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Prof. Dr. Welliton Popolim UNIDADE I Higiene e Legislação de Alimentos A disciplina Higiene e Legislação de Alimentos (HLA) tem como missão demonstrar aos futuros nutricionistas a importância de zelar pela saúde da população mediante a oferta de alimentos seguros. E ainda contribuir para: compreender a importância de suas estratégias para garantir o controle higiênico-sanitário de produtos e processos na produção de refeições; entender as legislações vigentes a fim de desenvolver conhecimento e habilidades para garantir a segurança dos alimentos em serviços de alimentação, como unidades de alimentação e nutrição (UAN); executar programas de controle, garantia e gestão de qualidade e da segurança dos alimentos. Sars-CoV-2 = Covid-19 Por que a higiene e legislação de alimentos é importante? Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/colagem- peixe-frutos-do-mar-1574067/ A qualidade pode ser definida como um processo que visa atender e satisfazer às necessidades e expectativas do cliente a um custo compatível, assim como os requisitos regulamentares aplicáveis (legislação, requisito, norma ou procedimento). Atributos visíveis: cor, sabor, odor, textura, aspectos físicos, design, facilidade de uso da embalagem. Atributos invisíveis: propriedades nutricionais (vitaminas, sais minerais, proteínas, valor calórico). Atributos de segurança: ausência de microrganismos patogênicos, de substâncias tóxicas e de materiais estranhos. Qualidade Fonte: https://pixabay.com/pt/phot os/salada-buffet-de- saladas-4447095/ Evolução do conceito de qualidade Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.14. Enfoque Empresa Cliente Produto 1920 1960 1980 Dias atuais Evolução Gestão da qualidade Garantia da qualidade Controle da qualidade Etapas do movimento da qualidade Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.15. Gestão pela qualidade total/modelos de excelência (ISO 22000) Sistemas de garantia da qualidade (APPCC) Controle da qualidade (BPF + POP) Inspeção (BPF) Etapas do movimento da qualidade Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.16. Atos intencionais Atos não intencionais Perpetrados intencionalmente para benefício econômico Perpetrados intencionalmente para provocar dano Contaminação não intencional Food defence Fraude alimentar Qualidade alimentar Segurança dos alimentos Ato criminoso Pirâmide da qualidade Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.20. *Sistema de Gestão Integrada (SGI) ou Sistema Integrado de Gestão (SIG) PNQ (Prêmio Nacional da Qualidade) Qualidade total (TQM) SA 8000 / ISO 26000 / NBR 16000 OHSAS 18000 / ISO 45000 ISO 14000 ISO 9000 APPCC / ISO 22000 BPF / POP 5S Excelência comprovada Elementos de excelência Responsabilidade social Segurança e saúde ocupacional Gestão ambiental Gestão da qualidade Gestão da segurança de alimentos Programa de pré-requisitos (PPR) Implantação obrigatória – legislação Housekeeping Organização Motivação Liderança e estratégia Legislação, normas e regulamentos técnicos Ferramentas da qualidade E x c e lê n c ia SGI* SIG A crescente complexidade dos sistemas de produção para o consumo humano e animal, o desenvolvimento de novas tecnologias de transformação dos alimentos, as necessidades do consumidor consoantes com o seu modo de vida, o aparecimento de novos alimentos e as desigualdades sociais e políticas podem ter um impacto negativo na segurança alimentar humana e animal, segurança do meio ambiente, da saúde e da economia. Dessa forma, o nutricionista deve saber lidar com contaminações, intencionais ou não, que podem causar danos à saúde do consumidor. Diante dessa perspectiva, qual conceito/associação abaixo está correta? a) Qualidade dos alimentos (food quality): manutenção de certos padrões e características do alimento. b) Defesa ou proteção dos alimentos (food defense): prevenção, redução ou eliminação de contaminação não intencional. c) Fraude alimentar (food fraud): fraude em alimentos para provocar dano. d) Segurança dos alimentos (food safety): prevenção, redução ou eliminação de contaminação intencional. e) Defesa ou proteção dos alimentos (food defense): fraude em alimentos para ganho econômico. Interatividade A crescente complexidade dos sistemas de produção para o consumo humano e animal, o desenvolvimento de novas tecnologias de transformação dos alimentos, as necessidades do consumidor consoantes com o seu modo de vida, o aparecimento de novos alimentos e as desigualdades sociais e políticas podem ter um impacto negativo na segurança alimentar humana e animal, segurança do meio ambiente, da saúde e da economia. Dessa forma, o nutricionista deve saber lidar com contaminações, intencionais ou não, que podem causar danos à saúde do consumidor. Diante dessa perspectiva, qual conceito/associação abaixo está correta? a) Qualidade dos alimentos (food quality): manutenção de certos padrões e características do alimento. b) Defesa ou proteção dos alimentos (food defense): prevenção, redução ou eliminação de contaminação não intencional. c) Fraude alimentar (food fraud): fraude em alimentos para provocar dano. d) Segurança dos alimentos (food safety): prevenção, redução ou eliminação de contaminação intencional. e) Defesa ou proteção dos alimentos (food defense): fraude em alimentos para ganho econômico. Resposta Higiene e legislação dos alimentos: cadeia produtiva de alimentos Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.23. Consumidores Agricultura destinada à alimentação animal Produtos de alimentos para animais Produtores primários de alimentos para consumo humano Fabricantes de alimentos para consumo humano Fabricantes secundários de alimentos para consumo humano Atacadistas Varejistas, operadores de serviços de alimentação e catering A u to ri d a d e s e s ta tu á ri a s e r e g u la m e n ta re s Produtores de pesticidas, fertilizantes e drogas veterinárias Cadeia produtiva de alimentos para a produção de ingredientes e aditivos Operadores de transporte e armazenagem Produtores de equipamentos Produtores de agentes de limpeza e sanitização Produtores de materiais de embalagens Fornecedores de serviço Níveis da Vigilância Sanitária (Visa) Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.25. Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária Órgão regulador que coordena e fiscaliza as ações de caráter nacional. CVS – Centro de Vigilância Sanitária Órgão com a competência de planejar, coordenar, supervisionar, realizar estudos e propor normas de programas. Covisa – Coordenadoria de Vigilância Sanitária Órgão com a competência de coordenar, em caráter complementar, as ações da Anvisa e legislar sob normas gerais determinadas pela União. Suvis – Vigilância Sanitária Regional Órgão responsável pela execução das ações de vigilância sanitária no seu âmbito de atuação. Governo Federal Governo Estadual Governo Municipal Governo Municipal Órgãos fiscalizadores Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.26. Conselho Federal de Nutrição e Conselho Regional de Nutricionistas Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Instituto de Pesos e Medidas Vigilância sanitária Proteção ao consumidor Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania Bombeiros CFN CRN Idec Inmetro Ipem Prefeitura DPPC Procon Suvis O modelo de segurança de alimentos consiste em três fases: Primeira fase: programa de pré-requisitos (PPR) do sistema de análise de perigos e pontos críticosde controle (APPCC): Boas práticas de fabricação e manipulação (BPFM); Procedimentos operacionais padronizados (POP); Procedimentos-padrão de higiene operacional (PPHO). Segunda fase: sistema de APPCC: Etapas da sequência lógica (preliminares); Sete princípios. Terceira fase: sistema de gestão da segurança de alimentos: ISO 22000. Modelo de segurança de alimentos Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/bolo-bolo-de- creme-torta-de-cereja-3163117/ A segurança de alimentos é o conjunto de práticas e procedimentos realizados desde a produção de um alimento até sua chegada à mesa do consumidor, de forma a garantir sua qualidade e assegurar que os alimentos sejam inócuos e seguros à saúde do consumidor. Se você fosse contratado por uma unidade produtora de refeições (UPR) para estruturar o modelo de segurança de alimentos, em que ordem planejaria a implantação dos seus elementos? a) Programa de pré-requisitos (PPR), ISO 22000 e sistema de APPCC. b) ISO 22000, sistema de APPCC e programa de pré-requisitos (PPR). c) ISO 22000, programa de pré-requisitos (PPR) e sistema de APPCC. d) Programa de pré-requisitos (PPR), sistema de APPCC e ISO 22000. e) Sistema de APPCC, ISO 22000 e programa de pré-requisitos (PPR). Interatividade A segurança de alimentos é o conjunto de práticas e procedimentos realizados desde a produção de um alimento até sua chegada à mesa do consumidor, de forma a garantir sua qualidade e assegurar que os alimentos sejam inócuos e seguros à saúde do consumidor. Se você fosse contratado por uma unidade produtora de refeições (UPR) para estruturar o modelo de segurança de alimentos, em que ordem planejaria a implantação dos seus elementos? a) Programa de pré-requisitos (PPR), ISO 22000 e sistema de APPCC. b) ISO 22000, sistema de APPCC e programa de pré-requisitos (PPR). c) ISO 22000, programa de pré-requisitos (PPR) e sistema de APPCC. d) Programa de pré-requisitos (PPR), sistema de APPCC e ISO 22000. e) Sistema de APPCC, ISO 22000 e programa de pré-requisitos (PPR). Resposta Principais legislações sanitárias de alimentos vigentes RDC 216/04 ANVISA PORTARIA CVS-5/13 CVS/SP (estado São Paulo) PORTARIA 1.428/93 MS RDC 275/02 ANVISA PORTARIA 326/97 SVS/MS Não esquecer dos CÓDIGOS SANITÁRIOS (estado e município) e uma série de normas, como as da ABNT, do Ministério do Trabalho, entre outros regulamentos, instruções normativas, etc. PORTARIA 2.619/11 COVISA/SP (município São Paulo) Comparativo – principais legislações Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.35. Item RDC 216/04 CVS-5/13 Portaria 2.619/11 Abrangência 1.2 Art. 6 Art. 2º Definições 2 e subitens Art. 7 e incisos 1 Referências 3 e subitens - 18 Edificação, instalações, equipamentos, móveis e utensílios 4.1 e subitens Cap. VI, art. 77 ao art. 95 2 e 3 e subitens Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios 4.2 e subitens Cap. IV, art. 62 ao art. 65 4 e subitens Controle integrado de vetores e pragas urbanas 4.3 e subitens Art. 76 12 e subitens Abastecimento de água 4.4 e subitens Cap. V, art. 66 ao art. 70 11 e subitens Manejo de resíduos 4.5 e subitens Art. 73 13 e subitens Manipuladores 4.6 e subitens Cap. II, art. 8 ao art. 20 5 e subitens Matérias-primas, ingredientes e embalagens 4.7 e subitens Cap. III, art. 21 ao art. 40 5, 6, 8 e 14 e subitens Preparação do alimento 4.8 e subitens Cap. II, art. 41 ao art. 45 7 e subitens Armazenamento e transporte do alimento preparado 4.9 e subitens Cap. II, art. 53 ao art. 61 10 e subitens Exposição ao consumo do alimento preparado 4.10 e subitens Cap. II, art. 46 ao art. 51 9 e subitens Documentação e registro 4.11 e subitens Cap. VII, art. 96 ao art. 99 16 e 17 e subitens Programa de pré-requisitos (PPR), de acordo com a RDC 216/04 Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.36. Edificação, instalações, equipamentos e utensílios Higiene da edificação, instalações, equipamentos e utensílios Controle integrado de pragas Abastecimento de água Manejo dos resíduos Manipuladores Matérias-primas, ingredientes e embalagens Preparação do alimento Armazenamento e transporte do alimento pronto Exposição ao consumo Documentação e registro Responsabilidade Procedimentos operacionais padronizados (POP) Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.38. Órgão Instrumento Procedimento Ministério da Saúde (MS) – POP RDC 275/02 1 – Controle da potabilidade da água 2 – Higiene das instalações, equipamentos, móveis e utensílios 3 – Higiene e saúde dos manipuladores 4 – Manejo dos resíduos 5 – Manutenção preventiva e calibração dos equipamentos 6 – Controle de vetores e pragas urbanas 7 – Seleção e recebimento de matérias-primas 8 – Programa de recolhimento de produtos RDC 216/04 1 – Higienização de instalações, equipamentos e móveis 2 – Controle integrado de vetores e pragas urbanas 3 – Higienização do reservatório 4 – Higiene e saúde dos manipuladores (IFAL, 2010 – adaptada) Em 2004, a Anvisa publicou a RDC n. 216, que é um regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. I. O âmbito de aplicação desta resolução inclui as cozinhas institucionais, comissarias, cozinhas hospitalares, laticínios, cantinas, bufês, cozinhas comerciais, padarias, lanchonetes e similares. II. A resolução é um complemento da RDC n. 275, publicada em 2002. III. A resolução tem como objetivo estabelecer procedimentos de boas práticas na manipulação de alimentos, visando garantir as condições higiênico-sanitárias de alimentos prontos. IV. As comissarias instaladas em áreas de intercâmbios nacionais e internacionais necessitam observar regulamentos técnicos específicos. V. A resolução isenta da implantação de boas práticas os pequenos produtores de alimentos, como vendedores de coxinhas, espetinhos, sanduíches naturais, tapiocas. Interatividade As afirmativas corretas são: a) I e IV. b) III e IV. c) II e V. d) I e III. e) II e V. Interatividade As afirmativas corretas são: a) I e IV. b) III e IV. c) II e V. d) I e III. e) II e V. Resposta Fluxo compatível com layout para a manipulação correta dos alimentos Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.51. Área para recebimento Áreas para armazenamento Pré-preparo Preparação Distribuição (área para construção) Área para higiene de utensílios de preparação Área para higiene de utensílios de mesa Área para retorno de bandejas Quente Reaquecimento Consumo Sobra Fria Refrigeração Áreas ou locais para manipulação de carnes, hortifrúti e sobremesas/ confeitaria e higiene das mãos Área para lixo Descarte Boas práticas de fabricação e manipulação (BPFM) de alimentos Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.54. Operação Item Medida de controle Critério Ação Compras Aquisição de matérias-primas de fonte não segura Visita aos fornecedores com preenchimento do relatório de visita Fornecedores que atendam às exigências das leis vigentes Exclusão ou desenvolvimento dos fornecedores que não atendam aos requisitos exigidos Recebimento Produtos que não atendam aos critérios de qualidade Avaliar as condições de entrega, o produto e anotar em formulário específico Condições adequadas de transporte, higiene dos entregadores, embalagem, características próprias dos alimentos e higiene das superfícies de contato e do termômetro Devolução do produto Armazenamento a seco Umidade, calor, infestação por vetores, violação da embalagem, vencimento do prazo de validade Controle dos prazos de validade, controle integrado de pragas, armazenamento dos produtos alimentícios isolados de produtos de outra natureza Validadedo produto (Peps ou PVPS), disposição dos produtos e Controle Integrado de Pragas (CIP) Desprezar o produto Armazenamento sob refrigeração Contaminação cruzada, multiplicação e/ou sobrevivência (congelamento) de bactérias patogênicas, vencimento do prazo de validade Controle sistemático da temperatura dos equipamentos, manutenção preventiva dos equipamentos e definição de espaços específicos para cada gênero de produto, controle do prazo de validade/Peps ou PVPS Temperatura máxima de acordo com o tipo de produto (leite e derivados 8ºC, carnes frescas 4ºC, hortifrutigranjeiros 10ºC e congelados -18ºC), condições de embalagem e disposição do produto Transferência para equipamento que possa manter o produto em temperatura adequada, manutenção emergencial do equipamento ou desprezar o produto quando comprometido Boas práticas de fabricação e manipulação (BPFM) de alimentos Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.54. Operação Item Medida de controle Critério Ação Higienização de vegetais Permanência da contaminação inicial dos vegetais Monitoramento com fita indicadora ou por titulação da dosagem do cloro ativo Lavagem folha a folha ou unidade por unidade, higienização com solução de Hipoclorito ou Dicloroisocianurato de sódio a 100-250 ppm de cloro ativo por 10 a 15 minutos e (opcional) finalização com solução de ácido acético de 2% por 5 minutos Repetir o processo Descongelamento Multiplicação de bactérias patogênicas Contaminação ambiente, água, descongelamento, degelo incompleto Observar destino da água de degelo Controle de temperatura no interior do alimento Temperatura superficial a, no máximo, 4ºC (ou outros critérios desde que monitorados) Isolar e desprezar a água do descongelamento Atingir temperaturas entre 0 e 4ºC Cocção imediata ou refrigeração abaixo de 4ºC Higienizar superfícies contaminadas Aguardar degelo completo Reestruturar planejamento Reconstituição (reidratação) Contaminação durante o processo Multiplicação após o processo Presença de patógenos esporulados Observar as práticas de higiene de equipamentos, utensílios e mãos/controle microbiológico da água/monitorar volume dos recipientes Higiene dos equipamentos e utensílios/uso de água potável/higiene das mãos/consumo imediato/resfriamento em volumes pequenos (máximo 5 litros) Reaquecer o produto a 74ºC, após reconstituído Pré-preparo Contaminação cruzada de equipamentos, utensílios e mãos (S. aureus, Shigellae, vírus da hepatite) Multiplicação de bactérias patogênicas Monitorar o tempo/temperatura de exposição e verificar higiene dos utensílios, bancadas e das mãos Rapidez no processo (máximo de 30 minutos, acima de 10ºC para os alimentos refrigerados/higienização dos equipamentos e mãos dos manipuladores/manipular alimentos crus e cozidos em bancadas separadas Orientar colaborador Repetir operação de higienização Boas práticas de fabricação e manipulação (BPFM) de alimentos Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.55. Operação Item Medida de controle Critério Ação Cocção Sobrevivência de bactérias vegetativas e esporuladas Monitorar temperatura (no interior do alimento)/tempo Entre 70ºC e 74ºC (em todas as partes do alimento) 65ºC por 15 minutos Continuar cocção Resfriamento Multiplicação de bactérias esporuladas/ produção de enterotoxinas S. aureus e B. cereus Monitorar temperatura/tempo e profundidade dos recipientes de acondicionamento dos produtos Resfriar de 60ºC/55ºC -10 em 2 horas. Armazenar produtos em recipientes (altura máx. 10 cm), ficando o alimento numa altura máxima de 7 cm Utilizar equipamento de resfriamento rápido ou gelo Armazenamento de alimentos cozidos Multiplicação de bactérias esporuladas/ produção de enterotoxinas S. aureus e B. cereus Monitorar temperatura/tempo Validade máxima recomendada: 24 horas a 8ºC 48 horas a 6ºC 72 horas a 4ºC 30 dias a -10ºC O Codex Alimentarius determina o armazenamento máximo de 5 dias em temperatura máxima de 4ºC Manutenção preventiva dos equipamentos de refrigeração/ desprezar o alimento, quando comprometido Boas práticas de fabricação e manipulação (BPFM) de alimentos - Sobras. Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.55. Operação Item Medida de controle Critério Ação Reaquecimento Sobrevivência de bactérias recontaminantes/ não inativação das toxinas termoestáveis Monitorar temperatura (no interior do alimento)/tempo Entre 70ºC e 74ºC (em todas as partes do alimento) em, no máximo, 2 horas Continuar reaquecimento Manutenção a quente Multiplicação de bactérias esporuladas/ produção de enterotoxinas termoestáveis S. aureus e toxina emética B. cereus Monitorar temperatura/tempo Acima de 60ºC ou até, no máximo, 2 horas, a temperaturas abaixo de 60ºC, com reaquecimento obrigatório antes da distribuição entre 70ºC e 74ºC Reaquecimento/ adequação do equipamento de manutenção a quente/desprezar Distribuição/ transporte Multiplicação de bactérias patogênicas Monitorar temperatura/tempo Alimentos quentes: acima 60ºC/6 horas ou abaixo de 60ºC/1 hora. Alimentos frios: abaixo de 10ºC/4 horas ou entre 10ºC e 21ºC por, no máximo, 2 horas Manutenção do equipamento de distribuição/ reaquecimento. Desprezar após o tempo de exposição em temperatura de risco (IFAL, 2010). Em um dia atípico de atividades, João, almoxarife de uma unidade produtora de refeições (UPR), está envolvido com o recebimento de gêneros de alguns fornecedores, tendo ele estabelecido uma sequência de atendimento. Atendeu a empresa Frios Costa, pesando e conferindo os frangos congelados. Em seguida, atendeu o Atacadista Soares com o intuito de desocupar a área. Considerando também o volume de gêneros, atendeu o fornecedor de frutas, legumes e verduras (FLV) e então, com mais espaço, pode fazer uma análise sensorial mais detalhada dos frios refrigerados entregues pela Frios & Cia. Analise as afirmativas a seguir, assinalando a alternativa correta. Interatividade a) Agiu corretamente atendendo o atacadista porque precisava de espaço para trabalhar. b) Agiu corretamente atendendo por último a Frios & Cia porque a análise sensorial dos alimentos refrigerados precisa ser bem cuidadosa, o que exige espaço. c) Agiu corretamente atendendo prontamente a Frios Costa porque os alimentos congelados precisam ir rapidamente para o armazenamento. d) Agiu corretamente atendendo o fornecedor de FLV na sequência referida porque existem gêneros sensíveis que necessitam de armazenamento rápido. e) Todas as afirmativas acima estão incorretas. Interatividade a) Agiu corretamente atendendo o atacadista porque precisava de espaço para trabalhar. b) Agiu corretamente atendendo por último a Frios & Cia porque a análise sensorial dos alimentos refrigerados precisa ser bem cuidadosa, o que exige espaço. c) Agiu corretamente atendendo prontamente a Frios Costa porque os alimentos congelados precisam ir rapidamente para o armazenamento. d) Agiu corretamente atendendo o fornecedor de FLV na sequência referida porque existem gêneros sensíveis que necessitam de armazenamento rápido. e) Todas as afirmativas acima estão incorretas. Resposta Fonte: POPOLIM, W.D. Higiene e legislação de alimentos. São Paulo: Ed. Sol, 2020. p.60. Ordem de recebimento Resfriados ou refrigerados Congelados Perecíveis em temperatura ambiente Não perecíveis ATÉ A PRÓXIMA!
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