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Síntese do Colesterol e Triglicerídeos Equipe: Hilthon Alves, Moisés Gouveia e Tiago Medeiros Universidade Estadual da Paraíba Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS Disciplina: Bioquímica II Professora: Alessandra Teixeira Triacilglicerol Possa ser que seja necessário deixar apenas a imagem 2 Introdução Os triglicerídeos são conhecidos como lipídeos de armazenamento Caracterizados pela ligação de três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol Estrutura dos Triacilgliceróis(TAG) Os três ácidos graxos que esterificam uma molécula de glicerol normalmente são de tipos diferentes Em geral, o carbono 1 é saturado, o carbono 2 é insaturado e o do carbono 3 pode ser saturado ou insaturado A presença de ácido graxo insaturado diminui o ponto de fusão do lipídeo Nós humanos, só sintetizamos insaturações nos C9, C6, C5 e C4. Não possuímos dessaturases capazes de inserir saturações a partir do C10. Ác. Linoleico (C18:2, Ômega 6) Ác. Docosahexaenoico DHA (C22:6, Ômega 3) Ác. Eicosapentaenóico EPA (C20:5, Ômega 3) Síntese de Glicerol-fosfato O glicerol-fosfato é o aceptor inicial da síntese de TAG; Existem duas vias para produção do glicerol-fostato, no fígado (principal sítio da síntese de TAG) e no tecido adiposo; A produção do glicerol-fosfato pode ocorrer a partir da glicose, usando uma rota glicolítica até a produção de di-hidroxi-acetona-fosfato (DHAP); Uma segunda vida, observada no fígado, mas não no tecido adiposo , utiliza a glicerol-cinase para converter glicerol livre em glicerol-fosfato. Síntese de TAG Ocorre a partir do glicerol-fosfato e do Acetil-CoA; Os ácidos graxos precisam ser convertidos em sua forma ativada (unidos à CoA) para participarem de processos metabólicos; Envolve quatro reações, incluindo adição sequencial de dois ácidos graxos a partir de Acetil-CoA, a remoção de fosfato e a adição de um terceiro ácido graxo; Diferentes destinos de TAG No tecido adiposo branco, o TAG é armazenado no citosol das células na forma de gotas lipídicas quase anidras; Elas funcionam como depósito de gordura, pronto a ser mobilizado caso o organismo necessite dele como fonte de energia; Pouco TAG é armazenado no fígado; a maior parte é exportada, empacotadas com outros lipídeos e apoproteína para formar lipoproteínas chamadas VLDL; A VLDL é excretada para o sangue, onde amadurece e funciona entregando lipídeos endógenos para os tecidos periféricos. Colesterol Possa ser que seja necessário deixar apenas a imagem 8 Introdução É o principal esterol sintetizado no tecido animal; É componente estrutural, precursor de ácidos biliares, dos hormônios esteroides e da vitamina D; O fígado tem papel central na regulação da homeostasia do colesterol; O colesterol é eliminado do fígado pela bile, podendo ser convertido em sais biliares; A deposição de lipídeos leva a aterosclerose, doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e vasculares periféricas. Síntese do Colesterol e Triglicerídeos Estrutura do Colesterol O Colesterol é um composto muito hidrofóbico; Estrutura: quatro anéis hidrocarbonados fundidos (A,B,C e D) e uma cadeia hidrocarbonada ramificada de oito átomos de carbono. O anel A tem uma hidroxila e o anel B uma dupla ligação entre carbonos; Esteróis: os esteriodes com oito a 10 átomos de carbono na cadeia lateral ligada ao carbono 17 e um grupo hidroxila no C3 são classificados como esteróis; Ésteres de Colesterol(EC): ácido graxo ligado ao C3. O EC é mais hidrofóbico do que o colesterol livre (não esterificado). Síntese do Colesterol e Triglicerídeos 10 Síntese do Colesterol O colesterol é sintetizado por praticamente todos os tecidos do corpo humano; Como os ácidos graxos, todos os átomos de carbono do colesterol são derivados do acetato e do NADPH; Sua rota de síntese é endógena, sendo a energia garantida pela hidrólise das ligações tioéster de alta energia da Coenzima A e do ATP; A velocidade da rota de síntese responde a mudanças na concentração de colesterol; Existe mecanismos de regulação que modulam a velocidade de síntese endógena em função da velocidade de excreção. Síntese do Colesterol e Triglicerídeos Síntese do Colesterol Síntese de 3-hidroxi-metilglutaril-CoA (HMG-CoA) Duas moléculas de Acetil-CoA são condensadas a acetoacetil-CoA pela tiolase ( Acetil-CoA-acetiltransferase), atuando na direção inversa à da etapa final da β-oxidação; A condensação do acetoacetil-CoA com uma terceira molécula de Acetil-CoA pela HMG-CoA-sintase forma HMG-CoA; Síntese do Colesterol e Triglicerídeos Síntese do Colesterol B. Síntese do ácido mevalônico (mevalonato) A redução do HMG-CoA formando ácido mevalônico é catalizada pela HMG-CoA-redutase; Ela ocorre no citosol, usando duas moléculas de NADPH como agente redutor, liberando CoA, o que torna a reação irreversível; Síntese do Colesterol e Triglicerídeos 13 O mevalonato é convertido em 5-pirogosfomevalônico. A reação ocorre em duas etapas, ambas com um grupo doado pelo ATP. A unidade isoprênica IPP, é formada pela descarboxilação do 5-pirofosfomevalônico . A reação requer ATP. O IPP é isomerizado a DDP. Uma molécula de IPP condensa-se com uma de DPP, para formar o composto de dez carbonos GPP. Uma segunda molécula de IPP condensa-se com o GPP para formar FPP, com 15 carbonos. 6) Duas moléculas de FPP condensam-se e sofrem redução com liberação de pirofostato, gerando 30C chamado esqualeno. 7) O esqualeno é convertido no esterol lanosterol em uma sequência de reações catalizadas por enzimas associadas ao RE, que usam oxigênio e NADPH. 8) A conversão do lanosterol em colesterol é feita em uma sequência de reações, que resultam na diminuição da cadeia carbonada. Possa ser que seja necessário deixar apenas a imagem 14 Regulação da Síntese do Colesterol A reação da HMG-CoA-redutase, enzima limitante da velocidade e de controle da biossíntese do colesterol, está sujeito a diversos tipos de controle metabólicos, que são: Regulação da expressão gênica por esteróis; Aceleração da degradação enzimática depedente do esterol; Fosforilação/desfosforilação independente de esteróis; Regulação hormonal; Inibição por fármacos; Síntese do Colesterol e Triglicerídeos Referências HARVEY, R.A.; FERRIER, D.R. Bioquímica Ilustrada, 5ª ed., Artmed, 2012. Obrigado!!
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