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Estudo Dirigido Capítulo 6 - Itens 6.1 a 6.5 1) Qual modelo atômico serve de base física e matemática para a teoria de orbitais moleculares (TOM)? Discutir. A TOM foi idealizada com base no modelo atômico da mecânica quântica, desenvolvido pelos físicos Schrodinger, de Broglie e Heisenberg. Isso porque, a teoria que prevalecia antes da TOM era a Teoria da Ligação de Valência (TLV), que foi desenvolvida com base no modelo de Lewis de ligações químicas. Porém, após a descoberta da dualidade da partícula, foi desenvolvido um novo modelo que englobava-a e assim surgiu a TOM. 2) Ler o item 6.1. a) O que significa superposição de orbitais atômicos ? A superposição de orbitais atômicos pode ser entendida como a interferência entre os orbitais externos de mais de um átomo, alterando a densidade eletrônica entre os núcleos e gerando um orbital molecular. b) O fenômeno de interferência, característico de ondas, é um dos fundamentos da TOM. Então, nesse contexto, qual a relação entre interferência construtiva, destrutiva e nula com a formação de orbitais moleculares ? Forneça exemplos. Interferências construtivas geram um acúmulo de densidade eletrônica na região internuclear e um consequente aumento na atração elétron-núcleo, resultando em um orbital molecular ligante. Interferências destrutivas geram uma densidade eletrônica na região internuclear menor do que caso os núcleos fossem separados e uma grande repulsão núcleo-núcleo, resultando em um orbital molecular antiligante. Quando a interferência entre os orbitais é nula, não é gerada uma ligação. Isso ocorre quando dois orbitais possuem simetria não apropriada ou estão a uma distância infinita um do outro. 3) Ler o item 6.2. a) Qual a relação entre a representação gráfica da superposição de orbitais atômicos e densidade de probabilidade ? Na representação gráfica da superposição de orbitais atômicos é possível identificar áreas de interferência construtiva ou destrutiva. Nas áreas de interferência construtivas ocorre um aumento da densidade eletrônica, já nas áreas de interferência destrutiva ocorre uma diminuição da densidade eletrônica. b) Por quê orbitais moleculares não ligantes não são considerados no cálculo da ordem de ligação ? Os orbitais moleculares não ligantes não são considerados no cálculo da ordem de ligação pois mantêm suas características de orbitais atômicos, não contribuindo nem a favor ou contra a ligação. c) Faça o exercício 6.3. Exercício 6.3 Faça desenhos, semelhantes aos das figs 6.12 e 6.13, que representem as seguintes superposições ao longo do eixo x: 2s - 2py, 2py + 2pz e 2pz + 3dyz. Classifique cada uma como positiva negativa ou nula. 4) Ler o item 6.3. a) Quais são as características em termos de forma e de simetria de orbitais σ e π ? Determine quais as principais semelhanças e diferenças ? Na formação de orbitais, quando a simetria entre eles está inadequada é formado então um orbital não-ligante. Se tratando dos orbitais sigma (σ), eles são aqueles que são cilindricamente simétricos ao eixo de ligação, ou seja, o eixo internuclear. Eles são frutos de confrontos frontais de orbitais atômicos e suas ondas não sofrem mudança de sinal ao fazer uma rotação de 180°. Já os orbitais pi (π), eles não possuem simetria cilíndrica e o sinal das funções de onda se alteram mediante rotação. Além disso, elas são formadas por confrontos frontais ou laterais de orbitais atômicos. b) Fazer os exercícios 6.3, 6.4 e 6.5. Qual a relação entre planos nodais e as características dos orbitais moleculares ligantes e antiligantes ? Orbitais moleculares ligantes são formados através de superposições positivas, tais superposições geram fusões entre orbitais e, portanto, não é formado um novo plano nodal. Já se tratando dos orbitais moleculares antiligantes, eles são formados por superposições negativas e por isso existe a formação de um novo plano nodal, diminuindo a concentração de elétrons na região. Além disso, todo orbital molecular antiligante possui um plano nodal entre seus núcleos, ortogonal ao seu eixo internuclear. Exercício 6.3 Faça desenhos, semelhantes aos das figs 6.12 e 6.13, que representem as seguintes superposições ao longo do eixo x: 2s - 2py, 2py + 2pz e 2pz + 3dyz. Classifique cada uma como positiva negativa ou nula. Foi feito na questão 3.c Exercício 6.4 a)Na fig 6.14, identifique as superposições positivas. Para cada uma delas, conte quantos planos nodais há nos OA’s originais e quantos há no OM resultante. Que conclusão pode ser tirada quanto ao número de planos nodais nesse caso? As superposições positivas são as combinações s + s (0 planos nodais nos OA’s e 0 no OM), pz - pz (2 planos nodais no OA’s e 2 no OM), px + px (1 plano nodal cortando os OA’s e 1 no OM) e s - pz (1 plano nodal cortando os OA’s e 1 no OM). É possível concluir que em superposições positivas o número de planos nodais que cortavam os OA’s permanece o mesmo no OM resultante. b)Faça o mesmo para as superposições negativas. Que nova conclusão pode ser tirada a respeito do número de planos nodais? As superposições negativas são s - s (0 planos nodais nos OA’s e 1 no OM), pz + pz (2 planos nodais no OA’s e 3 no OM), px - px (1 plano nodal cortando os OA’s e 2 no OM) e s + pz (1 plano nodal cortando os OA’s e 2 no OM). É possível concluir que em superposições negativas o número de planos nodais no OM resultante é 1 a mais em relação ao número de planos nodais nos OA’s utilizados em sua formação. c) Qual é o significado físico de um plano nodal? Identifique, em cada OMAL, o plano nodal perpendicular ao eixo internuclear situado entre os núcleos. Houve aumento ou diminuição de densidade eletrônica nesta região? Do ponto de vista físico, um plano nodal é um plano que divide o orbital ao meio através de seu núcleo e, além disso, é a região de menor probabilidade de se encontrar um elétron. Por esse motivo, em regiões onde existem um plano nodal podemos observar a diminuição da densidade eletrônica da região. Exercício 6.5 Faça desenhos, semelhante àqueles da fig 6.14, que ilustram superposições positivas de: a) Um orbital 3dyz com um orbital 2py ao longo do eixo z. b) Um orbital 1s com um orbital 3dx2 - y2 ao longo de x. c) Dois orbitais 3dxz ao longo de z. Considere apenas a simetria dos OA’s, não se preocupando com as possíveis diferenças de energia. Rotule os OM’S resultantes 5) Ler o item 6.4 e fazer o exercício 6.6. a)Fisicamente, qual o significado de “ordem de ligação”? Fisicamente, ordem de ligação é o número de ligações químicas entre um par de átomos. b) Considere o íon molécula de hidrogênio, H2+, que pode ser obtido pela remoção de um dos elétrons do orbitalσ1s da molécula de H2. Calcule a ordem de ligação dessa espécie e compare sua estabilidade com a da molécula de hidrogênio. A ordem de ligação do íon molécula de hidrogênio, H2+, é igual a 0,5. Essa ordem de ligação indica uma baixa estabilidade da molécula de hidrogênio, mostrando que ao mesmo tempo estariam ocorrendo ligações em algumas dessas moléculas e em outras não. 6) Ler o item 6.5. a) Qual a diferença dos diagramas de orbitais moleculares do F2 e O2 ? A diferença entre os diagramas de orbitais moleculares do F2 e O2 está no número de elétrons presentes nos últimos orbitais. No orbital π*2p do F2 há 2 elétrons em cada orbital, já no orbital π*2p do O2 há apenas 1 elétron em cada orbital. b) Qual a diferença dos diagramas de orbitais moleculares do N2 e O2 ? A diferença entre os diagramas de orbitais moleculares de do N2 e O2 está no número de elétrons presente nos últimos orbitais e na posição dos orbitais π2p e σ2p. Enquanto para a molécula de O2 o orbital σ2p é menos energético que o π2p , na molécula de N2 inverte, gerando uma troca na ordem de ocupação dos orbitais. c) O comportamento paramagnético do O2 pode ser explicado pela TLV? E pela TOM? O comportamento paramagnético do O2 não pode ser explicado pela TLV, pois nela todos os elétrons da molécula estão emparelhados. A partir da TOM é possível explicar esse comportamento, pois o O2 possui duas cargas desemparelhadas que, ao girar, geram um campo magnético. d) Fazer o exercício 6.7. Exercício 6.7 Utilizando os diagramas da fig. 6.19, calcule: a) As OL’s de todas as moléculas ali representadas; b) As OL’s das respectivas espécies catiônicas, obtidas pela remoção de um elétron; c) As OL’s das respectivas espécies aniônicas, formadas pela adição de um elétron e) A inércia química do N2 poderia ter relação com ordem de ligação nessa molécula ? O N2 possui ordem de ligação (OL) igual a 3, logo, sua inércia química é muito alta já que os átomos envolvidos não conseguem fazer ligações com outros átomos além de si mesmos, além disso existe a combinação cruzada dos orbitais s e p, aumentando a inércia química. Tal fato é o que possibilita a estabilidade da nossa atmosfera, que é composta por 78% de N2. f) Por que se preocupar em representar os diagramas de espécies que existem apenas em condições especiais, tais como C2, B2, Li 2, etc. As energias dos orbitais moleculares são obtidas em sua grande maioria por dados experimentais. Nesse sentido, representar diagramas de espécies que existem apenas em condições especiais leva em consideração a ocorrência desses experimentos para garantir as energias. g) Fazer a distribuição eletrônica das moléculas e espécies químicas do Li2 ao F2. Os diagramas estão na letra d deste mesmo exercício. Li 1s² 2s¹ Be 1s² 2s² B 1s² 2s² 2p¹ C 1s² 2s² 2p² N 1s² 2s² 2p³ O 1s² 2s² 2p4 F 1s² 2s² 2p5
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