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Titulação Ácido-Base e Determinação da concentração de Ácido Acético em Vinagre Comercial

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DANIELA MARIANO 
JULIANY BARRETO KISBERI 
KAREN RODRIGUES FERREIRA 
MARIA JÚLIA DA SILVEIRA ALVES MOREIRA 
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA 3: 
TITULAÇÃO DE ÁCIDOS E BASE FORTES E DETERMINAÇÃO DA CONCEN-
TRAÇÃO DO ÁCIDO ACÉTICO PRESENTE NO VINAGRE 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 
EPM – ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANIELA MARIANO 
JULIANY BARRETO KISBERI 
KAREN RODRIGUES FERREIRA 
MARIA JÚLIA DA SILVEIRA ALVES MOREIRA 
 
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA 3: 
TITULAÇÃO DE ÁCIDOS E BASE FORTES E DETERMINAÇÃO DA CONCEN-
TRAÇÃO DO ÁCIDO ACÉTICO PRESENTE NO VINAGRE 
 
Relatório da aula prática 3 – Titulação de áci-
dos e bases fortes e determinação da concen-
tração do ácido acético presente no vinagre 
Universidade Federal de São Paulo 
Disciplina: Química Orgânica 
Biomedicina – turma 54 
Professores: Aparecida Sadae Tanaka, Alexan-
dre Keiji Tashima, Patricia Alessandra Bersan-
etti 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
OBJETIVO ............................................................................................................................... 4 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 
PARTE EXPERIMENTAL ..................................................................................................... 6 
METODOLOGIA ................................................................................................................... 6 
MATERIAIS UTILIZADOS .................................................................................................. 6 
PROCEDIMENTO ................................................................................................................. 7 
DADOS OBTIDOS ................................................................................................................... 7 
DISCUSSÃO DE DADOS ...................................................................................................... 12 
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 14 
ANEXO .................................................................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
OBJETIVO 
 
Realizar duas etapas experimentais, sendo a primeira: titular uma solução de hidróxido de sódio 
(NaOH) com uma solução de ácido clorídrico (HCl) 0,4 M; e a segunda: determinar a concen-
tração de ácido acético do vinagre comercial, utilizando a solução de NaOH titular. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Uma prática muito comum nos laboratórios de química, tanto nos de ensino como nos de pes-
quisa, é a titulação. Esta é uma técnica baseada em um procedimento em que se mede o volume 
de um reagente (titulante) usado para reagir completamente com a substância que está sendo 
analisada (analito). Em uma titulação, pequenos volumes da solução do titulante são adiciona-
dos lentamente à solução do analito (titulado) até que se atinja o ponto de final da titulação, 
sinalizado, por exemplo, pela mudança de coloração de um indicador ácido-base. 
Para a adição precisa de pequenos volumes de titulante utiliza-se geralmente uma bureta, ins-
trumento de vidro cilíndrico, graduado e calibrado contendo um controlador de vazão que, com 
o auxílio de um suporte, é colocada na posição vertical de forma a deixar em sua extremidade 
inferior o regulador de vazão de saída do titulante. 
Os instrumentos normalmente utilizados, tais como balança, bureta, proveta possuem uma mar-
gem de erro em suas medidas. Por exemplo, uma bureta de 50 mL, tem uma escala graduada 
com volumes de 0,1 mL. Isto significa que é possível medir a partir do 0,0 mL, valor localizado 
na parte superior da bureta, volumes de 0,1 em 0,1 mL, com um erro estimado como sendo a 
metade dessa menor divisão, ou seja, 0,05 mL. Sendo assim, é possível empregar esse instru-
mento para medir volumes variando de 0,0 a 50,0 mL com erro estimado em 0,05 mL. Por 
exemplo, se o volume do titulante gasto em uma titulação lido na bureta for 23,00 mL, o volume 
exato dessa medida é de 23,00+0,05 mL. Desta maneira, o volume utilizado na titulação está 
no intervalo de 22,95 mL a 23,05 mL. A leitura de um volume qualquer na bureta deve ser 
realizada com o nível do olho na altura do menisco (superfície curva do líquido contido em um 
tubo de vidro estreito). 
A precisão descreve a repetibilidade dos resultados, ou seja, é a concordância entre valores 
numéricos para duas ou mais repetições das medidas, ou medidas que tenham sido feitas exa-
tamente do mesmo modo. Em geral, a precisão de um método pode ser obtida pela repetição da 
medida. 
A exatidão é o maior número de resultados próximo ao valor teórico. Esta pode ser comprovada 
por um material de referência (literatura), por um método comparativo ou pelo teste de adição 
e recuperação. 
Numa titulação ácido-base ocorre uma reação completa entre um ácido e uma base. Portanto, o 
que se tem é uma reação de neutralização. Por exemplo: 
HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H2O(l) 
 
 
5 
 
 
Em titulação por acidimetria: titulação de bases livres ou as formadas da hidrólise de sais de 
ácidos fracos por um ácido padrão. 
ácido + base → sal + água 
Na prática o que se tem é: 
- Titulação ácido forte-base forte: o ponto de equivalência ocorre quando o pH = 7; 
- Titulação ácido fraco-base forte: o ponto de equivalência ocorre quando o pH > 7; 
- Titulação ácido forte-base fraca: o ponto de equivalência ocorre quando o pH < 7. 
Ponto de equivalência é o ponto no qual a quantidade do titulante adicionado é exatamente 
suficiente para que se combine em uma proporção estequiométrica, ou empiricamente reprodu-
zível com o titulado (analito). 
Nesta situação o que se tem é: 
n ácido = n base 
A titulação, embora seja um processo muito simples, necessita de alguns cuidados especiais: 
- A reação tem que ser estequiométrica e o analito e o titulante bem conhecidos; 
- A reação deve ser rápida, específica e as substâncias interferentes devem ser removidas; 
- É necessário o uso do indicador para que ocorra a alteração de alguma propriedade da solução 
quando o ponto de equivalência for atingido. 
O vinagre é um condimento líquido de consumo humano, cuja principal finalidade é atribuir 
gosto e aroma aos alimentos. Os amidos e açúcares presentes na matéria-prima passam por 
duplo processo de fermentação, a alcoólica e a acética. A 
fermentação alcoólica seguida da acética é produzida espontaneamente sobre qualquer subs-
trato açucarado exposto a leveduras e bactérias. Os vinagres são obtidos de álcool, frutas, tu-
bérculos, cereais, vegetais, mel e vinho. No Brasil, os mais comercializados são os de vinho 
tinto, branco, maçã, arroz e álcool. 
O teor de ácido acético em vinagre pode ser obtido por volumetria de neutralização, ou seja, 
titulação de ácido fraco com base forte (técnica volumetria ácido-base), uma vez que estes rea-
gem rápidos e completamente. Durante o processo de fabricação do vinagre, alguns problemas 
indesejados podem ocorrer e alterar o rendimento, assim como as características organolépticas 
do produto final, podendo, esta última afetar a aceitabilidade do mesmo. 
A acidez volátil das principais características analíticas de vinagres de vinho branco e de vina-
gres de vinho tinto brasileiros corresponde ao teor de ácido acético que é o componente mais 
importante do vinagre. Ele provém da oxidação do álcool do vinho no processo de acetificação. 
O vinagre para consumo deve ter entre 4% e 6% de ácido acético. A legislação brasileira esta-
beleceem 4% o teor mínimo de ácido acético para vinagre. 
O grau alcoólico do vinagre representa o resíduo do processo de acetificação. Todo vinagre 
deve ter um pouco de álcool, caso contrário as bactérias acéticas, na ausência de um substrato 
 
 
6 
 
alcoólico, podem degradar o ácido acético produzido com prejuízo para o próprio vinagre. A 
legislação brasileira estabelece em 1,0% v/v o teor alcoólico máximo para o vinagre. 
 
PARTE EXPERIMENTAL 
 
1. METODOLOGIA 
 
Realizar a titulação de uma solução de NaOH com uma solução de HCl de concentração 
conhecida. Em seguida utilizando a solução titulada de NaOH, determinar a concentração 
de ácido acético do vinagre comercial. 
 
2. MATERIAIS UTILIZADOS 
 
▪ béquer 
▪ bureta de 50 ml 
▪ erlenmeyers 
▪ pipeta pasteur 
▪ balão volumétrico de 100 ml calibrado 
▪ pipeta volumétrica de 25 ml calibrada 
▪ garra metálica 
▪ suporte universal 
Indicadores de pH: 
▪ azul de bromotimol 
▪ fenolftaleína 
Soluções/Reagentes: 
▪ HCl 0,1 mol/L 
▪ NaOH concentração a ser definida 
▪ vinagre diluído 20 mL em 100 mL total 
▪ água destilada 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3. PROCEDIMENTO 
 
Utiliza-se a pipeta para transferir 25 mL de HCl para o erlenmeyer. Nesse mesmo erlenmeyer 
são adicionadas 3 gotas de azul de bromotimol, em seguida a solução é levemente agitada e o 
erlenmeyer é colocado embaixo da bureta. 
Para iniciar a titulação verifica-se o volume exato de NaOH, que já está na bureta, olhando o 
menisco. Após verificar o volume abre-se lentamente a torneira da bureta para que o fluxo de 
NaOH saia devagar. Enquanto se observa o fluxo o erlenmeyer é constantemente agitado para 
que a solução se misture. 
Quando a solução contida no erlenmeyer se tornar azul, isso ocorre devido ao indicador de pH, 
a titulação estará finalizada. 
Antes de começar o próximo procedimento para determinar a concentração de ácido acético no 
vinagre comercial é necessário diluir o ácido acético em água destilada, na proporção de 20 mL 
de vinagre para se obter o volume final de 100 mL, e para isso utiliza-se o balão volumétrico 
calibrado para se obter o volume preciso de vinagre e água destilada. Após a diluição são trans-
feridos 25 mL da solução diluída que está no balão volumétrico para o erlenmeyer com a pipeta 
volumétrica e assim iniciar a titulação. 
No erlenmeyer são adicionadas 2 gotas de fenolftaleína, a solução é levemente agitada e em 
seguida o erlenmeyer é colocado embaixo da bureta que contém a solução de NaOH utilizada 
no experimento anterior. A torneira da bureta é aberta devagar e o fluxo é observado ao mesmo 
tempo em que a solução é agitada. Quando a solução se tornar rosa, devido ao indicador de pH, 
a titulação estará concluída. 
 
DADOS OBTIDOS 
 
Quantidade de ácido clorídrico (38%; densidade 1,19 g/mL e massa molar de 36,5 g/mol) do 
estoque necessária para preparar 100 mL de HCl 0,1 mol/L é 0,8087 mL, conforme demonstra-
ção a seguir: 
I) A proporção 38% diz que em 100 mL de solução há 38 mL de HCl, a partir disso encontra-
se a massa do ácido forte por meio da equação de densidade: 
d = m ÷ V 
m = d . V 
m = 1,19 x 38 
m = 45,22 g de HCl 
II) Encontrar a concentração molar do ácido clorídrico em 100 mL de solução: 
M = m ÷ (MM . V) 
 
 
8 
 
M = 45,22 ÷ (36,5 x 0,1001922) 
M = 12,3653 mol/L 
III) Determinar o volume de ácido clorídrico a partir da concentração de 0,1 mol/L necessário 
para o processo de diluição (0,1 mol/L = 0,01 mol/100mL) 
12,3653 mols --- 1000 mL 
0,01 mol --- x 
x = 0,8087 mL de HCl 
 
A quantidade em gramas de 250 mL de hidróxido de sódio 0,1 mol/L foi preparado para pro-
duzir a solução padrão é 0,9999 g, comprovando-se pela equação de molaridade a seguir: 
M = m ÷ (MM . V) 
m = M . MM . V 
m = 0,1 x 40 x 0,25 
m = 0,9999 g 
 
Determinar a concentração de hidróxido de sódio a partir da primeira titulação ácido/base com 
o HCl 0,1 mol/L, a qual resulta em 0,11824 mol/L mol/L. Prova-se tal afirmação por meio do 
cálculo de diluição seguinte: 
I) Reação do processo de titulação: 
Primeira etapa: 
HCl(aq) → H
+
(aq) + Cl
-
(aq) 
NaOH(aq) → Na
+
(aq) + OH
-
(aq) 
Reação global: NaOH(aq) + HCl(aq) → Na
+
(aq) + Cl
-
(aq) + H2O(aq) 
Segunda etapa: demonstrada na figura 1. 
II) Cálculo da diluição: 
C(H+) x V(solução inicial) = C(OH-) x V(solução final) 
C(OH-) = [C(H+) x V solução inicial] ÷ V solução final 
C(OH-) = (0,1 x 24,948) ÷ 21,1 
C(OH-) = 0,11824 mol/L 
 
 
9 
 
 
III) Reação de dissociação do ácido clorídrico e hidróxido de sódio em água: 
HCl(aq) → H
+
(aq) + Cl
-
(aq) 
 [H+] = [Cl-] = [HCl] = 0,1 mol/L 
NaOH(aq) → Na
+
(aq) + OH
-
(aq) 
[OH-] = [Na+] = [NaOH] = 0,11824 mol/L 
 
Determinar a concentração de hidróxido de sódio a partir da segunda titulação ácido/base com 
o HCl 0,1 mol/L, a qual resulta em 0,11604 mol/L. Prova-se tal afirmação por meio do cálculo 
de diluição seguinte: 
I) Reação do processo de titulação se mantém. 
II) Cálculo da diluição: 
C(H+) x V(solução inicial) = C(OH-) x V(solução final) 
C(OH-) = [C(H+) x V solução inicial] ÷ V solução final 
C(OH-) = (0,1 x 24,948) ÷ 21,5 
C(OH-) = 0,11604 mol/L 
III) Reação de dissociação do ácido clorídrico e hidróxido de sódio em água: 
HCl(aq) → H
+
(aq) + Cl
-
(aq) 
 [H+] = [Cl-] = [HCl] = 0,1 mol/L 
NaOH(aq) → Na
+
(aq) + OH
-
(aq) 
[OH-] = [Na+] = [NaOH] = 0,11604 mol/L 
 
Média das concentrações de hidróxido de sódio encontradas na primeira e segunda titulação: 
M = (0,11824 + 0,11604) ÷ 2 
M = 0,11714 mol/L 
M ≅ 0,1171 mol/L 
 
 
 
10 
 
Determinar a concentração do ácido conjugado (H+) do ácido acético a partir da primeira titu-
lação ácido/base com o NaOH 0,1171 mol/L, aproximadamente, resultando em 0,1591 mol/L. 
Prova-se tal afirmação por meio do cálculo de diluição seguinte: 
I) Reação resultante do processo de titulação do ácido acético e hidróxido de sódio em água e 
hidrólise salina do acetato de sódio: 
Primeira etapa: 
NaOH(aq) → Na
+
(aq) + OH
-
(aq) 
CH3COOH(aq) ⇌ H+(aq) + CH3COO-(aq) 
Na+(aq) + CH3COO
-
(aq) ⇌ CH3COO-Na+(aq) 
Reação global: NaOH(aq) + CH3COOH(aq) ⇌ H+(aq) + OH-(aq) + CH3COO-Na+(aq) 
Segunda etapa: 
CH3COO
-Na+(aq) → CH3COO
-
(aq) + Na
+
(aq) 
Terceira eapa: 
CH3COO
-
(aq) + H2O(l) → CH3COOH(aq) + OH
-
(aq) 
Quarta etapa: está demonstrada na figura 2. 
II) Cálculo da diluição: 
C(H+) x V(solução inicial) = C(OH-) x V(solução final) 
C(H+) = [C(OH-) x V(solução final)] ÷ V(solução inicial) 
C(H+) = (0,1171 x 33,9) ÷ 24,948 
C(H+) = 0,1591 mol/L 
III) Reação de dissociação do ácido acético em água com deslocamento de equilíbrio no sentido 
dos produtos: 
CH3COOH(aq) ⇌ H+(aq) + CH3COO-(aq) 
[H+] = [CH3COO-] = [CH3COOH] = 0,1591 mol/L 
 
Determinar a concentração do ácido conjugado (H+) do ácido acético a partir da segunda titu-
lação ácido/base com o NaOH 0,09 mol/L, resultando em 0,1601 mol/L. Prova-se tal afirmação 
por meio do cálculo de diluição seguinte: 
I) Reação resultante do processo de titulação do ácido acético e hidróxido de sódio em água e 
hidrólise salina do acetato de sódio se mantém. 
 
 
11 
 
 
II) Cálculo da diluição: 
C(H+) x V(solução inicial) = C(OH-) x V(solução final) 
C(H+) = [C(OH-) x V(solução final)] ÷ V(solução inicial) 
C(H+) = (0,1171 x 34,1) ÷ 24,948 
C(H+) = 0,1601 mol/L 
III) Reação de dissociação do ácido acético em água com deslocamento de equilíbrio no sentido 
dos produtos: 
CH3COOH(aq) ⇌ H+(aq) + CH3COO-(aq) 
[H+] = [CH3COO-] = [CH3COOH] = 0,1601 mol/L 
 
Média das concentrações de ácido acético determinadas nos processos da primeira e segunda 
titulações: 
M = (0,1591 + 0,1601) ÷ 2 
M = 0,1596 mol/L 
 
Comparando-se a concentração comumente do ácido acético 0,75 mol/L com a concentração 
determinada: 
I) Diluição do ácido acético comumente comercializado: 
C(AAc inicial) x V(solução inicial) = C(AAc final) x V(solução final) 
C(AAc final) = [C(AAc inicial) x V(solução inicial)]÷ V(solução final) 
C(AAc final) = (0,75 x 20,03844) ÷ 100,1922 
C(AAc final) = 0,15 mol/L de ácido acético em água 
II) Fator de diluição da solução do ácido acético comercial: 
F = V(final) ÷ V(inicial) 
F = 100,1922 ÷ 20,03844 
F = 5 vezes 
 
 
 
12 
 
Concentração do ácido acético determinada pela média de titulações tem relação com o fator 
de diluição para encontrar a concentração inicial, aquela encontrada no frasco comercial: 
C(AAc comercial) = C(AAc) x F 
C(AAc comercial) = 0,1596 x 5 
C(AAc comercial) = 0,798 mol/L 
 
Determinação de massa em gramas de ácido acético contido no vinagre comercial: 
M = m ÷ (MM x V) 
m = M x MM x V 
m = 0,798 x 60,052 x 0,1 
m = 4,7921 g 
 
Conversão da massa de ácido acético em mL com o intuito de determinar a concentração per-
centual entre volumes (m/v) desse ácido sobre a solução total (vinagre): 
C% = [m(AAc) ÷ V(vinagre)] x 100 
C% = (4,7921 ÷ 100) x 100 
C% = 4,7921% 
 
DISCUSSÃO DOS DADOS 
 
Antes de iniciar a determinação da concentração de ácido acético, foi preciso estabelecer a 
quantidade em volume (mL) de HCl necessária para obter 100 mL de HCl 0,1 M. Tal cálculo 
foi possível por meio do uso dos dados fornecidos (solução de HCl 38%, d = 1,19 g/mL e MM 
= 36,5 g/mol) e das fórmulas d = m/V, M = m/(MM.V) e de uma regra de três entre quantidade 
de mols e volume (em mL), chegando a de cerca de 0,8087 mL de HCl em 100 mL de solução 
- adicionou-se, portanto, 99,1913 mL de água. 
Essa diluição do vinagre comercial tem como função de reduzir a intensidade cromática da 
solução, de modo que essa não interfira na observação do ponto de viragem do indicador utili-
zado. 
Além disso é necessário estabelecer quanto da base (NaOH) será utilizada, em prol de obter 
uma solução de 250 mL com concentração de 0,1 M. Para a montagem dessa solução, utiliza-
se NaOH na forma de lentilhas (ou pérolas), devido a sua maior pureza - grau analítico. Foi 
determinada a quantidade de lentilhas a serem utilizadas por meio da relação entre molaridade, 
 
 
13 
 
massa, massa molar e volume desejado e concluiu-se que seria necessária a utilização de apro-
ximadamente 0,9999 g de NaOH sólido. A massa em gramas encontrada foi misturada a 250 
mL de água. 
Após feitos os cálculos base para obtenção da concentração de ácido acético, iniciamos a apu-
ração das concentrações necessárias de NaOH, a partir de duas soluções do composto, a pri-
meira com 21,1 mL e a segunda com 21,5 mL. Para isso, utiliza-se que a quantidade em mols 
de H+ antes é igual a quantidade em mols de OH-depois, relacionando [H+].Vinicial = 
[OH-].Vfinal e chegamos à conclusão de que [NaOH]1 = 0,1180 mol/L e [𝑁𝑎𝑂𝐻]2 = 0,1160 
mol/L. A partir dos valores obtidos, fizemos o cálculo da média dos valores e obtivemos 
[NaOH] = 0,1171 mol/L. 
Logo em seguida, calculamos qual a concentração de ácido acético para a concentração de 
NaOH média encontrada, utilizando duas soluções, uma com 33,9 mL de NaOH 0,1171 M e 
outra de 34,1 mL de NaOH 0,1171 M. Primeiro, fez-se uso da relação [H+].Vinicial = 
[OH-].Vfinal e concluiu-se que a concentração de ácido da primeira solução (33,9 mL de 
NaOH) é 0,1591 M, enquanto a da segunda (34,1 mL) é 0,1601 M. Posteriormente, foi efetuada 
a média desses valores, o que resultou em 0,1596 M. 
O valor médio da concentração de NaOH encontrado foi utilizado para definir qual seria o fator 
de diluição, através da fórmula F = V(final) ÷ V(inicial), chegando em um valor de F = 5 . 
Ainda nessa etapa do processo, encontrou-se a concentração da amostra com a concentração do 
vinagre típico para o volume do balão volumétrico calibrado, de concentração 0,75 M, o que 
demonstrou que caso a solução de 100,1922 mL fosse de vinagre típico, sua concentração seria 
de 0,15 M. Em seguida, utilizou-se o fator de diluição encontrado para determinar a concentra-
ção molar do ácido acético em questão (multiplicando o fator por 0,1596 M), chegando em 
0,798 mol/L, valor que foi aplicado na fórmula M = m ÷ (MM x V), que forneceu 4,7921 g em 
100 mL, ou seja, uma 4,7921% (m/v). 
O processo de titulação ácido-base utiliza o indicador azul de bromotimol, o qual possui ponto 
de viragem na faixa do pH ácido fraco ao neutro (tabela 1), devido ao produto da neutralização 
total gerado (NaCl) possuir tal característica; além de indicar o fim do processo. Outrossim, o 
cátion monovalente de sódio e o ânion monovalente de cloro não sofrem processo de hidrólise 
salina, contribuindo para a constância do pH próximo do valor neutro. 
Já a fenolftaleína é escolhida para identificar o pH básico (tabela 1), pois a reação entre ácido 
fraco (ácido acético) com uma base forte (hidróxido de sódio) gera hidroxilas, as quais deslo-
cam o equilíbrio para formação de uma substância com pigmento (figura 2). Tal processo titu-
lante não termina apenas na formação do acetato de sódio, uma vez que há hidrólise salina do 
ânion monovalente acetato, mas não do Na+. Este último íon não reage, graças ao caráter ácido-
conjugado fraco, haja vista que ao ser disperso no meio une-se a um ânion rapidamente, com 
o intuito de se estabilizar. Tal fato é o oposto do ânion acetato, por ser uma base-conjugada 
forte, reage com a água do meio, o que produz hidroxilas, causadoras do aumento do pH da 
solução. A partir disso, a titulação cessa apenas quando o acetato de sódio sofre hidrólise. 
Nesse contexto, a concentração de ácido acético é igual à concentração dos íons (prótons e 
acetatos) mesmo sendo um ácido fraco, pois como o hidróxido de sódio é uma base forte, pra-
ticamente quase todo Na+ consome as bases-conjugadas de ácido acético, dessa maneira, quase 
todas as moléculas de ácido acético são ionizadas. 
 
 
 
 
14 
 
CONCLUSÃO 
 
A partir do experimento de titulação da solução de NaOH com uma solução de HCl 0,1 M 
concluiu-se que a solução de NaOH que seria utilizada na determinação da concentração do 
ácido acético no vinagre em questão deveria ter cerca de 0,1171 M, o que é bem próximo do 
valor para a solução padrão que era esperado - 0,1 M. 
Além disso, a partir dos diversos cálculos efetuados em prol de obter a concentração do ácido 
etanóico do vinagre - 4,7921% (m/v) -, foi possível determinar que essa encontra-se dentro do 
estabelecido pela legislação brasileira para vinagres comercializados - acima ou igual a 4% 
(m/v) -, como exemplificado pela tabela 2, correspondente ao vinagre de álcool. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
ANEXO 
 
Tabela 1: Tabela de intervalo de pH entre determinados indicadores. 
Fonte: FOGAÇA, J. 
 
 
Figura 1: Reação do azul de bromotimol no ponto de viragem. 
Fonte: DOMINGUES, I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Figura 2: Reação da fenolftaleína no ponto de viragem em meio básico. 
Fonte: OSAWA, C. 
 
 
Tabela 2: Parâmetros analíticos para o vinagre de álcool. 
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
 
 
 
17 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• DOMINGUES, I. Eletrólise da água. Disponível 
em:<http://gqj.spq.pt/chemrus/2013/electrolise.pdf>. Acesso em 29 de agosto de 2020 
às 20h45min; 
• OSAWA, C. Titulação potenciométrica aplicada na determinação de ácidos graxos 
livres de óleos e gorduras comestíveis. Disponível em:<https://www.scielo.br/sci-
elo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422006000300031>. Acesso em 29 de agosto 
de 2020 às 20h54min; 
• FOGAÇA, J. Indicadores ácido-base. Disponível em:<https://www.manualdaquim-
ica.com/fisico-quimica/indicadores-acido-base.htm>. Acesso em 29 de agosto de 2020 
às 20h58min. 
• QUIMIDROL. Tipos de Reagentes. Disponível em:<https://www.quimi-
drol.com.br/dicas/tipos-de-reagentes/>. Acesso em 10 de setembro de 2020 às 
18h50min; 
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e Derivados da Uva e do Vinho. Disponível em:<https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-
bebidas/anexo-a-norma-interna-dipov-11a-versao-05-08-20-1.pdf>. Acesso em 10 de 
setembro de 2020 às 19h06min; 
• ASSUMPÇÃO, M. Construção e adaptação de materiais alternativos em titulação 
ácido-base. Disponível em:<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
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• SUSSUCHI, E. TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE. Disponível 
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lago/14441330102012Quimica_I_Aula_12.pdf>. Acesso em 10 de setembro de 2020 às 
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• SOARES, D. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE ÁCIDO ACÉTICO 
EM VINAGRE COMERCIAL POR VOLUMETRIA ÁCIDO-BASE. Disponível 
em:<http://www.faculdadedofuturo.edu.br/revista1/index.php/remas/article/view-
File/73/140>. Acesso em 10 de setembro de 2020 às 21h14min; 
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ducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Vinagre/SistemaProducaoVinagre/com-
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