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Intolerância à lactose

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Victoria Veiga 
 
Profª Marina Hiltner 
• LACTOSE 
É um dissacarídeo composto por glicose + galactose 
É a principal fonte de caloria do leite dos mamíferos 
A lactose não é absorvida inteira, primeiro ela precisa passar por um processo de digestão esse processo se dá pela 
enzima que fica na borda em escova dos enterócitos (a lactase) e essa enzima faz a hidrólise da lactose para que ela seja 
absorvida. 
• LACTASE 
Começa a ser produzida na 8ª semana e tem um pico de atividade ao nascimento, pq é o momento em vai parar de 
receber energia via corda umbilical e agora precisa receber essa energia via leita. 
Depois que passa a fase de lactância o correto seria ter o desmame, ou seja, o adulto não iria tomar leite. Portanto, 
originalmente, após desmame a atividade cai progressivamente. A enzima se tornaria desnecessária/redundante pq o 
indivíduo não consumiria o leite. 
O consumo do leite após o desmame torna-se um problema pq geneticamente fomos programados para parar de produzir 
a lactase. O que significa que a intolerância a lactose não é exatamente uma doença, é uma programação genética 
original. 
A maior parte dos adultos da população mundial chega até mesmo a atingir níveis indetectáveis de lactase → Mecanismo 
de down regulation 
“Eu comia leite normal, nunca tive problema com isso, mas parei de tomar leite e quando voltei a tomar comecei a me 
sentir mal” – Não é o fato de ter parado de tomar leite que fez com que a lactase parasse de ser produzida. Se ela parou 
de ser produzida é pq isso já estava programado para acontecer desde antes, independente de estar ou não tomando o 
leite. 
Aleatoriamente surgiram mutações genéticas → Traço de persistência da lactase 
 
PERSISTÊNCIA DA LACTASE 
Domesticação de gado – começou a beber leite: fonte de energia fácil, além da possibilidade de fazer vários produtos. 
Existiam algumas pessoas que eram “mutantes” para isso (a lactase não diminuía) e, por algum motivo, essas pessoas 
começaram a passar o traço adiante. 
Ainda não deu tempo para a persistência estar presente em toda a população – a maior parte da população mundial vai 
deixar de produzir lactase, portanto, vão desenvolver algum grau de intolerância a lactose. 
Mutação herdada – traço dominante 
Victoria Veiga 
 
Homozigotos para persistência 
Heterozigoto para persistência 
Homozigotos para não persistência 
Vai variar de acordo com a população – é mais prevalente nas populações que originalmente domesticaram o gado 
Norte da Europa e América: 95% (tem pouca intolerância real a lactose, pq já tem muita gente com traço da 
persistência a lactase) 
América do Sul e África: 50% 
Alguns países asiáticos: quase toda a população tem intolerância a lactose 
DEFICIÊNCIA DE LACTASE 
2/3 da população mundial reduz a atividade → Deficiência primaria de lactase do adulto (mais comum – é a genética 
normal, pq não é comum que uma criança tenha intolerância). 
Nessa situação só vai ter manifestação clínica quando a atividade da lactase cai abaixo do limiar e a depender da sua 
genética isso pode demorar para acontecer. 
Durante a infecção do TGI, DII, cirurgias → Deficiência secundária de lactase (pode ser temporária - durante uma infecção 
intestinal, pode ser que fez uma destruição dos enterócitos, ou seja, perdeu a borda em escova. Sem a borda em escova 
você está com deficiência de lactase naquele momento e se você come lactose vai ter produção de gás e piora os 
sintomas, por isso que durante o processo infeccioso agudo é bom evitar produto com leite. A inflamação da mucosa pode 
estar causando uma redução transitória da atividade da lactase). 
Se o paciente tem uma Doença de Crohn (doença intestinal inflamatória e crônica que afeta o revestimento do trato 
digestivo) ou fez uma cirurgia desabsortiva que fez perder de fato a superfície da mucosa, ele pode ter uma deficiência 
secundária e talvez precise evitar o consumo de leite e derivados. Não é genético, é uma alteração que pegou a mucosa. 
• INTOLERÂNCIA A LACTOSE 
“só tem intolerância a lactose quem tem sintoma” 
Deficiência de lactase → presença de lactose não absorvida na luz intestinal e é isso que dá os sintomas de intolerância. 
Enquanto ela não for quebrada e dissolvida, vai ser um dissacarídeo não absorvido na luz, o que significa que ela está 
aumentando a osmolaridade na luz intestinal → puxa água → aumenta o volume do conteúdo intraluminal = pode dar 
diarreia. 
Essa lactose não digerida que passou pelo TGI aumentando a osmolaridade e puxando água chega no colón e é 
fermentada pelas bactérias da flora intestinal → produção de ácidos graxos de cadeia curta e gás (hidrogênio, gás 
carbônico, metano) → Gera distensão abdominal, dor, flatulência, cólica, diarreia, náusea, vômito... 
Má absorção X Intolerância X Deficiência: 
Deficiência de lactase: baixa quantidade ou atividade da enzima (o indivíduo não tem mais a lactase). Só tem sintoma se 
consumir lactose. 
Má absorção de lactase: individuo que tem a deficiência da lactase come a lactose e essa não é absorvida. É possível que 
não desenvolva os sintomas de intolerância. 
Intolerância à lactose: sintomas clínicos causados pela má absorção da lactose, que é causada pela deficiência da lactase. 
Nem todos os pacientes com má absorção terão sintomas, isso depende do: 
- Tipo da herança (os sintomas dependem da porcentagem da atividade de lactase) 
- Carga de lactose na dieta (come além do que a quantidade de lactase consegue degradar) 
Victoria Veiga 
 
- Microbiota (adaptação colônica, supercrescimento bacteriano) 
- Atividade residual de lactase 
- Tempo de trânsito 
Alergia ao leite geralmente é aos componentes do leite, como a caseína 
• MANIFESTAÇOES CLÍNICAS 
Os sintomas geralmente pioram com idade → < 50% de atividade de lactase 
Grande variação entre os pacientes 
Correlação direta com a carga ingerida? 
Sensibilidade à distensão gasosa 
A maior parte dos pctes tolera alguma carga de lactose → junto com outros alimentos, ao longo do dia 
Dor abdominal, borborigmo, distensão, flatulência, diarreia, náuseas, vômitos... 
Sintomas atípicos: cefaleia, fadiga, perda de concentração, mialgia, artralgia, ulceras orais, alterações em TGU. 
Ingestão de lactose? 
Doença funcionais? 
• DIAGNÓSTICO 
Deficiência de lactase 
Má absorção de lactose 
Intolerância a lactose 
Biopsia com mediação da atividade da lactase 
- Padrão ouro (não significa que tem que ser feito sempre) 
- Pouco utilizado 
- Distribuição heterogênea da lactase 
- Invasivo 
Teste genético (caro, NÃO tem aplicação clinica, não avalia sintomas) 
Teste do H2 expirado 
- >20 parte por milhão (ppm) em 3 h 
- S: 70-100%, E:100% 
- Disponibilidade 
- Supercrescimento bacteriano – pode dar falso positivo 
- Adaptação colônica (bactérias não produtoras de H2) 
-É caro, não é encontrado facilmente. 
Teste oral de tolerância a lactose 
- Elevação da glicemia após carga de lactose 
- < 1, 1 mmol/L em 3h 
- Resistencia a insulina 
- Flutuação de glicemia 
Victoria Veiga 
 
- Baixa sensibilidade e especificidade 
- Pode dar falso negativo em diabéticos 
Na prova: só retira quando tem diagnostico comprovado. 
Na prática: “retira o leite e seus derivados e vê o que vai dar” 
• TRATAMENTO 
Restrição de lactose na dieta: 
- Zero lactose: apenas na deficiência congênita 
- No adulto: de acordo com a tolerância 
A maior parte tolera alguma ingesta 
Produtos fermentados são mais bem tolerados que o leite 
Reposição de lactose: 
- Em forma de pó, liquido ou comprimidos 
- Antes do consumo de lactose 
Pró bióticos: muda a flora intestinal (você tá comendo o bicho pra ver se muda a flora) 
Ex: Yakult

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