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Educação e Diversidade Cultural

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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALVORADA DO SUL 
2020 
 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
ROSINEIDE APARECIDA DA SILVA 
202455009 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADOR 
Disciplina: Educação, Cultural e Diversidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALVORA DO SUL 
2020 
ENTENDENDO O QUE É SER DIFERENTE 
 
O “diferente” torna-se muito mais presente no nosso dia a dia, visto que a 
cada lugar que frequentamos encontramos alguém diferente, seja com um visual, 
aparência, sexo, deficiência, cultura, etnia entre outros. 
Vivemos hoje em uma época de globalização, tanto da economia quanto das 
tecnologias e informações que vêm sendo modificadas constantemente e refletem 
diretamente na cultura da sociedade, assim como as novas tecnologias em todos 
setores facilitam a nossa vida, trazendo a inovação. A educação deve progredir no 
mesmo ritmo, acompanhando os progressos e trabalhando para diminuir as 
desigualdades que se originam devido aos avanços e a ponte mediadora entre 
essas diferenças é a escola. 
É notável o esforço de diversos setores da sociedade para que as práticas 
pedagógicas auxiliem a minimizar o preconceito e as desigualdades sociais por meio 
de uma educação libertadora e igualitária, que incentive a formação de cidadãos 
críticos e participativos, que possam contribuir para a redução das desigualdades. 
No entanto, o grande desafio é o desenvolvimento desse olhar crítico no ambiente 
escolar, que parte desde a direção da escola até os docentes. 
A questão da representatividade na literatura traz uma carga importante para 
a identificação do leitor com os personagens e o fortalecer no detalhamento dos 
sujeitos da obra, como suas reações diante de situações e sentimentos, estabelece 
um vínculo com o receptor, esse que terá a oportunidade de refletir mais sobre as 
características destacadas pelos personagens e conhecimentos adquiridos a partir 
da literatura. 
As situações de preconceitos encontrada no texto de Monteiro Lobato nos 
remete a fazer reflexões, sobre a prática pedagógica de como resgatar o respeito às 
diferenças: 
Pois cá comigo - disse Emília- só aturo estas histórias como estudos da 
ignorância e burrice do povo. Prazer não sinto nenhum. Não são engraçadas, não 
têm humorismo. Parecem-me muito grosseiras e até bárbaras - coisa mesmo de 
negra beiçuda, como Tia Nastácia. Não gosto, não gosto, e não gosto! 
 
- Bem se vê que é preta e beiçuda! Não tem a menor filosofia, esta diaba. 
Sina é o seu nariz, sabe? Todos os viventes têm o mesmo direito à vida, e para mim 
matar um carneirinho é crime ainda maior do que matar um homem. Facínora! - 
Emília, Emília! - ralhou Dona Benta. A boneca botou-lhe a língua (p.132) 
Similares má-criações têm servido de munição para leituras que tomam o 
xingamento como manifestação explícita do racismo de Lobato, questão incômoda, 
de que os estudiosos do escrito têm de dar conta: (...) é fora de dúvida que Lobato 
subscreve preconceitos etnocêntricos e mesmo racistas (...) 
“Tia Nastácia, por exemplo, é um poder que representa a presença da 
cultura e saber populares, 
um saber mágico, empírico, fruto do conhecimento da vida pelo seu 
exercício real. (...) Após cada história contada pela cozinheira, há comentário dos 
personagens. A maior parte destes comentários falam da pobreza e da ingenuidade 
da imaginação popular, todos criticam as histórias de tia Nastácia, principalmente 
Emília, que as considera bobagens de negra velha. (...) apesar de todo este 
descontentamento com as histórias folclóricas, em A chave do tamanho, Emília 
consegue salvar sua vida ameaçada pelos insetos, lembrando-se de uma das 
histórias da cozinheira (p/139- 140). 
O grande desafio, no entanto, é garantir que o debate acerca da pluralidade 
cultural e das relações étnico-raciais não se resuma apenas a pinceladas 
superficiais ligadas a datas como o Dia da Abolição da Escravatura (13 de maio) e o 
Dia da Consciência Negra (20 de novembro), mas em promover uma “concepção 
problematizadora e libertadora da educação” (FREIRE, 2014: p. 86), que estimule o 
pensar autêntico diante das diferentes situações que englobem a complexa 
realidade que envolve o professor e o aluno. 
A escola e o professor de hoje precisam encontrar seu caminho para a 
diversidade, engajando as crianças no mundo das diferenças, preparando-os para 
ser legítimos cidadãos. Na sala de aula há alunos de diversas culturas, o que requer 
do professor um olhar diferenciado para seu planejamento, bem como para o 
currículo escolar, através de adaptações aos conteúdos e atividades desenvolvidas 
em sala de aula. Também é importante pesquisar a história dos alunos para que o 
conteúdo a ser estudado esteja de acordo com seus interesses e realidade. 
Para resgataro respeito às diferenças, é preciso jogo de cintura e, acima de 
tudo, explicar para os estudantes que é preciso aceitar a realidade do outro e 
respeitá-lo, fazer o aluno entender o “diferente”. 
Em primeiro lugar, convém explicar a complexibilidade do termo preconceito, 
considerado como um ato pensado, elaborado e praticado não só pelos adultos, mas 
também no meio infantil, visto que nem mesmo as crianças estão excluídas das 
inúmeras formas de discriminação. 
Sendo assim, é de extrema importância que seja eliminado o preconceito 
desde os primeiros anos da Educação Infantil. 
 É necessário trabalhar com os pequenos a auto aceitação, explicando a 
eles que está tudo bem em se sentir e ser diferente e que isso faz parte de qualquer 
grupo, sem deixar de mostrar que ele não é o único a ter essa percepção. 
Evite expressões e atividades excludentes 
Algumas expressões fizeram tanto parte do nosso vocabulário, as vezes não 
percebemos as quanto excludentes elas podem ser, frases como “não faça isso, se 
comporte com uma mocinha” e “não chore, você é um homem forte”. 
Outra expressão que deve ser evitada é a do “lápis cor de pele” – já que os 
tons de pele são muitos e não há como uma única cor ser definida com esse nome. 
Ao evitar esse tipo de expressão, você garante que nenhum aluno se sinta 
incomodado ou diminuído por aquela cor não representar o tom da sua pele. 
 fale sobre diversidade cultural, promova debates e discussões a respeito 
dos papeis de gênero e busque instigar os alunos a questionarem os valores e tudo 
o que está a sua volta. 
Somente a partir de uma educação libertadora é possível garantir o respeito 
às diferenças e um ambiente muito mais saudável para os alunos. Aposte nessas 
pequenas atitudes e veja a mudança acontecer na sua escola! 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Há um esforço de diversos setores da sociedade para que as práticas 
pedagógicas auxiliem a minimizar o preconceito e as desigualdades sociais por meio 
de uma “educação libertadora”, que incentive a formação de cidadãos críticos e 
participativos, que possam contribuir para a redução das desigualdades. No entanto, 
o grande desafio é o desenvolvimento desse olhar crítico no ambiente escolar, que 
parte desde a direção da escola até os docentes. Nesse sentindo, a seleção das 
obras literárias tem papel de destaque, já que se torna instrumento capaz de atuar 
na construção de representações sociais positivas por meio de um ambiente escolar 
que acolha e compreenda a importância da diversidade cultural e racial. Em um livro 
com ilustrações, é preciso levar em consideração a diversidade dos personagens e 
quantas vezes cada um aparece na página ou, ainda, representar os personagens 
com base no multiculturalismo do público leitor. 
Muitas questões permanecem abertas, mas é urgente e claro que é 
necessária a formação de uma nova mentalidade acerca dos livros infanto-juvenis e 
das práticas pedagógicas que envolvem a educação infantil. 
É notável que o racismo de Monteiro Lobato. Por mais que se afirme o 
contrário, não há como negar que o escritor acreditava de fato na superioridaderacial dos brancos. Talvez pelo fato de ser Eugenista e conservador. 
Toda via, a professora Maria Lajolo, da Unicamp e da Universidade 
Mackenzie, especialista na obra de Monteiro Lobato. 
Contrapõe o racismo de Monteiro, para a professora depende de quem lê os 
livros, e seria preciso fazer pesquisas pra saber como os leitores compreende o 
texto. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIAS 
(FREIRE, 2014: p. 86), 
 
https://www.unicamp.br/iel/monteirolobato/outros/lobatonegros.pdf 
https://mundoeducacao.uol.com.br/

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