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Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 32 – Materiais Aeronáuticos Tópicos Abordados � Materiais Empregados na Indústria Aeronáutica. � Definições e Propriedades Mecânicas. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Principais Materiais Utilizados na Indústria Aeronáutica � Alumínio. � Titânio. � Madeira. � Fibra de Vidro. � Fibra de Carbono. � Aço. � Ligas Metálicas em Geral. � Materiais Compostos. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Alumínio � O alumínio possui uma combinação única de propriedades que o tornam um material de construção versátil, altamente utilizável e atrativo. � Propriedades do Alumínio: � Leve e com baixa densidade � Resistência � Elasticidade � Plasticidade � Fácil de trabalhar � Fácil de soldar � Fácil de montar � Resistente à corrosão � Bom condutor Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Propriedades Mecânicas do Alumínio Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues 958255–290T6Al Mg Si1,06351 9010240–260T6–6262 9010225–265T6–6261 788172–200T6E-Al Mg Si0,56101 608105–145T5Al Mg Si0,56063 65 95 16 8 110 240 – – 180 260 T4 T6 Al Mg Si Cu6061 608105–145T5Al Mg Si0,56060 47 68 17 4 65 180 215 285 170 235 O H34 Al Mg2,55052 28 41 – 19 2 – 35 115 137 145 185 – 105 145 157 O H14 H19 Al Mg1,05005 28 40 19 2 35 125 145 200 95 150 O H14 Al Mn0,5 Mg0,53105 28 40 22 3 35 115 130 180 95 140 O H14 Al Mn Cu3003 – 100 16 10 125 275 – – 275 370 T4 T8 Al Cu Pb Bi2011 20 30 22 3 - - 95 130 55 95 O H14 E-Al1350 23 32 22 3 25 95 105 145 75 110 O H14 Al 99,01200 23 32 22 3 25 95 105 145 75 110 O H14 –1100 20 26 22 3 15 70 95 130 55 95 O H14 Al 99,51050 Dureza Brinell (HB) Alongamento Mínimo "50mm"(%) Limite de Escoamento Mpa (N/mm²)Mín. Limite de Resistência à Tração Mpa (N/mm²)Máx. Limite de Resistência à Tração Mpa (N/mm²)Mín. TêmperaDINLiga ABNT ASTM Nomenclatura da Tabela Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues 1) Os valores indicados não implicam garantia formal. 2) Os dados de tensão são expressos na unidade megapascal (Mpa), equivalente a 1N/mm2. 3) Classificação das Têmperas: O - Recozido: Aplica-se a produtos acabados, no estado em que apresentam o menor valor de resistência mecânica. H - Encruada: Aplica-se a produtos de ligas não tratáveis termicamente, ou seja, ligas onde o aumento da resistência mecânica se consegue apenas por deformação plástica a frio (encruamento). F - Como Fabricada: Aplica-se aos produtos obtidos através de processos de conformação em que não se emprega qualquer controle especial sobre as condições térmicas ou de encruamento. Não se especificam limites para as propriedades mecânicas. T - Tratada Termicamente: Aplica-se aos produtos que sofrem tratamento térmico com ou sem deformação plástica complementar, que produz propriedades físicas estáveis e diferentes das obtidas com "F", "O" e "H". 4) Para as ligas com têmpera H114, utilizar os limites especificados na têmpera "O". 5) Para as ligas com têmpera H154, utilizar os limites especificados na têmpera "H14". 6) Para maetriais laminados, os valores de alongamento correspondem às espessuras de 0,63 a 1,20mm. Propriedades do Alumínio Comparadas a Outros Materiais Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues SimSimSimSimSoldável SimNãoSimSimNão-magnético 60-100121724Coeficiente de expansão linear x10 -6 / o C 0,1576400200Conductividade térmica W/m o C -75529Conductividade eléctrica m/Ohm-mm2 -50-80-50-500-200-300-250–150Amplitude da temperatura de trabalho o C 8015001080660Ponto de fusão o C 1.4007.8008.9002.700Densidade kg/m 3 3.000210.000125.00070.000Elasticidade/Módulo de Young MPa 25202515Ductibilidade/Alongamento % 50400250250Resistência/Tensão de ruptura N/mm 2 PlásticoAço 371 CobreAlumínio Ligas de Alumínio Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Ligas de alumínio-lítio8XXX Ligas de alumínio-zinco-magnésio7XXX Ligas de alumínio-magnésio-sílica6XXX Ligas de alumínio-magnésio5XXX Ligas de alumínio-sílica4XXX Ligas de alumínio-manganês3XXX Ligas de alumínio-cobre2XXX Alumínio com no mínimo 99% de pureza1XXX ComposiçãoClassificação Alumínio Aeronáutico � As ligas de alumínio das séries aeronáuticas (2XXX e 7XXX) possuem como características principais os elevados níveis de resistência mecânica que, aliadas a baixa densidade do metal e a facilidade de conformação e usinagem, transformam o alumínio em uma das melhores opções para a fabricação de dispositivos e estruturas aeronáuticas. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Alumínio Aeronáutico Série 2XXX � As ligas de alumínio da série 2XXX são ligas com cobre 1,9-6,8% e muitas vezes contêm adições de manganês, magnésio e zinco. � Seu endurecimento por precipitação tem sido amplamente estudado. � Elas são usadas para aplicações tais como, forjamento, extrusão e tanques de armazenamento de gás liquefeito de transporte civil e aeronaves supersônicas. � Essas ligas têm menores taxas de crescimento de trinca e, portanto, têm melhor desempenho em fadiga do que as ligas da série 7XXX. � Portanto, estas são utilizadas nas asas e na parte inferior da fuselagem. � As ligas utilizadas são 2224, 2324 e 2524 (ambas as versões modificadas de 2224). Estas ligas são geralmente compostas por 99,34% de alumínio puro para maior resistência à corrosão. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Alumínio Aeronáutico Série 7XXX � O sistema Al-Zn-Mg oferece o maior potencial de endurecimento por precipitação (de ligas de alumínio). � O cobre muitas vezes é adicionado para melhorar a resistência à corrosão sob tensão (com o inconveniente de reduzir a soldabilidade). � Fissuração por corrosão diminui a resistência com o aumento da relação Zn:Mg. � A fissuração por corrosão têm sido a maior restrição sobre o uso dessas ligas, mas eles ainda têm sido usados em, vagões, aeronaves militares e civis. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicações de Alumínio em Aeronaves Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Características do Titânio � Por ser um metal leve, é usado em ligas para aplicação na indústria aeronáutica e aeroespacial. � Foi escolhido para essa função por suportar altas temperaturas, característica indispensável em mísseis e naves espaciais. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Propriedades do Titânio � Algumas importantes propriedades físicas do titânio comercialmente puro (sem elementos de liga) estão relacionadas na tabela a seguir. � Note que a densidade deste metal é de aproximadamente 56% da maioria dos aços liga, e que seu módulo de elasticidade da aproximadamente 50%. � A expansão térmica é também de aproximadamente 50% em relação ao aço inoxidável e um pouco menor do que a do aço carbono. � A condutividade térmica é aproximadamente a mesma do aço inox. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Propriedades Físicas do Titânio � Propriedades físicas do titânio sem elementos de liga � Densidade: 0,163 lbs/in³ (4,51 g/cm3) � Fusão: 3000 – 3100°F 164°C à 170°C � Temperatura de transição Beta: 1675°F +_ 25°F 898°C à 926°C � Estrutura molecular à temperatura ambiente: HCP � Estrutura molecular acima da temperatura Beta: BCC � Módulo de elasticidade ( tensão ): E = 14,9 x 10 6 PSI � Módulo de elasticidade (compressão): E = 13,0 x 14,0 x 10 6 PSI � Módulo de elasticidade (torção): G = 6,5 x 10 6 PSI � Razão de Poisson: 0,34 � Dureza: BHN 190 (~= 192 Vickers) Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação de Titânio no Trem de Pouso do Boeing 787 Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Madeira Aeronáutica - Freijó � Aplicações em hélices e estruturas aeronáuticas, tanto de aeronaves experimentais (substituindo a sitka e o "spruce" comum nosEUA) como reposição de componentes de aeronaves antigas. Seu uso aeronáutico é homologado pelo CPT. Algumas aeronaves tradicionais brasileiras como o paulistinha têm largo emprego de freijó em sua estrutura. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Propriedades Mecânicas - Freijó � Físicas � Densidade de massa (ρ): aparente verde: 920 kg/m³ aparente a 15% de umidade: 590 kg/m³ básica: 480 kg/m³ � Mecânicas � Flexão � Resistência - FM: Madeira verde: 79,9 MPa Madeira seca (15% de umidade): 93,7 MPa � Módulo de Ruptura: � verde: 65,0 MPa � seca: 95,2 MPa � Módulo de elasticidade: verde: 8.500 MPa seca: 11.101 MPa � Limite de proporcionalidade: � verde: 34,4 MPa � Compressão � Resistência – Fc0: Madeira verde: 36,6 MPa Madeira seca (15% de umidade): 27,9 MPa � Módulo de elasticidade: � verde: 14.631 MPa Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicações de Madeira na Construção de Aeronaves Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Materiais Compósitos � Fibra de vidro: é o material compósito produzido basicamente a partir da aglomeração de finíssimos filamentos flexíveis de vidro com resina poliéster (ou outro tipo de resina) e posterior aplicação de uma substância catalisadora de polimerização. o material resultante é geralmente altamente resistente, possui excelentes propriedades mecânicas e baixa densidade. � Permite a produção de peças com grande variedade de formatos e tamanhos, tais como placas para montagem de circuitos eletrônicos, cascos e hélices de barcos, fuselagens de aviões, peças para inúmeros fins industriais em inúmeros ramos de atividade, carroçarias de automóveis, e em milhares de outras aplicações. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Materiais Compósitos � Fibra de carbono: as fibras carbônicas ou fibras de carbono são matérias-primas que provém da pirólise de materiais carbonáceos que produzem filamentos de alta resistência mecânica usados para os mais diversos fins, entre estes motores de foguetes (naves espaciais). � Estes materiais compósitos, também designados por Materiais plásticos reforçados por fibra de carbono ("CFRP - Carbon Fiber Reinforced Plastic)" estão neste momento a assistir a uma demanda e um desenvolvimento extremamente elevados por parte da indústria aeronáutica, na fabricação de peças das asas. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Propriedades da Fibra de Carbono Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicações de Materiais Compósitos em Aeronaves Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Materiais Compósitos no EMB-314 Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Compósitos na Estrutura do Boeing 757-200 Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Compósitos na Estrutura do EMB-170 Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Materiais Aplicados na Construção do F-14 Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Principais Materiais Utilizados no Aeromodelismo � Isopor � Alumínio. � Madeira Balsa. � Compensado Aeronáutico. � Películas de Entelagem. � Colas. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Mais Comuns Utilizados na Estrutura de um Aeromodelo Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Entelagem – Película Termo-Ativa Asa – Balsa e Compensado Aeronáutico Fuselagem – Balsa e Compensado Aeronáutico Trem de Pouso – Alumínio Estrutura de um Aeromodelo - Peças Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Estrutura de um Aeromodelo - Colas Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Estrutura de um Aeromodelo - Madeira Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Estrutura de um Aeromodelo - Revestimento Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Principais Materiais Utilizados no AeroDesign � Alumínio. � Madeira Balsa. � Compensado Aeronáutico. � Fibra de Carbono. � Ligas Metálicas em Geral. � Materiais Compostos. � Colas. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Mais Comuns Utilizados na Estrutura de um AeroDesign Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Mais Comuns Utilizados na Estrutura de um AeroDesign Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Mais Comuns Utilizados na Estrutura de um AeroDesign Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Mais Comuns Utilizados na Estrutura de um AeroDesign Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Mais Comuns Utilizados na Estrutura de um AeroDesign Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Mais Comuns Utilizados na Estrutura de um AeroDesign Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Aplicação dos Materiais Mais Comuns Utilizados na Estrutura de um AeroDesign Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Tema da Próxima Aula � Cálculo Estrutural das Asas. � Cálculo Estrutural da Empenagem. Aula 32 Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
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