Buscar

A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA

Prévia do material em texto

CURSO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
MÔNICA DE ABREU TEIXEIRA
A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA
SANTARÉM
2020
MÔNICA DE ABREU TEIXEIRA
A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA
Trabalho apresentado à Universidade Pitagonas Unopar como requisito parcial à aprovação no 2º semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia.
SANTARÉM
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	6
REFERÊNCIAS	7
INTRODUÇÃO
Reconhecer e valorizar a história e cultura de indígenas e negros é essencial para um processo de criação e vínculo com essas identidades. A inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo escolar é obrigatória, mas grande maioria das escolas não trabalham essas temáticas aprofundada, apenas superficialmente, precisa haver uma mudança e mudar o “padrão” que existe no âmbito escolar. O objetivo desse texto é indagar a importância da efetivação do currículo, compreender como é essência trabalhar a história e a cultura afro-brasileira e indígena nas escolas, para assim torna-las mais inclusivas, menos preconceituosas e discriminatórias.
7
DESENVOLVIMENTO 
Quando a lei 10.639/03 foi aprovada em 9 de janeiro de 2003, as escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio, são obrigadas a incluir nos seus currículos a história da cultura africana, segurando que os estudantes brasileiros tenham o direito de estudar e conhecer a história e a cultura Afro-brasileira e Africana. A ideia é que essa lei sirva de instrumento de combate ao racismo, pois a escola é uma instituição de formação cidadã e prepara o sujeito para viver em sociedade.
A partir da democratização dos estudos das relações étnico raciais a escola passa a ser um espaço democrático inclusivo para as diferenças sociais, culturais, étnicas e raciais. No artigo 26-A e no parágrafo 1º da Lei Nº 11.645/2008 deixa claro que:
Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena [...] O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil
O estudo da história e da cultura-afro brasileira se faz obrigatória no currículo escolar e é uma questão de educação, cuidado e vida, pois o trabalho a diversidade nas escolas os alunos vão aprender a conviver com as diferenças, respeitando e criando pessoas antirracista para a diminuição dos preconceitos e discriminações. O racismo no Brasil é estrutural e institucionalizado e permeia todas as áreas da vida, incluindo as escolas. Crianças e adolescentes são vítimas de racismo, de discriminação racial e do preconceito dentro ambiente escolar. 
Políticas de reparações e de reconhecimento formarão programas de ações afirmativas, isto é, conjuntos de ações políticas dirigidas à correção de desigualdades raciais e sociais, orientadas para oferta de tratamento diferenciado com vistas a corrigir desvantagens e marginalização criadas e mantidas por estrutura social excludente e discriminatória [...] Assim sendo, sistemas de ensino e estabelecimentos de diferentes níveis converterão as demandas dos afro-brasileiros em políticas públicas de Estado ou institucionais, ao tomarem decisões e iniciativas com vistas a reparações, reconhecimento e valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, à constituição de programas de ações afirmativas, medidas estas coerentes com um projeto de escola, de educação, de formação de cidadãos que explicitamente se esbocem nas relações pedagógicas cotidianas. (Ministério da Educação, 2010) 
A Educação para as relações étnico-raciais e a História e cultura afro-brasileira e indígena, está presente na Base Nacional Comum Curricular transversalmente ao longo do texto oficial. Apesar de está presente na BNCC, a temática ainda é citada superficialmente, assim, mais uma vez se reforça o papel pedagógico e docente de se fazer presente para estimular seus alunos a conhecer essa temática, através de projetos, atividades e política pedagógicas, ademais rodas de conversas e discussões sobre o tema.
Portando vemos a importância de uma educação mais igualitária, para que possamos evoluir e tornar a escola mais democrática. A discriminação e o preconceito precisam ser combatidos diariamente e a escola tem um papel fundamental para combatê-los, formando cidadãos para uma escola democrática mais inclusiva para diferenças culturais e sociais. Conhecer a história e falar sobre traz possibilidades para indivíduos se auto identificarem com sua cultura, sua raiz e seu povo, também forma pessoas mais conscientes dos erros cometidos no passado para não os repetir, ademais reconhecem a grande contribuição dos afro-brasileiros e dos indígenas na construção da história do país. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Lei nº 10.639, de 2003 incluiu a história e a cultura afro-brasileira e indígena na educação básica. Apesar disso, muitas escolas nada fazem para mudar o currículo e deixá-lo mais plural, dinâmico e menos preconceituoso. Diante desse senário em que vivemos no âmbito escolar e social é necessário desenvolver ações pedagógicas para a educação das relações das diversidades étnicos raciais por meio por meio do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena. Essas ações são políticas públicas educacionais que visa garantir o reconhecimento e a valorização da identidade étnico racial da população negra e indígena. 
REFERÊNCIAS
BORGES, Elizabeth Maria de Fátima. A inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da educação básica. Vassouras. v. 12. n. 1. p. 71-84. 2010. Disponível em: https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Inclusaodahistoriaculturaafro.pdf Acesso em: 16. jul. 2020
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília, DF, p. 1-37, 2004. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/informacaopublicacao//asset_publisher/6JYIsGMAMkW1/document/id/488171. Acesso em: 16. Jul.2010.
Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Diário Oficial da União, DF. 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2008/Lei/L11645.htm Acesso em: 16. jul.2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_110518.pdf Acesso em: 16. jul. 2020.

Continue navegando