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CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICA DE AÇÃO PEDAGÓGICA – GESTÃO DA EDUCACAÇÃO EM AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS AUTISTAS (TEA) EM SALA DE AULA GISELE RIBEIRO ALVES/ 1955228 SÃO PAULO 2019 INTERVENÇÕES EM SALA DE AULA COM CRIANÇAS AUTISTAS Este trabalho tem como objetivo relatar o Projeto de intervenção com crianças autistas em sala de aula, contemplando a discussão de três metodologias de intervenção com crianças com autismo. Justificando o trabalho a LDBEN 9394/96, as crianças autistas estão frequentando escolas regulares e os professores muitas vezes estão se sentindo despreparados. Assim foi elaborado o projeto para formação e revisão de métodos que são utilizados com crianças autistas, destacando as metodologias: Análise Comportamental Aplicada (ABA), Tratamento e Educação de crianças autistas e com desvantagens de comunicação (TEACCH) e o Sistema de Comunicação por troca de figuras (PECS). Compreendendo que o transtorno do espectro autista (TEA), é uma condição, caracterizados por terem dificuldades na comunicação, interação social e na imaginação, o autismo é de natureza permanente, pois a pessoa nasce e permanece durante todas as fases da vida na condição de autista. A criança autista tem a capacidade de aprender, mas cada uma da sua maneira e com um programa individualizado. Diante disso, é necessário que os professores estejam bem preparados para trabalhar com esses alunos, para que busquem alternativas adequadas as suas individualidades. Essa complexidade que deixa os professores angustiados e com dificuldades no trabalho com alunos autistas. Intervenções Comportamentais e Educacionais Análise Comportamental Aplicada – ABA A Análise de comportamento aplicada, ou ABA é uma abordagem da psicologia usada para a compreensão do comportamento e vem sendo muito utilizada no atendimento com pessoas no autismo. As técnicas de modificação comportamental têm se mostrado muito eficaz no tratamento, principalmente em casos mais graves do autismo. Esse trabalho com crianças autistas tem por objetivo integrar a criança a comunidade que ela faz parte. Para isso a intervenção é planejada e executada cuidadosamente, em todas as atividades e em todos os ambientes frequentados por ela: casa, escola, lazer etc. Também é acompanhado o trabalho do psiquiatra (quando existente), pois a comunicação entre os diferentes profissionais é importante para permitir um maior conhecimento das habilidades da criança. Os pais e os profissionais, paralelamente com o trabalho terapêutico devem receber um treinamento em análise de comportamento, tendo habilidades na produção e manutenção de comportamentos adequados e nas técnicas para redução da frequência de comportamentos inadequados, além de se tornarem aptos a avaliar o desenvolvimento da criança passo a passo dentro do espaço acadêmico. ABA é uma disciplina objetiva, se concentra na medição confiável e avaliação objetiva do comportamento observável. Método TEACCH - (Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children), em português significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados com a Comunicação. É um programa educacional e clínico com uma prática predominante psicopedagógica, criado a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar profundamente os comportamentos de crianças autistas em diversas situações frente a diversos estímulos. O Método TEACCH utiliza uma avaliação denominada PEP-R (Perfil Psicoeducacional revisado) para avaliar a criança para determinar os pontos fortes da criança e de maior interesse, e suas dificuldades, a partir desses pontos, montar um programa individualizado. O TEACCH visa o desenvolvimento da independência do aluno de forma que ele precise do professor para o aprendizado e atividades novas, mas possibilitando ocupar grande parte do seu tempo de forma independente. Sistema de Comunicação por troca de figuras (PECS). O Sistema de Comunicação por troca de figuras (PECS), foi desenvolvido pelo psicólogo Andrew Bondy e pela fonoaudióloga Lori Frost, em 1985 (MACEDO;ORSATI, 2011), os PECS é um dos métodos mais divulgado e utilizados com alunos com TEA, o método visa a estimular a comunicação e diminuir problemas de comportamento por meio de um contexto estruturado e concreto. É um sistema de comunicação expressiva, no qual o indivíduo pode solicitar de forma funcional e adequada as suas necessidades e desejos, utilizando referências como fotos, materiais concretos ou figuras. O aprendizado por meio de figuras apresenta avanços na capacidade de comunicação, diminuição de comportamentos inapropriados e oportuniza melhoras nas relações interpessoais das pessoas que a utilizam. Os PECS são constituídos de seis fazes; Fase I - Troca Física - Geralmente realizada na presença de dois técnicos: o técnico facilitador (posicionado atrás do aluno) deverá ajudar fisicamente o aluno a fazer a troca de figura pelo item desejado; já o técnico comunicativo deverá estar de mãos abertas para receber a figura e com a outra mão deverá imediatamente entregar o item desejado ao aluno, nomeando-o. Fase II - Distância e Persistência - Nesta fase os técnicos irão provocar o aluno a trocar de forma espontânea o item desejado, aumentando progressivamente a distância entre o aluno e “dossier” comunicativo. Fase III - Discriminação entre figuras - Nesta fase coloca-se duas figuras no “dossier” comunicativo: uma desejada e outra não desejada, reforçando o desejo de escolha do aluno. Quando o aluno faz a opção pela figura de desejo naquele momento, o profissional deverá repetir a tarefa, aumentando progressivamente o número de figuras semelhantes para que o aluno aprenda a fazer escolhas entre objetos igualmente desejados. Fase IV - Aumentar a estrutura da frase - Nessa fase o aluno vai interagir colocando a sequência de figuras em uma tira para formar uma frase simples. Primeiramente, fixa-se a referência “eu quero” à esquerda e ao lado coloca-se seu objeto de desejo, fazendo a entrega ao técnico, que deverá simultaneamente ler a frase. Fase V - Respondendo - O que queres? Nessa fase a criança é provocada a solicitar seus objetos de desejo respondendo à questão apontada pelo técnico “O que queres?” colocada no seu “dossier” comunicativo. Inicia-se a comunicação espontânea por meio da troca de figuras. Fase VI – Respondendo espontaneamente – Nessa fase a criança aprende a compor sentenças respondendo, espontaneamente, a questão “O que você querer?” / “O que você ouve?”, colocando a figura “eu quero” /”eu ouço” não tira do seu “dossier” comunicativo e a imagem do objeto aprendido. Segue modelos de PECS: Encontros de Formação: conhecendo os métodos Nos encontros seriam apresentados aos professores os métodos para melhor atender e conhecer as principais dificuldades de cada um, tendo conhecimento dos materiais utilizados eles poderão aplicar aos seus alunos as melhores técnicas para um desenvolvimento satisfatório. Para finalizar o projeto, os profissionais seriam abordados para melhor entender junto com a gestão o aluno autista, abordando os principais pontos, quais os alunos estão matriculados e a necessidade de cada um, para um aprofundamento nos métodos. Bibliografia RIBEIRO, ELZA MARIA. UM ESTUDO SOBRE AS PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS AUTISTAS EM SALA DE AULA. IMAGENS IMAGEM 1: https://sites.google.com/site/desvendandooautismo/pecs IMAGEM 2: PINTEREST https://sites.google.com/site/desvendandooautismo/pecs
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