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BROMATOLOGIA - SDE0056 Professora: Larissa Cruz Campos dos Goytacazes, 2017/1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA ➢Classe de compostos muito heterogênea (diferença na composição química e física), mas têm em comum a propriedade: INTRODUÇÃO Substâncias APOLARES, caracterizadas pela solubilidade em solventes orgânicos (éter, álcool e clorofórmio) e insolúveis em água. ➢Podem ser sintetizados no organismo (exceto ácidos graxos essenciais). PRINCIPAIS FUNÇÕES ORGANISMO -Fonte de energia (9 kcal/g); -Isolamento térmico; -Constituintes de membrana celulares (fosfolípídeos e glicolipídeos); -Proteção de órgãos vitais e impermeabilização (ceras); -Impulso de transmissão nervosa; -Transporte de lipoproteínas e ácidos graxos; -Precursores de hormônios (esteróides); -Constituintes de vitaminas lipossolúveis (A, D, K, E) e sistemas antioxidantes (A e E); - Digestiva: composição de ácidos biliares. PRINCIPAIS FUNÇÕES ALIMENTO e DIETA - Fontes de energia para gérmens durante germinação; - Representa um dos principais constituintes dos alimentos (valores muito baixos a muito altos); - Contribuem essencialmente para as características sensoriais dos alimentos; - São suscetíveis a fenômenos de deterioração; - Agem como emulsificantes, texturizantes, aromatizantes, etc; - Suprimento de nutrientes essenciais: carream nutrientes lipossolúveis (Vitaminas lipossolúveis e Ácidos graxos essenciais); -Fonte de combustível; -Saciedade, palatabilidade alimentar, > tempo de digestão, < volume da alimentação. MAPA CONCEITUAL ÁCIDOS GRAXOS (AG) ❖ São ácidos monocarboxílicos ❖ Saturados ou Insaturados SUBUNIDADE BÁSICA DOS LIPÍDEOS Sólidos a Temperatura ambiente (T= 20°C) Líquidos a Temperatura ambiente (T= 20°C) AG Insaturado com duplas ligações trans. CLASSIFICAÇÃO DOS ÀCIDOS GRAXOS ➢ Compriento da cadeia (4-36 átomos de C):Quanto maior o comprimento maior a insolubilidade •Ácidos graxos de cadeia curta (AGCC): possuem até 6 átomos de Carbono; •Ácidos graxos de cadeia média (AGCM): possuem de 8 a 12 átomos de C; •Ácidos graxos de cadeia longa (AGCL): possuem de 14 a 18 átomos de C; •Ácidos graxos de cadeia muito longa (AGML): possuem 18 ou mais átomos de C. ➢Tipo de ligações: •SATURADOS: apenas ligações simples entre os átomos de C (Ex.: Ácido araquídico, láurico, palmítico). • INSATURADOS: contém ligações duplas entre os átomos de C (Ex.: Ácido linoléico, oléico, araquidônico, palmitoléico). oMONOINSATURADO: 1 ligação dupla oPOLIINSATURADOS: muitas ligações duplas entre os átomos de C (PUFA´s) CLASSIFICAÇÃO DOS ÀCIDOS GRAXOS ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS ÁCIDOS GRAXOS ÁCIDOS GRAXOS CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS ➢Lipídeos Simples: São compostos que por hidrólise total dão origem somente a ácidos graxos e alcoóis. • Ácidos graxos: saturados, insaturados e essenciais; • Gorduras neutras: mono, di e triglicerídeos (triacilgliceróis); • Ceras: ésteres do esterol; ésteres não-esteroidais. CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS ➢Lipídios Compostos: São compostos que contêm outros grupos na molécula, além de ácidos graxos e alcoóis. • Fosfolipídios •Glicolipídios • Lipoproteínas ESTRUTURA DOS LIPÍDEOS Álcool de cadeia curta ESTRUTURA DOS LIPÍDEOS Nos humanos são armazenados nos adipócitos (células do tecido adiposo). Função: Reserva de energia LIPÍDEOS ➢Os lipídios que não contêm AG não são saponificáveis. ➢As vitaminas lipossolúveis e o colesterol são os principais representantes destes lipídios que não são energéticos (desempenham funções fundamentais no metabolismo). 1) Terpenos: vitaminas E e K, além de vários óleos aromáticos de vegetais. 2) Esteróides: O colesterol (e seus derivados) e a vitamina D 3); 3) Carotenóides: é um tipo de terpeno, geralmente álcool. A vitamina A é o representante mais importante deste tipo de lipídio. FONTES DE LIPÍDEOS ORIGEM ANIMAL Carnes gordas; Peles de aves; Vísceras; Defumados e embutido;s Leite e derivados integrais; Manteiga. ORIGEM VEGETAL Sementes oleaginosas; Abacate; Óleos vegetais e azeite de oliva. FONTES DE LIPÍDEOS Ingestão Diária (60 a 150g): -90% Triacilgliceróis -10%: colesterol, ésteres de colesterol, fosfolipídeos e AG não esterificados ESTERIFICAÇÃO: 1, 2 ou 3 Ácidos Graxos (ácido) + Glicerol (álcool) - (Mono, Di ou Tri) Acilglicerol Reações Químicas SAPONIFICAÇÃO: Ácido Graxo + Base Forte - Sal de Ac. Carboxílico (Sabão) Reações Químicas HIDROGENAÇÃO: Ácido Graxo Insaturado + H2 – Ácido Graxo Saturado Reações Químicas PROCESSO DE HIDROGENAÇÃO ➢ O hidrogênio é facilmente incorporado na estrutura de ácidos graxos insaturados quando em presença de catalisadores adequados (níquel, platina ou paládio); ➢ Pode ocorrer rearranjos das duplas ligações; ➢ O ponto de fusão dos ácidos graxos aumenta com a diminuição do número de insaturações da molécula. ➢ Obtenção de produtos sólidos ou semi-sólidos a partir de óleos vegetais. Reações Químicas Consiste na formação de odor desagradável, típico de ranço em produtos ricos em lipídios. Causas: ➢ Combinação dos ácidos graxos com o oxigênio do ar (rancificação oxidativa); ➢ Degradação do lipídio por enzimas, ácidos ou bases, liberando ácidos graxos voláteis (rancificação enzimática ou hidrolítica). PROCESSO DE RANCIFICAÇÃO ➢ Ocorre em lipídios com ácidos graxos insaturados pelo mecanismo de formação de radicais livres Ác. graxos saturados = energeticamente desfavoráveis ➢ É a principal causa de deterioração de vários produtos alimentícios: Produção, processamento, armazenamento e preparo do alimento ➢ Perda de valor nutricional e de qualidade sensorial: Proteínas, vitaminas e pigmentos também são afetados ➢ Sabor, aroma, textura e cor. PROCESSO DE RANCIFICAÇÃO RANCIFICAÇÃO OXIDATIVA ANTIOXIDANTES Neutraliza quimicamente a ação dos radicais livres, que podem atuar no início do processo da rancidez oxidativa. Naturais: os mais utilizados são a vitamina E, vitamina C e betacaroteno (uso limitado devido ao custo). Sintéticos: BHA (butil hidroxi anisol), BHT (butil hidroxi tolueno), ETOX (etoxiquina) e TBHQ (terbutil hidroxi quinona). Inibição da Rancidez Oxidativa PROCESSO DE RANCIFICAÇÃO RANCIFICAÇÃO HIDROLÍTICA Provocada por enzimas ou agentes químicos (ácidos e bases): “Ranço perfumado” ➢ Enzimas esterases capazes de hidrolisar triglicerídeos liberando ácidos graxos de baixa massa molecular voláteis, causadores do odor indesejado; ➢ Comum em produtos lácteos e do coco, ricos nos ácidos graxos: butírico, caprílico, capróico, valérico, láurico, etc. ➢ Liberação de ácidos graxos livres = ponto de fumaça = inflamabilidade PROCESSO DE RANCIFICAÇÃO INIBIÇÃO DA RANCIDEZ HIDROLÍTICA ➢ Eliminação da água no lipídeo; ➢ Uso de temperaturas baixas; ➢ Evitar uso prolongado do lipídeo no processamento do alimento. PROCESSO DE RANCIFICAÇÃO DEGRADAÇÃO TÉRMICA PONTO DE FUMAÇA PONTO DE FUMAÇA: ➢ Temperatura em que se inicia a emissão de fumaça por degradação do lipídio; ➢ Cada gordura tem o seu ponto de fumaça. ➢ Para frituras: > ponto de fumaça > resistência ao calor (devem ser escolhidas as que tiverem maior ponto de fumaça). TEMPERATURA DE AQUECIMENTO E PONTO DE FUMAÇA Caracterização de Óleos e Gorduras Caracterização de Óleos e Gorduras Índice de saponificação: número de miligramas de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos graxos resultantes da hidrólise completa de 1 g de amostra. Durante a saponificação é formado sabão. Caracterização de Óleos e Gorduras Rancidez hidrolítica: O procedimento está baseado na dissolução da gordura em um solvente misto e neutralizado, seguida da titulação com uma solução de NaOH, na presença de fenolftaleína como indicador (Índice de Acidez). Rancidez oxidativa: O índice de peróxido é um dos métodos mais utilizados para medir o estado de oxidação de óleos e gorduras, e édeterminado dissolvendo-se um peso de gordura em uma solução de ácido acético-clorofórmio, adicionando-se iodeto de potássio e titulando o iodo liberado com solução padrão de tiossulfato de sódio, usando amido como indicador. METODOLOGIA DE ANÁLISE METODOLOGIA DE ANÁLISE TIPOS DE SOLVENTE: ➢ Éter de petróleo/hexano ( mais usados); ➢ Éter etílico (mais amplo - esteróis, resinas, pigmentos, vitaminas - , mais caro, perigoso e acumula água); ➢ Mistura de solventes. EXTRAÇÃO A QUENTE ➢ Tipos de equipamentos com refluxo de solvente para amostras sólidas: 1.Soxhlet (intermitente); 2. Goldfish (contínuo) METODOLOGIA DE ANÁLISE METODOLOGIA DE ANÁLISE METODOLOGIA DE ANÁLISE METODOLOGIA DE ANÁLISE MÉTODO DE BLIGH-DYER: EXTRAÇÃO A FRIO ➢Método de extração de gordura a frio que utiliza uma mistura de três solventes (clorofórmio, metanol e água); ➢Fase clorofórmica: substâncias lipídicas; ➢Fase aquosa (metanol + água): substâncias não-lipídicas. METODOLOGIA DE ANÁLISE MÉTODO DE BLIGH-DYER: VANTAGENS ➢ Os lipídeos são extraídos sem aquecimento e os extratos podem ser utilizados para avaliação da deterioração dos lipídeos através dos índices de peróxidos, ácidos graxos livres, carotenóides, vitamina E, composição de ácidos graxos e esteróis; ➢ Extrai todas as classes de lipídeos, inclusive os polares que representam um alto teor em produtos de trigo e soja; ➢ Uso em produtos com alto teor de umidade, além dos secos; ➢ Não necessita equipamentos especializados. METODOLOGIA DE ANÁLISE EXTRAÇÃO DA GORDURA LIGADA Quando a gordura está ligada a proteína e carboidrato (ex.: pão e leite) ➢ Hidrólise ácida (leite e produtos lácteos); ➢ Hidrólise alcalina (produtos com alto teor de CHO). Tubo que já vem calibrado com escala volumétrica. A gordura separa é medidad volumetricamente REFERÊNCIAS OLIVEIRA, D. Ciências Nutricionais: Aprendendo a Aprender. Editira Sarvier, 2008. p. 41-131. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 4. ed. 1. ed digital. São Paulo: IMESP, 2005. p. 75-81. ➢ Doenças cardiovasculares e dislipidemias. ➢ Microbiota intestinal e ácidos biliares: o futuro do tratamento da obesidade? ➢ Esteatose Hepática. ➢ Erros inatos no metabolismo dos lipídeos. ➢ Glândula tireóide e lipídeos séricos. LIPÍDEOS E NUTRIÇÃO
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