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PRÓTESE TOTAL Orientação dos planos de cera O profissional deve introduzir a base de prova e o plano de cera na boca do paciente e deixá-los bem posicionados (em alguns casos a base pode estar sem retenção, com isso, o cirurgião dentista deve usar fixadores ou adesivos, para auxiliar na retenção). O profissional deve usar como referências a linha bi-pupilar e o plano de Camper. Após colocar a base de prova e o plano de cera, o cirurgião dentista deve fazer algumas análises: - Região anterior: . Observar a região do suporte labial: paciente desdentado fica com essa região murcha, ao fazer a prova da futura prótese deve devolver o suporte labial ao paciente (as vezes é necessário adicionar ou remover cera nessa região na base de prova) . Obter um ângulo de aproximadamente 45° entre o lábio superior e a base do nariz . A altura muitas vezes depende da idade do paciente . Entre a linha bi-pupilar (linha horizontal entre uma pupila e a outra) e o plano de cera deve haver um paralelismo - Região posterior: . Deve haver um espaço entre a face vestibular dos dentes posteriores e a parte interna da bochecha . Deve haver um paralelismo entre o plano de cera e o plano de camper (linha imaginária que vai do trágus à asa do nariz Registros intermaxilares em prótese total Com a base de prova e o plano de cera ainda posicionados na boca do paciente, deve realizar o registro do arco facial. Após esse registro, deve ser feita a montagem do modelo superior e inferior no articulador; para fazer a montagem do modelo inferior é necessário ter o registro das relações intermaxilares. Por meio dos registros intermaxilares, conseguimos devolver a harmonia entre a maxila e a mandíbula do paciente. - DVO (dimensão vertical de oclusão): é a distância harmônica da face entre maxila e mandíbula, quando os dentes estão em oclusão central; é a relação intermaxilar no sentido vertical. Somente pacientes dentados possuem DVO, portanto, para determinar a DVO de pacientes desdentados utiliza a DVR (dimensão vertical de repouso) - DVR; posição fisiológica que independe dos dentes, relação intermaxilar no sentido horizontal. Tanto dentados como desdentados possuem DVR. - EFL (espaço funcional livre): é quando a musculatura está relaxada, espaço entre um dente e seu antagonista. Existem diversos métodos para o cirurgião dentista determinar o registro da dimensão vertical de oclusão, é favorável sempre utilizar mais de 1 método para confirmar a DVO (associar métodos). Como calcular: - Paciente deve estar calmo e com a musculatura relaxada, sentado na cadeira formando um ângulo de 90° - Deve marcar dois pontos no paciente, um na ponta do nariz e outro no queixo - Com a mandíbula do paciente em repouso, o profissional deve medir (compasso de Willis) a distância entre os dois pontos (essa distância será a DVR) - Remover 3mm da medida encontrada para obter a DVO - Diminuir 3mm do compasso para chegar na DVO - Deve ser inserida na boca do paciente a base de prova superior e inferior e pedir ao paciente para fechar lentamente a boca em relação cêntrica e, medir a DVO - Se a DVO estiver aumentada, deve remover cera do inferior, e se tiver diminuída deve acrescentar cera Obs: alterar sempre o inferior. Para confirmar o resultado, deve ser feito o método das proporções faciais: - Confirmar se a distância do canto externo do olho até a comissura labial é igual à distância da base do nariz à base do mento. O profissional pode realizar alguns testes para confirmar a dimensão vertical de oclusão. Quando ocorre a perda total dos dentes (pacientes edentulos), consequentemente desaparece a oclusão central, para que ela possa ser reconstruída no paciente desdentado utilizamos a relação central. OBS: Ocorrendo a perda total dos dentes, o paciente perde a máxima intercuspidação habitual Relação central: posição mais anterior e posterior, não forçada, dos côndilos na cavidade articular. Existem diversos métodos para registro da relação central, sendo conveniente fazer a associação deles. - Paciente deve estar calmo e com a musculatura relaxada - Com o paciente sentado e com a cabeça levemente inclinada para trás, o profissional deve manipular a mandíbula com o polegar e indicador da mão direita, realizando movimentos rápidos de abertura e fechamento - Com a mão esquerda ele deve segurar a base de prova superior Método de registro fisiológico pela deglutição: durante a deglutição, a mandíbula sai da posição de repouso e vai pra DVO. Ao forçar a saliva para trás pela ação da língua, a mandíbula vai para posição de relação central Método de registro fisiológico pelo levantamento da língua: O profissional pede para o paciente elevar a ponta da língua no sentido póstero-superior, seguindo do fechamento da boca. Nesse caso também a mandíbula vai para posição de relação central. Com esses registros, o profissional irá marcar as linhas de orientação do plano de cera superior para escolher os dentes artificiais.