Prévia do material em texto
Curso Básico de Ervas e Especiarias Prof. Ms. Raquel D’Agostini Silva Nutricionista e Professora do Curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera Caxias do Sul Caxias do Sul, 18 de maio de 2019. 1. ERVAS AROMÁTICAS São chamadas ervas aromáticas ou ervas de cheiro as plantas cujas folhas no estado natural contém essências perfumadas. Tradicionalmente elas são usadas no preparo de inúmeros pratos, tanto frescas como secas ou congeladas. Para utilizar com critério as ervas aromáticas é necessário, antes de mais nada, conhecer seus usos tradicionais que são quase sempre fundados sobre a experiência de gerações e sobre associações de sabor já testadas no tempo e válidas do ponto de vista organoléptico. 1.1 ERVAS FRESCAS à utilizadas normalmente na finalização dos pratos por serem sensíveis e delicadas. Além disso, o perfume de uma erva aromática fresca não é necessariamente o mesmo que se desenvolverá após o cozimento. O calor sempre produz alterações de aroma. Ex: o alecrim deve ser utilizado com cuidado no preparo de assados pois libera um componente herbáceo que prevalece sobre os outros sabores mais delicados. 1.2 ERVAS SECAS à utilizadas normalmente no início da cocção, pois assim possibilitam a hidratação e liberação do aroma. Principais ervas aromáticas, suas características e indicações de uso: ALECRIM (Rosmarinus officialis): intensamente aromático (constituído de eucaliptol, terpenos e cânfora) tem sabor pronunciado. As folhas são utilizadas para carnes e aves em geral, molhos, sopas e cozidos. Pode ser utilizado fresco ou seco. ALHO (Allium sativum): do célta Alla = quente, ardente. Conhecem-se três variedades de alho: branco, rosa e vermelho. Contém dissulfeto de alila, que produz o cheiro característico, intenso e persistente. Encontrado fresco, em pasta e em pó. Utilizado nos mais diversos preparos. ALHO-PORÓ (Allium porrum): tem folhas verdes brilhantes e talos brancos grossos, sendo esses últimos utilizados na culinária. Tem sabor suave e delicado, utilizado para aromatizar sopas, ensopados, refogados, cremes e quiches. ANIZ-ESTRELADO (Illicium verum): é uma planta originária da China e do Vietnã. É considerado uma especiaria de uso medicinal e culinário. Pode ser usado em pães, bolos, peixes, frutos do mar, sopas e caldos (China). BAUNILHA (Vanilla planifolia): é obtida a partir dos frutos (favas) de uma orquídea que é colhida e posta para secar, adquirindo uma cor preta. Usada para perfumar sorvetes e doces á base de leite e creme, mingaus, bolos, pudins, chocolates e licores. CANELA (Cinnamomum zeylanicum): é o nome dado á casca do tronco de duas espécies de árvores: o cinamomo e a canela-da-china. São comercializadas em bastão ou moídas em pó. Utilizada na confeitaria, doces, compotas, picles, chás, comida indiana, etc. CARDAMOMO (Elettaria cardamomum): São as suas sementes que são utilizadas como especiaria. Geralmente é utilizado em pratos doces, sobremesas ou bolos e pães. Porém, é uma excelente especiaria para fazer marinadas para carnes e temperar arroz. CEBOLA (Allium cepa): há diversas variedades, de diferentes cores, encontradas frescas, em pasta, em flocos e em pó. Pode ser utilizada em qualquer prato. É muito utilizada em molhos, saladas, temperos, etc. CEBOLINHA VERDE E CIBOULLETTE (Allium fistulosum): da mesma família do alho, da cebola e do alho-poró. Pode ser fresca ou seca. Sabor mais delicado do que o alho, são usadas em saladas, sopas, molhos, legumes, omeletes, peixes e na finalização de pratos. COENTRO (Coriandrum sativum): do latim coriandrum cujo significado é “cheiro de percevejo” devido ao aroma forte e característico. As folhas são muito utilizadas em peixes, mariscos, camarões. Os grãos que tem aroma agradável são utilizados em salsichas e picles. COMINHO (Cuminum cyminum): a parte comestível é representada pelos frutos (“sementes”) que contém cuminaldeído e cumeno responsáveis pelo sabor aromático. É utilizado em pães, queijos, licores e pratos de carne e verduras. CRAVO-DA-ÍNDIA (Syzygium aromaticum): São os botões de flores secos de uma pequena árvore. Perfume intensamente aromático confere aos pratos sabor floral. Usados em guisados, marinadas para carnes vermelhas e caça, confeitaria e conservas. CÚRCUMA OU “AÇAFRÃO DA TERRA” (Curcuma longa): tem sabor intermediário entre o açafrão e o gengibre. Usado como condimento ou colorante em molhos, peixes, receitas com ovos, maioneses, massas, frango, batatas, couve-flor e pães. CURRY: é uma mistura de especiarias feita na Índia (coentro, cominho, feno grego, alho, gengibre, canela, cravo, cúrcuma, cardamomo, pimenta- do-reino e pimenta vermelha). Utilizado em carnes, peixes, vegetais, leguminosas secas e ovos. ERVA DOCE ou ANIS (Pimpinella anisum): as sementes são utilizadas para aromatizar bolos, biscoitos, pães, carne de porco (linguiça, embutidos), aves, peixes, caldos, molhos e marinadas. Não confundir com funcho (Foeniculum vulgare) ESTRAGÃO (Artemisia dracunculus): É uma planta de folhas pequenas e estreitas. Pode ser utilizado tanto fresco como seco. Pode ser utilizado em picles, cozidos, vinagretes, saladas verdes e dá o gosto do distinto molho béarnaise. FENO-GREGO (Trigonella foenum-graecum): As sementes sāo utilizadas na cozinha asiática e têm um sabor amargo. Combina com pratos agridoces e salgados. Pode ser usado em hambúrgueres, assados, nuggets, feijoada, farofa, bacon e queijos veganos. GENGIBRE (Zingiber officinale): a raiz é utilizada como especiaria, cujo sabor é levemente picante e cítrico. Tem ação bactericida e contra as toxinas do peixe. Usado em molhos, doces, bolos, pães, saladas, peixes. Encontrado fresco, em pó e em cristais. HORTELÃ (Mentha ssp): é utilizada em saladas, carnes, acompanhamento de legumes cozidos, além de sobremesas e combinações com chocolate e sucos de frutas. Pode ser usada para decorar sobremesas. LOURO (Laurus nobilis): da mesma família da cânfora e da canela. Folhas duras e com sabor forte – deve ser usado com moderação e retiradas antes de servir. Usado em ensopados, carnes assadas e grelhadas, sopas, feijão e para aromatizar caldos. MANJERICÃO (Ocimun basilicum): há várias variedades e tem sabor quente e balsâmico. Encontrado fresco e seco. Usado em saladas, molhos, massas, carnes, aves, ovos, óleos, etc. Juntamente com o alecrim e o tomilho é uma das ervas de Provence. MANJERONA (Origanum majorana): é uma planta aromática semelhante ao orégano. Pode ser usada para aromatizar saladas, temperar carnes, peixes, frangos, guisados, tubérculos, molhos e pizzas. A manjerona tem um perfume agradável e ajuda a remover aquele cheiro forte de certas carnes e cortes de frango. NOZ-MOSCADA (Myristica fragrans): vendida ao natural para ser ralada na hora. Ideal para acompanhar pratos com queijo (tortas ou quiches), espinafre (suflê), batata (ao forno gratinada com queijo), omeletes, molhos brancos, purês ou em bolos, pudins ou biscoitos. ORÉGANO (Origanum vulgare): é encontrado mais seco do que fresco. O seco confere um sabor mais pronunciado para o prato. Usado em pizzas, molhos de tomate, ensopados, sopas, peixes ao forno e saladas. PÁPRICA (Capsicum annuum): tempero típico da cozinha húngara – pimentões são secos e reduzidos a pó. Coloração avermelhada e o sabor pode ser doce, picante ou defumado. Usado em preparações com batatas, carnes, peixes, saladas, e couve-flor. SALSINHA (Apium petroselium): Pode ser encontrada fresca ou seca. Usualmente utilizada fresca em saladas, legumes, carnes, peixes, sopas e na decoração de pratos. SALSÃO OU AIPO (Apium graveolens): conhecido como aipo ou salsão – suas folhas e talos são utilizados em ensopados, molhos, sopas, saladas e carnes. SÁLVIA (Salvia officinalis): pode ser encontrada fresca ou seca, de aroma intenso e fragrante é utilizada no tempero de aves, suínos, na conservaçãode embutidos, além de queijos e legumes, como a abóbora e em molhos clássicos como manteiga e sálvia. TOMILHO (Thymus vulgaris): tem aroma e sabor pronunciados. É encontrado fresco, seco e em pó. Usado em carnes, ensopados de peixes, aves, tomates, cenoura, beterraba, saladas de tomate e cebola, ovos e queijos. URUCUM (Bixa orellana): Também conhecido como colorau (condimento) que é uma mistura do urucum, fubá e sal. É utilizado como colorante. É apreciado pela quase ausência de sabor e por não apresentar os efeitos prejudiciais dos corantes artificiais. ZIMBRO (Juniperus oxycedrus): As bagas de zimbro são muito usados na culinária do noroeste da Europa, são usadas em pratos de carne, especialmente aves selvagens e carnes de caça (javali, veado, etc). Também pode ser usado no chucrute e são usadas para dar sabor e aroma ao gin. 2. AGENTES AROMÁTICOS Os agentes aromáticos são uma combinação de vegetais com função complementar na culinária, ajudam a compor um sabor subjacente sutil, mas agradável, sustentando e valorizando o gosto das preparações. Mirepoix é um nome francês dado a uma combinação de 50% de cebola, 25% de cenoura e 25% de salsão (aipo) cortados em tamanho semelhante, podendo variar de acordo com o tempo de preparação. Mirepoix branco: 50% de cebola, 25% de salsão (aipo) e 25% de alho poró recomendado para fundos claros e sopas que devem ter sabor suave e/ou cor clara. A) Mirepoix B) Mirepoix branco Matignon: (mirepoix + 1 parte de gordura (presunto ou bacon) – é comum usá-lo em preparos em que o mirepoix permanece até o fim (não é coado). Assim, costuma se cortado em cubos pequenos e bem regulares. Bouquet Garni: é um maço feito de ervas aromáticas frescas amarradas juntas. Têm a finalidade de acrescentar sabores a fundos, molhos e sopas. 1 folha de alho-poró, 1 talo de salsão cortado ao meio, 3 a 4 ramos de salsa, 1galho de tomilho e 1 folha de louro amarrados com barbante, porém, podem ser acrescentadas outras ervas, dependendo do uso. Usado para flavorizar molhos, caldos, sopas, ensopados, assados e guisados. Sachet d’épices: 1 folha de louro, 4 grãos de pimenta do reino, 1 ramo de tomilho, 3 talos de salsa, 1 dente de alho (opcional), 1 cravo (opcional) embrulhados e amarrados em um saquinho de tecido (gaze). Utilizado para aromatizar molhos, caldos, sopas e ensopados que não serão coados depois de cozidos. Em vez da trouxinha de tecido, uma alternativa prática é usar aqueles infusores de inox para chá. Cebola brullé: é uma preparação aromática utilizada para realçar o sabor e a cor de fundos e consomes (dá cor marrom aos preparos). Para tanto deve-se cortar a cebola ao meio e suas superfícies devem ser tostadas em uma panela seca ou chapa. Cebola piquée: é feita com a incrustação de alguns cravos da-índia inteiros e uma folha de louro fresca em uma cebola cortada ao meio. Muito usada para aromatizar o molho bechamel e algumas sopas. A) Cebola brullé B) Cebola piquée 3. RECEITAS DO CURSO Caldo de legumes Ingredientes 2 cenouras 2 talos de salsão (as folhas de 1) 1 cebola grande 2 litros de água 2 folhas de louro 3 cravos-da-índia 5 grãos de pimenta-do-reino Modo de preparo Lave bem todos os legumes, especialmente as folhas de salsão. Descasque a cebola e corte em quatro partes. Corte a cenoura em fatias grossas e o salsão, em pedaços de cerca de 5 cm. Numa panela, junte os legumes, as folhas de salsão e os temperos. Adicione a água e leve ao fogo alto. Quando começar a ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 30 minutos. Desligue o fogo e, com uma peneira fina, coe o caldo. Utilize o caldo a seguir em sopas e risotos ou deixe amornar antes de armazenar. Como armazenar Transfira o caldo para potes de vidro com fechamento hermético e mantenha na geladeira por até 5 dias. Se preferir, distribua em forminhas de gelo e leve para o congelador. Quando firmar, coloque em sacos plásticos e conserve congelado por até 3 meses. Molho Bechamel 50 g de manteiga 50 g de farinha de trigo 1 litro de leite Cebola – 1 unidade média Cravos da índia – 2 unidades Louro – 1 unidade Noz-moscada á gosto Sal á gosto Pimenta branca á gosto Modo de Preparo: Aqueça em fogo brando o leite com a cebola piquéé (cebola espetada com os cravos e o louro). Quando o leite iniciar a fervura desligue o fogo e deixe descansar por alguns minutos. Retire a cebola piquée e descarte. Em uma outra panela, derreta a manteiga e junte a farinha. Cozinhe por um a dois minutos, mexendo sempre, sem deixar escurecer. Tire a panela do fogo. Acrescente o leite quente aos poucos, com a ajuda de uma concha e sem parar de bater (pode-se utilizar um fouet para isso). Leve ao fogo e continue mexendo sempre até terminar de acrescentar todo o leite. Abaixe o fogo e cozinhe até atingir a consistência adequada. Para testar a consistência do molho mergulhe uma colher de sopa no molho e depois passe o dedo nas costas da colher - o ponto nappé é quando o molho não recobre a parte retirada com o dedo; deve ficar com uma camada fina e translúcida. Ragú ala Bolognese (Molho Bolonhesa) Ingredientes: 500 g de patinho moído 3 colheres (sopa) de azeite de oliva ½ xícara (chá) de cebola picada ⅔ de xícara (chá) de cenoura picada ⅔ de xícara (chá) de salsão picado 1 xícara (chá) de vinho branco seco 1 ½ xícara (chá) de tomates pelados noz-moscada ralada na hora sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto Modo de Preparo Numa panela média, junte o óleo e a cebola. Leve ao fogo médio e refogue a cebola, mexendo sempre, até ficar transparente. Adicione a cenoura e o salsão picados, e refogue por 2 minutos, mexendo sem parar. Acrescente a carne moída e misture bem. Tempere com sal e pimenta-do-reino e refogue até que a carne perca a cor rosada. Tempere com noz-moscada ralada na hora. Adicione o vinho e deixe cozinhar até secar. Baixe o fogo, junte os tomates sem pele (com o líquido da lata) e deixe cozinhar por 30 minutos, com a panela tampada, mexendo de vez em quando. O fogo deve estar baixíssimo, caso contrário, o molho irá grudar no fundo da panela. A medida que for secando, adicione um pouquinho de água. Lasanha á bolonhesa Ingredientes: 500 g de massa para lasanha pré-cozida ¾ de xícara (chá) de queijo parmesão ralado 1 litro de molho bechamel Ragu de carne moída Modo de preparo Pré-aqueça o forno a 180 C (temperatura média). Quebre as folhas de massa uma a uma, ao meio, formando 2 quadrados (dessa forma fica mais fácil cortar e servir a lasanha sem que ela despedace). Numa travessa refratária de cerca de 32 cm x 24 cm, coloque um pouco de molho branco no fundo e, em seguida, uma camada de molho à bolonhesa. Sobre os molhos, coloque uma camada de massa cobrindo todo o fundo da travessa. Sobre a primeira camada de massa, espalhe um pouco do molho à bolonhesa. Por cima do molho à bolonhesa, regue com um pouco do molho branco. Cubra com mais uma camada de massa e repita o processo, até finalizar com uma camada de molho à bolonhesa e molho branco. Polvilhe com o queijo parmesão ralado e leve ao forno preaquecido para assar por 15 minutos ou até que o queijo fique gratinado. Sirva a seguir. Frango indiano ao curry Ingredientes: 600g de peito de frango 100ml de iogurte natural 2 colheres de sopa rasas de curry ½ colher de sopa rasa de canela em pó 200ml de leite de coco 1 cebola média picada 3 dentes de alho 3 colheres de sopa de azeite de oliva ½ xícara de pimentão vermelho cortado em quadradinhos 1 maçã verde cortada em cubos Pimenta-do-reino ½ Limão tahiti Amendoins torrados (salpicar) Ceboulette para enfeitar Modo de preparo: Corte o peito de frango em cubos médios e tempere-o com o suco de ½ limão, 1 dente dealho picadinho e pimenta-do-reino e sal á gosto. Deixe-o marinando por cerca de 5- 10 minutos. Enquanto o peito de frango marina, prepare o molho: misture em uma tigela 100g de iogurte natural, 2 colheres de sopa niveladas de curry, ½ colher de sopa rasa de canela em pó e 200 ml de leite de coco, misture bem com uma colher e reserve. Em uma panela com fundo grande coloque o azeite de oliva e refogue a cebola picada até começar a dourar. Junte então o alho picado e os cubos de frango (importante utilizar uma panela com fundo grande para que os cubos de frango entrem todos em contato com o fundo da panela, evitando de formar água e assim selando a carne). Vá mexendo o frango para que doure de todos os lados. Quando estiver dourado, acrescente a maçã verde cortada em cubos e o pimentão vermelho em quadradinhos. Refogue um pouco os legumes e então por último acrescente o molho, em fogo baixo e deixe cozinhar bem, até o molho ficar encorpado. Na hora de servir salpique alguns amendoins torrados por cima e a ciboulette cortada em tirinhas pequenas. Lentilhas á moda indiana (Masoor Dahl) Ingredientes: 1 col. de sopa de óleo de coco (ou azeite) 2 dentes de alho amassados 1 ½ colheres de sopa de gengibre ralado 1 ½ colheres de chá de páprica defumada 1 ½ colheres de chá de cominho em pó 3 colheres de chá de açafrão da terra 1 colher de chá de pimenta cayena 1 colher de chá de curry em pó 1 pitada de pimenta calabresa 3 cravos da índia 2 pedacinhos de canela em pau 2 folhas de louro 4 xícaras de lentilhas vermelhas 1 lata de tomate pelado picado 6 xícaras da água Coentro fresco Sal e pimenta do reino a vontade Modo de preparo: Coloque as lentilhas de molho em água suficiente para cobri-las e deixe de molho por pelo menos 1 hora. Faça um sachê dépices com a canela, o cravo e o louro (pegue uma gaze coloque os temperos dentro, fechando a gaze como se fosse uma bolsinha e amarrando com um barbante, reserve. Em uma panela aqueça o óleo de coco e refogue o alho com o gengibre. Quando começar a dourar adicione as especiarias e deixe fritar por mais ou menos uns 2 minutos. Depois disso, adicione a lentilha, o tomate pelado, a água e o sachê com a canela, o cravo e o louro. Misture bem e deixe ferver por 20 a 25 minutos, se preferir as lentilhas mais macias, deixe por mais tempo. Retire o sachê com as folhas de louro, o cravo e a canela e sirva as lentilhas à moda indiana em seguida ainda bem quente com as folhas de coentro. Pode ser servida como sopa ou pode ser servida com arroz branco, legumes refogados e fica excelente com uma boa colherada de iogurte natural. Khao pad sapparot: o arroz frito tailandês com abacaxi Ingredientes 2 xícaras de arroz jasmim 4 xícaras de água 1 colher de sopa de molho de peixe (para o molho) 1 colher de sopa de molho de soja (para o molho) 2 colheres de chá de açúcar (para o molho) 1 colher de chá de curry (para o molho) 1 colher de chá de cúrcuma (para o molho) 2 colheres de sopa de óleo vegetal 1 cebola pequena cortada em cubinhos 4 dentes de alho picados 200 gramas de camarão ½ xícara de pimentão vermelho picado em cubinhos ½ xícara de ervilha congelada 1/4 xícara de uva passa branca 1 abacaxi maduro picado em cubos 1/4 xícara de cebolinha picada 1/4 xícara de coentro picado 1 pimenta dedo de moça picada (opcional) 1/4 xícara de castanha de caju sal e pimenta a gosto Modo de preparo Abra o abacaxi sem retirar a casca e as folhas no sentido do comprimento, cortando a fruta em duas metades. Retire a polpa das metades com o auxílio de uma colher e uma faca, tomando cuidado para não machucar ou cortar a casca, que vai ser utilizada como “vasilha” para servir o arroz finalizado. Cozinhe o arroz com a água e reserve. Prepare o molho. Numa tigela pequena misture os molhos de peixe e de soja, o açúcar, o curry e a cúrcuma. Reserve. Num wok (ou numa panela grande) refogue a cebola com o óleo. Adicione o alho e refogue por mais alguns segundos. Adicione o camarão e frite até que ele fique rosado. Adicione o pimentão e as ervilhas ainda congeladas e cozinhe por um minuto. Adicione as uvas passas e o arroz. Na sequência, adicione a mistura de molhos de peixe e de soja, açúcar, curry e cúrcuma. Misture. Adicione o abacaxi. Tempere com sal e pimenta a gosto. Adicione a cebolinha, o coentro e a pimenta dedo de moça. Finalize com as castanhas. Espaguete ao Molho Pesto Ingredientes Molho 2 xícaras (chá) de manjericão fresco ½ xícara (chá) de nozes (ou pinoli) 1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado (100 g) 1 dente de alho 1 ½ xícara (chá) de azeite ¼ de col. de chá de sal Modo de preparo Molho Lave e seque bem as folhas de manjericão. Descasque o dente de alho. No processador de alimentos coloque primeiro ½ xícara de azeite com o manjericão, metade das nozes, o dente de alho, o sal e metade do queijo parmesão. Não é necessário bater muito (não precisa virar um líquido, é bom deixar pedacinhos maiores). Abra novamente o processador, junte o restante das nozes e termine de bater para fazer o molho - quanto menos você bater com mais pedacinhos e mais verdinho fica o molho. Se preferir, bata o molho no liquidificador ou macere em um pilão. Tempere com o sal a gosto e utilize a seguir. Este molho é perfeito para comer com polenta, macarrão caseiro ou dar um toque no frango grelhado do dia-a-dia. Ingredientes Espaguete 500g 2 litros de água 1 colher de sopa de sal Modo de preparo Coloque a água para ferver em uma panela. Quando estiver fervendo coloque o sal e despeje o macarrão sem quebrar. Quando o macarrão estiver al dente, tire do fogo e escorra a água no escorredor de macarrão. Sirva com o molho pesto em seguida, se precisar acrescente um pouco de água do cozimento para deixar a massa mais solta. Falafel (bolinho de grão de bico árabe) Ingredientes 2 ½ xícaras (chá) de grão-de-bico seco (250 g) ½ cebola ¼ de xícara (chá) de folhas de salsinha (cerca de 8 ramos) ¼ de xícara (chá) de folhas de coentro (cerca de 8 ramos) 1 dente de alho 1 colher (chá) de cominho em pó 1 colher (chá) de pimenta síria ¼ de colher (chá) de canela em pó 1 colher (chá) de semente de coentro 1 ½ colher (chá) de sal ½ colher (chá) de bicarbonato de sódio em pó 1 ½ colher (sopa) de farinha de trigo noz-moscada ralada na hora a gosto pimenta-do-reino moída na hora a gosto 500 ml de óleo para fritar Modo de preparo Numa tigela grande, coloque os grãos-de-bico, cubra com bastante água e deixe de molho por 24 horas. Passe os grãos-de-bico demolhados por uma peneira e deixe escorrer bem a água. Abra um pano de prato limpo sobre a bancada e seque bem os grãos-de-bico – é importante que os grãos estejam bem sequinhos para não umedecer a massa, evitando que os bolinhos quebrem ao fritar. Descasque e corte a cebola em 4 pedaços. Descasque o dente de alho. Lave e seque bem a salsinha e o coentro. No processador, coloque a cebola, o alho, a salsinha e o coentro. Processe por 1 minuto, para triturar bem. Junte metade do grão de bico, o sal e as especiarias e bata bem por 5 minutos, até formar uma pasta – na metade do tempo, pare de bater e misture com uma espátula para que tudo fique bem misturado. Adicione a outra metade do grão-de-bico, e bata novamente por 1 minuto – a ideia é que os grãos sejam processados mas ainda tenham pedacinhos. Coloque o óleo numa panela de borda alta (se preferir, utilize uma wok) e leve ao fogo médio para aquecer. Enquanto isso, forre uma travessa com papel toalha. Transfira a massa de falafel para uma tigela, junte o bicarbonato, a farinha de trigo e misture bem. Para modelar cada falafel, utilize uma colher de sopa medidora: pressione uma porção de massa na colher, apertando bem para deixar a massa compacta e nivelar; aproxime do óleo e, com a ponta de uma colherinha, transfira o bolinho para o óleoquente. Abaixe o fogo e coloque até 5 bolinhos de uma vez. Deixe fritar por cerca de 1 minuto e meio até dourar, mexendo de vez em quando com uma escumadeira. Atenção: se o óleo estiver muito quente os bolinhos queimam por fora e ficam crus por dentro. Com a escumadeira, transfira os bolinhos fritos para a travessa com papel toalha e repita com o restante da massa. Sirva a seguir, com molho de tahine. Molho de Tahine (árabe) Ingredientes ¼ de xícara (chá) de tahine (pasta de gergelim) ¼ de xícara (chá) de água filtrada 1 dente de alho caldo de 1 limão sal a gosto Modo de preparo Descasque e coloque o dente de alho no pilão. Tempere com uma pitada de sal e bata bem até formar uma pastinha (se preferir, pique o alho bem fininho com a faca). Acrescente o tahine, o caldo de limão e misture bem. Junte aos poucos a água, misturando com uma colher até ficar na consistência desejada (mais fluido ou mais encorpado). Transfira para uma molheira e sirva a seguir com peixes, grelhados ou saladas.