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psicomotricidade e lateralidade como fator de desenvovimento - IIII (1)

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1- ALUNAS:
2- TITULO: PSICOMOTRICIDADE E LATERALIDADE: JOGOS PEDAGÓGICOS COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO E CRIATIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
3- TEMA: PSICOMOTRICIDADE E A LATERALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 4- APRESENTAÇÃO
A Educação Infantil é muito importante para o desenvolvimento global da criança e, os aspectos que envolvem a Psicomotricidade e a Lateralidade favorecem o processo ensino-aprendizagem já que compreendem a educação como algo mais amplo do que a simples transmissão de conhecimentos. Sendo assim, através deste artigo fazer algumas considerações sobre a importância da Psicomotricidade e da lateralidade na Educação Infantil, visando o equilíbrio e o desenvolvimento motor e intelectual da criança; sendo realizado através de procedimentos metodológicos da pesquisa bibliográfica e de campo. Finalizando percebeu-se a importância da Psicomotricidade para a educação infantil como instrumento do fortalecimento da criança enquanto sujeito, e servindo como ferramenta para o desenvolvimento voltadas para a organização afetiva, motora, social e intelectual do aluno. Pois ela contribui para o processo educativo, no intuito de desenvolver nos alunos um desenvolvimento psicomotor satisfatório e, ao mesmo tempo, contribuir para uma evolução psicossocial e o sucesso escolar da mesma. O presente artigo de conclusão de curso apresentado neste trabalho norteia à preocupação atual sobre problemas ligados ao desenvolvimento da psicomotricidade e a lateralidade na Educação Infantil, que podem relacionar-se com os métodos de ensino aplicados, onde uma das soluções pode passar por uma prática pedagógica prazerosa e lúdica.
 5- JUSTIFICATIVA
O movimento é a chave da vida, é através dele que se coordena os domínios cognitivos, afetivos e motor. No universo educacional o desenvolvimento psicomotor deve ser trabalhado em todos os educandos de acordo com sua capacidade de desenvolvimento pois a psicomotricidade e a lateralidade refere-se a dominância do corpo e consecutivamente a associação com o meio onde se vive. Para que isso ocorra é necessário, então, diversificarmos nossas metodologias de ensino, sempre em busca de resgatarmos o interesse e o gosto de nossos alunos pelo aprender. As atividades que exploram a psicomotricidade e a lateralidade revelam a sua importância, pois promovem situações de ensino-aprendizagem e aumentam a construção do conhecimento, introduzindo atividades lúdicas e prazerosas, desenvolvendo a capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. É muito importante que haja uma relação com a aprendizagem, de forma que seja marcado por um envolvimento, tanto do professor, quanto do aluno. E neste envolvimento, ambos estão sendo, à sua maneira, inseridos no processo ensino/aprendizagem, e experimentando o prazer das apropriações e da construção do conhecimento.
6- OBJETIVOS GERAIS
Conhecer como a psicomotricidade e a lateralidade na criança da Educação Infantil pode contribuir para o desenvolvimento integral.
7- OBJETIVOS ESPECIFICOS
- Conhecer o que é psicomotricidade e lateralidade na Educação Infantil;
- Conhecer a importância da psicomotricidade e da lateralidade no desenvolvimento da criança;
- Conhecer e diferenciar tipos de jogos que exploram a psicomotricidade e a lateralidade de forma que o desenvolvimento da criança seja totalitário;
7- METODOLOGIA
Este artigo é de cunho bibliográfico, no qual será desenvolvido em quatro partes:
 7.1- A EDUCAÇÃO INFANTIL NA LDB/2016 E SEUS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA.
A Educação Infantil[footnoteRef:1] tem sido objeto de muitas discussões mesmo antes de sua inserção no sistema educacional brasileiro por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/98 que a situou como sendo a primeira etapa da educação básica. [1: Educação Infantil: Fase que envolve crianças de 0 a 6 anos de idade, considerada a primeira etapa da Educação Básica no Brasil.LDB 2016.
] 
A história da Educação Infantil no Brasil permeia processos duro de reconhecimento da criança como cidadão de direitos. As crianças eram criadas de acordo com sua inserção social que faziam parte. Muitas conduzidas com precárias condições de vida ao trabalho infantil, ao abuso e a exploração por parte dos adultos. Outras crianças são protegidas de todas as maneiras, recebendo de suas famílias se da sociedade em geral todos os cuidados necessários ao seu desenvolvimento. “Essa dualidade revela a contradição e conflito de uma sociedade que não resolveu ainda as grandes desigualdades sociais presentes no cotidiano “... (RCNEI, 1998, p. 21).
Em 1990 foi sancionada a Lei Nº 8.069 Estatutos da Criança e do Adolescente - ECA, onde afirma que:
Artigo3º- A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata essa Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. ECA, 1990, p. 29). 
Em 1996, complementou a Educação Infantil com a Lei nº 9.394. O artigo 29 no qual, reconhece a Educação Infantil como primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, sem distinção de raça, cor, cultura ou classe social.
No ano de 1998, o Ministério da Educação e MEC elabora o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, trazendo um guia de reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais que atuam com a Educação Infantil.
Com base na LDB 9394/96, e nas pesquisas bibliográficas A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em seu artigo 4º, inciso IV, confirmou, mais uma vez, o atendimento gratuito em creche[footnoteRef:2] e pré-escola³ como dever do Estado. Também estabeleceu que o atendimento a essa faixa etária estivesse sob a incumbência dos municípios (artigo11, inciso V). [2: Creche: um estabelecimento educativo que ministra apoio pedagógico e cuidados às crianças com idade até aos três anos. PCNs Educação Infantil.] 
Após a Constituição surgiram leis no âmbito da Saúde e da Assistência Social, compreendendo a prioridade do atendimento à criança de 0 a 6 anos por estas áreas. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 a Educação Infantil passou a ser a primeira etapa da Educação Básica (MARAFON, s/d. p. 20).
A instituição de Educação Infantil é muito importante para a vida das crianças. É nessa fase que acontece a formação de hábitos, atitudes, valores que constroem as bases da personalidade, que devem estar fundamentadas na afetividade.
Para Wallon[footnoteRef:3] (1979 p. 56), à pré-escola “Cabe o papel de preparar a emancipação da criança e reduzir a influência exclusiva da família e promover o seu encontro com outra criança da mesma idade.” A escola amplia e promove um ambiente sócio afetivo de sociabilidade as crianças. [3: Wallon:(1879/1962) Psicólogo que investigou as crianças e os caminhos da inteligência humana. Kirouac, G. (1994). "Les émotions". In: Richele, M. et alii. Traité de Psychologie Experimentale. Paris, PUF.] 
O Referencial Nacional Curricular para a Educação Infantil, publicado pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Ensino Fundamental[footnoteRef:4] em 1998, apresenta um avanço significativo na busca de metas para a educação das crianças em creches, pré-escolas e instituições parecidas. A Base Nacional Comum Curricular (2016), afirmam que “a criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. ” [4: Pré escola: Período escolar que tem início aos seis anos de idade e se prolonga por nove anos, dividido em Fundamental I, com duração de cinco anos (1°ao 5° ano).LDB 2016.	] 
A Educação Infantil pode refletir de forma favorável no desenvolvimento da criança visandoà qualidade de interações que serão representadas de forma positiva para o resto da vida, próximo da escola, família e sociedade. Segundo Wallon (1995), a criança na pré-escola “[...] atribui a emoção como os sentimentos, desejos e manifestações da vida afetiva, demonstra os sentimentos como um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano.”. É por meio da emoção, que a criança mostra seus desejos e suas vontades, enfatizando que a afetividade é um dos principais elementos para o desenvolvimento humano.
As crianças se movimentam desde que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e apropriando da interação com o mundo. Ao movimentar se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil-Volume 3
A dimensão corporal[footnoteRef:5] integra-se ao conjunto da atividade da criança. O ato motor faz-se presente em suas funções expressiva, instrumental ou de sustentação às posturas e aos gestos. De acordo com Wallon (1975 p. 78), o movimento antes de estabelecer relação com o meio físico primeiro atua sobre o meio humano, atingindo as pessoas através de seu teor expressivo [5: Dimensão corporal: o desenvolvimento social que é expresso através dos movimentos corporais diante da formação do sujeito. Drummond de Andrade, C. (1984). Corpo. Rio de Janeiro: Record.
] 
Será por meio do movimento corporal que as crianças se expressam, estudam, aprendem, exploram ambientes e espaços. O ambiente e o espaço nunca são neutros, mas sim socialmente construídos e refletem normas sociais e representações culturais, conforme os RCNEI (1998, vol. 3, p.47).
As maneiras de andar, correr, arremessar e saltar resultam das interações sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas presentes nas diferentes culturas em diversas épocas da história.
Esses movimentos incorporam-se aos comportamentos dos homens, constituindo-se assim numa cultura corporal.
Wallon(1981) defendeu a ideia da compreensão da criança completa, concreta, contextualizada, vista de forma integral, isto é, não mais encarada como um adulto em miniatura, mas sim, como um ser numa etapa de especificidades. Segundo ele são quatro os campos funcionais que visualizam a criança de modo “integrado”:
1. As emoções: manifestação afetiva, relação = interação criança e meio onde está inserida.
2. O movimento: primeiro sinal de vida psíquica. Vislumbrada em duas dimensões expressiva e instrumental.
3. A inteligência: 1º momento com o sincretismoe no 2º momento com o pensamento categorial.
4. A construção do “eu” como pessoa através da imitação do outroe negação do outro.(MELLO, 2004, p. 153-154).
 Wallon (1981) afirmava que movimento é a única expressão e o primeiro instrumento do psiquismo. 
Na evolução da criança, portanto, estão relacionadas à motricidade, afetividade e a inteligência. Para ele, a motricidade é uma das origens da vida intelectual, e assim se caracteriza como um dos elementos fundamentais da Educação Infantil. O conhecimento, a consciência e o desenvolvimento geral da personalidade não podem ser isolados das emoções. (LEVIN, 2003 p 26).
A educação psicomotora[footnoteRef:6] deve ser considerada como uma educação da base na Educação Infantil. Ela leva a criança a tomar consciência do seu corpo, da lateralidade a situar-se no espaço, a dominar o tempo, a adquirir habilmente coordenação de seus gestos e movimentos. [6: Educação psicomotora: o desenvolvimento que leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos. Significados.com.br/psicomotricidade.] 
Ao longo da história no âmbito psicomotor podem ser especificadas diferentes transições: do motor ao corpo, e deste ao sujeito com um corpo em movimento. Já não é possível confundir o corpo com o sujeito nem o sujeito com o corpo. 
A Psicomotricidade é um caminho, é o desejo de fazer, de querer fazer e de poder fazer, neste sentido o homem não é exclusivamente um ser motor ou somente um ser psíquico. O homem é psicomotor, é a articulação do ter, do ser, do querer, do poder ser e fazer. (OLIVEIRA, 2007).
Segundo Fonseca[footnoteRef:7] (2004), a psicomotricidade na contemporaneidade constitui uma abordagem multidisciplinar do corpo e da motricidade humana. Seu objeto é o sujeito humano total e suas relações com o corpo, sejam elas integradoras, emocionais, simbólicas ou cognitivas, favorecendo o desenvolvimento das faculdades expressivas do mesmo, nas quais, por esse contexto, assume uma dimensão educacional preventiva, com objetivos e meios próprios que se destacam de outras abordagens. [7: Vitor da Fonseca: professor da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, docente no Departamento de Educação Especial e Reabilitação, e mestre em Dificuldades de Aprendizagem pela Universidade no EUA segundo o Portal da Educação.] 
O desenvolvimento da criança é uma construção onde podemos constatar a existência de fases diferentes. Estas fases ocorrem numa ordem necessária onde cada uma delas é uma preparação para a fase seguinte e, onde ocorre uma alternância de momentos ora de predominância afetiva ora de predominância cognitiva.
Estágio impulsivo-emocional (do nascimento a 1 ano)
É um estágio predominantemente afetivo, onde as emoções são o principal instrumento de interação com o meio. Nesta fase desenvolvem-se as condições sensório-motoras, como o olhar, oagarrar, o andar;
· Estágio sensório-motor e projetivo (de 1 ano até aos 3 anos)
Nesta fase dá-se uma grande exploração do espaço físico, através do andar, do agarrar, do apontar, de sentar, de manipular, onde prevalecem as relações cognitivascom o meio; tudo isto acompanhado pela aquisição da fala. A criança também desenvolve a inteligência prática e a suacapacidade de simbolizar, 
· Estágio do personalismo (desde os 3 anos até aos 6 anos)
Ocorre neste período a formação da personalidade através do contato social que tem com as pessoas que a rodeiam e onde predominam as relações afetivas;
· Estágio categorial (dos 6 anos aos 12 anos)
Neste estágio dá-se um avanço no campo da inteligência e a criança passa a organizar o seu mundo através das relações com o meio;
· Estágio da adolescência (a partir dos 12 anos)
Este estágio é caracteristicamente afetivo, onde o indivíduo passa por uma série de conflitos tanto internos como externos. Este estágio busca a autoafirmação e da sua identidade autônoma.Wallon (1981p.88
De acordo com o autor, as características de cada estágio estão relacionadas com a interação da criança com o meio cultural onde está inserida. A passagem de um estágio para o outro Wallon (1981) nega haver uma linearidade[footnoteRef:8],havendo uma constante transformação passando por retrocessos, roturas e reformulações; onde a criança em busca de respostas para os seus conflitos a caminho de novos desafios, de novas transformações. [8: Linearidade: Entendido nesse contexto como um desenvolvimento regular segundo Henri Wallon: souvenirs. Enfance, n. 1, 1993] 
A psicomotricidade vislumbra-se um educador voltado para a aprendizagem, cabendo lembrar que esta estuda o homem na sua unidade como pessoa, pois “a intervenção psicomotora então se situa em âmbito global, numa tentativa de modificar toda uma atitude em relação ao seu corpo, como lugar de sensação, expressão e criação” (Nicola, 2004, p.5). O desenvolvimento da consciência corporal, da reflexão e da criatividade, além do pleno desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor, constituem algunsdos objetivos da psicomotricidade que, se alcançados, possibilitarão adultos sadios e felizes. Portanto, proporcionar o trabalho psicomotor irá ajudar na estruturação da personalidade da criança, já que ela pode expressar melhor os desejos, e desenvolver em sua totalidade.
 
 7.2- A IMPORTANCIA DOS JOGOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
7.2.1- Evolução Histórica do Jogo
A relação entre o jogo e a educação vem de muito longe e, foram objeto de estudo ao longo dos tempos o que nos permite hoje compreender melhor os aspetos históricos dos jogos.
Ao fazer uma viagem pela história do jogo, podemos verificar que na Grécia Antiga[footnoteRef:9], já Platão[footnoteRef:10] dizia que os jogos educativos deveriam fazer parte dos jogos de deporto. [9: Grécia Antiga: Segundo o dicionário formal nome referido ao mundo grego no período de 1100aC. A 146 a. C. Revista de Arqueologia. Madrid: set/2002.] [10: Platão (427- 347 a.C.) Um dos pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. A República de Platão. Blackburn, Simon.] 
Entre os egípcios,[footnoteRef:11] romanos[footnoteRef:12] e maias[footnoteRef:13], os jogos eram usados para transmissão de conhecimentos e valores, das gerações mais antigas para as gerações mais novas. [11: Egípcios: Civilização antiga. Egit VERCOUTTER, Jean. O Egito Antigo. São Paulo: Difel, 1974. ] [12: Romanos: Relativo ou pertencente à antiga Roma: Império Romano ou à Roma. - Coleção O Cotidiano da História
 Autor: Feijó, Martin Cezar. Editora: Ática] [13: Maias: Civilização antiga do México e América Central. Os Maias- Eça de Queirós- 1888.] 
No período do cristianismo[footnoteRef:14], os jogos foram desvalorizados uma vez que eram considerados profanos e imortais e só retornaram no século XVI, com pensadores humanistas.[footnoteRef:15] Rabelais[footnoteRef:16] (1494 - 1553) defendia a ideia que o ensino deveria passar pelo jogo, até um simples jogo de cartas poderia ser útil para o ensino da aritmética e geometria. Jean Jacques Rousseau[footnoteRef:17] (1712 - 1778) defendia que aprender deveria ser uma conquista ativa, onde a criança aprende com prazer. Pestalozzi[footnoteRef:18] (1746 – 1827) via a escola como uma sociedade no qual através do jogo trabalharíamos conceitos como responsabilidade e normas de cooperação. Froebel[footnoteRef:19] (1782 – 1852)defendia que um bom educador é aquele que faz do jogo uma arte de ensinar. Decroly[footnoteRef:20] (1871 - 1932) criou materiais para a educação de crianças com deficiências com a finalidade de desenvolver a percepção, motricidade e raciocínio. Dewey[footnoteRef:21] (1859 – 1952) dizia que a aprendizagem da criança só era possível num ambiente natural e é nos jogos que a criança é mais espontânea.. Maria Montessori[footnoteRef:22] (1870 – 1952) deu grande ênfase aos jogos sensoriais. [14: Cristianismo: Doutrina dos seguidores de Jesus Cristo. “Cristianismo Puro e Simples”, de C.S. Lewis-2015.] [15: Humanista: movimento intelectual iniciado na Itália no século XIV com o Renascimento e difundido pela Europa.
home/httpd/vhosts/movimentohumanista.org/httpdocs/libraries/simplepie/simplepie.php on line 7219.] [16: François Rabelais: estudioso no período do Renascimento que defendia a aplicação de jogos na educação. idade Média e a Renascença na Literatura Francesa- Willemart, Philippe.Editora: Annablume- 2001.] [17: Jean Jacques Rousseau teórico da educação, que marcou a Pedagogia Contemporânea. Estudos Sobre Rousseau 
Por Joaquín Xirau.Editora Contraponto -2015.] [18: Johann Heinrich Pestalozzi: estudioso que defendia o ensino das crianças priorizando suas habilidades naturais e inatas. Educação e ética por Dora Incontri.Editora Scipione-2013. ] [19: Fröebel: educador alemão que desenvolveu teorias com pressupostos idealistas inspiradas no amor à criança e à natureza. Friedrich Froebel - Arce, 2009.] [20: Ovide Decroly: precursor da possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado. Iniciacao a Atividade Intelectual e Motora Pelos Jogos Educativos. Editora Vozes 2015.] [21: John Dewey: Defendia a escola como instrumento de transformação. John Dewey e a Educação Infantil - Entre Jardineiras e Cientistas. Ieda Abbud,Editora Cortez 2011.] [22: Maria Montessori. Foi uma pedagoga, pesquisadora e médica italiana que revolucionou o ensino na educação infantil. Acervo bibliográfico.] 
No século XX, outros pesquisadores debruçaram-se sobre os jogos como Vygotsky e Piaget.
 Vygotsky (1896 – 1934) considerava a brincadeira como resultada das influências sociais que a criança vai recebendo através do contato com o meio envolvente. Piaget (1896 – 1980) via os jogos como meio para o desenvolvimento intelectual. 
 “A educação lúdica esteve em todas as épocas, povos, contextos de inúmeros pesquisadores, formando, hoje, uma vasta rede de conhecimentos ao só no campo da educação, da psicologia, fisiologia, como as demais áreas do conhecimento”. (Kishimoto,2005; p.31)
Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento social, físico, intelectual e afetivo; é através das atividades lúdicas que a criança desenvolve a expressão oral e corporal, integra-se na sociedade e constrói o seu próprio conhecimento.
 Kishimoto[footnoteRef:23] (2015 p 90),define bem este conceito de jogo pedagógico ao dizer que: “é a ação que acriança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. (…) [23: Tizuko Morchida Kishimoto. Estudiosa e defensora da brincadeira como ferramenta de aprendizado para a criança. SDI psicologia 03/ 2007.] 
Jean Piaget (1990), afirmava que o jogo é fundamental para o desenvolvimento da criança e estão em sintonia com o desenvolvimento da inteligência, relacionando-se com os estágios do desenvolvimento cognitivo. Assim, cada uma das etapas do desenvolvimento está relacionada a um tipo de jogo que acontece da mesma forma para todos os sujeitos.
· Fase sensório-motor (desde o nascimento até aos 2 anos): nesta fase a criança brinca sozinha e não utiliza as regras porque não tem a noção delas; 
· Fase pré-operatória (dos 2 anos aos 6/7 anos): surge o jogo simbólico quando a criança brinca e aos poucos o conceito de regra começa a aparecer nas suas brincadeiras;
· Fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos): a criança nesta altura já é um ser social e quando joga em grupo a existência de regras é fundamental.
Visto isto, Piaget (1990) classificou os jogos segundo a evolução das estruturas mentais em três categorias:
· Jogos de exercícios: é a repetição de movimentos e gestos pelo simples prazer que a criança tem em executá-los;
· Jogos simbólicos: os jogos simbólicos aparecem por volta dos 2 / 6 anos. Através do jogo faz-de-conta, a criança atribui significado ao símbolo (objeto) de forma a dar-lhe mais prazer.
· Jogo de regras: o jogo com regras surge entre os 7 / 11 anos, onde envolve as regras e a persuasão no ato de jogar. 
 Vygotsky[footnoteRef:24] (1989) nas suas análises sobre o jogo estabeleceu uma relação entre este e a aprendizagem, uma vez que o jogo contribui para o desenvolvimento intelectual, social e moral, isto é para o desenvolvimento integral da criança. Para este psicólogo, o jogo só surge nas atividades infantis por volta dos 3 anos, pois antes desta idade a criança não consegue interiorizar símbolos para representar o real através imaginário. Quando a criança imagina, joga e é aqui que cria um mundo com atividades lúdicas que proporcionam a ação do jogar. [24: Vygotsky: psicólogo bielo-russo que realizou diversas pesquisas na área do desenvolvimento da aprendizagem e do papel preponderante das relações sociais nesse processo. MOLL, LUIS C. Vygotsky e a educação. Porto Alegre : Artes Médicas, 1996.. ] 
Por meio do jogo a criança consegue definir conceitos, criar situações que desenvolvam a sua atuação de situações reais. Está ideia defendida por Vygotsky (1989) de que o jogo é resultado da ação social, confirma a sua teoria onde ele dá valor ao fator social. Para este autor o jogo apresenta três característicasfundamentais que são: a imaginação, a imitação e as regras. O que torna o jogo uma atividade importante para o desenvolvimento infantil não é a ação espontânea da criança, mas sim é a capacidade que esta tem em imaginar situações, em imitar papéis sociais e ainda a interação que existe durante as atividades lúdicas, os conteúdos abordados e as regras de conduta implícitas a cada situação.
É a ação da criança neste mundo imaginário que cria uma zona de desenvolvimento, que Vygotsky (1989) nas suas pesquisas sobre o jogo e brincadeiras definiu como Zona de Desenvolvimento Proximal[footnoteRef:25] onde a distância entre o desenvolvimento real[footnoteRef:26] e o potencial[footnoteRef:27] que está quase adquirido. [25: Proximal: neste contexto significa que, unções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação. Temas psicol. vol.2 no.2 Ribeirão Preto ago. 1994.] [26: Real: Nesse contexto são as habilidades que se encontram em um nível menos elaborado que o já consolidado. Temas psicol. vol.2 no.2 Ribeirão Preto ago. 1994.] [27: Potencial: nesse contexto é a determinação das habilidades que o indivíduo já construiu, Temas psicol. vol.2 no.2 Ribeirão Preto ago. 1994.] 
Podemos concluir que para a criança o jogo é uma transformação da nova realidade (mundo) que corresponde às exigências da criança, onde ela reproduz mais do que viu. Quando a criança joga utiliza conhecimentos que já adquiriu e constrói outros. Vygotsky (1989) afirma que é através da brincadeira e do jogo que a criança se desenvolve afetiva, social e cognitivamente.
 Na escola, o jogo pode ser um instrumento para o desenvolvimento integral dos alunos, mediando ações na zona de desenvolvimento proximal, proporcionamos o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos é possível levá-las a novas aprendizagens.
Na concepção de jogo apresentada por Wallon (1981) diz que toda a atividade exercida pela criança é lúdica[footnoteRef:28], considerando mesmo a fase infantil sinônimo de lúdico. O jogo para ele é uma atividade espontânea, livre, alega que todas as crianças devem ter a oportunidade de brincar, uma vez que é por meio do corpo que elas estabelecem o primeiro contato com o meio exterior; onde as aquisições motoras levam a um desenvolvimento. [28: Lúdica: Palavra do latim que significa brincar, e nela se incluem jogos, brinquedos e brincadeiras. Temas psicol. vol.3 Ribeirão Preto ago. 1994.] 
Wallon (1981) classifica os jogos infantis em quatro categorias:
· Jogos funcionais: caracterizam-se pela exploração do corpo através de movimentos simples e pelos sentidos.
· Jogos de ficção: estes jogos aparecem por volta dos 2 anos, onde passa a ter um novo sentido. Nesses jogos estão presentes a imaginação e o faz de conta.
· Jogos de aquisição: estes jogos surgem quando a criança sente necessidade em conhecer e compreender o que a rodeia. Desenvolve a aprendizagem da linguagem, da atenção, do raciocínio, da compreensão e educam a visão.
· Jogos de fabricação: transforma objetos reais em objetos imaginários.
 “O jogo é um fenômeno universal, presente em todas as épocas e civilizações. A permanência do lúdico em todo o percurso histórico e civilizacional, no mundo das crianças, dos jovens e dos adultos, é um bom indicador da sua importância”. (Serra,1999, p. 1). Podemos atribuir aos jogos tradicionais características como a espontaneidade, a liberdade e a criatividade. 
O jogo é fruto do patrimônio cultural da sociedade onde está inserido e a escola. O Principio 7.º da Declaração dos direitos da Criança (ONU, 1959)
“A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a atividades recreativas, que devem ser orientadas para os mesmos objetivos da educação: a sociedade e as autoridades públicas deverão esforçar-se para promover o gozo dos direitos”. (ONU, 1959,p 89).
 Na Educação Infantil, o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido. Assim, Goés (2008, p 37), afirma ainda que “(...) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser, compreendidos como veículos de aprendizagem. A atividade lúdica permite que a criança se prepare para a vida, entre o mundo físico e social. 
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23, v.01):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial.
7.3- A PSICOMOTRICIDADE E A LATERALIDADE COMO CONCEITOS A SEREM DESENVOLVIDOS NOS JOGOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
O primeiro contato do ser humano com o mundo é pelo movimento. Cunha (1990) afirma que a psicomotricidade proporciona ao indivíduo um melhor domínio do seu corpo, sendo fator essencial e indispensável ao desenvolvimento global. 
Smole[footnoteRef:29] (1996) afirma que a interação com o meio social é o primeiro espaço em que a criança conhece e reconhece seu corpo, onde as noções de proximidade, separação, vizinhança, continuidade estarão organizadas numa relação de oposição (parte/todo, pequeno/grande, parecido/diferente, dentro/fora), sendo estas, elaboradas de acordo com as suas explorações táteis e cenestésicas. [29: Smole: Coordenadora do grupo Mathema de formação e pesquisa. Mestre em Educação, área de Ciências e Matemática, pela FEUSP. Doutora em Educação, área de Ciências e Matemática, pela FEUSP. Consultora de Matemática dos Parâmetros Curriculares Ensino Médio. Pesquisadora do projeto Formação de professores das séries iniciais .FAPESP/IME USP.2015.] 
Wallon (1995) acreditava que o pensamento da criança e a organização de seu esquema corporal constituem-se paralelamente, desde o nascimento e nas demais fases, onde que o pensamento só ocorrerá com a interação de suas ações físicas com o ambiente, na mais tenra idade, a criança utiliza o corpo como ferramenta operacional e relacional.
A característica principal da criança, durante sua primeira infância é o progressivo domínio da atividade motriz voluntária, onde consegue o controle voluntário do movimento, sendo que estes se tornam cada vez mais corretos. De Meur[footnoteRef:30] (2001) destaca especialmente o desenvolvimento das habilidades básicas, salientando que: [30: De Meur :autor de Methode Pratique Reeducation Lecture Orthographe e Psychomotricite Education Et Reeducation..] 
A importância do desenvolvimento das habilidades básicas pode ser vista de uma maneira mais sistemática na pré-escola, que tem a função de fornecer à criança os pré-requisitos necessários para a aprendizagem da leitura e da escrita (DE MEUR; 2001, p. 78).
Para Le Boulch:
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola primária. Ela condiciona todos os aprendizados pré-escolares: leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilmentea coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade: conduzida com perseverança, permite prevenir inadaptações difíceis de corrigir quando já estruturadas (LEBOULCH; 1987, p.11).
 Para Piaget (1985), a influência da psicologia sobre a pedagogia, tornou-se mais intensa a partir das pesquisas psicológicas e do desenvolvimento de métodos de observação, Piaget cita Maria Montessori (1970-1952), onde a autora conclui que a aprendizagem se intensifica quando há possibilidades de que as crianças manuseiam o material.
O modelo piagetiano, deu aos educadores uma grande contribuição. Este método vem apontando um caminho e uma proposta pedagógica que teve como objetivo deixar a criança aprender, expondo a maneira pela qual está concebendo e compreendendo a realidade. 
O conhecimento é constituído através de interações do sujeito com o objeto, onde o desenvolvimento cognitivo dar-se-á pela assimilação do objeto de conhecimento e estruturas anteriores presentes no sujeito e pela acomodação dessas em função do que vai ser assimilado (DAVIS; OLIVEIRA,1994).
Vygotsky (apud DAVIS & OLIVEIRA, 1994, p.56) expõe que “[...] o desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente dê modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento”. Em seus estudos, Piaget minimiza o papel da interação social, enquanto Vygotsky o valorizava.
Todas as experiências da criança (o prazer, a dor, o sucesso ou fracasso) são sempre vividas corporalmente. Se acrescentarmos valores sociais que o meio dá ao corpo e a cercam de suas partes, este corpo termina por ser investido de significações, de sentimentos e de valores muito particulares e absolutamente pessoais (VAYER, 1984, P.76).
Segundo Meyer[footnoteRef:31] (2001), o movimento humano vai além do deslocamento do corpo no espaço, ele possui uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico, atuando sobre o ambiente, e assim tendo mais intencionalidade nas ações. [31: MEYER, I. C. R.: Autor do livro Brincar e viver: Projetos em Educação Infantil. Rio de Janeiro: Wak, 2001.] 
Freire[footnoteRef:32] (1989) cita que: [32: Paulo Freire: educador brasileiro, criador do método inovador que incorpora a alfabetização. Tecnologia, Educação e Democracia. Lauro de Oliveira Lima.2005.] 
Corpo e mente deve ser entendida como componentes que integram um único organismo. Ambos devem ter um assento na escola, não um (a mente) para aprender e o outro (o corpo) para transportar, mas ambos para se emancipar. Por causa dessa concepção de que a escola só deve mobilizar a mente, o corpo fica reduzido a um estorvo que, quanto mais quieto estiver, menos atrapalhará (FREIRE; 1989, p. 13).
O trabalho com a educação psicomotora deve ser baseado na educação, objetivando o desenvolvimento das capacidades e rendimento, visando à eficiência e adequando aos diferentes níveis de habilidade, respeitando a personalidade e vontade e a motivação do educando
Le Boulch[footnoteRef:33] (1988) cita que: [33: Le Boulch: defensor da teoria geral do movimento, autor da obra “Educação pelo Movimento”. Editora Artes-2017.] 
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola primária. Ela condiciona todas as aprendizagens pré-escolares e escolares; leva a criança a tomar consciência de eu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança, permite prevenir inadaptações difíceis de conduzir quando já instaladas (LE BOULCH; 1988, p. 11).
A educação psicomotora na Educação Infantil possibilita uma melhora organizacional, bem como, dá ao educando melhores possibilidades na resolução de exercícios de análises lógicas e de relação entre os números. Os responsáveis pela escolarização devem procurar desenvolver a psicomotricidade (de controle e aprimoramento dos movimentos), a percepção (diferenciações visuais e auditivas), os diversos tipos de linguagem e o raciocínio lógico, além de estimular a criatividade das crianças. 
Freire (1989, p.122) salienta que:
Toda a ação torna-se possível porque houve uma ação coordenada que ligou os movimentos em função de um objetivo, ou seja, o gesto mecânico produz uma ação com objetivo, e só é possível porque houve a coordenação, que nada mais é que o saber corporal. A essa ligação entre o saber e a ação denomina-se psicomotricidade (FREIRE; 1989, p. 122).
Para Lassus[footnoteRef:34] (1984) ” a educação psicomotora envolve e comanda todo o processo de aprender, tanto na coletividade ou no individual”. A própria psicomotricidade quem auxilia o educando no processo de aprendizagem e que contribui no processo de apreensão nas atividades escolares, dando a base para o desenvolvimento intelectual, sendo desenvolvidas, a partir primeiramente de experiências motoras, exigindo para sua realização o uso das funções cognitivas, tornando a psicomotricidade um procedimento que permite e auxilia no desenvolvimento da inteligência humana. [34: Lassus: Psicóloga e autora do livro psicomotricidade o retorno das origens. Editora Panamed.2000.] 
A utilização de métodos e de meios adequadamente pensados sobre a psicomotricidade da criança irão contribuir para o desenvolvimento da criança, e quanto mais se aprende, maiores serão os benefícios para o se desenvolvimento. Vygostsk (apud DAVIS; OLIVEIRA, 1994, p. 56) “[...]postula que o desenvolvimento da aprendizagem é processo que se influenciam reciprocamente de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento”.
A psicomotricidade ao promover o movimento humano, movimento este contextualizado, associado ao ambiente, à cognição, à emoção e às significações, proporciona ao desenvolvimento integral do ser. Esta educação integral só a escola valorizar o seu ambiente.
A psicomotricidade é influenciada pela percepção de seu corpo e suas peculiaridades de força e em habilidades em atividades físicas, segundo Jersild[footnoteRef:35] (1971, apud FLINCHUM, 1981). [35: Jersild: Arthur F. Psicólogo, estudioso e autor da obra “Psicologia da Adolescência”, São Pauto, Ed. Nacional, 1971.] 
A formação de tais habilidades ocorre com a interação do indivíduo com o mundo social. Nesta interação, ele irá dominar o uso de um número maior de objetivos, irá aprendendo a agir em situações mais complexas, bem como, identificar objetivos e situações (DAVIS; OLIVEIRA, 1994). 
É necessário que os educadores compreendam os elementos do movimento a serem utilizados, para isso deve-se ter em mente os estágios do desenvolvimento motor (psicomotricidade) e os estágios de aprendizagem. O professor na educação infantil precisa ter sólido conhecimento do domínio psicomotor que o habilite ao planejamento das atividades próprias nesse domínio.
Lopez (apud REVISTA DIÁLOGO MÉDICO, 1995, p.42) coloca que “A criança precisa ser estimulada desde cedo, pela família, pela escola ou por ambas”. Para a criança, a escola é uma experiência enriquecedora, é o período de mudanças em sua vida (física, cognitiva e afetiva), onde ela aprende a dividir, passa a entender certos conceitos, aguça sua curiosidade através de ações, sendo este contato com o mundo que fará a criança a aprender e a se desenvolver no seu todo.
A prática psicomotora contribui e ajuda no processo de desenvolvimento da criança em seu percurso maturativo, desde sua expressividade motora e de desenvolvimento, até o acesso à capacidade de concentração, aspectos que irão evoluindo, da globalidade à diferenciação, da dependência à autonomia e da impulsividade à reflexão (OLALLA, 1995). Sendo este processo que formam parte da globalidade (a afetividade, a motricidade e o conhecimento), base do desenvolvimento motor, tornando-se necessário na escola de Educação Infantil, como parte de seu Projeto Político Pedagógico.
Dessa forma esta pesquisa visa mostrar a Importância da Psicomotricidade na Educação Infantil. Através da análise de estudosde diversos teóricos.
 A lateralidade não é menos importante que a psicomotricidade, visto que é a dominância de um lado do corpo para a realização das atividades. Esse uso preferencialmente se refere ao olho, ouvido, mão e pé. Existem indivíduos destros e canhotos, também indivíduos com a lateralidade cruzada, isto ocorre quando se tem preferência pela mão de um lado do corpo e pelo olho e pé do lado oposto, significando que existe predomínio, tornando um lado mais eficaz.
Para De Meur e Staes (1989, p.11) “Durante o crescimento, naturalmente se define uma dominância lateral na criança: será mais forte, mais ágil do lado direito ou do lado direito”. 
Este lado que prevalece, irá evidenciar maior força muscular, bem como, um maior grau de precisão e rapidez. A lateralidade na criança se define naturalmente, não é necessário que seja forçada pelos pais ou professores.
Coste[footnoteRef:36] (1978, p. 66) diz que: [36: Coste: conceitua a psicomotricidade como a ciência que interfere na biologia, psicologia, psicanálise, sociologia e a linguística. O Desenvolvimento Psicomotor. A Psicomotricidade Jean-Claude Coste.Editora Zahar-1981.] 
A lateralidade processa-se na esteira de especialização da criança, ou melhor dito, acompanha cada um de seus passos: localização no próprio corpo, projeção de seus pontos referenciais a partir do corpo e, depois, organização do espaço independente do corpo (COSTE, 1978, p. 66).
A lateralização faz presente em todo o desenvolvimento da criança, mesmo quando a lateralidade não apresenta definida, a criança ainda não optou por um lado, De Meur e Staes (1989 p.12) sugere e indica “[...] não utilizar os termos “esquerda” e “direita”, somente quando a lateralidade esteja completamente estabelecida”. O termo “esquerda” e “direita” é o domínio dos lados em relação ao próprio corpo e aos objetos, devem ser usados quando a lateralidade estiver bem definida na criança, ou seja, a dominância de um lado em relação ao outro a nível de força e precisão.
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RESUMO
A Educação Infantil é muito importante para o desenvolvimento global da criança e, os aspectos que envolvem a Psicomotricidade favorecem o processo ensino-aprendizagem já que compreendem a educação como algo mais amplo do que a simples transmissão de conhecimentos. Sendo assim, através deste estudo procuramos fazer algumas considerações sobre a importância da Psicomotricidade na Educação Infantil, visando o equilíbrio e o desenvolvimento motor e intelectual da criança; sendo realizado através de procedimentos metodológicos da pesquisa bibliográfica e exploratória. Finalizando percebeu-se a importância da Psicomotricidade para a educação infantil como instrumento do fortalecimento da criança enquanto sujeito, e servindo como ferramenta para todas as áreas de estudo voltadas para a organização afetiva, motora, social e intelectual do aluno. Pois ela contribui para o processo educativo, no intuito de desenvolver nos alunos um desenvolvimento psicomotor satisfatório e, ao mesmo tempo, contribuir para uma evolução psicossocial e o sucesso escolar da mesma.
INTRODUÇÃO
Tendo em vista a importância do desenvolvimento da criança na Educação Infantil para a sua formação totalitária, a psicomotricidade e a lateralidade contribuem significativamente para a construção de sistemas e habilidades diversas, inclusive as motoras.
O conhecimento do mundo da criança depende da relação que ela estabelece com o meio, o que conhece de si e das coisas são insuficientes para estabelecer relações de aprendizagem, por isso centra seus desejos em seus próprios interesses. A escola tem o papel fundamental de ajudar essa criança a sociabilizar-se e desenvolver suas aptidões motoras, intelectuais e cognitivas. A psicomotricidade ocupa um lugar importante no desenvolvimento infantil tendo em vista a interdependênciaentre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais.
Considerando-se que na primeira infância existe uma forte correlação entre os desenvolvimentos motores e intelectuais, e de suma importância a estimulação do desenho infantil, que representa seu primeiro “tesouro” expressivo, que muito irá contribuir para o desenvolvimento infantil e consequentemente para a construção de sua linguagem / aprendizagem.
 A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. 
A Psicomotricidade nada mais é que se relacionar através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o corpo, a mente, o espírito, a natureza e a sociedade. A Psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente.
Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio.
 Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas para o desenvolvimento da linguagem.
 Partindo da concepção que a psicomotricidade na Educação Infantil é importante, devemos valorizá-la e trabalhar com as crianças no sentido de efetivar o seu verdadeiro significado. Na busca de concepções que fundamentem este trabalho, podemos destacar as seguintes colocações: Compreendendo a sua importância para o desenvolvimento, o movimento humano, portando é mais do que simples deslocamento do corpo; no espaço. Constitui-se em uma linguagem que permite as crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. (BRASIL, 1998, p. 5).
CONCLUSÃO
Neste trabalho viu-se a importância da Psicomotricidade para a educação infantil como uma prática não apenas preparatória da aprendizagem, mas como instrumento do fortalecimento da criança enquanto sujeito, atuando no sentido de facilitar-lhe a construção de sua unidade corporal, a afirmação de sua identidade e a conquista de sua autonomia intelectual e afetiva.
Acredita-se que a psicomotricidade serve como ferramenta para todas as áreas de estudo voltadas para a organização afetiva, motora, social e intelectual do indivíduo sabendo-se que o homem é um ser ativo capaz de se conhecer cada vez mais e de se adaptar às diferentes situações e ambientes
. A importância do professor no desenvolvimento psicomotor na educação infantil reúne em um só contexto o desenvolvimento totalitário da criança, cabendo ao professor não só dar a elas as boas vindas, mas ajudá-la em seu processo de adaptação em relação aos mundos interno-externo, ao mesmo tempo em que tem o importante, fundamental e incomensurável papel de fomentar o seu desenvolvimento de forma integral ou individuação. A psicomotricidade assume um papel relevante neste processo de individuação, na medida em que é uma maneira extremamente importante de expressão desta individualidade, como também uma importante estratégia de intervenção, deste aluno que inicia sua trajetória neste mundo.
Conclui-se que a psicomotricidade é indispensável ao processo educativo, no intuito de desenvolver nos alunos um desenvolvimento psicomotor satisfatório e, ao mesmo tempo, contribuir para uma evolução psicossocial e o sucesso escolar da mesma. A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e busca incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio dessas atividades as crianças, além de se divertir, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem.
A educação psicomotora proporciona que a criança consiga vencer diversos obstáculos, encontrando-se dentro do meio social. A brincadeira desperta o desejo de descoberta e exploração, sendo canal direto para que a criança possa exprimir suas mais variadas emoções. Ela é o suporte do processo educacional que garante a possibilidade de a criança movimentar-se por si mesma, descobrir espaços e fazer relações com o movimento formando crianças críticas, criativas e felizes. 
As consequências deste início de caminhada ficarão gravadas nas almas destes pequeninos alunos que levarão esta experiência, boa ou má, para o resto de suas vidas, marcando de forma indelével suas almas, podendo influenciar de maneira marcante a vida desta pessoa e o que ela viverá em seu futuro. Em outras palavras, cabe ao professor da Educação Infantil o poder e a responsabilidade de influenciar destinos, contribuindo com sua parcela nesta oportunidade única de educar crianças pequenas.