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Deficiências Múltiplas 02 1. Introdução 4 2. Tipos de Deficiências 8 3. Inclusão Social 12 A Deficiência e o Mercado de Trabalho 14 Deficiência Múltipla e Educação 16 4. Tecnologia Assistiva 21 5. A Prática Pedagógica na Escola Inclusiva 26 6. Referências Bibliográficas 30 03 4 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 1. Introdução Fonte: https://gestaoescolar.org.br ara Ministério da educação (2006) a deficiência múltipla é caracterizada pelo conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de comportamento social. Não é o somatório dessas alterações que configuram a defi- ciência múltipla, mas sim o nível de desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicação, intera- ção social e de aprendizagem que determinam as necessidades educa- cionais dessas pessoas. O dessem- penho e as competências são hetero- gêneos e variáveis. Torna-se fundamental a modi- ficação do meio para que a pessoa possa evoluir em seu processo de desenvolvimento a partir de suas habilidades e potencialidades (GO- DÓI, 2006). De acordo com (SILVA, 2011) avaliação das pessoas com múltipla deficiência deve contemplar infor- mações de natureza biomédica, física, psíquica, socioafetiva e psico- motora. Convém considerar a forma de a pessoa perceber, conhecer e interagir no ambiente físico e social, bem como adquirir, organizar e produzir seu conhecimento. Para caracterizar a deficiência múltipla deve-se considerar que a mesma pode apresentar-se median- te a associação das seguintes catego- rias, dentre outras, de acordo com a Fenapaes (2007, p.23): P 5 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS Física e Psíquica – são exem- plos dessa condição: Deficiência física associada à deficiência intelectual; Deficiência física associada a transtorno mental. Sensorial e psíquica – exem- plificam essa condição: Deficiência auditiva ou surdez associada à deficiência inte- lectual; Deficiência visual ou cegueira associada à deficiência inte- lectual; Deficiência auditiva ou surdez associada a transtorno mental. Fonte: https://psicologiaacessivel.net/ 2017/01/31/do-luto-a-luta/ Sensorial e Física – são exem- plos dessa condição: Deficiência auditiva ou surdez associada à deficiência física; Deficiência visual ou cegueira associada à deficiência física. Física, Psíquica e Sensorial - são ilustrativas dessa condição: Deficiência física associada à deficiência visual ou cegueira e à deficiência intelectual; Deficiência física associada à deficiência auditiva ou surdez e à deficiência intelectual; Deficiência física associada à deficiência visual ou cegueira e à deficiência auditiva ou surdez. Fonte: https://blog.signumweb.com.br/curi osidades/a-historia-do-surdo-e-da- surdez/ “A epidemiologia da deficiência múltipla é originada de fatores pré-natais, perinatais ou natais e pós-natais, além de situações ambientais tais como: aciden- tes e traumatismos cranianos, intoxicação química, irradia- ções, tumores e outras. (SILVA, 2011)” Estão comprovadamente as- sociadas à múltipla deficiência, al- gumas patologias com efeitos signi- ficativos para as pessoas afetadas, para considerar o impacto é impor- tante analisar seus efeitos nas habilidades da pessoa frente ao ambiente social e físico, bem como 6 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS avaliar de que modo às deficiências interferem na qualidade de vida. Devem ser considerados os seguintes aspectos, de acordo com Brasil (2000, p.60): a. Os tipos e quantidades de deficiências primárias as- sociadas; b. A amplitude ou abrangência dos aspectos comprometidos; c. A idade de aquisição das defi- ciências; d. Os fatores relacionados - fami- liares, comunitários, esco- lares; e. A eficiência das intervenções educacionais e de saúde. Fonte: https://br.guiainfantil.com/materias/ educacao/brinquedosos-melhores- brinquedos-para-criancas-com- deficiencia/ “O conhecimento sobre a defi- ciência múltipla serve de base para evitar maior interferência adversa na vida da pessoa e reduzir seus efeitos sobre ela, bem como mediar à promoção humana. Ajuda a prevenir defi- ciências decorrentes das já existentes e a instrumentalizar o indivíduo para atuar eficien- temente frente às demandas ambientais. (SILVA, 2011)” É importante identificar meios para auxiliar essa pessoa ao longo do seu processo de vida, possibilitando, assim, a aceitação de si e de sua realidade e a interação com o meio em que vive e convive. 7 8 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 2. Tipos de Deficiências Fonte: https://blog.ortoponto.com.br/o-que-e-deficiencia-fisica-motora/ onforme o Artigo 4º do Decre- to nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, é considerada pessoa com deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias: Deficiência física: A deficiência física caracteriza-se pela alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acar- retando o comprometimento da fun- ção física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraple- gia, tetraparesia, triplegia, tripare- sia, hemiplegia, hemiparesia, ampu- tação ou ausência de membro, para- lisia cerebral, membros com defor- midade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. Seguem- se algumas definições: Amputação - perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de membro; Paraplegia - perda total das funções motoras dos membros inferiores; Paraparesia - perda parcial das funções motoras dos membros inferiores; Monoplegia - perda total das C 9 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS funções motoras de um só membro (inferior ou superior); Monoparesia - perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou superior); Tetraplegia - perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores; Tetraparesia - perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores; Triplegia - perda total das funções motoras em três membros; Triparesia - perda parcial das funções motoras em três membros; Hemiplegia - perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo); Hemiparesia - perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo); Ostomia - intervenção cirúr- gica que cria um ostoma (aber- tura, ostio) na parede abdo- minal para adaptação de bolsa de fezes e/ou urina; Paralisia Cerebral - lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo como consequência alterações psi- comotoras, podendo ou não causar deficiência mental; Nanismo - deficiência acen- tuada no crescimento. Deficiência auditiva: É caractere- zada pela perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na seguinte forma: Surdez leve - de 25 a 40 deci- béis (db); Surdez moderada - de 41 a 55 (db); Surdez acentuada - de 56 a 70 (db); Surdez severa - de 71 a 90 (db); Surdez profunda - acima de 91(db); Anacusia - ausência de audi- ção[28]. Deficiência visual: É definida pela acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações. Podendo ainda ser distinguida como: Cegueira - na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; Baixa Visão - significa acui- dade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; Deficiência mental: conceitua-se como deficiência mental o funcio- namento intelectualsignificativa- mente inferior à média, com mani- festação antes dos 18 anos e limi- 10 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS tações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: Comunicação; Cuidado pessoal; Habilidades sociais; Utilização dos recursos da comunidade; Saúde e segurança; Habilidades acadêmicas; Lazer; e Trabalho. Deficiência múltipla: é caractere- zada pela associação de duas ou mais deficiências. Segundo o Ministério do Tra- balho e Emprego a condição de pessoa com deficiência pode ser comprovada de duas formas, por meio de laudo médico ou por meio Certificado de Reabilitação Profis- sional. O laudo médico pode ser emitido por médico do trabalho da empresa ou outro médico, atestando enquadramento legal do empregado para integrar a cota, de acordo com as definições estabelecidas na Com- venção nº 159 da OIT, Parte I, art. 1; Decreto nº 3.298/99, arts. 3º e 4º com as alterações dadas pelo art. 70 do Decreto nº 5.296/04. Este laudo, por sua vez, deverá especificar o tipo de deficiência e ter autorização expressa do empregado para utiliza- ção do mesmo pela empresa, tor- nando pública a sua condição. O Certificado de Reabilitação Profissional, depois de concluído o processo de reabilitação profissio- nal, o Instituto Nacional de Seguri- dade Social (INSS) emite este certifi- cado indicando a atividade para qual o trabalhador foi capacitado profis- sionalmente. 12 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 3. Inclusão Social Fonte: http://prefeitura.rio/transportes/prefeitura-do-rio-multa-e-lacra-onibus- durante-campanha-rio-acessivel/ inclusão Social é um processo de participação amplo, requer uma reestruturação da cultura e da prática, vivenciadas de forma que estas respondam às diferenças sócio-culturais. Visando o indivíduo e suas peculiaridades e a otimização dos processos de ensino apren- dizagem, os desenvolvimentos psi- comotor e psicossocial, qualidade de vida e integração social em todas as esferas. “Os alunos com deficiência múltipla podem apresentar al- terações significativas no pro- cesso de desenvolvimento, aprendizagem e adaptação so- cial. Possuem variadas poten- cialidades, possibilidades fun- cionais e necessidades concre- tas que necessitam ser compre- endidas e consideradas. Apre- sentam, algumas vezes, interes- ses inusitados, diferentes níveis de motivação, formas incomuns de agir, comunicar e expressar suas necessidades, desejos e sentimentos (BRASIL, 2006, p.13).” Para analisar as necessidades educacionais destes alunos, devem- se observar as condições em que suas deficiências se apresentam. A 13 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS Precisa-se levar em consideração o nível de desenvolvimento, as pos- sibilidades funcionais, de comuni- cação, interação social e de apren- dizagem (BRASIL, 2006). Além disso, ainda precisam ser acompa- nhadas necessidades que não estão restritas ao âmbito escolar, mas que também influenciam diretamente no processo de desenvolvimento da aprendizagem: “Na perspectiva das pessoas com múltiplas deficiências (...) a lesão não pode ser descon- siderada, assim como o atendi- mento médico e o processo de reabilitação, que parece ter sido desconsiderado ou não expli- citado nas políticas atuais de educação inclusiva e na abor- dagem social (BENTES et al, 2009, p.66).” É importante refletir como alunos deficientes múltiplos podem ter não somente o acesso ao espaço escolar, mas o acesso a possibili- dades reais de desenvolvimento em seus processos de aprendizagem com base em estratégias, recursos e intervenções que venham de encon- tros com as suas reais necessidades educacionais. Assim, é necessário o conheci- mento das necessidades apresenta- das por estes alunos, para que seus processos de aprendizagem possam ser de fato beneficiados, é importan- te buscar compreender como pode- mos intervir e estimular adequa- damente. Buscar uma prática peda- gógica que abranja ações que ve- nham a oportunizar o desenvol- vimento de potencialidades. Como o próprio Vigotski com- siderou, esses alunos não são menos desenvolvidos, mas apresentam uma forma qualitativamente dife- rente de se desenvolver (VIGOTSKI, 1997). Faz-se necessário buscar por meio do estudo da teoria histórico cultural, bases para melhor compre- ender como a prática pedagógica pode contribuir para o desenvol- vimento da aprendizagem destes alunos. Vigotski compreende que a compensação no processo de desen- volvimento da criança com defi- ciência é uma reação da perso- nalidade ante a deficiência, conflito que geralmente ocorre por causa da deficiência, trazendo assim dificul- dades para a vida do sujeito, mas também criando possibilidades e estímulos de compensação. A defi- ciência torna-se o ponto de partida e principal força por trás do desen- volvimento psíquico da per- sonalidade: “Uma deficiência existente nu- ma criança leva a mesma a compensar esta, trilhar outros caminhos de desenvolvimento. Uma criança cega reage contra a sua cegueira; uma criança com uma deficiência psíquica 14 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS tenta compensá-la muito, fre- quentemente, em forma de so- bre compensações referentes às suas capacidades intelectuais limitadas (FICHTNER, 2010, p.70).” Tais considerações são neces- sárias para conhecer melhor as ne- cessidades dessas pessoas e, assim, planejar e programar políticas pú- blicas que potencializem a sua esco- larização, desenvolvimento e inclu- são de forma precisa e eficiente. Incluir remete um processo constante de conhecimento e de reciprocidade, é necessário reali- mentar a estrutura, organização, projeto político-pedagógico, recur- sos didáticos, metodologias e estra- tégias de ensino. É importante repensar as intenções e escolhas cur- riculares, com foco nas possíveis mudanças necessárias para que haja um ensino diferenciado que favore- ça o desenvolvimento e a inclusão pessoal e social do sujeito. A Deficiência e o Mercado de Trabalho A inclusão do portador de deficiência no mercado de trabalho vem crescendo constantemente, conforme dados do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Foi com a regulamentação da Lei 7.853/ 89, da instituição da Política Nacio- nal para a Integração da Pessoa Por- tadora de Deficiência - Decreto 3.298/99 e a Lei de Cotas que se concretizaram, no ordenamento jurídico, os princípios de não discri- minação e igualdade de oportu- nidades, baseados em conceitos amplos de inclusão social e, por isso, muitas empresas ainda encontram dificuldades na sua implantação. (SASSAKI, 2013) Observando o texto constitu- cional brasileiro, pode-se compre- ender, que o “Estado democrático” é proposto para “assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos”. (Constituição, 1988) Para que a inclusão do defi- ciente físico no mercado de trabalho efetivamente ocorra, além de uma legislação específica que incentive a inclusão dessa classe, é importante destacar outros fatores importantes, o principal é a educação. Para as instituições e empre- sas contratar tal classe é necessário investir em programas de capacita- ção e/ou tornar-se menos rígidas em relação ao grau de instrução destes. A Lei nº 7.853/89 prevê a adoção de legislação específica que discipline reserva de mercado de 15 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS trabalho aos portadores de deficiên- cia física (art. 2º, II, d) e a proteção dos seus interesses coletivos ou difusos. Estas se dão por meio de ações civis públicas que poderão ser propostas pelo MinistérioPúblico, União, Estados, Municípios e Dis- trito Federal, por associações consti- tuídas há mais de um ano, por autar- quia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção de pessoa portadora de deficiência (art. 3º). A política Nacional para inte- gração de pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho e na sociedade em geral é disciplinada pelo Decreto n. 3.298/99 do Poder Executivo Federal. Este decreto compreende o conjunto de orienta- ções normativas que objetivam as- segurar o pleno exercício dos direi- tos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência (art. 1º), observando os seguintes princípios: a. Desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da socie- dade civil, de modo a as- segurar a plena integração da pessoa portadora de deficiên- cia no contexto socioeconô- mico e cultural; b. Estabelecimento de mecanis- mos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras de defi- ciência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem- estar pessoal, social e eco- nômico; c. Respeito às pessoas portado- ras de deficiência, que devem receber igualdade de oportu- nidades na sociedade por reco- nhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem pri- vilégios ou paternalismos (art. 5º, I, II e III). No âmbito da União, é as- segurado o direito da pessoa porta- dora de deficiência se inscrever em concurso público para provimento de cargos cujas atribuições lhe sejam compatível, e reservado até 20% das vagas oferecidas no concurso (art. 5º, § 2º, Lei n. 8.112/90). O direito de ir e vir, de traba- lhar e de estudar é o ponto de parti- da da inclusão de qualquer cidadão. E, para que se efetive em relação às pessoas com deficiência, há que se exigir do Estado à construção de uma sociedade livre, justa e solidária (conf. art. 3º, Constituição Federal), através de políticas públicas com- pensatórias e eficazes. 16 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS Deficiência Múltipla e Edu- cação O modo como cada deficiência influência o aprendizado e dessem- penho de tarefas simples e o desen- volvimento da comunicação da pes- soa varia de acordo com o grau de dificuldade propiciado pelas defi- ciências, associado aos estímulos que a pessoa recebeu ao longo da vida. É necessário o compartilha- mento de atendimento multidisci- plinar, para que haja progresso no processo de desenvolvimento em crianças com múltiplas deficiências, importante que sejam incluídas ações integradas entre educação, saúde e família. O professor deve preparar um conteúdo adaptado às necessidades de cada criança, ficando atento às limitações individuais dentro das propostas de educação inclusiva para assegurar sua participação em todas as atividades desenvolvidas. Conforme o referencial cur- ricular nacional para a educação infantil, publicado em 2008 pelo MEC, a escola tem as funções de educar e cuidar. As crianças podem apresentar diferentes limitações, o desenvolvimento delas deve ser baseado no conjunto de ações inclu- sivas no âmbito social, educacional e reabilitação. De acordo com as diretrizes nacionais para educação especial na educação básica todas as crianças são aptas a aprender, não impor- tando gravidade da sua deficiência. As crianças com deficiência devem ser incluídas desde cedo em programas de creche e pré-escola que possuam como objetivo o desen- volvimento integral, acesso à infor- mação e ao conhecimento acumula- do, dividindo essa tarefa com servi- ços da comunidade e os pais. A inclusão depende de muitas modificações, tanto de atitude quan- to de infraestrutura dos centros de educação infantil, tais como: Flexibilidade e tolerância; Compreensão do compor- tamento e das necessidades emocionais; Provisão de currículo adap- tado às necessidades espe- cíficas; Mobiliário adaptado para exe- cução de atividades; Adaptação de jogos peda- gógicos; Materiais específicos e recur- sos tecnológicos que favore- çam a interação, a comuni- cação e a aprendizagem. Para facilitar o processo de comunicação e aprendizagem faz-se necessário um trabalho conjunto entre professor do ensino regular, o professor especializado de apoio, equipe de suporte (fonoaudiólogo, 17 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS terapeuta ocupacional, fisioterapeu- ta, psicólogo, etc.) e a família, cola- borando para avaliação das neces- sidades específicas da criança. Suas necessidades precisam ser identi- ficadas e atendidas; as políticas pú- blicas precisam estar mais próximas da realidade dessa criança para que de fato ela tenha a possibilidade de se desenvolver. A igualdade de condições para o acesso e permanência na escola está presente na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988(CRFB/1988), em seu artigo 206. Verifica-se uma distância entre o cotidiano das escolas e os dis- positivos legais que tratam da Edu- cação Inclusiva. A escola tem que proporcionar a todos os alunos o acesso, a perma- nência, bem como, o aprendizado com sucesso e qualidade, indepen- dentemente de suas características físicas, cognitivas, sociais ou cultu- rais, deve ser um ambiente acolhe- dor e prazeroso. (CARVALHO, 2004). Para que de fato a inclusão seja uma realidade plena, há muito que a ser analisado e pesquisado, com vis- tas a construir projetos que vão além da simples aplicação de leis, visto que ainda nos dias atuais o assunto não é bem esclarecido diante da população (MANTOAN, 2003). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN - Lei nº 9.394/96 – enfatiza, em seu arti- go 58, que por Educação Especial entende-se a modalidade de educa- ção escolar, oferecida preferencial- mente na rede regular de ensino para alunos com necessidades es- peciais. E enfatiza no seu inciso 1º que, quando necessário, haverá serviços de apoio especializado na escola re- gular para atender à especificidade de cada aluno da Educação Especial (BRASIL, 1996). Nessa perspectiva, a Educação Especial direciona suas ações para o atendimento das especificidades de cada sujeito no processo educacio- nal. E, no âmbito de uma atuação mais ampla na escola, orienta a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identifica- ção de recursos, serviços e o desen- volvimento de práticas colabo- rativas. Pode-se destacar como papel do professor especializado/de apoio: Favorecer e mediar às relações no programa de intervenção precoce; Acolher as necessidades, inte- resses, prioridades e desejos da criança e família; Realizar avaliação funcional do desenvolvimento em inter e transdisciplinaridade e inter- câmbio com outros profis- sionais da comunidade; 18 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS Analisar no meio (casa - famí- lia - escola - comunidade), as possibilidades reais, as poten- ciais e as necessidades do aluno; Elaborar, em conjunto com os demais profissionais envol- vidos, o programa de inter- venção precoce; Apoiar e ajudar a família a lidar com a criança (cuidados básicos, alimentação, higiene). Realizar visita domiciliar, quando necessário, para in- clusão da criança na família e comunidade; Ajudar, apoiar, avaliar e acom- panhar o projeto de inclusão nos centros de educação in- fantil; Participar, em conjunto com a família e demais profissionais envolvidos, da elaboração do plano de desenvolvimento educacional, de forma que contemplem as necessidades específicas e educacionais especiais; Favorecer o desenvolvimento de competências na família e comunidade para a resolução de problemas no cotidiano; Apoiar a criação de rede de apoio comunitário. Papel do professor da creche e pré-escola. O professor do ensino comum necessita de ajuda, orientação e apo- io do professor especializado para a inclusão da criança com múltipla deficiência no ensino. O papel do professor do ensino comum entre outros será: Motivar e organizar interação e formas de comunicação com a criança, integrando a ao grupo; Planejar em conjunto com o professor especializado ativi- dades significativas, lúdicas e funcionais que despertam o interesse da criança; Ajudar a criança a realizar coisas que sozinha não daria conta de fazer; Ajudá-la a explorar o meio e a brincar ativamente; Evitar subestimá-la ou super- protegê-la; Ajudá-la a desenvolver a inde- pendência no lanche, na hi- giene e no brinquedo; • Adaptar as atividades de lin- guagem, simbólicas, histórias, atividades de pesquisa e artes para que possa participar ati- vamente; Avaliar e reavaliar, em con- junto com o professor especia- lizado, família e equipe os avanços, as dificuldades, as estratégias e as intervenções necessárias, e; Participar da elaboração do projeto político pedagógico (PPP) e do plano de desenvol- vimento educacional (PDE) do centro de educação infantil, contemplando as necessidades específicas e educativas especiais. 19 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS Os alunos com alterações significativas no processo de desen- volvimento e aprendizagem gostam de brincar e podem aprender em grupo, ampliando assim suas expe- riências e adquirindo recursos para se adaptarem diante de novas si- tuações. Fonte: https://www.cartacapital.com.br/edu cacao/por-que-estudantes-com- deficiencia-ainda-sao-excluidos-das- escolas/ É um trabalho de cooperação, de troca de experiências e comuni- cação entre pais-criança, criança- criança, professor-criança, profes- sor-pais, pais-pais e professor- professor. Isso é possível desde que o programa de intervenção precoce não esteja centrado na limitação, na deficiência, nas defasagens, mas voltado para a dimensão humana das possibilidades e para a melhoria das condições socioemocionais e ambientais: interação, comunica- ção, ação, adaptação do meio e das atividades, pois inclusão significa participação ativa da criança na vida familiar, escolar e comunitária. 20 21 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 4. Tecnologia Assistiva fonte: https://www.cepeconline.com.br/produto/cata/ ecnologia assistiva é um con- junto de equipamentos, tecno- logias, serviços, estratégias e práti- cas concebidas e aplicadas para amenizaras dificuldades encontra- das por pessoas com deficiências. Segundo Manzine: “Os recursos de tecnologia as- sistiva estão muito próximos do nosso dia-a-dia. Ora eles nos causam impacto devido à tec- nologia que apresentam, ora passam quase despercebidos. Para exemplificar, podemos chamar de tecnologia assistiva uma bengala, utilizada por nos- sos avôs para proporcionar con- forto e segurança no momento de caminhar, bem como um aparelho de amplificação utili- zado por uma pessoa com sur- dez moderada ou mesmo veícu- lo adaptado para uma pessoa com deficiência. (MANZINI, 2005, p. 82)” Para desenvolver um trabalho com pessoas com deficiências múlti- plas é preciso buscar atividades fun- cionais que facilitem o desenvol- vimento da comunicação e das inte- rações sociais, levando sempre em consideração as potencialidades e necessidades individuais. Os recursos são organizados ou classificados de acordo com obje- tivos funcionais a que se destinam, várias classificações foram desen- volvidas para finalidades distintas como a ISO 9999/2002 como uma importante classificação internacio- nal de recursos, aplicada em vários países. T 22 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS A Tecnologia Assistiva difere da tecnologia reabilitadora, usada, por exemplo, para auxiliar na recu- peração de movimentos limitados. Difere de toda a tecnologia médica ou de reabilitação, por se tratar de recursos ou procedimentos pessoais, que atendem a necessidades diretas do usuário final, visando sua inde- pendência e autonomia. Os recursos médicos ou de reabilitação destinam-se a diagnós- tico ou tratamento na área da saúde, sendo, portanto, recursos de traba- lho dos profissionais dessa área. Os objetivos apontam normalmente para recursos que geram autonomia pessoal e vida independente do usuário. Segundo Lauand: “[...] No sentido amplo, o objeto da tecnologia assistiva é uma ampla variedade de recursos destinados a dar suporte (me- cânico, elétrico, eletrônico, computadorizado, etc.) à pes- soas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múl- tipla. Esses suportes podem ser, por exemplo, uma cadeira de rodas [...], uma prótese, uma órtese, e uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diver- sas áreas de necessidade pes- soal (comunicação, alimenta- ção, transporte, educação, la- zer, esporte, trabalho, elemen- tos arquitetônicos e outras). (LAUAND, 2005)” Na área da educação se tornou uma porta de entrada para abertura de novos caminhos no processo de aprendizagem e desenvolvimento de alunos com deficiências de intensa incapacidade, vai além de simples- mente auxiliar o aluno a ‘fazer’ atividades pretendidas, encontra- mos meios de o aluno atuar de forma construtiva. A importância da tecnologia na educação é real, em relação a qualquer aluno, tornando o processo mais fácil, se tratando de alunos com alguma deficiência, a tecnologia torna o processo possível. Na Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, o legislativo brasileiro indicou, a necessidade de proporcionar condições justas a todo conjunto de pessoas com defi- ciência, o que foi regulamentado pelo Poder Executivo, por meio do Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Determina a criação de um Comitê de Ajudas Técnicas, com a finalidade principal de propor a criação de políticas públicas, aos ór- gãos competentes, relacionadas com o desenvolvimento e uso de Tec- nologia Assistiva. O Decreto determina que: “Art. 66. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos insti- tuirá Comitê de Ajudas Téc- nicas, constituído por profis- sionais que atuam nesta área, e que será responsável por: 23 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS I - estruturação das diretrizes da área de conhecimento; II - estabelecimento das compe- tências desta área; III - realização de estudos no intuito de subsidiar a elabo- ração de normas a respeito de ajudas técnicas; IV - levantamento dos recursos humanos que atualmente tra- balham com o tema; e V - detecção dos centros regio- nais de referência em ajudas técnicas, objetivando a forma- ção de rede nacional integrada. § 1º O Comitê de Ajudas Téc- nicas será supervisionado pela CORDE e participará do Pro- grama Nacional de Acessibi- lidade, com vistas a garantir o disposto no art. 62. § 2º Os serviços a serem pres- tados pelos membros do Comi- tê de Ajudas Técnicas são consi- derados relevantes e não serão remunerados.” Conforme tal determinação, a Secretaria Especial dos Direitos Hu- manos, da Presidência da República cria o Comitê, por meio da Portaria no 142, de 16 de novembro de 2006, reunindo os principais órgãos da administração pública relacionados com o tema, assim como um grupo de especialistas da área. A Portaria institui, como responsabilidade do Comitê: “III - apresentar propostas de políticas governamentais e par- cerias entre a sociedade civil e órgãos públicos referentes à área de ajudas técnicas” Os instrumentos formais que criam o Comitê, assim como todas as publicações estão disponíveis no sítio da Secretaria Especial dos Di- reitos Humanos, da Presidência da República: www.sedh. gov.br/corde. Em 16 de novembro de 2006 foi estabelecido, pela Portaria nº 142, o Comitê de Ajudas Técnicas(CAT), determinado pelo Decreto nº 5.296/2004 no âmbito da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, na pers- pectiva de aperfeiçoar, dar trans- parência e legitimidade ao desenvol- vimento da Tecnologia Assistiva no Brasil. O foco do trabalho do Comitê de Ajudas Técnicas foi conceituar e propor uma terminologia adequada, pesquisar e propor classificações e modelos para os sistemas de pres- tação de serviços em Tecnologia Assistiva. Foram realizadas seguin- tes ações pela Comissão Temática 1 - Conceituação e Estudos de Normas: a. Elaboração e proposição de bases conceituais, realizada a partir de revisão teórica inter- nacional, utilizando as seguin- tes palavras-chave: tecnologia assistiva, ajudas técnicas, tec- nologia de apoio. b. Elaboração de pesquisa para proposição de terminologia oficial, resultando na aprova- 24 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS ção do termo “tecnologia as- sistiva”, a ser sempre utilizado no singular, por se tratar de uma área do conhecimento. c. Formulação do conceito de TA: “Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recur- sos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objeti- vam promover a funcionali- dade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independên- cia, qualidade de vida e inclusão social.” d. Elaboração de lista de termos para o desenvolvimento de um glossário (atividade em anda- mento); e. Pesquisa bibliográfica e docu- mental sobre normas brasilei- ras, vigentes e em projeto, relacionadas à TA; f. Análise das normas brasileiras para auxílio na classificação e identificação de prioridades para normalização (atividade em andamento). Ajudas Técnicas é o termo que foi utilizado para o que se conven- cionou denominar Tecnologia As- sistiva. Um conceito amplo, com elemento chave para a promoção dos Direitos Humanos, pelo qual as pessoas com deficiência têm a opor- tunidade de alcançarem sua auto- nomia e independência em todos os aspectos de suas vidas. É necessária a admissão de medidas que assegurem seu acesso, em bases iguais com as demais pes- soas. É preciso que obstáculos e bar- reiras à acessibilidade sejam identi- ficados e eliminados, de acordo com a conceituação de deficiência. 25 26 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 5. A Prática Pedagógica na Escola Inclusiva Fonte: https://fia.com.br/blog/educacao-inclusiva/ educação especial como mo- delo de ensino até esse mo- mento está se propagando no am- biente escolar, precisarão utilizar redes de apoio que suplementem o trabalho do professor, para se tornar efetiva. As redes de apoio existentes são constituídas pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) e pelos profissionais da educação especial (intérprete, professor de Braille, etc.) da saúde e da família. Educação Especial não deve ser vista como um sistema educa- cional paralelo ou segregado, é sim conjunto de recursos que a escola regular deverá usufruir para atender à diversidade e necessidades espe- ciais de cada aluno, não visando métodos e técnicas especializados para a classe regular, mas sim, tor- nando-se um sistema de suporte permanente e efetivo para os alunos especiais incluídos, bem como para seus professores. O professor como mediador deve respeitar os diferentes ritmos de aprendizagem, como organizador da sala de aula, deve guiar e orientar as atividades dos alunos no decorrer A 27 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS do processo de aprendizagem para aquisição dos saberes e competên- cias. O projeto pedagógico deve dire- cionar as ações do professor, que deve assumir comprometimento com a diversidade e com a igualdade de oportunidades, priorizando a colaboração e a cooperação. O papel do educador na sala de inclusiva é intervir nas atividades que o aluno ainda não tem autono- mia para desenvolver sozinho, aju- dando-o a se sentir capaz de realizá- las, considera-se que os conteúdos escolares são objetos da aprendiza- gem, cabe aos alunos atribuir signi- ficados e construir conhecimentos e o professor assume a função de mediar esse processo, selecionando procedimentos de ensino e de apoio para confrontar e resolver conflitos cognitivos. O processo de ensino deve privilegiar a construção coletiva e ser organizado com base nas neces- sidades dos alunos, levando em conta os diferentes ritmos, estilos e interesses de aprendizagem de cada aluno, respeitando suas necessida- des educacionais, podendo requerer apoio e recursos diferenciados. A avaliação da aprendizagem dever ser coerente com os recursos selecionados, objetivos e as ativida- des propostas. Se o processo de aprendizagem for redimensionado, o procedimento de avaliação tam- bém deverá ser. A avaliação que é realizada durante as atividades deve ser mais esclarecedora, e fornecer dados sobre o desempenho do aluno em diversas situações. Dessa forma a avaliação vai facilitar o reconhe- cimento das necessidades dos alunos e permitir que o professor redimensione os indicadores de aprendizagem. O desempenho do aluno cons- titui ferramentas importantes na adaptação do planejamento, os re- sultados obtidos serão consistentes desde que sejam analisados indica- dores de aprendizagens condizentes com a intencionalidade do ensino. É preciso que o planejamento tenha flexibilidade na abordagem do con- teúdo, no progresso de múltiplas formas de participação nas ativida- des educacionais e na admissão dos diversos modos de expressão dos alunos. As adaptações curriculares estão garantidas pela Lei de Dire- trizes e Bases da Educação Nacional Nº 9.394/96 e pelas Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica (BRASIL, 2001), que orientam adaptações em três níveis: No projeto políticopeda-gó- gico da escola elaborado pela comunidade escolar; No currículo (objetivos, com- teúdos, atividades, avaliação, metodologia) com a partici- 28 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS pação de todos os envolvidos; No nível individual, com a par- ticipação da família na elabo- ração do plano educacional individual. O projeto de inclusão é elabo- rado e desenvolvido coletivamente, não devendo as decisões ser toma- das isoladamente pelo professor ou pela família, sendo elas de respon- sabilidade da direção dos centros de educação, dos gestores da política de educação dos Municípios. Algumas ações são interseto- riais, e envolvem responsabilidade dos órgãos de saúde e ação social, principalmente no que diz respeito a diagnóstico, tratamento e equipa- mentos específicos para determina- das deficiências. As adaptações de acesso ao currículo são de responsabilidade da escola, e envolvem: Mobiliário adequado (mesas, cadeiras, triângulo para ativi- dades no solo, equipamentos para atividades em pé e locomoção independente); Equipamentos específicos e tecnologia assistida; Sistemas alternativos e am- pliados de comunicação; Adaptação do espaço e elimi- nação de barreiras arquitetô- nicas, ambientais, play ground; Recursos materiais e didáticos adaptados; Recursos humanos especial- lizados ou de apoio; Situações diversificadas de aprendizagem e apoio para participação em todas as ativi- dades pedagógicas e recrea- tivas; Adaptações de atividades, jogos e brinquedos. São necessárias mudanças no sistema educacional vigente a fim de garantir o cumprimento dos objeti- vos da inclusão, devem-se conside- rar as inúmeras dificuldades viven- ciadas por todos os participantes do cotidiano das escolas que tentam, de diferentes maneiras, viabilizara educação inclusiva de acordo com suas possibilidades. 29 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 30 6. Referências Bibliográficas BENTES, J. A. de O. et al. Relato de duas instituições educacionais que trabalham com múltipla deficiência. In: COSTA, M. da P. R. da (Org.). Múltipla Deficiência: Pesquisa & Intervenção. Pedro & João Editores, São Carlos, SP, 2009. BRASIL, Ministério do Trabalho e do Emprego. Conceito de Pessoa com Deficiência para Lei de Cotas. Disponível em: http://www.mte.gov.br/fisca_trab/inclus ao/lei_cotas_2.asp, Acesso em: fevereiro de 2020. BRASIL. Comitê de Ajudas Técnicas. ATA V. 2007. Disponível em: www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/cor de/comite_at.asp. Acesso em: fevereiro de 2020. BRASIL. 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