Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
o RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (art. 1.027) § CARACTERÍSTICAS • Possui FUNDAMENTAÇÃO LIVRE, ou seja, o recorrente pode alegar qualquer matéria dentro dos limites da demanda; • Não há prequestionamento; • O efeito devolutivo abrange matérias de FATO e de DIREITO; • Deve ser proposto no prazo de 15 dias; • Segue o mesmo procedimento da APL; o Interposto no a quo e encaminhado ao ad quem para julgamento; • Em regra, somente efeito devolutivo; • NÃO CABE interposição na modalidade ADESIVA; • É possível a aplicação da TEORIA DA CAUSA MADURA; § JULGAMENTO/CABIMENTO • STF o MS/HD/MI denegados quando houver julgamento em ÚNICA instância pelos Superiores • STJ o Uma parte é Município ou residente no país em face de Estado estrangeiro ou organismo internacional; § 1ª instância será JF § Se interpor APL, erro grosseiro (AgRg no RO 130/RR – 2014); o MS denegados em ÚNICA instância pelos TJs e TRFs • ATENÇÃO! Caberá quando houver qualquer tipo de decisão denegatória que seja colegiada; • ATENÇÃO! Quando o MS/HD/MI estiver em grau recursal, caberá RE ou REsp, não cabendo a fungibilidade recursal por ser ERRO GROSSEIRO; o RECURSO ESPECIAL (art. 105, III da CF/88) § FUNÇÕES § CABÍVEL CONTRA DECISÃO o Lei que abrange território nacional; o Lei em sentido amplo; • QUE CONTRARIA OU NEGA VIGÊNCIA DE TRATADO OU LEI FEDERAL; o Tratado em sentido amplo, abrangendo acordos e ajustes internacionais, p.ex. que integram a legislação brasileira por meio de LO; § CUIDADO! Tratados internacionais sobre DH aprovado em 2 turnos por 3/5 pelas casas do Congresso são EC! Portanto não recorríveis por Resp; o Não cabe contra Súmula sob o fundamento da “a”, III do art. 105! S 518, STJ; § CUIDADO! Se a argumentação for no sentido de que a decisão violou determinada norma que deu origem à súmula é possível; § DAAN diz que cabe RE contra SV § DAAN diz que o IV, 927 do CPC tornou todas as S vinculantes... necessário aguardar o entendimento dos Tribunais; • QUE JULGA VÁLIDO ATO DE GOVERNO LOCAL CONTRÁRIO À LEI FEDERAL; o Atos de natureza normativa ou administrativa • QUE DÁ INTERPRETAÇÃO DIVERGENTE DE OUTRO TRIBUNAL À LEI FEDERAL; o O STJ irá, na prática, uniformizar a interpretação da lei dada pelas decisões divergentes dos Tribunais; o E se a divergência for entre turmas dos Tribunais? § NÃO CABE RESP! Podendo caber IAC ou Embargos de Divergência; o Divergência DEMONSTRADA POR PARADIGMA DE MODO ANALÍTICO entre: § TJs § TRFs § TJ e TRF da mesma região § Tribunais e STJ o Divergência atual, ou seja, entendimento do Tribunal independente de quando foi firmada; § PRESSUPOSTOS/REQUISITOS • DECISÃO JURISDICIONAL DE ÚNICA ou ÚLTIMA INSTÂNCIA o Deve ter ocorrido o esgotamento das vias recursais ordinárias; • S 733 do STF - Não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios. • S. 311 do STJ - Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento e pagamento de precatório não têm caráter jurisdicional. • PROFERIDA POR UM TRIBUNAL o TRF ou TJ, independente se recursal ou originária; o Não cabe contra decisão de Turma Recursal § Se a decisão da turma violar lei federal: • JEF: (incidente de) uniformização de jurisprudência; • JEC: reclamação; • S. 203 do STJ - Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais. • PRÉVIO EXAURIMENTO DAS INSTANCIAS ORDINÁRIAS o Os tribunais superiores irão conferir a última palavra sobre a INTERPRETAÇÃO DA NORMA, uniformizar a JURISPRUDÊNCIA e ser PARADIGMA! • MATÉRIA DE DIREITO o Não se pode pedir revisão de fatos ou provas (Súmula 7 do STJ); o Os tribunais não analisam questões que não seja unicamente jurídica (cognição limitada); o NÃO CONFUNDIR reexame de prova (vedado!) com valoração de prova (permitida), sendo essa a não aplicabilidade de uma norma acerca do direito probatório (ex.: disgtribuicao do ônus, prova ilícita...); • PRÉ-QUESTIONAMENTO o É requisito de admissibilidade ESPECÍFICO do REsp e RE; o Necessidade do objeto do REsp já ter sido objeto de decisão anterior em instância inferior e constar expressamente na decisão recorrida; o É necessário mesmo para matérias de ordem pública; o STJ irá apenas REVISAR o que já foi decidido; o Em caso de acórdão omisso – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, mesmo que o Tribunal continue omisso (EmbdDcl ficto – art. 1.025); o Admite-se o pré-questionamento implícito, ou seja, a manifestação sobre a matéria independentemente da menção ao dispositivo legal, mas a indicação da tese ou do princípio; o Mesmo que a matéria impugnada só seja mencionada no voto vencido será considerada como pré-questionada; • Ratificação de REsp quando há EmbDcl prévio somente se houver modificação do acórdão embargado (art. 1.024, §5º); o Princípio da complementariedade (info 572, STJ) o S 579 do STJ; s • S. 13 do STJ: A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não enseja recurso especial. • S. 126 do STJ: É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário. • S. 484 do STJ: Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o encerramento do expediente bancário. • S. 518 do STJ: Para fins do art. 105, III, a, da Constituição Federal, não é cabível recurso especial fundado em alegada violação de enunciado de súmula. o STJ já se manifestou que não cabe contra portaria, resoluções, regimentos..., ou seja, atos normativos secundários; • INFO 654 do STJ: Não deve ser conhecido o recurso especial tirado (contra acórdão contra) de agravo de instrumento quando sobrevém sentença de extinção do processo sem resolução de mérito que não foi objeto de apelação; • STJ: Não se aplica a teoria da causa madura ao Resp; • Aplica-se analogicamente a S 280 do STF ao Resp, ou seja, não cabe REsp contra exame de normas locais; • STJ: a simples transcrição de artigos de lei ou a fundamentação genérica torna o deficiente um recurso especial, devendo o recorrente indicar, com clareza e objetividade, a razão da negativa de vigência da lei e qual a sua correta interpretação. o RECURSO EXTRAORDINÁRIO (art. 102, III da CF/88) § CABÍVEL CONTRA DECISÃO • QUE CONTRARIA NORMA DA CONSTITUIÇÃO; o Necessária que a ofensa seja DIRETA, ou seja, não caberá contra decisão que atinge a CF por meio da ofensa de uma norma infraconstitucional (art. 1.033) • DECLARA INCONSTITUCIONALIDADE DE TRATADO OU LEI FEDERAL; o STF fará declaração incidental de inconstitucionalidade; § Constitucionalidade é presumida, portanto, não cabe RE; o STF é a última instância do controle difuso; • JULGA VÁLIDA LEI OU ATO LOCAL CONTRA A CONSTITUIÇÃO; • JULGA VÁLIDA LEI LOCAL EM FACE DE LEI FEDERAL; o CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR COM REsp, pois lá é ATO x LEI FEDERAL, enquanto RE cabe com LEI LOCAL x LEI FEDERAL; • Não cabe RE contra decisão de Tribunal administrativo; • Quando uma norma infraconstitucional REPETIR LITERALMENTE o dispositivo legal, contra aquela caberá RE, pois será norma constitucional em verdade; § PRESSUPOSTOS • DECISÃO DE ÚNICA E ÚLTIMA INSTÂNCIA • PROFERIDA POR UM JUÍZO o Cabível contra turma recursal de JE (S 640, STF) o Cabível contra decisão que julga embargos infringentes da LEF; • OCORRA PRÉ-QUESTIONAMENTO o Não dmite o pré-questionamento implícito, ou seja, a matéria só será considerada pré- questionada SE HOUVER MENÇÃO EXPLÍCITA AO DISPOSITIVO LEGAL afrontado; • HAJA REPERCUSSÃO GERAL o Questão RELEVANTE econômica, jurídica, social ou politicamente; o Questão que ultrapassa o interesse das partes; o Art. 1.035o A repercussão feral será o último requisito de admissibilidade a ser analisado no RE, sendo de presunção absoluta quando CONTRARIAR SÚMULA ou JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE do STF ou quando a decisão recorrida RECONHECE A INCONSTITUCIONALIDADE DE UMA NORMA; o Pode ser reconhecida de ofício independente de demonstração de forma clara pela parte; o A RG só pode ser recusada por 2/3 dos Ministros, que atribuirão de modo eletrônico e, no caso de silêncio, entende-se pela concordância de RG; o Decisão que não reconhece RG é IRRECORRÍVEL, salvo EmbDcl e decisão monocrática que poderá ser agravada; o RECONHECIDA A RG, todos os processos que tratam da mesma matéria FICARÃO SUSPENSOS e o RE entrará na fila de preferência para julgamento (abaixo de HC e réu preso); o É possível desistir do recurso apor RG, no entanto, a tese sobre a matéria será julgada; o RG por amostragem ocorre quando há diversos RE sobre a mesma matéria, devendo o STF escolher casos paradigmas e aplicar a mesma tesa aos demais; o PROCEDIMENTO COMUM AO RESP/RÉ § PRAZO: 15 dias, em regra • Exceção: 3 dias se for RE contra o TSE o S 728 do STF § INICIAL: FATO e DIREITO + CABIMENTO + RAZÕES DE REFORMA/INVALIDAÇÃO DA DECISÃO § INTERPOSIÇÃO: Presidente ou Vice-presidente do JUÍZO RECORRIDO (art. 1.029), que fará a ADMISSIBILIDADE (V, art. 1.030)! § CONTRARRAZÕES: apresentadas no prazo de 15 dias; § INTERPOSIÇÃO DÚPLICE, ou em conjunto, é possível! O Recorrente ingressa com REsp e RE até o final do prazo de 15 dias, não necessitando interpor no mesmo ato; • Primeiro: Julga-se o REsp o Exceção: o Relator do Resp entende que o RE prejudicará o seu julgamento – remessa irrecorrível, que só não será aceita se o relator do STF entender de forma contrária; • Segundo: Julga-se o RE § CORREÇÃO DE VÍCIO FORMAL é possível, desde que não seja grave; § NEGATIVA DE SEGUIMENTO se o RE não tiver repercussão geral; acórdão em conformidade com entendimento de RG ou Recursos Repetitivos dos Tribunais (art. 1.030, I), que poderá ser impugnada por meio de Agravo Interno; § RETRATAÇÃO poderá ser realizada pelo Relator do Tribunal a quo; § SOBRESTAMENTO poderá ser realizado pelo Presidente/Vice-presidente para aplicação do regime de repetitivos (art. 1.030, III), momento em que não será feita a admissibilidade e poderá o recorrente agravar; § EFEITOS: DEVOLUTIVO da matéria unicamente de DIREITO! SUSPENSIVO poderá ser aplicado ope iudicis (art. 1.029, §5º); o AGRAVO EM RESP/RE (art. 1.042) § CABÍVEL CONTRA DECISÃO QUE NEGUE O SEGUIMENTO DO RESP/RE PELO PRES/VP NO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE • Desde que a fundamentação da inadmissão NÃO verse sobre entendimento firmado em RG ou Repetitivos, que poderá ser atacada por AI; § Prazo de 15 dias; § Caso a rejeição seja de RESP/RE, deverá o agravante interpor um agravo para cada recurso que não foi admitido; § CUIDADO!!!! • Se o tribunal a quo inadmitir o RExt ou REsp com base em entendimento firmado em regime de repercussão geral ou recursos repetitivos (analisa, ainda que indiretamente, o mérito), caberá Agravo Interno. • Se o tribunal a quo inadmitir o RExt ou REsp por outros motivos (ausência de pressupostos recursais - intempestividade, irregularidade de representação, ausência de preparo, ausência de interesse processual etc.), caberá Agravo para o STF ou STJ, conforme se trate de RExt ou REsp.
Compartilhar