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Síndrome de Guillain-Barré Willma Gerlanny Alves da Silva Verônica Kely da Silva Pedro Henrique Guedes Queiroz Andreza da Silva Brito Resumo: A Síndrome de Guillain-Barré (SGB), também conhecida por Polirradiculoneurite Aguda, é uma doença rara. A SGB é uma doença desmielinizante que afeta os neurônios sensoriais e motores, ela reduz a velocidade de ação e também pode bloquear a condução nervosa. A síndrome possui algumas variações como a Polirradiculoneuropatia inflamatória desmielinizante aguda (PDIA), a Neuropatia Axonal Sensitivo-Motora Aguda (NASMA), a Neuropatia Axonal Motora Aguda (NAMA), a Síndrome de Miller-Fisher (SMF). Seus sintomas na fase aguda são fraqueza muscular, paralisia, falta de sensibilidade, formigamento, dormência, dor e diminuição dos reflexos onde normalmente atingem os pés, pernas, tronco, braços, mãos, cabeça, pescoço, musculo respiratório, musculo da deglutição e mimica facial. A síndrome está presente em todo mundo e sua incidência anual é de 0.16 a 4 casos por 100.000. Ela acomete em qualquer idade, mas existem dois picos de maior ocorrência, e é uma patologia rara em crianças menores de um ano de idade. Não há predisposição clara para aquisição desta síndrome quanto ao sexo. O diagnóstico diferencial é amplo e depende primeiro de o médico reconhecer que o problema é uma neuropatia periférica aguda. É necessário um excelente cuidado multidisciplinar para prevenir e controlar as complicações potencialmente fatais da doença. Na síndrome de Guillain-Barré é esperado uma redução ou bloqueio na condução nervosa, já que a mielina ao redor dos neurônios é destruída, vazando os íons para fora do axônio. É necessário um excelente cuidado multidisciplinar para prevenir e controlar as complicações potencialmente fatais da doença, e os métodos foram objeto de um relatório de consenso. Palavras-chaves: Síndrome. Guillain-Barré, Polirradiculoneurite. 1. INTRODUÇÃO A Síndrome de Guillain-Barré (SGB), também conhecida por Polirradiculoneurite Aguda, é uma rara doença neurológica, cuja progressão se dá por uma sensação de parestesias nas extremidades distais dos membros inferiores e superiores, com dor neuropática se estabelecendo em metade dos casos. (COSTA, 2016) A SGB é uma doença de caráter autoimune que acomete primordialmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos de forma aguda/subaguda. Aproximadamente 60% a 70% dos pacientes com SGB apresentam alguma doença aguda precedente (1 a 3 semanas antes), sendo a infecção por Campylobacter jejuni a mais frequente (32%), seguida por citomegalovírus (13%), vírus Epstein Barr (10%) e outras infecções virais, tais como hepatite por vírus tipo A, B e C, influenza e vírus da imunodeficiência humana (HIV). Outros fatores precipitantes de menor importância são cirurgia, imunização e gravidez (OLIVEIRA et al., 2020) Em 1850, Jean Baptiste Octave Landry de Théizillat (1826-1865) escreveu “Note sur la paralysie ascendante aigue”, onde relatou sobre 10 pacientes, cinco dos quais ele examinou pessoalmente. Ele descreveu três tipos de apresentação: paralisia ascendente sem sinais ou sintomas sensoriais; paralisia ascendente com anestesia ascendente e um distúrbio progressivo caracterizado por paralisia e leve perda sensorial. Seu primeiro paciente, um homem de 43 anos, após uma febre premonitória, queixou-se de “fraqueza, formigamento nos dedos das mãos e dos pés”. A sensação de toque foi perdida nos dedos e pés, mas foi pouco prejudicada nos dois terços superiores dos membros inferiores. A paralisia subiu, com perda sensorial. Na terceira semana, seus membros estavam paralisados, ele desenvolveu dificuldade para respirar e engolir, com febre e tosse. O toque foi perdido nos pés e nas pontas dos dedos, mas sem dor e perda de temperatura. Ele morreu na terceira semana. A necropsia incluiu exame histológico apenas do cordão e do músculo sóleo. (FREITAS, 2017) Sir William Osler (1849-1919) em “The Principles and Practice of Medicine” escreveu sobre uma paralisia ascendente que ele chamou de polineurite infecciosa aguda. (FREITAS, 2017) Em Paris, em 1828, Auguste François Chomel (1788-1858) descreveu um paciente com sensações perturbadas nas mãos e nos pés, fraqueza ascendente com evolução aguda, tornando-se paralítico em poucos dias. Em 1881, Thomas Stewart (1837-1900), em Edimburgo, relatou três casos dessa mesma doença, chamando a atenção para a perda dos reflexos tendinosos. (FREITAS, 2017) Em 1916, três neurologistas franceses Georges Guillain, Jean-Alexandre Barré e André Strohl descreveram dois soldados com paralisia pulmonar aguda seguida de recuperação. Eles notaram uma concentração elevada de proteína do líquido cefalorraquidiano (LCR), mas uma contagem normal de células. Nos últimos 15 anos, ficou claro que esse quadro clínico, hoje denominado síndrome de Guillain-Barré, pode ser produzido por diferentes subtipos patológicos e está relacionado a outras doenças menos comuns. (HUGHES, 2005) Guillain, Barré e Strohl, observaram uma síndrome caracterizada por distúrbios motores, abolição dos reflexos tendinosos com preservação dos reflexos cutâneos, parestesias com leves distúrbios da sensibilidade objetiva, dor de pressão das massas musculares, ligeiras alterações nas reações elétricas dos nervos e músculos, hiperalbuminose muito notável do Líquido cefalorraquidiano com ausência de reação citológica (dissociação albuminocitológica). A análise detalhada das curvas miográficas revelou um desaparecimento completo da parte reflexa ou uma diminuição da amplitude com grande lentidão, atestando a alteração profunda dos condutores nervosos; mas a contração muscular parece-nos também modificada, reduzida em altura e abrandada. Não especificaram a patogênese da síndrome da radiculoneurite observada. Cogitaram uma infecção ou envenenamento deve ter invocado, mas não puderam detectá-los. (NAU, 2017) Draganesco e Claudian foram os primeiros a usar o termo “síndrome de Guillain-Barré” em 1927. (FREITAS, 2017) O primeiro caso no Brasil foi descrito por Antonio Rodrigues de Mello, em um soldado que, sem sintomas prodrômicos, apresentava paralisia ascendente subaguda, leves distúrbios sensoriais nos membros com paralisia dos nervos trigêmeo e facial. O líquido cefalorraquidiano mostrou uma dissociação albumina-citológica. Ele foi tratado com vitamina B intravenosa e intratecal e se recuperou em poucas semanas. Mello acreditava que a doença se devia à falta de vitaminas. 2. DESENVOLVIMENTO O sistema nervoso é, sem dúvida, um dos mais importantes sistemas do corpo, atua diretamente na coordenação funcional dos órgãos e sistemas do organismo. O sistema nervoso é responsável por três principais funções, função sensitiva, integradora e motora. É dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). Tem como principal componente o neurônio, é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida. Ele recebe processa e envia informações. Os neurônios apresentam três partes básicas: Os dendritos que são prolongamentos do neurônio, recebem sinais (informações) de outros neurônios. A grande maioria dos neurônios apresenta uma grande quantidade de dendritos. Os axônios são prolongamentos que garante a condução do impulso nervoso cada neurônio possui apenas um axônio. Envolvendo um axônio está um isolamento elétrico chamado de bainha de mielina, essa bainha é formada por dois tipos celulares oligodendrócitos, no sentido nervoso central, e células de Schwann, no sistema nervoso periférico. Onde há falha nessa bainha são chamados de nódulos de Ravier. Quando a bainha de mielina é saudável, os sinais nervosos são enviados e recebidos rapidamente. O corpo celular, local do neurônio, onde está presente o núcleo, grande parte das organelas celulares e de onde partem os prolongamentos dessas células para outra, ocorrendouma resposta a um determinado sinal. Para isso acontecer é necessário a presença de uma região especializada, que recebe o nome de sinapse. Um neurônio faz sinapse com diversos outros neurônios. A sinapse é uma região de proximidade entre um neurônio e outra célula por onde é transmitido o impulso nervoso. Os impulsos nervosos devem passar de uma célula à outra para que ocorra uma resposta a um determinado sinal. O impulso nervoso que se propaga através do neurônio é de origem elétrica e resulta de alterações nas cargas elétricas das superfícies externa e interna da membrana celular. O estímulo que gera o impulso nervoso deve ser forte o suficiente para induzir a despolarização que transforma o potencial de repouso em potencial de ação. A mielinização envolve estreitas e complexas interações entre os axônios e suas células- bainha. A interação começa com um sinal do axônio que age no recrutamento de populações celulares potencialmente mielinizantes, na sua diferenciação e proliferação e na iniciação da síntese e manutenção das moléculas específicas da mielina. O processo de mielinização se inicia quando uma projeção da célula-bainha envolve o axônio e forma espiral frouxa ao seu redor. Com o tempo as camadas formadas se compactam pela expulsão do citoplasma e formam estrutura lamelar com bandas eletrodensas espessas — derivadas da aposição das fases citoplasmáticas das membranas — e menos eletrodensas — derivadas da aposição das fases externas das membranas. Ambas as bandas recebem a denominação de linha densa principal (LDP) e linha intraperiódica (LI) respectivamente (GRAÇA, 1988). No processo de desmielinização há dano segmentar à mielina sem lesão axonal (GRAÇA, 1988). A síndrome de Guillain-Barré causa a perda da bainha de mielina e dos reflexos tendinosos. Os neurônios aferentes e motores são afetados. O sistema imunitário do corpo ataca parte do seu sistema nervoso periférico, causando perda da sensibilidade e movimentos dos músculos. Segundo Acosta, (2007) a causa da SGB ainda não foi determinada, mas geralmente é desencadeada por alguma infecção causada por Campylo-bactéria jejuni, citomegalovírus e Eps-tein Barr, My-coplasma pneumonia e, vírus da hepatite, herpes simplex, mononucleose infecciosa e AIDS (HIV). Também foi associado a gripe, raiva. Doenças sistêmicas como Hodgkin, lúpus eritematoso sistêmico, sarcoidose e cirurgia. A grande maioria dos pacientes reconhece histórico de infecção respiratória ou gastrointestinal, bacteriana ou virose, várias semanas antes do início dos sintomas neurológico. Embora não haja evidências convincentes de que as imunizações em uso atual causem a síndrome de Guillain-Barré, ainda há uma pequena preocupação de que algumas vacinas - possivelmente o toxóide tetânico - possam dar origem à síndrome. Em vista dessa preocupação, os riscos e benefícios da imunização merecem revisão individual (HUGHES, 2005). As principais variantes dessa síndrome são: a polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda (PDIA), a neuropatia axonal motora aguda (NAMA), a neuropatia axonal motora e sensitiva aguda (NAMSA), e a síndrome de Miller-Fisher (JÚNIOR, 2015). AIDP é o quadro patológico clássico da síndrome de Guillain-Barré é de infiltração de células mononucleares multifocais em todo o sistema nervoso periférico, no qual a distribuição da inflamação corresponde ao déficit clínico. Os macrófagos invadem as bainhas de mielina e desnudam os axônios. Na maioria dos casos, os macrófagos parecem invadir as bainhas de mielina intactas (HUGHES, 2005). Na AMAN, o processo patológico é diferente. No axolema, os macrófagos invadem os nódulos de Ranvier onde se inserem entre o axônio e o axolema da célula de Schwann circundante, deixando a bainha de mielina intacta. Em casos graves, os axônios são danificados na raiz ventral, o que pode causar degeneração grave de todo o axônio. No entanto, os pacientes com AMAN geralmente atingem seu nadir mais rápido e se recuperam tão rápido quanto aqueles com AIDP.Esse declínio rápido e a recuperação subsequente podem ser porque no AMAN o processo patológico bloqueia a condução, mas não corta o axônio, ou talvez porque qualquer degeneração que ocorra é muito distal (HUGHES, 2005). A patologia no AMSAN é semelhante à do AMAN, com o mesmo padrão de invasão dos macrófagos do espaço perinodal. No entanto, com AMSAN, as raízes dorsais, bem como as ventrais, são afetadas. Existe a mesma escassez de inflamação linfocítica consistente com uma patogênese mediada por anticorpos (HUGHES, 2005). A patologia da forma pura da síndrome de Fisher não é clara: por se tratar de uma condição benigna, os casos não complicados não chegam à autópsia e as partes afetadas do sistema nervoso não podem ser biopsiadas. Um caso com relativamente pouca fraqueza apresentou inflamação e desmielinização nas raízes espinhais.O principal achado eletrofisiológico na síndrome de Fisher é uma anormalidade da condução sensorial. As amplitudes do potencial de ação do nervo sensorial caem inicialmente e depois retornam ao normal junto com a melhora clínica (HUGHES, 2005). A síndrome está presente em todo mundo e sua incidência anual é de 0.16 a 4 casos por 100.000 e com mínima variação sazonal. A SGB pode ocorrer em qualquer idade, no entanto, nos EUA e Europa a incidência aumenta com a idade e na china a doença predomina em crianças (JÚNIOR, 2015). Pode ocorrer sintomas como fraqueza muscular ou perda da função e tensão muscular (paralisia). A fraqueza começa nos pés e pernas e pode progredir para os braços e a cabeça, pode piorar rapidamente entre 24 e 72 horas. Em casos leves a paralisia e fraqueza podem não ocorre. Também é comum ocorrer Falta de coordenação, mudanças na sensibilidade, dormência, sensação diminuída. Sensibilidade ou dor muscular (pode ser semelhante a dor de cãibra). (ACOSTA et al., 2007) Quando se pode sentir alguma picada como de agulha significa que a função sensorial (aferente) não foi afetada. Os casos típicos da SGB são fáceis de reconhecer, porém, as formas atípicas podem gerar confusão tornando os critérios válidos para o diagnóstico da síndrome, nem sempre fáceis de serem definidos. O diagnóstico diferencial é amplo e depende primeiro do médico reconhecer que o problema é um neuropatia periférica aguda e não lesão do tronco cerebral, medula espinhal ou cone [...] São necessárias informações suficientes: geralmente, isso incluiria dados de pelo menos três nervos sensoriais, pelo menos três nervos motores com estimulação multissite e ondas F e reflexos H tibiais bilaterais. Em alguns casos, informações de um número menor de nervos podem ser suficientes. (HUGHES, 2005) Exames eletrofisiológicos, sangue, exames imunológicos, podem identificar a doença, além desses exames, um procedimento de punção lombar é tradicional e quase sempre adequado. Uma concentração elevada de proteína no LCR está presente em cerca de 80% dos pacientes, mas o conteúdo de proteína no LCR tem maior probabilidade de ser normal durante os primeiros dias da doença (HUGHES, 2005). A maioria dos médicos confia principalmente em estudos de condução motora para identificar a desmielinização, com detalhes adicionais provenientes de estudos de condução sensorial, que são úteis para a diferenciação entre AMAN e AMSAN (HUGHES, 2005). O estudo da condução nervosa que medem a velocidade e a força da condução e a eletromiografia por agulha apresentam evidencias de envolvimento dos nervos periféricos, assim como diferencia os subtipos desmielizante e axonal. (JÚNIOR, 2015) Na síndrome de Guillain-Barré é esperado uma redução ou bloqueio na condução nervosa, já que a mielina ao redor dos neurônios é destruída, vazando os íons para fora do axônio. A SGB é uma doença desmielinizante que afeta os neurônios sensoriais e motores, ela reduz a velocidade de ação e também pode bloquear a condução nervosa. É necessário um excelente cuidado multidisciplinar para prevenir e controlaras complicações potencialmente fatais da doença, e os métodos foram objeto de um relatório de consenso. A insuficiência respiratória ocorre em 25% dos pacientes e é mais provável em casos com progressão rápida, paralisia bulbar, envolvimento dos membros superiores e disfunção autonômica. O monitoramento regular, incluindo medição da capacidade vital e transferência precoce para uma unidade de terapia intensiva para intubação profilática são essenciais. Todos os pacientes com doença grave devem ser monitorados para possível arritmia cardíaca. Em pacientes adultos não ambulantes (HUGHES, 2005). A plasmaférese tornou-se aceita como o tratamento padrão ouro para a síndrome de Guillain- Barré há quase 20 anos. A evidência para apoiar esta prática foi acumulada em seis ensaios, mas nem todos os estudos forneceram todas as medidas de resultado de interesse (HUGHES, 2005). Os doentes com GBS têm um prognóstico variável: estima-se que cerca de 50% dos doentes recuperam completamente ou têm apenas sequelas menor, 20% são incapazes de andar após os 6 meses e 3% morrem. Algumas doenças podem ser confundidas com a SGB, já que existe quadros similares. Doenças como esquizofrenia, doença de Parkinson, depressão, estão relacionadas a problemas de transmissão sináptica. 3. CONCLUSÃO SGB é uma patologia autoimune caracterizada por polineuropatia, cuja causa ainda não está totalmente esclarecida. A SGB merecer atenção, pois não é uma doença comum. É preciso uma equipe multiprofissional, para que possa ocorre um diagnóstico e tratamento adequando. Essa síndrome exige diagnóstico rápido, pois, tem rápida evolução, podendo apresentar complicações e evoluir para uma forma potencialmente fatal. 4. BIBLIOGRAFIA ACOSTA, Maria Inés. A aindrome de guillain-barre. Revista de pós-graduação VI catedral de medicina, 2007. BENETI, Giselle Maria. Síndrome de Guillain-Barré. Semina: Ciências Biológicas e Saúde, Londrina, 2006. COSTA, Ana Carolina Digues. Síndrome de Guillain-Barré: uma revisão integrativa de literatura e de dados do Sistema Único de Saúde. Universidade de Brasília- UnB, 2016. FREITAS, Marcos RG de. Síndrome de Guillain-Barré:: comemorando um século. São Paulo: Arq. Neuro-Psiquiatria, 2017. 75 v. HUGHES, Richard A C. Guillain-Barré syndrome. Department of Clinical Neuroscience, King’s College London School of Medicine, Guy’s Hospital, UK, 2005. JÚNIOR, Mário Emílio Teixeira. Síndrome de Guillain-Barré: epidemiologia, prognóstico e fatores de risco. 2015. 90f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015. NAU, Jean-Yves. Síndrome de Guillain-Barré, cem anos depois. Suiça: Revue Médicale Suisse, 2017. 13 v.
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