipoclorito de sódio a 1% em 1 litro de água durante 15 a 30 minutos; Se utilizar outro produto, obedecer as instruções de uso do fabricante após a retirada da solução clorada ou do hipoclorito, escorrer os resíduos, eliminando o sobrenadante; Depois de retirar as folhas com auxílio de escumadeira e enxaguá-las em água potável, as verduras devem ser picadas com facas bem afiadas, lavadas e higienizadas; guardadas em recipientes e cobertas com fita filme, sendo postas no refrigerador até a hora de sua utilização; Os legumes devem ser higienizado da mesma forma utilizada anteriormente, quando forem ser consumidos. 134 14.1.2. Frutas Proceda a escolha das frutas; Despreze as que estiverem estragadas; Lave uma a uma, em água potável; Se necessário: Colocá-las em solução clorada a 200-250 ppm: 10 ml ( 1 colher de sopa rasa de água sanitária a 2,0-2,5 % em 1 litro de água ou 20 ml ) ( 2 colheres de sopa rasas) de hipoclorito de sódio a 1% em 1 litro de água durante 15 minutos; Enxaguar em água potável; Usá-las logo em seguida; Se manipuladas, mantê-las sob refrigeração até utilização do lote todo que foi preparado; Obs : Não necessitam de desinfecção Frutas cujas cascas não são consumidas, tais como : laranja, mexerica, banana e outras. 14.1.3. Cereais e Leguminosas Selecione; Acondicione-os em recipientes tampadas, se não forem preparados em seguida; 135 Lavagem antes da cocção, fazendo movimentos rotatórios com as mãos; Nunca mastigue os grãos crus, para sua própria saúde; Evite conversar durante o trabalho; Acondicione-os em recipientes com tampas, se forem deixados de remolho antes da cocção. Cuidados Pós Cocção Mantenha os grãos em temperatura superior a 60 °C. As cubas, contendo alimentos, não devem ficar em locais ou bancadas que não garantam este limite de temperatura. 14.1.4. Ovos De acordo com a portaria CVS 6/99 de 10/03/99 A Utilização de ovos Os ovos podem estar contaminados com salmonella sp tanto na casca como na gema. Existem medidas de controle que devem ser realizadas na indústria, porém a qualidade sanitária das preparações à base de ovos nas empresas fornecedoras de alimentos pode ser com os seguintes procedimentos: Na comercialização e na compra É Proibida a venda de ovos com a casca rachada Verificar se os ovos estão estocados em local arejado, limpo e fresco, longe de fontes de calor; Conferir os prazos de validade. Na utilização Lavar em água corrente antes da utilização; Armazenar os ovos de acordo com as instruções do fornecedor; Não utilizar ovos com casca rachada; Evitar misturar a casca com o conteúdo do ovo; 136 Não reutilizar as embalagens de ovos, nem reutiliza-las para outras finalidades. Na preparação Não oferecer para consumo ovos crus; Não oferecer para consumo alimentos preparados onde os ovos permaneçam crus; Preparações sem cocção (cremes,mousses,maioneses,etc ) utilizar : Ovos pasteurizados ; ovos desidratados; ovos cozidos; Nas preparações quentes : ovos cozidos por 7 minutos em fervura, no mínimo. Procedimentos Os ovos devem ficar armazenados sobre refrigeração até 10°C por 14 dias. Lavar em água corrente. 14.1.5. Óleos Recomendações para o óleo de Fritura, em equipamentos com filtros e Controle de temperatura Não utilizar excesso de óleo na fritadeira: Nível de óleo deve ser o mínimo requerido para fritar os alimentos convenientemente, e ainda, esse nível deve ser adequado para otimizar a distribuição do calor atráves do óleo; Não sobrecarregar a fritadeira; Manter a fritadeira sempre limpa; Evitar exposição ao ar quando o óleo não estiver em uso; Quando utilizar fritadeiras com filtro, seguir as recomendações do fabricante e observar as características físico químicas ou sensriais. 137 14.1.6. Bovinos, Suínos e Aves Segundo a ABNT associação Brasileira de Normas Técnicas – ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS E BEBIDAS – NBR 12806-02/93: Sendo produtos perecíveis devem ficar armazenadas a temperatura de até 4°C, e devem ser consumidas em 72 hs, após o descongelamento; As carnes devem ser retiradas do freezer e colocados na câmara fria, com algumas horas de antecedência ao uso, com finalidade de que sofram um descongelamento controlado; Jogar Fora as partes que estiverem com carimbo(tinta), gorduras e nervos Utilizar placas próprias de polipropileno ou plástica; Utilizar facas afiadas, a fim de se obter um bom corte da peça; Não utilizar a mesma faca e/ou outros utensílios em alimentos diferentes sem higienização( por exemplo, verduras cruas x alimentos cozidos, bem como carnes cruas x carnes cozidas ), para não ocorrer a contaminação cruzada; Quando as peças de carne forem recebidas, fazer porcionamento de no máximo 2 kg com facas afiadas, com um dia de antecedência, sobre placas próprias de polipropileno higienizadas; As carnes devem ser temperadas e levadas a cocção, ou serem armazenadas em frigoríficos com temperatura adequada (4 °C); Não deixar carnes cozidas expostas a temperatura ambiente. Deve-se armazená-las em câmaras ou aquece-las acima de 60°C; Caso não sejam utilizadas imediatamente, devem ser levadas a cocção (55°C) em sua superfície para serem levados à refrigeração adequada; Todos os alimentos pré-preparados ou prontos, mantidos em armazenamento, devem ser devidamente identificados por etiquetas; Alimentos crus semi-prontos preparados com carnes descongeladas, podem ser congelados desde que sejam utilizados diretamente na cocção, atingindo no mínimo 74°C no centro geométrico. 138 14.1.7. Pescados Pescados refrigerados e seus produtoscrus devem ficar armazenados sob refrigeração – até 4°C por 24 hs. Pescados pós cocção – até 4°C por 24 hs; Observar se as características do produto e da embalagem interna estão adequadas; Manipular os alimentos sobre recipientes adequados; A manipulação deve ser feita com auxilio de utensílios, em pequenos lotes, e respeitando o controle de tempo e temperatura. Prevendo o consumo real, retirar na medida de sua necessidade da câmara, quantidade da matéria prima a ser preparada; O tempo de manipulação dos produtos perecíveis em temperatura ambiente não deve exceder a 30 minutos por lote, e 2hs, em área climatizada entre 4°C e 18°C; Evitar preparações de véspera, se necessário, armazená-los cobertos na câmara a 4°C, e utiliza-los por até 24hs; Se utilizar peixe inteiro “IN NATURA ” deverá, de preferência, ser manipulado, temperado e consumido no mesmo dia; OBS : Utilizar de preferência filés de pescados congelados Deve-se sempre ter certeza quanto a origem do pescado, pois os peixes de águas poluidas ou muito manipuladas pelo homem são mais passíveis de contaminação; O peixe bom possui carne resistente a pressão dos dedos , possui coloração da pele variada e brilhante, escamas brilhantes e bem aderidas, guelras úmidas, olhos vivos e brilhantes, odor característicos e não repugnante. 14.2. Etapas de Produção 14.2.1. Pré-Preparo de Carnes Preparo De Bifes A carne que será utilizada chega ao açougue; Os bifes são cortados e separados na quantidade necessária; 139 Após esse processo são levados para refrigeração. Preparo De Frangos Os frangos são cortados de acordo com o cardápio que será servido; São temperados; Após esse processo são levados para refrigeração. 14.2.2. Preparo de Carne Preparo De Empanados São utilizados bifes finos para evitar que fiquem crus por dentro; São empanados somente minutos antes de serem fritos. Preparo De Assados São levados ao forno em assadeiras; Depois de assadas (peças inteiras) são cortadas em cubos ou em fatias, sob tábua higienizado e com uso de luvas descartáveis. 14.2.3. Recebimento O recebimento de mercadorias é uma importante etapa no controle de qualidade. A carga ou descarga de mercadorias deve ser realizada de forma a não causar danos aos produtos. Recebimento de carnes: devem ser entregues acondicionados em monoblocos ou caixas de papelão lacradas, embalados em sacos plásticos ou a vácuo, devidamente identificados inclusive os salgados e defumados. Durante o recebimento destes produtos, deve se atentar p/ a observação das seguintes características e procedimentos: Não formação de cristais de gelo Ausência de água dentro da embalagem Inexistência de sinais de recongelamento Registro e controle da temperatura 140 Recebimento de hortifrutigranjeiros: É importante observar tamanho, cor, odor, grau de maturação, ausência de danos físicos e mecânicos. A triagem deve ser feita retirando-se folhas verdes, frutos verdes e deteriorados antes da pré higienização e acondicionamento adequado. Recebimento de Leite e derivados: tendo em vista o grau de perecibilidade destes produtos deve se conferir rigorosamente o prazo de validade e com identificação correta nos rótulos A matéria prima constitui o material básico para elaboração do cardápio que faz parte da alimentação da cozinha industrial. Pode ser considerado Matéria prima, todos os produtos que são processados e manipulados para um determinado público, como produtos crus, in-natura e os alimentos parcialmente preparados. Das matérias primas utilizadas as mais importantes em relação ao controle Higiênico-sanitário são os produtos perecível protéico representado pelas carnes (bovinos, suínos, aves, pescados, etc.). Além destes produtos, os vegetais também merecem atenção especial quanto ao seu estado higiênico devido à contaminantes ambientais e microrganismos fecais de origem animal ou humano que podem afeta-los. No Recebimento deve-se seguir os critérios abaixo: Determinar horários para o recebimento; Dispor de utensílios de apoio para o recebimento – termômetros, monoblocos e estrados que devem estar devidamente higienizado favorecendo recebimento; Realizar conferência minuciosa das mercadorias evitando a entrada de produtos: Que não foram solicitados ou que estejam inadequados (embalagem violada): sem identificação correta, ou seja, sem data de fabricação, validade, registros nos órgãos competentes, composição do produto, CNPJ, endereço do fabricante e distribuidor, número do lote, armazenamento e quantidade, produtos vencidos, produtos com prazo de validade superior a data de sua utilização; Apoiar as mercadorias em estrados, durante o recebimento; Caso haja mais de um fornecedor aguardando, a ordem de recebimento é: 1° Alimentos preparados pronto para consumo e refrigerados; 141 2° Alimentos perecíveis congelados; 3° Alimentos perecíveis em temperatura ambiente; 4° Hortifrutigranjeiros; 5° Alimentos não perecíveis; 6° Bebidas; 7° Descartáveis e limpeza. Esta ordem também é valida para remoção e armazenamento de produtos. Nunca deve – se receber produtos com embalagens sujas, amassadas, estufadas, furadas, rasgadas ou com qualquer dano, pois pode acarretar prejuízo a mercadoria. Preservar a qualidade do alimento, a disposição adequada dos produtos e o controle de utilização da matéria prima e ficar atento p/ os seguintes critérios: Manusear as caixas com cuidado, evitando submetê-las a peso excessivo. Organizar os produtos de acordo com as suas características, enlatados, farináceos e grãos, garrafas, etc. Manter sempre limpas as embalagens dos produtos. Conservar alinhado o empilhamento de sacarias, em altura que não prejudique as características do produto e com amarração em forma de cruz, para favorecer a ventilação. Respeitar o espaçamento mínimo necessário de 10 cm que garanta a circulação de ar entre os produtos armazenados em estrados ou prateleiras. Preservar a qualidade dos produtos e a higiene da área, retirando sucatas, materiais em desuso, embalagens vazias, etc. Observar constantemente a data de validade dos produtos a fim de evitar o vencimento dos mesmos. Nunca utilizar produtos vencidos desprezando-os sempre. Atentar para eventuais e quaisquer irregularidades com os produtos, encaminhando pessoalmente os procedimentos para a sua utilização. Identificar todos os alimentos armazenados, na impossibilidade de manter o rótulo original do produto as informações devem ser transcritas em etiquetas. 142 Proteger os alimentos p/ consumo sendo a cobertura isolada para cada recipiente, de modo que o fundo de um recipiente não fique em contato com o alimento do recipiente inferior, quando empilhados. Os sacos plásticos apropriados ou papéis impermeáveis p/ proteção dos alimentos devem ser de uso único, exclusivo p/ determinado fim, e nunca devem ser reaproveitados. Refrigerar ou congelar alimentos em volumes com altura máxima de 10 cm ou em peças de 2,0 kg. Podem se armazenar tipos diferentes de alimentos, no mesmo equipamento para congelamento desde que devidamente embalados e separados. Colocar produtos destinados à devolução em locais apropriados, devidamente identificados pelo fornecedor, p/ que não comprometam a qualidade dos demais. Conservar fechadas as portas das áreas de armazenamento, e no caso de refrigeradores e câmaras abrirem-nas o mínimo possível. É preciso avaliar se as características sensoriais dos alimentos perecíveis estão alteradas como: aspecto esverdeado, textura, desprendimento de líquido, presença de mofo, superfície pegajosa. Deve se realizar o controle de temperatura para recebimento das mercadorias perecíveis conforme tabela abaixo: 143 Tabela de temperatura para recebimento de mercadorias: Carnes congeladas - 18° C com tolerância até -12° C Carnes resfriadas De 6° C a 10° C ou conforme recomendação do fabricante. Carnes Refrigeradas
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