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1 Edson Souza Santos 2 Luzia Erica Andrade Santos 3 Marilia Cardoso Fontes Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (FLX0013) – Prática Escola e Sociedade - 08/12/2020 O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE Edson Souza Santos¹ Luzia Erica Andrade Santos ² Prof. Marilia Cardoso Fontes³ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A escola faz parte de um contexto social múltiplo que envolve diferentes realidades, porém para a grande maioria é na escola que a criança começa a conviver com o diferente, aprendendo a desenvolver sua autonomia e reproduzir as relações sociais, construindo assim seu modo de pensar e existir em sociedade, tornando os estudantes mais solidários, críticos, éticos e participantes. O professor junto a coordenação e gestão baseando-se nos seus conhecimentos como elaboradores, vão ser os “criadores de história”. Deverão saber separar os momentos da discussão dando autonomia ao grupo. Luckesi (1992 p.119) explica que o ato de planejar não pode relegar nenhum procedimento de análise, uma vez que esse ato deve ser ao mesmo tempo político, social, científico e técnico. [...] político-social, na medida em que está comprometido com as finalidades sociais e políticas; científico na medida em que não se pode planejar sem um conhecimento da realidade; técnico, na medida em que o planejamento exige uma definição de meios eficientes para obter os resultados. A história nos mostra que educação e sociedade sempre se relacionam. Em sociedades primitivas o ensino era feito no seio familiar, focado na sobrevivência de um coletivo e na perduração de padrões culturais, onde os mais velhos ensinavam os mais novos. Desde sua formalização a escola é pensada para uma classe dominante e com propósito de preparar para algo em que a sociedade necessita para um determinado momento, mostrando claramente que a escola está mais para a sociedade do que está para a escola. E com essa conectividade a escola vai perpassando por todos os momentos históricos de uma sociedade em constante transformação. No Brasil, com a proclamação da República a escola passa a ganhar espaço nas discussões políticas do país. Mortatti (2015) comenta que a educação passa a ser institucionalizada, sendo o local necessário para instruir uma sociedade, onde o progresso se instalaria, esta era a concepção do governo e da nova ordem política e social que se instaurava no país. Para Canivez (1991, p.33) mostra que a escola passa a ser o espaço social, depois da família: A escola, de fato, institui a cidadania. É ela o lugar onde as crianças deixam de pertencer exclusivamente à família para engrenarem-se numa comunidade mais ampla em que os indivíduos estão reunidos não por vínculos de parentesco ou de finalidade, mas pela 2 obrigação de viver em comum. A escola institui, em outras palavras, a coabitação de seres diferentes sob a autoridade de uma mesma regra. Todavia a sociedade de hoje mudou, suas concepções de valores, educação, trabalho, já não tem mais a mesma relação. Costa (1999) fala que o saber da sociedade de hoje não é mais fechado, pronto e acabado, e sim, um saber que muda constantemente, pois se reorganiza, se recombina, portanto, um saber aberto. Com tantas mudanças na sociedade, geradas pela pós-modernidade, a escola conseguiu acompanhar a mudança? Bom, analisemos, a revolução tecnológica ocupou espaços significativos na sociedade atual, e nas escolas que espaço ocupa? Gadotti (2000) uma sociedade que se desenvolve no meio da informação tem que fazer com que seus jovens desenvolvam o pensamento crítico, a capacidade de decidirem meio ao real do ideal, convivendo em diversos grupos, sem perder sua essência. A sociedade de hoje, traz a escola um grande desafio, é perceptível que a escola não cabe mais ensinar os conhecimentos técnicos científicos, é preciso ensinar questões relacionadas ao homem e sua existência. “O âmbito familiar [...] é o espaço onde o indivíduo passa a exercer papel fundamental no decorrer de sua trajetória. Pois são as experiências vividas no contexto familiar quando criança, que irão contribuir para a formação enquanto adulto” Tosta (2013 p 8) Presume-se que o papel social da escola é educar. Esta é sua ideologia, e seu propósito público. As escolas atravessaram um tempo sem serem contestadas, pelo menos até recentemente, em parte porque a educação tem significados diferentes para diversas pessoas. Escolas diversas procedem, é evidente, de modo diverso, mas, cada vez mais, em todos os países, em qualquer nível, e seja qual for a espécie, as escolhas acumulam quatro atividades sociais distintas: a tutela dos alunos, a seleção social, a doutrinação e educação. – A verdadeira educação é uma força social vital. (REIMER, 1979, p.33). MATERIAIS E MÉTODOS Para compreender como o papel da escola na sociedade foi construído com o passar do tempo, definindo qual o papel a mesma desempenha hoje, a pesquisa com abordagem qualitativa, foi realizado através de fontes bibliográficas. Lembrando que de acordo com Gil (2002) este tipo de pesquisa é realizado através de materiais já elaborados, publicados em livros e artigos científicos, a respeito do assunto que se pretende abordar. Esta pesquisa se fez em livros e artigos científicos devidamente citados na seção de referências, a qual analisamos o que diversos autores publicaram sobre o tema, para por fim 3 produzir um texto de interferências com a intenção de compreender os pensamentos dos autores, de forma a definir, se não, pelo menos refletir, sobre o papel da escola na sociedade. Figura 1: Desenho ilustrando a força da sociedade na escola. Fonte: REVISTA EDUCAÇÃO – Dialogar é Preciso, Edição Especial “Educação Infantil”. São Paulo: Volume 1 2011, p 76-90. O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade. O incentivo pode ser determinante para que um aluno tenha sucesso em qualquer disciplina, independentemente de idade ou de classe social Foto 1: A família participando das atividades na escola dos filhos. Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/_conteudo/escolhaaescola/2017/assets/img/20171023190528 129947e.jpg https://www.correiobraziliense.com.br/_conteudo/escolhaaescola/2017/assets/img/20171023190528129947e.jpg https://www.correiobraziliense.com.br/_conteudo/escolhaaescola/2017/assets/img/20171023190528129947e.jpg 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A realização deste trabalho possibilita compreender, que a grande maioria das escolas da atualidade tem se comportado de forma passiva diante da ausência das famílias como parceiras na educação discente. Espera-se, portanto, que este trabalho possa ser um instrumento de reflexão para os agentes educacionais sobre a importância de concentrar esforços na formação do caráter e da preparação dos indivíduos para viver em sociedade. Fica claro, com base no estudo apresentado, que a intervenção da escola como principal agente desse processo de formação e socialização pode influenciar fundamentalmente a sociedade local em que está inserida, no momento em que suas estratégias pedagógicas tenham maior amplitude, a fim de ser capaz de trazer uma leitura do mundo e traçar estratégias que venham alcançar os grupos sociais que com ela se relacionam. REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. CANIVEZ, Patrice. Educar o cidadão? Campinas; Papirus,1991. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica.São Paulo: Ed. Pearson, 2006. FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011. https://www.correiobraziliense.com.br/_conteudo/escolhaaescola/2017/assets/img/20171023190528 129947e.jpg MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução a Sociologia da Educação, São Paulo, Ática, 1993. PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed. Intersaberes, 2016. REIMER, Everett. A Escola Está Morta, Alternativas em Educação; Tradução de Tony Thompson, Rio de Janeiro, Editora Francisco Alves, 1979. REVISTA EDUCAÇÃO – Dialogar é Preciso, Edição Especial “Educação Infantil”. São Paulo: Volume 1 2011, p 76-90. YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Campinas, vol. 28, n. 101, p. 1287- 1302, set./dez. 2007. Disponível em: . Acesso em: 19 dez. 2013.