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Gestão de Capital Humano Estratégico MATERIAL TEÓRICO UNIDADE 1 Autoria: Profa. Ms. Viviane Macedo Revisão Textual: Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco Aprendizagem na Gestão de Pessoas Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Aprendizagem na Gestão de Pessoas UNIDADE 1 Contextualização Observe a seguinte Figura: Um dos elementos importantes a ser trabalhado pela gestão de pessoas é a aprendizagem, a qual pode ocorrer dentro das organizações de forma individual ou coletiva. Ao caminharem juntas, essas duas formas de aprendizagem agregam grande valor ao trabalho dentro das empresas, viabilizando a chamada apren- dizagem organizacional. Objetivos • Adentrar ao estudo da aprendizagem no contexto organizacional. 6 Gestão de Pessoas e Aprendizagem Introdução Sob o contexto de um mundo globalizado, em crescimento e desenvolvi- mento, é imprescindível que as empresas acompanhem a dinâmica da rápida evolução dos recursos, sejam tecnológicos, econômicos, financeiros, sociais e, portanto, humanos. “Gestão de pessoas é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais” (GIL, 2001, p. 17). Nos últimos tempos, o entendimento sobre a gestão de pessoas mudou, em outras palavras, evoluiu significativamente, pois no passado essa forma de gestão era conhecida como uma atividade operacional, metódica. Atualmente, é considerada uma gestão estratégica, de grande importância para a empresa, já que está ligada às ações corporativas em geral. Atividades operacionais e legisladas Ações corporativas estratégicas Figura 1 Sabemos que as responsabilidades dos profissionais aumentaram, exigindo um perfil capaz de reunir características de grande importância, tais como: qualificações e conhecimentos diversos – culturais, tecnológicos etc. –, diferentes competências, postura responsável e cidadã. O ponto central da gestão de pessoas é exatamente as pessoas que trabalham nas organizações, ou seja, seu foco está em trabalhar favorecendo a produtividade e a qualidade de vida desses profissionais. É por meio de uma gestão de pessoas eficaz que a empresa obterá resultados reais do trabalho desenvolvido, tornando a organização competitiva no mercado. 7 Aprendizagem na Gestão de Pessoas UNIDADE 1 Abrangência da Gestão de Pessoas A gestão de pessoas está voltada para a administração dos profissionais que atuam sob o contexto organizacional. Dessa forma, desdobra-se e está inserida em diversas frentes de estudos e práticas, tais como: • Recrutamento e seleção de pessoas; • Treinamentos; • Política de remuneração; • Regras de segurança do trabalho. Desses estudos se extraem algumas ações, quais sejam: • Alertar os gestores sobre elementos ligados ao comportamento humano que influenciam diretamente a realidade e, portanto, o sucesso organizacional; • Contribuir para o progresso e aprimoramento da organização a partir de um trabalho adequado com as pessoas que a compõem; • Estimular uma visão crítica e humanizada dos processos que envolvem pessoas. A partir do exposto, observa-se que a gestão de pessoas deve acontecer me- diante uma visão abrangente e moderna acerca das relações de trabalho, sobre- tudo, a fim de promover uma parceria positiva e saudável entre a organização e seus colaboradores. Comportamento Humano É importante considerar que o comportamento das pessoas está ligado à per- cepção, ou seja, à forma como entende e interpreta as situações que ocorrem a sua volta. Isso explica porque as pessoas possuem pensamentos e consequentemente comportamentos diferentes acerca de um mesmo fato. As pessoas são, portanto, diferentes entre si, expressam-se e agem de formas diversas. É igualmente relevante lembrar que as pessoas não se comportam ao acaso, ou seja, possuem sempre alguma motivação. Significa dizer que existe um motivo que as fazem agir da forma como agem. Todas as organizações precisam estar atentas a essas peculiaridades acerca do comportamento humano, a fim de melhor lidar com as variadas formas de influenciar e conduzir as pessoas no ambiente de trabalho. Uma ação ou uma estratégia pode não influenciar satisfatoriamente uma pessoa, mas pode, por outro lado, ser eficiente em relação a outra pessoa. É por essas e outras razões que é preciso se atentar para a melhor forma de gerir pessoas. 8 Contexto Empresarial e Aprendizagem Todos os elementos tratados no tópico anterior devem ser considerados pelos gestores, os quais administrarão os modelos, processos e práticas da organização. Para que se tenha melhor trabalho e aproveitamento junto às pessoas, é preciso que as organizações façam uso de estratégias diversificadas. Entre as quais temos a estratégia de treinamento e a aprendizagem das pessoas. Veja alguns exemplos de ações da organização em prol da aprendizagem: • Estudar os recursos e metodologias que propiciem um bom aprendizado; • Entender qual é o momento ideal para aplicar um treinamento; • Compreender a importância de se conduzir um treinamento direcionado à prática do dia a dia do trabalho; • Viabilizar a capacitação dos mais diversificados grupos de trabalhadores. Sobre o Aprendizado O ser humano vivencia um processo permanente de aprendizagem, uma vez que está constantemente obtendo novos conhecimentos, seja na tentativa de se especializar a respeito de algo, seja na possibilidade de descobrir novos fenômenos. É exatamente essa postura que possibilita a evolução da sociedade. No mundo atual, a informação e o conhecimento são fatores cruciais para se atingir o sucesso. A coleta de dados, por exemplo, é um primeiro e importante passo da caminhada em direção à obtenção do conhecimento. Figura 2 Fonte: iStock/Getty Images 9 Aprendizagem na Gestão de Pessoas UNIDADE 1 Relacionando o conhecimento com o bom andamento de uma empresa, é possível considerar que essa organização deve investir no desenvolvimento da capacitação de seus colaboradores, pois isso lhe agregará um forte fator competitivo. Um funcionário bem instruído beneficia a organização, possibilitando-lhe dife- renciais. Observe o exemplo: um profissional que consegue lidar com os recursos com maior habilidade, isto é, sabe promover corte de despesas ou redução de desperdí- cios, utilizando estratégias aprendidas previamente, proporciona resultados para a organização e, por isso, tem grande valor enquantofuncionário dessa empresa. ATENÇÃO! Quando um novo conhecimento é absorvido por alguém, essa pessoa se desenvolve intelectualmente e, ao mesmo tempo, proporciona ganhos para a organização. Assim, todo treinamento e desenvolvimento de pessoas viabiliza benefícios à organização. Os gestores estão atentos aqueles que desenvolvem suas atividades com competência e responsabilidade. Ao reconhecê-los, motiva-os. Um colaborador que trabalha feliz é mais produtivo e a consequência dessa condição é que tanto a organização como o indivíduo ganham. Motivação e Aprendizagem PARA PENSAR Muito se diz sobre motivação, porém, você acha esse assunto algo um tanto quanto abstrato? Afinal, o que é motivação? Segundo Spector (2002, p. 198), “[...] a motivação é um estado interior que induz uma pessoa a assumir determinados tipos de comportamentos”. Idalberto Chiavenato (2005, p. 242) defende que: Motivação é a pressão interna surgida de uma necessidade, também interna, que excitando (via eletroquímica) as estruturas nervosas, origina um estado energizador que impulsiona o organismo à atividade, iniciando, guiando e mantendo a conduta até que alguma meta (objetivo, incentivo) seja conseguida ou a resposta seja bloqueada. 10 Daí a importância de contribuir para a motivação dos colaboradores a fim de incentivá-los a buscar conhecimentos acerca do que beneficia não só o indivíduo, mas também o trabalho dentro da organização. Finalidade da Aprendizagem Toda aprendizagem possui um propósito, ou seja, ao aprender algo esse conhe- cimento será útil para aplicação em alguma situação, seja de trabalho ou da vida pessoal. Para que o indivíduo melhor oriente sua aprendizagem, é importante que tenha um bom conhecimento de si, ou seja, que tenha autoconhecimento. Para a Psicologia autoconhecimento é o conhecimento de si, a prática de se conhecer melhor faz com que uma pessoa tenha controle sobre suas emoções, independentemente de se tratarem de emoções positivas ou negativas. O autoconhecimento consegue evitar sentimentos de baixa autoestima, inquietude, frustração, amargura e instabilidade emocional. O autoconhecimento traz à pessoa segurança e autoconfiança quanto às suas decisões. O autoconhecimento também possibilita à pessoa saber acerca do que tem mais motivação e interesse para aprender, isto é, do que mais lhe dá prazer em aprender. Dessa forma, o indivíduo tem mais clareza acerca do que tem facilidade em absorver. A empresa pode auxiliar no processo de desenvolvimento do autoconhecimento de seus colaboradores, orientando-os, treinando-os. Da mesma forma, a organi- zação pode promover o desenvolvimento profissional, aperfeiçoando-o de habili- dades técnicas. PARA PENSAR Mas, dentro deste contexto, uma questão se faz importante: como é formada a competência de uma pessoa? O ser humano nasce, desenvolve-se, relaciona-se, cria laços afetivos e profis- sionais. Essas ações constituem o que chamamos de vida. Ao longo da vida, adqui- re conhecimentos, habilidades e desenvolve atitudes, o que constitui a chamada competência de uma pessoa. Assim, é possível entender que a competência de uma pessoa é a união de seus conhecimentos e habilidades. Segundo Zarifian (1999), a competência é a inteligência prática para situações que se apoiam sobre os conhecimentos adquiridos e os transformam com tanto mais força, quanto mais aumenta a complexidade das situações. 11 Aprendizagem na Gestão de Pessoas UNIDADE 1 O funcionamento de uma empresa ocorre mediante o trabalho das pessoas. Se as organizações são constituídas por pessoas, automaticamente, são constituídas por competências. Assim, quanto mais competências os funcionários de uma determinada empresa reunirem, mais êxito terá essa organização. Qualidade e quanti- dade de competência do funcionário Produtividade para a empresa Sucesso empresarial Figura 3 Modelos de Gestão – de Pessoas Tipos de Modelos Alguns fatores combinados influenciam o comportamento dos seres humanos nos mais diversificados grupos – famílias, organizações, sociedades. Mas quais fatores são esses? Podem ser de: • Autoridade; • Liderança; • Disciplina; • Subordinação. “A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal. Através da liderança uma pessoa influencia outras pessoas em função dos relacionamentos existentes [...]” (CHIAVENATO, 2004, p. 446). “[...] liderança é o processo de dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo [...]” (STONER, 1999, p. 344). Esses fatores estão sempre presentes em qualquer grupo social, porém, são variáveis e podem apresentar-se de formas diversas dentro das organizações. Existem dois modelos opostos de gestão, relativos a esses fatores: • Modelo diretivo – diretivo-autoritário; • Modelo participativo – consultivo-participativo. Modelo Diretivo Este modelo está voltado a uma gestão cujas características baseiam-se na vi- são da ordem versus obediência. Dessa forma, sustenta-se a partir da autoridade 12 formal e burocrática. As empresas que seguem tal modelo de gestão centralizam sua administração, restringindo a participação dos colaboradores nas decisões da organização. A empresa que tem uma administração centralizada cria uma linha que claramente separa os chefes dos funcionários. Nesse contexto, entende-se que os chefes não podem ser questionados e, caso sejam, têm em seu poder instrumentos coercitivos para fazerem valer suas ordens. Segundo esse modelo de gestão, os cargos são bem definidos e os seus ocupantes são subordinados aos seus superiores, com pouca ou nenhuma autonomia. Modelo diretivo Mais autoridade dos chefes Menos autonomia dos funcionários Figura 4 As empresas que seguem o modelo diretivo são também conhecidas como mecanicistas. Possuem uma orientação fechada e restrita de gestão. Nesse tipo de organização a aprendizagem ocorre mediante absorção de regras e procedimentos previamente determinados pela gestão. Modelo Participativo No modelo de gestão participativa as responsabilidades são divididas e cada uma das pessoas que compõem a organização tem a oportunidade de opinar e/ou participar das decisões – daí o nome participativo. Os fatores predominantes nesse modelo são: • Liderança flexível; • (Auto)disciplina; • Autonomia extensa. A disciplina acima citada não é aquela regulamentada por manuais, tampouco é imposta. Antes, é praticada por liberalidade do próprio indivíduo que faz parte da organização. Quanto mais autonomia cada pessoa recebe e dispõe, maior será a possibilidade de sua intervenção nas atividades da empresa. Nesse modelo os profissionais dispõem de autonomia e são cobrados pelos resultados – e não 13 Aprendizagem na Gestão de Pessoas UNIDADE 1 pela obediência às ordens. Esse conjunto de características somadas a uma liderança flexível viabiliza um modelo aberto e democrático de administração, ou seja, um modelo mais humanizado e produtivo. A aprendizagem ocorre mais espontaneamente, segundo decisões e preferências de cada colaborador. Organizações de qualquer porte podem adotar esse modelo de gestão. Processo de Desenvolvimento de Pessoas O processo de desenvolvimento de pessoas abarca as atividades de treinamento, desenvolvimento organizacional e de pessoas. EXPLORE Leia a página 382 da nona edição do livro de Idalberto Chiavenato ([20--]), intitu- lado Recursos humanos – o capital humano das organizações, publicado pela Editora Elsevier. Dentro das organizações, mesmo com todo o avanço tecnológico e com a substituição de parte da mão de obra por máquinas, as pessoas ainda têm grande destaque devido à sua inteligência e vitalidade. Os seres humanos possuem características que são insubstituíveis, tais como: • Dinamismo; • Inteligência; • Criatividade; • Proatividade; • Potencial de desenvolvimento. Além do mais, as pessoas conseguem aprender constantemente, ou seja, facilmente adquirem novos conhecimentos e habilidades, captam informações e transformam coisas,modificam e são modificadas, conseguindo também moldar ou modificar comportamentos. Por serem capazes de criar novos conhecimentos, desenvolvem teorias e conceitos que posteriormente passam a ser estudados por gerações futuras. Por mais moderno que o mundo seja, por mais avançado que estejam os estudos, até hoje não se criou nada, absolutamente nada que fosse capaz de substituir por inteiro um ser humano. Dando-se conta disso, as organizações chegam à conclusão de que o melhor a se fazer é investir cada vez mais nas pessoas – funcionários e colaboradores – e para isso, implementam uma série de formas para desenvolver as pessoas, agregando- -lhes valor e fazendo com que cada vez mais estejam habilitadas com qualificação para o desenvolvimento de suas funções. 14 Para Chiavenato ([20--]) o treinamento, o desenvolvimento organizacional e de pessoal constituem três estratos de amplitudes diferentes na conceituação do desenvolvimento de recursos humanos: Essa divisão deve-se ao fato de que os estratos menores, como Treinamento e Desenvolvimento de pessoal (T&D), se baseia na Psicologia Industrial, enquanto os estratos mais amplos de Desenvolvimento Organizacional (DO) se baseiam na Psicologia Organizacional. Em outras palavras, os dois primeiros estratos tratam da aprendizagem em nível individual, enquanto o estrato mais amplo e abrangente trata do modo como as organizações aprendem e se desenvolvem. EXPLORE Leia a página 382 da nona edição do livro de Idalberto Chiavenato ([20--]), intitula- do Recursos humanos – o capital humano das organizações, publicado pela Edi- tora Elsevier. O aprendizado é a base de todo o desenvolvimento, seja individual ou organi- zacional. Por isto, o investimento no aprendizado é crucial para o crescimento de toda e qualquer empresa. Uma vez que as pessoas da organização se desenvolvem coletivamente, a empresa como um todo passa pelo processo de desenvolvimento. ATENÇÃO! O conhecimento pode ocorrer em nível individual – quando a pessoa aprende algo sozinha ou por si –, ou em nível coletivo – quando aprende com os outros a partir da troca de conhecimentos. Aprendizagem A aprendizagem humana está relacionada à educação e ao desenvolvimento pessoal. É importante que seja mantida sob orientação e motivação. Observe um exemplo prático: a empresa Xpower reconhece cada curso que seus funcionários re- alizam, pontuando-os. A cada três pontos o funcionário recebe 5% de aumento em seu salário. Dessa forma, os colaboradores da Xpower sempre estão aprimorando seus conhecimentos e expandindo sua aprendizagem. Algumas estratégias como essa, além de incentivarem as pessoas a evoluir e se desenvolver, trazem benefícios à organização. PARA PENSAR As pessoas mostram que aprenderam quando mudam seu comportamento. A experi- ência traz maturidade ao indivíduo. A bagagem que a pessoa carrega consigo aprimo- ra sua forma de interpretar os acontecimentos e, consequentemente, suas atitudes. 15 Aprendizagem na Gestão de Pessoas UNIDADE 1 A aprendizagem é um processo complexo que sofre a influência de algumas con- dições, tais como a busca de recompensas/contrapartidas, a presença de estímulos; a frequência de estudo etc. A aprendizagem percorre os seguintes caminhos: Da simplicidade Para a complexidade Figura 6 Do concreto Para o abstrato Figura 7 Cada um desses elementos – por mais simples que possa parecer – é importante para o indivíduo que deseja aprender e evoluir – em qualquer esfera de sua vida –; seja individual ou coletivamente. Como a empresa é formada por um conjunto de pessoas que busca a realização de um trabalho, logo, essas pessoas, ao passarem por um processo de aprendizagem, desenvolvem-se conjuntamente, beneficiando a organização. Avaliação dos Processos de Desenvolvimento de Pessoas Segundo Chiavenato ([20--]), os processos de desenvolvimento de pessoas dentro das organizações podem ser avaliados conforme o continuum descrito na Figura a seguir, o qual caracteriza uma aprendizagem do tipo “precária” – lado esquerdo da Figura – até uma aprendizagem do tipo “sofisticada” – lado direito. DICA Leia a página 385 da nona edição do livro de Idalberto Chiavenato ([20--]), intitulado Re- cursos humanos – o capital humano das organizações, publicado pela Editora Elsevier. Desenvolvimento de pessoas - Casual; - Randômico; - Reativo; - Visão de curto prazo; - Baseado na imposição. - Planejamento; - Intencional; - Proativo; - Visão de longo prazo; - Baseado no consenso. Figura 8 16 No lado esquerdo dessa Figura, o desenvolvimento de pessoas se dá de forma ocasional. Ocorre na constância de alguma oportunidade, sem planejamento. É qualificado como aleatório – randômico – porque o treinamento é apenas para algumas pessoas da organização que são escolhidas sem muito critério. Reativo porque o treinamento é desenvolvido para solucionar problemas já existentes. Com visão de curto prazo, pois o treinamento não tem perspectiva para o futuro. É baseado na imposição porque as pessoas selecionadas aleatoriamente são obrigadas a fazer o treinamento. Já no lado direito dessa Figura o desenvolvimento de pessoas se dá de forma planejada, visto que o treinamento ocorre em consonância ao planejamento estratégico da empresa. É intencional por visar atingir objetivos de curto, médio e longo prazo por intermédio de mudanças comportamentais que embasam as mudanças organizacionais. Proativo porque volta-se a problemas. Caracteriza-se sob uma visão de longo prazo porque se baseia no planejamento estratégico que está voltado a mudanças que visam o aperfeiçoamento e a evolução da organização. Ocorre sob a ideia do consenso, pois não há imposição, ao contrário, as pessoas são consultadas sobre sua importância e suas aspirações são consideradas. A melhor situação para todas as organizações é adentrar no processo de aprendizagem demonstrado no lado direito da Figura, uma vez que possibilita melhor organização e resultado tanto para a empresa, quanto para o funcionário. 17 Aprendizagem na Gestão de Pessoas UNIDADE 1 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Aprendizagem Organizacional https://goo.gl/Efxwr0 Vídeos Gestão de Pessoas https://goo.gl/k4Ia9U Gestão de Pessoas: Cultura Organizacional https://goo.gl/nxnMti Conteúdo e Conhecimento https://goo.gl/1MHe82 Leitura Abrangência da Gestão de Pessoas https://goo.gl/lQL209 18 Referências CHIAVENATO, I. Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos: como incrementar talentos na empresa. 7. ed. Barueri, SP: Manolo, 2009. ______. Comportamento Organizacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005. ______. Administração de Novos Tempos. Rio de Janeiro: Campus, 2004. ______. Recursos humanos – o capital humano das organizações. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, [20--]. FRANÇA, A. C. L. Práticas de Recursos Humanos: conceitos, ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2011. GIL, A. C. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. KANAANE, R.; ORTIGOSO, S. A. F. Manual de Treinamento e Desenvolvimento do Potencial Humano. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MENESES, P.; ZERBINI, T.; ABBAD, G. Manual de Treinamento Organizacional. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2010. PACHECO, L. et al. Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2009. SPECTOR, P. E. Psicologia nas Organizações. São Paulo: Saraiva, 2002. STONER, J. A. F. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. ZARIFIAN, P. Objectif compétence. Paris: Liaisons, 1999. 19 São Paulo 2017