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1 ESTRATÉGICA E ESTILOS DE LIDERANÇA Vanessa Alexandre Correia Rodrigues Correia Universidade de Licungo de Moçambique RESUMO: Neste tema, estratégicas e estilos de liderança, não requer uma abordagem única para cada situação. O líder, na verdade, deve saber quando e como modular seu estilo direccional para obter os resultados desejados. Neste conceito, cada um de nós tem uma predisposição natural para um ou mais estilos de liderança. Exerce-se a liderança toda vez que lideramos um grupo de pessoas e ainda mais na maneira como nos dirigimos. As estratégias de negócio mais eficazes baseiam-se na identificação de algumas das prioridades mais sensíveis e respeitar-lhas constantemente. Quando seus líderes se concentram nas prioridades mais sensíveis, eles podem cativar e levar a empresa adiante em uma direcção comum, eliminando as prioridades conflituantes. Palavras-chave: Liderança. Estratégica. Prioridades. 1. INTRODUÇÃO A preocupação do líder é administrar seu negócio de maneira eficaz. Essa busca pela excelência requer a criação de estruturas e métodos de gestão que estimulem a iniciativa e a criatividade dos colaboradores. Todas essas inovações sociais convergem para o mesmo objectivo: melhorar o desempenho da empresa. Vários termos são usados para descrever o estilo de poder do líder que deve trazer uma vantagem competitiva para a empresa. Paralelamente à tendência actual de buscar novos modos de gestão, aparecem aqui e ali algumas, questões sobre as práticas de poder do líder, suas faces ocultas, suas dimensões simbólicas ou patológicas estabelecem que o líder de sucesso adopta uma variedade de estilos de poder para se adaptar às tarefas-chave da empresa e às características de seus colaboradores. Se autocrática, democrática ou liberal, a boa liderança que contribui com o sucesso ou fracasso da organização, pois com seu intermédio é que se descobrem novos talentos, novas ideias de estratégia, e a lucratividade e bom desempenho são as consequências. 2 De forma clara e objectiva, iremos abordar neste artigo as estratégicas e os tipos de liderança. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Estratégias de liderança As estratégias de liderança para uma boa gestão, podem ser identificadas como as seguintes: Comunicação Efectiva O líder que possui uma comunicação verbal e não-verbal efectiva, com certeza, está sempre à frente dos demais. Esta competência lhe permite delegar com assertividade, ter uma linguagem clara, directa e objectiva, ouvir além das palavras, criar um ambiente de interacção aberto, onde todos podem contribuir com suas ideias e dar o seu melhor na execução do trabalho. Bons Exemplos Os exemplos de um líder falam por si só e devem fazer parte de uma boa estratégia de liderança, pois por meio de suas acções e comportamentos, os liderados podem conhecer suas crenças, valores, experiências, conhecimentos e alinhar suas acções ao que o gestor mostra em seu dia a dia. Dê bons exemplos e inspire seus profissionais. Resiliência e Auto motivação Para lidar com as dificuldades do ambiente corporativo e manter-se firme é fundamental que o líder possua grande resiliência, para suportar e superar os problemas, com sabedoria, e auto motivação para seguir em frente com seu trabalho, independente, as circunstâncias externas e manter seu bom desempenho. Relacionamentos Positivos Ter boas relações é fundamental para ter sucesso na liderança. Além de ser uma estratégia efectiva, relacionamentos interpessoais positivos com sua equipe, seus colegas e superiores ajuda 3 na integração, na colaboração mútua e num ambiente mais produtivo, onde estas conexões fortalecem o liderar e potencializam os resultados de sua gestão. Líder Coaching Incluir a cultura, as ferramentas e métodos do Coaching no processo de liderança e, no desenvolvimento de suas habilidades e competências técnicas, emocionais e comportamentais; é mais uma estratégia efectiva e um diferencial competitivo dos líderes. 2.2. Liderança A liderança é considerada como um processo dinâmico e que vem sofrendo alterações e adaptações aos vários níveis, daí vem a necessidade de trabalhar algumas das suas principais características que permitem obter o máximo de eficiência e eficácia. Sejam quais forem as características pessoais e de personalidade do líder, estas afectam as relações com os liderados e, consequentemente, o desempenho destes nas tarefas que executam nas organizações. Segundo Goleman (1995), define liderança como: "A capacidade de influenciar pessoas e ajudá-las a trabalhar melhor para alcançar um objectivo comum" p. 135. Cada um de nós tem uma predisposição natural para um ou mais estilos de liderança. Exercemos a liderança todas as vezes que lideramos um grupo de pessoas e ainda mais na maneira como nos dirigimos. Existem aqueles que definem um líder como uma pessoa que sabe sair facilmente da sua zona de conforto, antes de todos os outros. Ser líder também significa tornar-se um modelo, um guia e um ponto de referência que leva as pessoas aos resultados desejados. Os líderes emergem no campo profissional, mas também na família e em grupos de amigos e cada um tem um estilo diferente dependendo de sua atitude e identidade. 4 2.3. Estilos de liderança Segundo Fachada (1998) refere que: “A diferença entre o estilo eficaz e ineficaz não depende unicamente do comportamento do líder, mas da adequação desses comportamentos ao ambiente onde ele desempenha as suas funções.” 2.3.1. Liderança Autocrática ou Coercitiva O líder autoritário é uma pessoa que prefere ser respeitada do que admirada pelos funcionários. Explicitamente ou implicitamente cria assimetrias sensíveis nos relacionamentos, não aceita réplicas. Motiva o pessoal de forma coerciva ("Eu não aceito fracassos, caso contrário..."), cria um clima corporativo tenso em que os indivíduos dificilmente assumem a responsabilidade por medo de decepcionar o líder. O líder é seguido para evitar qualquer punição. Enquanto estiver presente (na sala, na empresa), a equipa realiza todas as regras impostas por ela, mas na sua ausência isso não é garantido e, na verdade, é uma fonte de fortes críticas: o uso excessivo de regras rígidas, o efeito oposto, e cria na equipe um desejo de evasão e transgressão. Este estilo é recomendado apenas em casos de emergência e crise financeira. 2.3.2. Liderança Permissiva/Laissez-Faire É o líder que evita conflitos e tenta agradar a todos o tempo todo. Em geral, apresenta dificuldade para tomar decisões e resolver problemas. Faculta ao grupo completa liberdade de acção, e de certa forma acaba, nem actuando como líder. Acredita que a melhor forma de dirigir é não dirigir em absoluto, deixando que os indivíduos maduros tenham uma completa liberdade, sem guia, controle ou ajuda. Como consequência dessa postura pode criar um clima de incerteza e indefinição, gerando atritos e desorganização, com baixos índices de produtividade. 2.3.3. Liderança Democrática/Participativa O líder democrata valoriza cada funcionário, procura seu apoio ou conselho antes de tomar decisões, e cria um ambiente participativo que capacita e aprimora todos os membros da equipe. Esse estilo é útil para o clima de trabalho, aumenta a produtividade e permite que o líder receba um bom feedback. "Sábio mentor". O estilo democrático e participativo garante que as 5 decisões mais importantes para toda a empresa sejam tomadas com a participação de todos os funcionários. Em face de qualquer problema a ser resolvido e/ou decisão a ser tomada, as propostas e a opinião de todos os funcionários são levadas em consideração. Esse estilo de liderança favorece a participação de toda a realidade empresarial em todos os processos de tomada de decisão. Todo o pessoal, portanto, sente-se parte activa do processo decisório, tornando-se cada dia mais motivado e aumentandoo sentimento de pertencer à empresa. O estilo de liderança democrático e participativo é um terreno fértil para atingir altos níveis de produtividade e motivação do pessoal, que coopera e se autogera em um ambiente de trabalho pacífico e comunicativo. O líder porta-se de modo impessoal – A orientação e decisão é em grupo, as tarefas são previamente decididas e bem comunicadas em que o grupo escolhe e divide o trabalho por si mesmo. O líder elogia o grupo e não o indivíduo. Há facilidade de comunicação, franqueza, amizade e responsabilidade são predominantes (Bonome, 2008). 2.3.4. Liderança Carismática Os líderes carismáticos são vistos pelos seus liderados como tendo uma capacidade heróica ou extraordinária de liderança, acabam por gerar paixão e até fanatismo. Os líderes carismáticos possuem algumas características-chave: a) visão e articulação: eles têm uma visão expressa com uma meta idealizada, que propõe um futuro melhor que o status quo; b) risco pessoal: estão dispostos a correr riscos pessoais para atingir aquilo que têm como visão; c) sensibilidade ao ambiente: são capazes de fazer avaliações realistas das limitações ambientais e dos recursos necessários para a realização das mudanças; d) sensibilidade para as necessidades dos liderados: são perceptíveis em relação às capacidades dos outros e sensíveis as suas necessidades e sentimentos; e) comportamentos não convencionais: engajam-se em comportamentos fora do comum, percebidos como novidades e que vão contra as normas. 6 2.3.5. Liderança transaccional A liderança transaccional utiliza da autoridade dos cargos para intimidar os liderados. Suas directrizes são: delegar tarefas e remunerar os funcionários pela execução destas; o líder ordena, os funcionários obedecem sem direito a questionamentos sobre o ambiente e a qualidade do serviço; os empregados não recebem incentivos ou promoção; os colaboradores em potencial passam despercebidos; e, o único foco é no aumento das vendas dos produtos ou serviços, além de serem alheios aos planos de negócios (Wright, 2011). Dornelas (2007) e Chiavenato (2004), afirmam que em uma organização onde há centralização da gestão, não são aceitas sugestões e as responsabilidades são atribuídas a um pequeno grupo. Este estilo de liderança tem como característica a resistência a mudança e aversão aos riscos. Isto explica o fiel comprimento do que foi estabelecido pela organização no modelo de negócio, e o baixo espírito inovador dos líderes (Wright, 2011). A liderança transaccional é um estilo de liderança cujo foco seja a obediência ao líder, associada a oferta de recompensa financeira ao colaborador por obedecê-lo, caso contrário será punido. Outro aspecto inerente a este estilo de liderança é recompensa a um membro da equipe pelo seu maior rendimento (Maximiano, 2010). 2.3.6. Liderança Transformacional O líder transformacional inspira seus seguidores a transcender seus próprios interesses para o bem da organização. É capaz de entusiasmar, incitar e inspirar as pessoas a darem o máximo de si na busca dos objectivos do grupo. Presta atenção às preocupações e às necessidades de desenvolvimento de cada um dos seus liderados. Consegue modificar a maneira de seus seguidores verem as coisas, ajudando-os a pensar nos velhos problemas de uma nova maneira. Dá estímulo intelectual, promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa resolução de problemas. Os líderes transformacionais buscavam o sucesso envolvendo colegas, subordinados, seguidores, clientes nos resultados ao longo do tempo (Bass, 1990). Os seguidores dos líderes transformacionais demonstram confiança, admiração, lealdade e respeito pelos líderes e são 7 motivados a se comportar com performances acima das expectativas. A relação transformacional entre o líder e os seguidores é vista como uma mútua estimulação e inclui carisma, estímulo intelectual, consideração individualizada e motivação inoperacional (Mittal, 2015). 2.3.7. Liderança Coach O líder coach transcende o papel do líder, ele estimula e motiva os liderados a crescerem como seres humanos, para isso proporciona aprendizagem que vai além do âmbito profissional. Esse tipo de líder estimula os seus liderados a desenvolver a auto-liderança e o autoconhecimento, auxiliando a equipe a superar as metas. Dentre suas principais características está o foco no desenvolvimento das pessoas. 2.3.8. Liderança Liberal A liderança liberal é caracterizada por uma participação mínima na gestão da equipe. A essência dessa abordagem é maximizar a divulgação do potencial do trabalhador criativo. Todas as decisões são feitas pelos subordinados. E procuram formas de cumpri-las. O líder liberal atua como um consultor, especialista ou árbitro. O resultado também é avaliado e os funcionários são incentivados pelo bom desempenho. O líder transfere sua autoridade para os liderados, conferindo-lhes o poder de tomar decisões. Diz ainda, que quanto mais o líder delegar decisões para os liderados, mais liberal é seu comportamento (Maximiano, 2000). 3. CONCLUSÃO De forma clara e resumida, aprendemos neste artigo que o estilo de liderança determina o comportamento do gestor, reflecte sua personalidade, sus filosofia e sua experiência profissional. Há vários factores que influenciam o estilo de liderança, como exercer poder, como o líder influencia seu ambiente e como el delega autoridade. E cada um destes estilos de liderança define a convivência entre líder e liderado. O papel de um líder é fundamental e decisivo para o desenvolvimento das estratégias. Os Líderes precisam estar sempre dispostos a ensinar, motivar sua equipe. No processo de implementação de estratégias líderes exercem o papel de referência. 8 REFERENCIAS Bass, B. M. (1990). Handbook of Leadership. New York: Free Press, pp. 17. Bass, B. M., & Stogdill, R. M. (1990). Handbook of Leadership: A Survey of Literature. New York: Freeman Press. BONOME, J. B. (2008). Introdução à Administração. Curitiba: IESDE Brasil S.A, pp. 60. CHIAVENATO, I. (2004). Introdução à teoria geral da administração (7nd ed.). Rio de Janeiro: Ed. Campus. DORNELAS, A. J. (2007). Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: ed. Campus. Goleman, D. (1995). Inteligência Emocional. New York: Ed. Objectiva, pp. 135. MAXIMIANO, A. A. (2000). Introdução a administração. São Paulo: ed. Atlas, p. 344. MAXIMIANO, A. C. (2010). Teoria geral da administração: da revolução urbana a revolução digital. Sao Paulo: ed. Atlas. Mittal, R. (2015). Charismatic and Transformational Leadership Styles: A Cross-Cultural Perspective. International Journal of Business and Management, 10, 2. WRIGHT, P. L. (2011). Administração estratégica conceitos (12nd ed.). São Paulo: ed. Atlas.
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