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A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA EM MEIO A FRAGILIDADE SOCIAL: ANÁLISE 
VISUAL DE CARTAZES DO REGIME NAZISTA. 
Italo Ferreira Ton 
Layza Prachedes 
Rayssa Rycatto Nunes 
 
 
RESUMO 
Considerado por muitos como um dos maiores vilões da história, Adolf Hitler foi o 
principal responsável por avançar o movimento ideológico nacionalista na Alemanha 
pós-primeira guerra mundial, que ficou conhecido como Regime Nazista. Esse 
regime é alvo de curiosidade e estudos até a presente data, por mediar a ampla 
aceitação da população alemã à umas das maiores injustiças sociais da história, o 
holocausto. A comunicação foi essencial na influência sobre as massas, de tal forma 
a tornar a maior parte da sociedade conivente as ações de Hitler. 
O objetivo geral do trabalho consiste em analisar visualmente estes três cartazes, 
com técnicas utilizadas pela Publicidade e Propaganda, a fim de entender melhor 
como essas campanhas persuadiram a sociedade e as tornaram coligados do 
regime nazista. 
 
Palavras-chaves: Propaganda política. Regime nazista. Análise de campanha. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Os impactos causados pela segunda guerra ainda podem ser vistos nos dias de 
hoje. É difícil não se lembrar de milhares de pessoas mortas, da perseguição e da 
violência praticada durante essa batalha. A propaganda e as mídias exercem forte 
influência sobre a sociedade em momentos de caos, ressalta-se nesse período, a 
propaganda nazista, criada pelo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores 
 
 
Alemães a fim de promover suas ideias e persuadir a sociedade de modo que 
adotem seus ideais. Os cartazes nazistas são umas das principais formas que foram 
utilizados para propagar as ideologias hitleristas. Essa ideologia era fundamentada 
no nacionalismo e, a maioria de suas campanhas, era com conteúdo antissemitismo 
e anticomunismo. Neste aspecto, utilizaremos três cartazes veiculados entre as 
décadas de 20 a 40, como objetos de estudo para analisar as formas de persuasão 
propostas pelas campanhas para difundir as ideias propostas por Hitler. 
O objetivo deste artigo é realizar uma análise de três cartazes nazistas, pautados 
nos principais aspectos: o que é como é feito e porque existe; a cor; contexto das 
imagens e sua eficácia. 
 
 
2. REGIME NAZISTA 
 
No período entre as duas grandes guerras mundiais, a Alemanha estava com 
economia, política e sociedade fragilizadas. Nesse período de crise, o partido 
nazista, conseguiu obter simpatizantes na sociedade alemã e chega ao poder 
vencendo as eleições com 37% dos votos (31 de julho de 1932). 
O partido nazista foi fundado em 1920 por Anton Drexler, em 1921 Adolf Hitler 
assume a liderança e instituí as Leis de Nuremberg que determinavam a segregação 
racial entre judeus e arianos, uma das principais características do partido de 
Fuhrer. 
O antissemitismo foi marcado por uma série de discursos contra a população judaica 
europeia e o arianismo, a “raça” branca considerada superior, se tornou a base que 
fundamentava a perseguição tanto dos judeus como de outros grupos minoritários. 
Para se manter no poder e propagar de suas ideologias, os nazistas se utilizavam 
comunicação de massa para persuadir e influenciar. Dentre os meios mais usados, 
os cartazes se destacam por serem de fácil assimilação, onde enfatizavam os 
estereótipos dos judeus e fortaleciam a imagem do regime. 
 
 
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3. PROPAGANDA POLÍTICA 
Propaganda politica é uma união de técnicas dentro de um conjunto de 
possibilidades que se usa para persuadir os eleitores onde se promove o candidato 
ao seu cargo eleitoral. Tendo fins de obter votos, as mídias impressas como os 
folhetos, adesivos, volantes e outros reforça a propaganda. Nos dias de hoje, a 
internet também torna se um indispensável meio de comunicação para os 
candidatos se promoverem e o público forma sua opinião. 
Na ditadura nazista as propagandas foram o principal meio de comunicação e o 
ponto crucial nesse período. E o discurso pregado nos cartazes (mídia impressa) 
afetou os cidadãos de tal maneira, que os convenceram que todos àqueles que não 
fossem arianos, no caso os Judeus, eram inimigos e queriam roubar seus empregos, 
suas casas e etc., sendo que os Judeus era a menor população entre os Alemães, e 
não podiam representar essa ameaça significante. 
 
4. INLFUENCIA DA PROPAGANDA EM MOMENTOS DE FRAGILIDADE SOCIAL 
A definição de “propaganda” se baseia na divulgação de uma ideia, crença, religião. 
Seu objetivo é, principalmente, tentar convencer o público de alguma coisa. Nélson 
Jahr expõe na apresentação do livro de Domenach a definição de Publicidade e 
Propaganda: 
Em várias línguas há uma distinção linguística bem clara entre os 
tipos de comunicação persuasiva. Geralmente a palavra Propaganda 
se refere à transmissão de ideias, sejam políticas ou religiosas. 
Publicidade se refere à difusão de produtos, serviços ou candidatos 
políticos. [...] Em português não, Propaganda e Publicidade são 
utilizadas indistintamente, daí utilizarmos as expressões Propaganda 
Ideológica e Propaganda ou Publicidada de comercial. Neste livro, 
cujo original foi escrito em francês, a palavra Propaganda se refere à 
transmissão de ideias políticas, nada tem a ver com promoção de 
sabonetes, shampoos, fraldas ou políticos descartáveis. 
(DOMENACH, 1950) 
 
Em momentos de fragilidade social, as mídias tem forte influência sobre as pessoas, 
por ser um agente determinante na decisão das massas. Em momentos de guerra, 
podendo sofrer ditadura e ficar nas mãos dos governantes, a publicidade será 
 
 
pautada nos interesses de uma pessoa, um líder. Após a primeira guerra mundial as 
pessoas perderam a fé, a esperança, perderam tudo que haviam conquistado, Hitler 
usou desse argumento, dessa fragilidade para persuadir a população. Deu ao povo 
o que eles queriam. Se estavam sem esperança, lhes era prometido um futuro 
melhor. Se estavam desacreditados, lhes era oferecido um líder que mudaria esse 
presente sofrido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
CARRASCOZA, João Anzanello. A evolução do texto publicitário: a associação de palavras como 
elemento de sedução na publicidade. 6. Ed. São Paulo, SP: Futura, 2005. 185 p. 
 
SILVA, Zander Campos. Dicionário de Marketing e Propaganda - 5a edição/2014. Ano: 2014; 
Editora: Referencia. Livros da Lelê SP. 
 
DOMENACH, Jean-Marie. A propaganda política. Rio de Janeiro: Difusão Europeia do Livro, 1963. 
GARCIA, Nelson Jahr. O que é propaganda ideológica. São Paulo: Brasiliense, 1989.