Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
— Levain: o início Aline Galle 06 Ebook este e-book é um oferecimento de: Copyright © 2019 - Tá na Mesa sobre nós A nova plataforma digital do Atelier Gourmand, escola pioneira em oferecer aulas interativas de gastronomia, tem o objetivo de ser um ponto de encontro entre você e os mais renomados chefs, especialistas e apaixonados por gastronomia – assim como nós. Como funciona? Durante uma semana nós iremos acomodar nossos convidados numa grande mesa virtual. E, neste cenário, eles terão a oportunidade de compartilhar histórias, técnicas, curiosidades e (claro!) receitas ligadas aos mais irresistíveis temas. O melhor de tudo: essa mesa será a extensão da sua casa! Você poderá “puxar uma cadeira” e acompanhar todo esse bate-papo online, de onde você estiver. E terá uma chance de baixar um e-book recheado de receitas irresistíveis. Quer saber mais? Puxe uma cadeira que Tá na Mesa. o que temos aqui Nasce uma estrela pg. 05 Levain - a história pg. 07 Levain vs. fermento industrializado pg. 08 Como fazer o levain pg. 09 Deu certo? Aprenda como cuidar de seu levain pg. 11 “Acordamos” leveduras importadas pg. 13 Motivos para apostar nos pães de fermentação natural pg. 14 Receitas da mesa por Aline Galle pg. 15 Bate-papo pg. 41 5 utensílios essenciais para fazer pão em casa pg. 43 Café da manhã pg. 44 Quer mais? Temos! pg. 45 Pães especiais de Páscoa? pg. 72 Biblioteca na Bélgica reúne levain do mundo inteiro pg. 80 e-book levain 05 — nasce uma estrela Pouca gente sabe, mas eu tenho uma segunda profissão: trabalho numa grande empresa na área de desenvolvimento humano. Ao longo da minha jornada acompanhando a evolução profissional de jovens, eu me pergunto por que pessoas com alto potencial às vezes progridem tão pouco na carreira, enquanto outros, sem tantos diplomas pendurados na parede, nadam de braçada. Tenho certeza de que você teve algum amigo ou conhecido gênio, que só tirava as melhores notas, mas que não deu em nada na vida, e outros que passavam raspando com uma medíocre média 5 e hoje são bem- sucedidos em suas carreiras. A capacidade de aprender é algo nato da espécie humana, mas desenvolvimento não é um status garantido a todos. Alguns são mais aptos a ele, outros mais resistentes. Gosto muito de contextualizar desenvolvimento humano fazendo uma analogia com “perder peso”. É muito difícil emagrecer, não porque nos falte conhecimento sobre o assunto, sabemos que o regime que funciona é a reeducação alimentar, combinada com uma readequação das atividades físicas, mas quantos conseguem percorrer esse caminho? Certamente muito menos do que os que tentam rotas alternativas, não é mesmo? Como regimes da moda, regimes drásticos, jejuns curtos, longos, ou uso de medicação das mais variadas. A razão pela qual não é fácil perder peso é a mesma razão pela qual pouca gente se desenvolve sozinha. Todos nós sabemos que é bom se desenvolver, mas sair da zona de conforto não é uma missão para qualquer um. Dá uma preguiça... requer disciplina, força de vontade e, acima de tudo, um propósito. E foi justamente por essa razão que Aline Galle chamou minha atenção. Tudo começou em 22 de setembro de 2011 quando eu criei o grupo “Levain” no Facebook. Éramos apenas sete inexperientes amantes da panificação artesanal e, como não morávamos na mesma cidade, essa foi a forma que encontrei para trocarmos experiências. Assim como os nossos pães, o grupo teve uma “fermentação lenta” e demorou um tempão para chegar a 100 usuários. Seis anos depois, ainda éramos uma comunidade de pouco mais de mil pessoas. Até que, em maio de 2017, Aline entrou no grupo e causou um verdadeiro tsunami. A gaúcha de traços fortes e intensos olhos azuis chamou a atenção dos usuários ao postar fotos de seus pães deslumbrantes. Admito que, nestas duas décadas trabalhando com gastronomia, eu já vi milhares de pães maravilhosos produzidos com equipamentos profissionais, mas nunca numa cozinha absolutamente simples e despretensiosa como a da casa dela, localizada na pequena cidade de Parobé, no interior do Rio Grande do Sul. E o que mais impressiona na trajetória da Aline é que ela nunca fez um único curso formal em panificação, nem em gastronomia. É formada em Tecnologia da Informação e começou a fazer pães para valer há pouco mais de dois anos. Aprendeu só pesquisando na internet. Justamente por não conhecer muito sobre panificação, essa jovem se aventurou na área mais difícil: fermentação natural com alta hidratação. por Paula Rizkallah continua aqui e-book levain 06 Mas meu interesse pela Aline ultrapassou as fronteiras de seus pães. Quando comecei a olhar de perto a trajetória dela, logo reconheci na Aline características de uma pessoa autodidata. É raro encontrar gente assim. Embora existam milhares de cursos online, quantas pessoas você conhece que realmente concluíram um curso online? Mais ainda, quantas pessoas você conhece que conseguiram mudar de carreira apenas vendo vídeos no YouTube? Aline é uma delas. Com uma linguagem didática e generosidade de sobra em compartilhar suas técnicas no grupo Levain (sem nunca se posicionar como dona da verdade), não demorou muito para que ela conquistasse a empatia de nossos seguidores e se tornasse protagonista do grupo. E, desde a sua entrada, o nosso “Levain” se multiplicou pelo Facebook e todo mês entram quase mil pessoas. Hoje, nós temos mensalmente cerca de 120 mil interações, milhares de curtidas e posts. Mas esse tsunami também deu bastante trabalho! Do dia para noite, me vi lotada de in-boxes, uma legião de usuários para aprovar, posts denunciados e uma tonelada de dúvidas para responder. Recebi até bronca de usuário furioso me cobrando que colocasse ordem na casa (oi?!). As pessoas nas redes sociais pedem muito e o adoram enquanto você está fazendo tudo para elas. Mas experimente não estar 100% disponível para você ver só o que acontece! Em outubro de 2017, convidei a Aline para vir a São Paulo – ela nunca tinha estado aqui. Muito tímida, ela relutou em aceitar o convite por quase seis meses, mas em março do ano seguinte ela finalmente topou o desafio. A única coisa que pedi a ela foi que trouxesse 1kg de seu levain. Afinal, havia uma chance remota de ela ter capturado uma superbactéria no Sul – explicação plausível para seus lindos pães. Mas o fermento da Aline era indisciplinado e estourou durante o vôo, se esparramou pela mala, e tudo que a “guria” tinha ao desembarcar no aeroporto de Congonhas eram míseros 20 g de fermento. Havíamos combinado de passar uma semana assando pães. Ao lado dela, chamei um grande amigo e chef boulanger. A missão dele era explicar o que a Aline fazia de tão certo para conseguir aqueles resultados. Após uma semana, percebi que todo o meu aprendizado sobre pães, adquirido enquanto morei em Nova York no final dos anos 1990, estava completamente ultrapassado. A Aline tinha uma metodologia completamente diferente de alimentar o fermento e manusear a massa. Após uma semana, tanto eu quantoo chef ficamos de queixo caído com o resultado dos pães dela. A guria não era fake news! Era de carne e osso, assim como seus pães. Onde ela vai parar? Onde ela quiser! Para mim, a Aline é um “case”. Tanto que já mencionei a sua história em palestras, reuniões e até num curso em Harvard. Pois ela teve a sorte de nascer com dois presentes valiosos: capacidade e coragem. E, durante a semana de 8 e 14 de abril, ela nos presenteou com um conteúdo riquíssimo sobre levain, que eu tenho a honra de compartilhar com vocês nas próximas páginas. Bem-vindos ao primeiro e-book da Aline :) e-book levain 07 — levain – a história Cronologia “livre” do Levain por Paula Rizkallah Desde a Antiguidade, a humanidade se alimenta dos pães de fermentação natural. No entanto, com o surgimento do fermento industrializado em meados do século 19, o ato de cultivar o próprio levain – tão importante para a nossa sobrevivência - correu sério risco de extinção. A seguir, confira a linha do tempo do fermento natural A.C. D.C. — Entre 10 a 15 mil a.c. A humanidade começa se alimentar de papas elaboradas a partir de grãos. — 8 mil anos a.c. Surgem os primeiros pães chatos como pita e pão sírio, que eram elaborados sem fermentação. — 5 mil a.c. Surgem os primeiros pães com fermentação natural. Historiadores acreditam que a descoberta da fermentação foi ao acaso. Alguém, provavelmente, esqueceu uma bacia com massa numa noite quente e reparou que, no dia seguinte, a massa havia crescido um pouco, o que deixou o pão ainda mais leve. — 1676 d.c. Os holandeses inventam o microscópio. — 1680 d.c. Os holandeses identificam a levedura da cerveja e iniciam o processo de captura de leveduras para pão proveniente da espuma da cerveja — 1857 Estudo do cientista francês Louis Pasteur (1822 – 1895) comprova que a fermentação é causada por bactérias — 1868 Os irmãos Fleischmann (de origem austro-húngara), inauguram nos EUA a primeira empresa a fabricar fermento industrial na América. — 1876 Os irmãos Fleischmann apresentam seu fermento industrializado numa feira para 10 milhões de pessoas e o produto torna-se extremamente popular. — 1940 Quando os EUA ingressam na Segunda Guerra Mundial, os irmãos Fleischmann lançam o fermento em pó seco, com o objetivo de garantir a produção de pães em locais de difícil acesso — 1984 Os irmãos Fleischmann inovam lançando o fermento em pó de crescimento rápido — Hoje Desde a invenção do fermento industrializado, a arte da panificação natural foi praticamente varrida do mapa, exceto por algumas culturas mais tradicionais, e meia dúzia de malucos como nós, que ainda tem em casa uma cultura de levain. Fico feliz quando vejo pessoas se apaixonando pela arte do levain, é essa paixão que vai garantir que esse sabor único se perpetue. Venha você também ser um embaixador dessa arte milenar! Junte-se a nós no grupo Levain do Facebook: www.facebook.com/levain e-book levain 08 L: Existem mais de 350 espécies de bactérias que causam a fermentação, sem contar variações da mesma espécie Fi: O fermento industrializado contem um único tipo de bactéria: o Saccharomyces Cerevisiae L: O levain contém uma variedade de espécies de bactérias, nenhuma delas igual ao fermento industrial Fi: O fermento industrial é previsível e estável L: O levain é tudo, menos previsível e varia muito de um território para outro. — levain vs. fermento industrializado 09 — como fazer o levain? À primeira vista, cultivar o próprio levain em casa pode parecer um bicho de sete cabeças, mas não é! Basta você se lembrar de alimentá- lo constantemente com água e farinha de trigo, da mesma maneira como rega as suas plantas no dia a dia e-book levain 6 7 4 5 Fase de hibernação A partir do terceiro dia, o fermento “dorme”. Mesmo sendo alimentado dia após dia, na proporção mencionada anteriormente, o fermento formará algumas bolhas (que indicam “vida”), mas não haverá nenhum sinal de mudança. Não se preocupe: isso é normal. Continue repetindo o mesmo processo a cada dia. O despertar do fermento Lá pelo quinto ou sexto dia, o levain retoma sua rotina de crescimento, ou seja, dobra de volume ao longo do dia, mas depois retorna para a sua marca inicial. Com o tempo, o aroma ácido torna-se alcoólico. É importante seguir com a mesma rotina de alimentação até que o levain adquira força suficiente para ser utilizado na produção de pães. O levain ganha força Por volta do oitavo dia, o fermento começa a ganhar força e dobra de volume em questão de horas. Nessa fase, é possível alimentá-lo até duas vezes por dia, mas deve-se seguir a proporção 1, 2 e 3. Ou seja, para cada 20 g de levain deve usar 40 g de água e 60 g de farinha de trigo. A partir daí, você pode deixar de lado a farinha de trigo integral e alimentá-lo apenas com farinha de trigo comum. A teia A partir do décimo dia, o levain começa a dobrar de volume em poucas horas, e é possível observar a presença de bolhas grandes e da teia, ou seja, quando você puxa o fermento com a colher, ele sobe em filamentos. Voilá! Já pode começar a fazer pão em casa. No entanto, você não pode deixar de alimentar o seu levain diariamente, para que ele siga vivo. Combinado? 1 2 3 010 e-book levain É claro que é preciso ter certa dose de paciência (e persistência!) para criar um levain do zero, mas o resultado (leia-se: aqueles pães incríveis!) compensa o esforço. Vamos tentar? A seguir, confira o passo a passo: Para começar Antes de tudo, separe os utensílios básicos para produzir o levain: dois recipientes de vidro largos, altos, transparentes e sem tampa, além de guardanapos de papel (gaze), elásticos, caneta-giz líquido (ou uma que escreva em vidro), uma espátula de silicone e uma balança de cozinha. Depois disso, é hora de separar os ingredientes: comece com 25 g de farinha de trigo comum (dessas de supermercado mesmo), 25 g de farinha de trigo integral e 50 g de água filtrada. Misture todos os ingredientes num dos potes, limpe as laterais com a espátula, cubra-o com um guardanapo de papel e prenda o guardanapo na borda do pote com um elástico. Com uma caneta-giz líquido, faça uma marcação indicando o volume e o horário e deixe o pote à temperatura ambiente de um dia para o outro. Primeiros passos No dia seguinte, é hora de alimentar a mistura. Lembra-se do outro recipiente limpo? Despeje nele 50 g do futuro levain (descarte o restante) e alimente-o novamente com a mesma proporção de ingredientes: 25 g de farinha de trigo comum, 25 g de farinha de trigo integral e 50 g de água filtrada. Cubra-o novamente com um guardanapo de papel preso por um elástico e guarde a mistura de um dia para o outro. É importante que, dia a dia, se faça uma marcação no recipiente com a data e o horário – para você acompanhar o desenvolvimento de seu fermento. Sinal de vida Nos primeiros dois dias, a mistura dobra de volume, ganha várias bolhas e um líquido surge na superfície. Tudo indica que está pronto para uso, certo? Errado! Na verdade, esse é apenas o “despertar” do levain – as bactérias estão começando a se alimentar dos açúcares presentes nas farinhas e transformá-los em álcool. É então que o futuro levain começa a ganhar um aroma mais ácido. Mas é preciso seguir com a alimentação, sempre se lembrando de transferir-lo de um recipiente para o outro. 011 — deu certo? aprenda como cuidar de seu levain Confira algumas dicas de como alimentar o seu fermento natural ou até “ressuscitá-lo” – caso seja necessário e-book levain 012 e-book levain Criar um fermento natural do zero exige certa dose de paciência, mas não é nada do outro mundo. Para cuidar de seu fermento, basta seguir a lógica do Tamagotchi, aquele bichinho virtual que fazia a alegria da garotada nos anos 1990: alimentá-lo diariamente. Assim, ele vai recompensá-lo com irresistíveis fornadas. É claro que, para se desenvolver, as bactériase micro-organismos dependem de uma série de variáveis, que vão desde a quantidade da água e da farinha até a temperatura do dia. Para fazer o seu levain viver mais (e melhor!), confira algumas dicas a seguir: Quanto mais, melhor! O seu levain está demorando a “pegar no tranco”? Ou a sua atividade se interrompeu de uma hora para outra? Para resolver isso, basta alimentá-lo mais. Multiplique a quantidade de farinha por 3 ou 4, ou seja, se estiver usando habitualmente 25 g a cada alimentação, passe a utilizar 100 g. Assim, o seu levain não morrerá de fome – literalmente. Use farinha integral Quer que o seu levain se desenvolva melhor? Adicione um pouco de farinha integral (a Aline usa farinha de centeio integral orgânica sem aditivos). Para a alimentação diária em casa: para cada 100 g de farinha integral, utilize 15 g de farinha de centeio e 309 g de farinha de trigo integral. Menos água Em dias muito quentes, reduza o nível de hidratação do seu levain. Se a proporção que você usa é equivalente ao peso do levain, passe a utilizar 60% de água. Isso irá desacelerar a fermentação e equilibrar as altas temperaturas. Uma pitada de sal Durante o processo de fermentação, pode acontecer de seu levain adquirir bactérias e micro- organismos ruins, que irão enfraquecê-lo. Para evitar isso, adicione uma pitada de sal logo no início do processo, mas não exagere na quantidade: 2% de sal é o suficiente. Choque térmico O seu levain está demorando a reagir? Leve-o à geladeira por algumas horas e, depois, coloque-o num local aquecido. Repita esse processo algumas vezes se necessário. Com isso, as leveduras terão a oportunidade de se recuperar e se multiplicar. Dê um refresco para o seu levain A temperatura ideal para o levain desenvolver-se satisfatoriamente é entre 24°C e 28°C. Por isso, em dias de calor intenso, é importante deixar o fermento na geladeira. Retire-o da geladeira e deixe-o à temperatura ambiente antes de usá-lo, ou utilize-o diretamente da geladeira adicionando água morna em torno de 45°C. Pode usar a proporção 1, 2 e 3 (1 parte de levain, 2 partes de água e 3 partes de farinha de trigo); ou 1, 2 e 2; ou 1, 3 e 3; ou 1, 4 e 4; ou 1, 5 e 5. Lembrando que quanto menor a proporção de levain usada na mistura, mais demorada será a fermentação e menos ácido será o levain. De um pote para o outro Cada vez que for alimentar o levain, transfira-o para um recipiente limpo. Após a alimentação, o fermento natural tende a crescer e depois retornar à sua posição inicial. E a mistura ressecada que se prende nas paredes do recipiente pode prejudicar o desenvolvimento do levain. Farinhas importadas Você sabia que a maior parte das bactérias que capturamos para fazer o levain vem da própria farinha? E que para eliminar 100% das bactérias de uma farinha, é necessário expô-la a uma irradiação altíssima! Do contrário ela nunca será bactéria-free. Por isso, comprar farinha em outro local enriquece seu fermento com novas bactérias. 013 e-book levain — “acordamos” leveduras importadas Durante a semana em que a mesa Levain esteve no ar, Aline Galle e Paula Rizkallah realizaram uma série de atividades dedicadas ao tema. Uma delas foi “despertar” sete culturas diferentes, vindas de diversos países Como vimos ao longo da semana, para manter o levain em plena atividade é preciso alimentá-lo diariamente com farinha de trigo e água. Mas se quiser deixar o fermento natural “adormecido” e armazená-lo por mais tempo, o jeito é desidratá-lo (veja mais no IGTV do @tanamesa.tm). Seja para ter um backup do levain, seja para transportá-lo sem transtornos (quem já levou o fermento numa viagem de avião sabe do que estamos falando), muita gente se utiliza dessa técnica. Também é possível encontrar fermentos desidratados, originários de diversos países, à venda pela internet. Mas qual é a longevidade dessas leveduras desidratadas? Com o objetivo de responder a essa pergunta e marcar a abertura da mesa Levain, Paula Rizkallah e Aline Galle “despertaram” culturas vindas de diversos de países – Egito, Arábia Saudita, África do Sul, França e EUA (São Francisco e Alasca). Os fermentos desidratados foram adquiridos pela Paula há mais de duas décadas pelo site norte- americano Sourdough.com e já tinham passado da data de validade. Mesmo assim, elas resolveram testá-los e descobrir se ainda podiam ser ativados*. Embora o levain do Egito tenha sido um dos primeiros a “despertar”, ele não se desenvolveu muito bem. Formaram-se bolhas muito pequenas na superfície, e seu odor era desagradável. O mesmo fim teve o da França, que nem chegou a formar teia. Já o levain de São Francisco (EUA) – a meca dos pães sourdough – formou bolhas enormes no início, mas logo decaiu e não se desenvolveu como o esperado. O levain da Arábia Saudita ficou no mesmo patamar. O levain integral da África do Sul foi um dos que se saiu melhor no teste, pois começou a formar teia e bolhas maiores. Mas a grande surpresa ficou por conta do levain do Alasca, que formou bolhas e teia e exalou um aroma agradável de banana madura. Ele deu tão certo que a Aline o levou para a sua casa, no Rio Grande do Sul, para prosseguir com a alimentação. E, até o fechamento deste e-book, ele ia muito bem. * Como haviam passado da data de validade, esses fermentos naturais já eram impróprios para consumo. e-book levain — motivos para apostar nos pães de fermentação natural Além do pão de fermentação natural ser muito mais aromático e saboroso do que as versões elaboradas com fermento biológico, o levain tem mais uma qualidade indiscutível: é um importante aliado da saúde, pois auxilia numa série de funções no organismo. Para começar, o levain ajuda a quebrar o glúten, o que deixa o pão mais fácil de ser digerido. Também é importante aliado do sistema digestivo. O fermento natural pré-digere o farelo de trigo, o que faz com que os minerais e vitaminas fiquem mais disponíveis para absorção. Os benefícios do levain para nosso organismo variam de acordo com a receita da qual ele é protagonista. Caso o pão seja de farinha branca, os ácidos orgânicos produzidos pelos micro-organismos e bactérias presentes no fermento natural ajudam a desacelerar a absorção dos açúcares presentes na farinha branca, o que reduz consideravelmente os picos de insulina. E caso o pão seja composto de farinha de trigo integral, as fibras solúveis e insolúveis do farelo ajudam a controlar a absorção de gorduras, incluindo o colesterol e estimulam o intestino. Como se não bastasse, pesquisadores da Itália - uma nação de comedores de trigo – descobriram que o levain ajuda a destruir alguns dos peptídeos, que são responsáveis pela intolerância ao glúten, mais conhecida como doença celíaca. Com todos esses argumentos, você nunca mais vai enxergar o seu pão sourdough da mesma maneira. Falando nisso, a próxima página é de receitas da mesa Levain e você encontrará diversos pães para fazer em casa. Afinal, a gente não cultiva levain à toa, não é mesmo? 014 015 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Primeiro Pão ingredientes 500 g de farinha de trigo 260 ml de água, à temperatura ambiente 1 xícara (200 g) de levain 2 colheres (sopa) (30 ml) de azeite de oliva extravirgem 1/2 colher (sopa) (7 g) de sal 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Num recipiente, junte a farinha e a água, misture bem, cubra com filme plástico ou com tampa própria e deixe descansar, à temperatura ambiente, por 1 hora. 2. Transfira a mistura para a tigela da batedeira ou para a cuba da panificadora, adicione o levain e o azeite e sove por 10 minutos. Então, acrescente o sal e sove por mais 2 ou 3 minutos. Se preferir, faça esse trabalho à mão. Nesse caso, levará um pouco mais de tempo até atingir o ponto de véu. 3. Coloque a massa num recipiente untado com óleo, cubra e deixe descansar,à temperatura ambiente por 30 minutos. 4. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as Tempo: 20 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas viradas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes. 5. Ao final do último descanso, coloque a massa na bancada polvilhada com farinha e faça uma pré-modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire a massa e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 6. Passado esse tempo, modele novamente a massa, tensionando-a o máximo possível, e coloque-a, com as emendas voltadas para cima, dentro do cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz. Se estiver utilizando outro tipo de cesto, talvez seja necessário forrar com um pano ou com uma touca plástica descartável e polvilhar com farinha para que a massa não grude. 7. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, e feche-o deixando espaço para a massa crescer. 8. Deixe a massa descansar por mais 1 hora à temperatura ambiente antes de levá-la para fermentar na geladeira, na área menos fria, por umas 12 horas. Se o clima estiver quente e a massa, continua aqui Se você nunca fez um pão de fermentação natural, essa receita é ideal para começar. Bora? 016 fermentando rapidamente, leve-a mais cedo para a geladeira. Se o clima estiver frio e a fermentação, muito lenta, estenda esse tempo para até 2 horas. Se não for possível colocar a massa na gaveta de verduras, que é a área menos fria da geladeira, então embrulhe o cesto numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 9. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 10. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 11. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 12. Deixe o pão assar a 250°C por 20 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 15 minutos. Reduza para 200°C e asse por mais 10 minutos. Por fim, reduza para 180°C e deixe assar por mais 10 minutos. Isso fará com que o miolo não fique úmido. 13. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 017 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão de Framboesa e Chocolate Ruby ingredientes 500 g de farinha de trigo 260 ml de água, à temperatura ambiente 1 xícara (200 g) de levain 2 colheres (sopa) (30 ml) de azeite de oliva extravirgem 1/2 colher (sopa) (7 g) de sal 150 g de framboesa fresca 150 g de gotas de chocolate Ruby 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Num recipiente, junte a farinha e a água, misture bem, cubra com filme plástico ou com tampa própria e deixe descansar, à temperatura ambiente, por 1 hora. 2. Transfira a mistura para a tigela da batedeira ou para a cuba da panificadora, adicione o levain e o azeite e sove por 10 minutos. Então, acrescente o sal e sove por mais 2 ou 3 minutos. Por último, junte a framboesa e o chocolate e bata apenas até misturá-los à massa. 3. Coloque a massa num recipiente untado com óleo, cubra e deixe descansar, à temperatura ambiente, por 30 minutos. 4. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as Tempo: 19 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas viradas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes. 5. Ao final do último descanso, coloque a massa na bancada polvilhada com farinha e faça uma pré-modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire a massa e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 6. Passado esse tempo, modele novamente a massa, tensionando-a o máximo possível, e coloque-a, com as emendas voltadas para cima, dentro do cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz. Se estiver utilizando outro tipo de cesto, talvez seja necessário forrar com um pano ou com uma touca plástica descartável e polvilhar com farinha para que a massa não grude. 7. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, e feche-o deixando espaço para a massa crescer. 8. Deixe a massa descansar por mais 1 hora à temperatura ambiente antes de levá-la para fermentar na geladeira, na área menos fria, por umas 12 horas. Se o clima estiver quente e a massa, continua aqui 018 fermentando rapidamente, leve-a mais cedo para a geladeira. Se o clima estiver frio e a fermentação, muito lenta, estenda esse tempo para até 2 horas. 9. Se não for possível colocar a massa na gaveta de verduras, que é a área menos fria da geladeira, então embrulhe o cesto numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 10. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 11. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 12. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 13. Deixe o pão assar a 250°C por 20 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 15 minutos. Reduza para 200°C e asse por mais 10 minutos. Por fim, reduza para 180°C e deixe assar por mais 10 minutos. Isso fará com que o miolo não fique úmido. 14. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa notas do rodapé Chocolate rosa? À primeira vista, até parece um chocolate branco com corante. Mas é naturalmente cor de rosa. O ruby, chocolaterecém-lançado pela marca belga Callebaut, é elaborado a partir de amêndoas rosadas de cacau. Embora elas existam no fruto convencional do cacaueiro, a marca desenvolveu em parceria com a Jacobs University, na Alemanha, a tecnologia capaz de selecionar as amêndoas para a produção do ruby. O chocolate, anunciado em 2017 na China, foi uma revelação e tanto para o mundo do chocolate. Afinal, o último tipo descoberto foi o chocolate branco, há mais de 80 anos. Com sabor levemente ácido, com notas de frutas vermelhas, o ruby se tornou o queridinho dos confeiteiros e padeiros como Aline Galle, que usou o chocolate no preparo deste pão irresistível. 019 Receita — Aline Galle Fotografia — Valentino Fialdini Pão de Cacau ingredientes 3 xícaras (405 g) de farinha de trigo 280 ml de água gelada 2 colheres (sopa) (10 g) cacau em pó black 4 colheres (sopa) (20 g) de cacau em pó 100% 1/2 xícara (100 g) de levain 1 1/2 colher (chá) (7 g) de sal 1 colher (sopa) (10 g) de açúcar mascavo claro 1 xícara (150 g) de chocolate meio amargo picado 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1 xícara (135 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Numa tigela, misture a farinha e 260 ml de água, cubra e deixe descansar por 2 horas e 30 minutos. 2. Transfira a massa para a tigela da batedeira e junte o cacau em pó, o levain e o açúcar mascavo e comece a bater. 3. Aos poucos, adicione a água restante e bata por 7 minutos. 4. Acrescente o sal e bata até atingir o ponto de véu. 5. Junte o chocolate picado e bata por 1 minuto. 6. Transfira para um contêiner untado com óleo, cubra e deixe descansar por 30 minutos. Tempo: 17 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto 7. Depois desse tempo, dobre as extremidades da massa sobre o centro, vire a massa no contêiner de modo a deixar as emendas para baixo e deixe descansar por mais 30 minutos. 8. Repita o processo de dobras e descanso mais 3 vezes. Se a massa estiver crescendo muito lentamente durante esse processo, aumente o intervalo entre as dobras para 1 hora. 9. Depois do último descanso, faça uma pré-modelagem da massa e deixe descansar por mais 30 minutos. 10. Ao final, modele o pão e coloque-o no cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz ou forrado com um touca plástica descartável. 11. Coloque o cesto dentro de um saco plástico, feche deixando espaço para a massa crescer e deixe descansar à temperatura ambiente por mais 2 horas. 12. Transfira o cesto para a geladeira e deixe fermentar ali por 12 a 20 horas, a depender da sua disponibilidade. Nesse intervalo, a massa deve ganhar cerca de 2/3 do tamanho original. Não a deixe dobrar de volume, do contrário, ela não terá um bom crescimento no forno e os cortes perderão destaque. 13. Coloque a panela de ferro com a tampa e aqueça-o a 250°C por 30 minutos. 14. Leve o cesto de fermentação ao freezer enquanto o forno aquece, para que fique mais firme, assim se desprenderá mais facilmente do cesto e os cortes ficarão mais precisos. continua aqui 020 15. Retire o cesto do freezer e a panela do forno. Vire o pão sobre um tapete de silicone, polvilhe o pão com farinha de arroz e faça os cortes a seu gosto. 16. Com cuidado, transfira o pão para dentro da panela segurando pelas bordas do tapete, tampe e leve imediatamente de volta ao forno. 17. Asse o pão por 20 minutos a 250°C. Depois, destampe a panela, reduza para 230°C e asse por mais 15 minutos. Então, reduza para 200°C e asse por mais 10 minutos. Se o seu fogão tiver uma resistência superior, ligue-a nesse momento. Reduza a temperatura para 180°C e asse por mais 10 minutos. Esse tempo final deixará o miolo mais sequinho, mas se você preferir um miolo mais úmido, desconsidere essa etapa. 18. Retire a panela do forno, retire o pão da panela, transfira-o para um grade e deixe-o esfriar completamente antes de cortar. utensílios Tapete de silicone Panela de ferro Cesto de fermentação (banneton) 021 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão Multigrãos ingredientes 400 g farinha de trigo 280 ml de água gelada 1/2 xícara (100 g) levain 8 g sal 1 colher (sopa) (9 g) de semente de linhaça dourada 1 colher (sopa) (9 g) de semente de linhaça marrom 1 colher (sopa) (8 g) de gergelim preto 1 colher (sopa) (8 g ) de gergelim branco 1 colher (sopa) (20 g) de semente de chia 1 colher (sopa) (10 g ) de quinua branca 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Numa tigela, junte a farinha e a água, misture até incorporar tudo, cubra com filme plástico ou com tampa própria e deixe descansar na geladeira por 2 horas. 2. Transfira a mistura para a tigela da batedeira ou para a cuba da panificadora, adicione o levain e sove por 5 minutos. Então, acrescente o sal e sove até que a massa se desgrude da tigela. Por Tempo: 19 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto último, junte os grãos e bata até misturar. 3. Transfira a massa para um recipiente untado com óleo, cubra novamente e deixe descansar, à temperatura ambiente por 30 minutos. 4. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas viradas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes, sendo que, após a última dobra, a massa deve descansar por 1 a 2 horas à temperatura ambiente. Nesse intervalo, ela deve crescer de 30% a 50%, a depender da temperatura ambiente. 5. Passado o último descanso, coloque a massa numa bancada ligeiramente polvilhada com farinha e faça uma pré-modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire-a e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 6. Passado esse tempo, modele novamente a massa, tensionando-a o máximo possível, e coloque-a, com as emendas voltadas para cima, dentro do cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz. Se estiver utilizando outro tipo de cesto, talvez seja necessário forrar com um pano ou com uma touca plástica continua aqui 022 descartável e polvilhar com farinha para que a massa não grude. 7. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, feche-o deixando espaço para a massa crescer e leve à geladeira por 12 horas. Se não for possível colocar a massa na gaveta de verduras, que é a área menos fria da geladeira, então, embrulhe o cesto numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 8. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 9. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 10. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 11. Deixe o pão assar a 250°C por 30 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 35 minutos. 12. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquantoesfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 023 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão de Sêmola ingredientes 400 g sêmola de trigo de grano duro 1 1/4 xícara (300 ml) de água 120 g levain 8 g sal 1/2 colher (chá) (3 ml) azeite de oliva extravirgem 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Numa tigela, coloque a sêmola e a água, misture até que tudo esteja bem incorporado, cubra com filme plástico ou com tampa própria e leve para descansar na geladeira por 3 horas. 2. Retire a massa da geladeira, transfira para a tigela da batedeira, junte o levain e sove por 5 minutos. Acrescente o sal e sove até a massa se desgrudar da tigela. Então, adicione o azeite lentamente e bata até a massa se desgrudar novamente da tigela. 3. Passe a massa para um recipiente untado com óleo, cubra e deixe descansar por 30 minutos à temperatura ambiente. 4. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por Tempo: 19 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes, sendo que o último descanso deve ser de 1 a 2 horas. Ao final desse tempo, a massa terá crescido entre 30% e 50%. 5. Coloque a massa na bancada polvilhada com farinha e faça uma pré-modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire- a e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 6. Passado esse tempo, modele novamente a massa, tensionando-a o máximo possível, e coloque-a, com as emendas voltadas para cima, dentro do cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz. Se estiver utilizando outro cesto, talvez seja necessário forrar com um pano de prato ou uma touca plástica descartável e também polvilhar com farinha, para que a massa não grude. 7. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, feche-o deixando espaço para a massa crescer e leve o cesto à geladeira, na área menos fria, por umas 12 horas. Se não for possível colocar a massa na gaveta de verduras, que é a área menos fria da geladeira, então, embrulhe o cesto numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume continua aqui 024 inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 8. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 9. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 10. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 11. Deixe o pão assar a 250°C por 20 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 35 minutos. 12. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 025 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão Sovadinho ingredientes 6 colheres (sopa) (66 g) de açúcar 1/2 colher (sopa) (7 g) de sal 1 colher (sopa) (15 g) de manteiga sem sal ou margarina 100 ml leite semidesnatado morno 100 ml água morna 1 xícara (200 g) levain 1 colher (chá) (4 g) de fermento biológico seco 4 xícaras (540 g) de farinha de trigo 1/2 xícara (67 g) de farinha de trigo, para polvilhar 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1 ovo grande (70 g), ligeiramente batido, para pincelar Tempo: 4 horas Rendimento: 2 pães médios ou 5 pequenos Dificuldade: fácil, mas nem tanto modo de preparo 1. Na cuba da panificadora ou na tigela da batedeira, coloque o açúcar, o sal, a manteiga, o leite, a água, o levain, o ovo e o fermento e vá juntando aos poucos a farinha e sovando até a massa atingir o ponto de véu. Talvez não seja necessário usar toda a farinha. 2. Transfira a massa para uma superfície ligeiramente enfarinhada, cubra e deixe descansar por 2 horas. 3. Abra a massa com o rolo, modele os pães, coloque na assadeira untada com óleo e deixe crescer dentro do forno desligado e com a luz acesa até dobrar de volume. 4. Preaqueça o forno a 220°C, pincele toda a superfície do pão com o ovo batido e leve para assar por 40 a 45 minutos. 5. Retire do forno e deixe esfriar sobre uma grade. 026 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão de Milho ingredientes 160 g de farinha de milho ou fubá 200 g de água fervente 360 g de farinha de trigo 1 colher (sopa) (15 g) de banha suína ou 2 colheres (sopa) (30 ml) de óleo de milho, ou canola 160 g de levain 1/2 xícara (120 ml) de água gelada 1/2 colher (sopa) (7 g) de sal 1 colher (sopa) (15 ml de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Numa tigela, coloque a farinha de milho e a água fervente e deixe descansar até esfriar completamente. 2. Transfira para a tigela da batedeira, junte a farinha de trigo, a banha, o levain e, aos poucos, a água gelada e sove por 10 minutos. Adicione o sal e sove até a massa se desgrudar totalmente da tigela. 3. Coloque a massa num recipiente untado com óleo, cubra e deixe descansar, à temperatura ambiente, por 30 minutos. 4. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as Tempo: 10 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes, sendo que o último descanso deve ser de 1 a 2 horas. Ao final desse tempo, a massa terá crescido entre 30% e 50%. 5. Ao final do último descanso, coloque a massa na bancada polvilhada com farinha de arroz e faça uma pré-modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire-a e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira a selar as emendas. Cubra a massa e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 6. Então, faça a modelagem final, tensionando a massa o máximo possível, e coloque-a no cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz, com as emendas viradas para cima. Se estiver utilizando outro cesto, talvez seja necessário forrá-lo com um pano de prato ou uma touca plástica descartável e também polvilhar com farinha para que a massa não grude. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, e feche-o, deixando espaço para a massa crescer. 7. Deixe a massa descansar por mais 1 hora à temperatura ambiente continua aqui 027 antes de levá-la para fermentar na geladeira, na área menos fria, por umas 12 horas. Se o clima estiver quente e a massa estiver fermentando rapidamente, leve-a mais cedo para a geladeira. Se o tempo clima estiver frio e a fermentação estiver muito lenta, estenda esse tempo para 2horas. Se não for possível colocar a massa na gaveta de verduras, que é a área menos fria, então, embrulhe o cesto numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 8. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 9. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 10. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 11. Deixe o pão assar a 250°C por 20 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 35 minutos. 12. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 028 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão de Chá Azul (Butterfly Pea) ingredientes 300 ml de água fervente 6 g de flores secas de clitorea ternatea (butterfly pea) (chá azul) 3 xícaras (405 g) de farinha de trigo 00 80 g levain 8 g sal 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Numa panela, ferva a água, retire do fogo, junte o chá, deixe em infusão até esfriar completamente e coe. 2. Numa tigela, coloque a farinha e a infusão de chá, misture até que tudo esteja bem incorporado, cubra com filme plástico ou tampa própria e deixe descansar na geladeira por 2 horas. 3. Retire a massa da geladeira, coloque na tigela da batedeira, junte o levain e sove por 5 minutos. Acrescente o sal e sove até que a massa se desgrude totalmente da tigela. 4. Transfira para um recipiente untado com óleo, cubra e deixe descansar por 30 minutos à temperatura ambiente. 5. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por Tempo: 20 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes, sendo que, após a última dobra, a massa deve descansar por 1 a 2 horas à temperatura ambiente. Nesse intervalo, ela deve crescer de 30% a 50%, a depender do clima. 6. Passado o último descanso, coloque a massa numa bancada ligeiramente polvilhada com farinha de arroz e faça uma pré- modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire-a e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 7. Faça, então, a modelagem final, tensionando a massa o máximo possível, e coloque-a, com as emendas voltadas para cima, dentro do cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz. Se estiver utilizando outro cesto, talvez seja necessário forrar com um pano de prato ou uma touca plástica descartável e também polvilhar com farinha, para que a massa não grude. 8. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, feche-o deixando espaço para a massa crescer e leve o cesto à geladeira, na área menos fria, por umas 12 horas. Se não for possível colocar a massa na gaveta de verduras, que é a área menos fria da geladeira, então, embrulhe o cesto numa toalha de mesa continua aqui 029 para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 9. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 10. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 11. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 12. Deixe o pão assar a 250°C por 30 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 35 minutos. 13. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 030 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão de Campagne ingredientes 50 g farinha de trigo integral 50 g de farinha de centeio 295 g de farinha de trigo comum 50 g farinha de trigo manitoba 1 1/3 xícara (320 ml) de água gelada 120 g de levain 9 g de sal 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Numa tigela, junte as farinhas e 300 ml de água, misture até que tudo esteja bem incorporado, cubra com filme plástico ou com tampa própria e leve para descansar na geladeira por 2 horas. 2. Retire a massa da geladeira, coloque na tigela da batedeira, adicione o levain e o sal e sove por 5 minutos. Sempre batendo, vá juntando a água restante aos poucos, à medida que for sendo absorvida, e bata até que a massa se desgrude completamente da tigela. 3. Transfira a massa para um recipiente untado com óleo, cubra e deixe descansar por 30 minutos. Então, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no Tempo: 19 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto recipiente, de modo que as emendas fiquem viradas para baixo, e deixe descansar por 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes, sendo que após a última dobra a massa deve descansar por 1 a 2 horas. Nesse meio-tempo, o crescimento deve ser de 30% a 50%. 4. Coloque a massa na bancada levemente polvilhada com farinha de arroz e faça uma pré-modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire-a e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 5. Faça, então, a modelagem final, tensionando a massa o máximo possível, e coloque-a, com as emendas voltadas para cima, dentro do cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz. Se estiver utilizando outro cesto, talvez seja necessário forrar com um pano de prato ou uma touca plástica descartável e também polvilhar com farinha para que a massa não grude. 6. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade, feche-o deixando espaço para a massa crescer e leve à geladeira por 12 horas. Se não for possível colocar a massa na gaveta de verduras, que é a áreamenos fria da geladeira, embrulhe o cesto numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, continua aqui 031 ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 7. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 8. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 9. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 10. Deixe o pão assar a 250°C por 30 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 35 minutos. 11. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 032 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão de Abóbora ingredientes 3 xícaras (405 g) farinha de trigo 280 ml água gelada 180 g de abóbora japonesa, sem casca, em cubos 120 g levain 40 g mel 8 g sal 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Numa tigela coloque a farinha e a água, misture até tudo estar bem incorporado, cubra com filme plástico ou tampa própria e deixe descansar na geladeira por 2 horas. 2. Enquanto isso, espalhe os cubos de abóbora numa assadeira e leve ao forno preaquecido a 180°C por 20 minutos ou até que abóbora esteja bem macia. Transfira a abóbora para um prato, amasse bem com um garfo e deixe esfriar. 3. Retire a massa da geladeira, coloque na tigela da batedeira, junte o levain, a abóbora, o mel e o sal e sove até que a massa se desgrude totalmente da tigela. 4. Transfira para um recipiente untado com óleo, cubra e deixe descansar, à temperatura ambiente, por 30 minutos. Tempo: 20 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto 5. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes, sendo que, após a última dobra, a massa deve descansar por 1 a 2 horas à temperatura ambiente. Nesse intervalo, ela deve crescer de 30% a 50%, a depender do clima. 6. Passado o último descanso, coloque a massa numa bancada ligeiramente polvilhada com farinha e faça uma pré-modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire-a e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 7. Faça, então, a modelagem final, tensionando a massa o máximo possível, e coloque- a, com as emendas voltadas para cima, dentro do cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz. Se estiver utilizando outro cesto, talvez seja necessário forrar com um pano de prato ou uma touca plástica descartável e também polvilhar com farinha para que a massa não grude. 8. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, feche-o deixando espaço para a massa crescer e leve o cesto à geladeira, na área menos fria, para fermentar por 12 horas. Se não for possível continua aqui 033 colocar a massa na gaveta de verduras, que é a área menos fria da geladeira, embrulhe o cesto numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 9. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 10. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 11. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 12. Deixe o pão assar a 250°C por 30 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 35 minutos. 13. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 034 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão com Crosta de Sementes ingredientes 3 xícaras (405 g) de farinha de trigo 260 ml de água, à temperatura ambiente 120 g de levain 8 g de sal 1/4 de xícara (30 g) de semente de girassol 1/4 de xícara (18 g) de semente de abóbora 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de arroz, para polvilhar modo de preparo 1. Numa tigela coloque a farinha e a água, misture até que tudo esteja bem incorporado, cubra com filme plástico ou com tampa própria e leve para descansar na geladeira por 12 horas. 2. Retire a massa da geladeira, coloque na tigela da batedeira, junte o levain e sove por 5 minutos. Adicione o sal e sove até que a massa se solte completamente da tigela. 3. Transfira a massa para um recipiente untado com óleo, cubra e deixe descansar, à temperatura ambiente, por 30 minutos. 4. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por Tempo: 30 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes, sendo que, após a última dobra, a massa deve descansar por 1 a 2 horas à temperatura ambiente. Nesse intervalo, ela deve crescer de 30% a 50%, a depender do clima. 5. Passado o último descanso, coloque a massa numa bancada ligeiramente polvilhada com farinha e faça uma pré-modelagem: abra a massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire-a e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 6. Faça, então, a modelagem final, tensionando a massa o máximo possível. Depois, borrife água na superfície da massa e role-a sobre as sementes, de maneira a criar uma crosta. 7. Coloque a massa, com as emendas voltadas para cima, dentro do cesto de fermentação polvilhado com farinha de arroz. Se estiver utilizando outro cesto, talvez seja necessário forrar com um pano de prato ou uma touca plástica descartável e também polvilhar com farinha para que a massa não grude. 8. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, feche-odeixando espaço para a massa crescer e leve o cesto à geladeira, na área menos fria, por 12 horas. Se não for possível colocar a massa continua aqui 035 na gaveta de verduras, que é a área menos fria da geladeira, embrulhe-o numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 9. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 10. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha depapel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 11. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 12. Deixe o pão assar a 250°C por 30 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 35 minutos. 13. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 036 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Pão 100% Integral ingredientes 650 ml a 700 ml de água morna (dependendo da farinha de trigo) 4 colheres (sopa) (40 g) de açúcar mascavo claro 2 colheres (sopa) (16 g) de fermento biológico seco 3 colheres (sopa) (45 ml) de óleo de milho, canola ou outro 1/2 colher (sopa) (7 g) de sal 1 kg de farinha de trigo integral, aproximadamente 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo de canola, para untar 1/2 xícara (65 g) de farinha de trigo integral, para polvilhar modo de preparo 1. Num recipiente, junte a água morna, o açúcar e o fermento, misture bem, cubra com filme plástico ou tampa própria e deixe descansar por aproximadamente 30 minutos. 2. Na tigela da batedeira ou cuba da panificadora, coloque o óleo, o sal, metade da farinha de trigo e a mistura fermentada e comece a sovar. 3. Sempre batendo, vá adicionando a farinha restante aos poucos. Algumas farinhas integrais são mais grossas e mais difíceis de trabalhar porque produzem uma massa que se rasga facilmente. Essas farinhas absorvem bem mais água que as outras, e por isso é necessário uma quantidade menor de farinha. Sendo assim, vá juntando bem aos poucos a segunda parte da farinha e Tempo: 20 horas Rendimento: 1 pão Dificuldade: fácil, mas nem tanto observando, para não correr o risco de colocar farinha de mais. Se for preciso, substitua um pouco da farinha integral por farinha de trigo branca. 4. Sove por 10 minutos, depois transfira a massa para um recipiente plástico untado com óleo, tampe e deixe a massa descansar por 30 minutos. 5. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas viradas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes. 6. Ao final do último descanso, coloque a massa na bancada polvilhada com farinha, divida-a em 2 partes e faça uma pré- modelagem: abra cada parte da massa, puxe as extremidades para o centro, formando uma bola, e, então, vire-a e movimente-a arrastando em círculos sobre a bancada, de maneira que o atrito sele as emendas. Cubra a massa com um pano de prato e deixe-a descansar ali por mais 30 minutos. 7. Passado esse tempo, modele novamente os pães, tensionando a massa o máximo possível, e coloque-os, com as emendas voltadas para cima, dentro dos cestos de fermentação polvilhados com farinha. Se estiver utilizando outro tipo de cesto, talvez seja necessário forrá-los com um pano ou com uma touca continua aqui 037 plástica descartável e polvilhar com farinha para que a massa não grude. 8. Coloque o cesto dentro de um saco plástico grande, para que a massa não absorva umidade da geladeira, e feche-o deixando espaço para a massa crescer. 9. Deixe a massa descansar por mais 1 hora à temperatura ambiente antes de levá-la para fermentar na geladeira, na área menos fria, por umas 12 horas. Se o clima estiver quente e a massa, fermentando rapidamente, leve-a mais cedo para a geladeira. Se o clima estiver frio e a fermentação, muito lenta, estenda esse tempo para até 2 horas. Se não for possível colocar a massa na gaveta de verduras, que é a área menos fria da geladeira, então embrulhe o cesto numa toalha de mesa para que a baixa temperatura não interfira na fermentação. É esperado que nesse tempo a massa cresça entre 2/3 e 3/4 de seu volume inicial, ela não deve dobrar de volume. Se a massa dobrar de volume ainda nessa fase, não haverá crescimento no forno e os cortes ficarão indefinidos. 10. Na hora de assar o pão, coloque a panela com a tampa dentro do forno e o aqueça a 250°C por 30 minutos. Enquanto isso, leve o cesto com a massa ao freezer para firmar um pouco e facilitar a feitura dos cortes. Isso ajuda bastante quando se está trabalhando com massas muito hidratadas. 11. Quando o forno tiver atingido a temperatura desejada, retire a panela e coloque-a sobre uma grade. Também retire o cesto do freezer e vire a massa sobre uma folha de papel antiaderente ou um tapete de silicone. Com uma lâmina bem afiada, faça os cortes como desejar. 12. Destampe a panela e, segurando pelas bordas do papel, transfira o pão para dentro da panela, tampe e leve-a imediatamente ao forno. 13. Deixe o pão assar a 250°C por 20 minutos. Então, retire a tampa, reduza a temperatura para 230°C e asse por mais 15 minutos. Reduza para 200°C e asse por mais 10 minutos. Por fim, reduza para 180°C e deixe assar por mais 10 minutos. Isso fará com que o miolo não fique úmido. 14. Retire a panela do forno, remova o pão da panela e deixe-o esfriar completamente sobre uma grade antes de cortá-lo. Lembre-se de que o pão continua cozinhando enquanto esfria. utensílios Filme plástico Papel antiaderente ou tapete de silicone Cesto de fermentação (banneton) Panela de ferro grande com tampa 038 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Massa de Pizza com Levain ingredientes 4 xícaras (540 g) de farinha de trigo 3/4 de xícara (150 g) de levain 2 colheres (sopa) (30 ml) de azeite de oliva extravirgem 1/2 colher (sopa) (7 g) de sal 1 1/4 xícara (300 ml) de água 1 xícara (240 ml) de molho de tomate, para cobrir 2 xícaras (270 g) de mussarela em cubinhos, para cobrir 200 g de tomate-cereja vermelho, cortado ao meio, para cobrir 1/4 de xícara (8 g) de folhas de manjericão 1 colher (sopa) (15 ml) de óleo canola ou azeite de oliva, para untar 1/2 xícara (68 g) de farinha de trigo, para polvilhar modo de preparo 1. Na tigela da batedeira ou na cuba da panificadora, coloque a farinha, o levain, o azeite de oliva, o sal e 200 ml de água e comece a sovar. Se preferir, você pode fazer isso à mão. 2. Vá adicionando o restante da água aos poucos e sove por 10 minutos, até obter uma massa semelhante a de pão. 3. Transfira a massa para um recipiente untado com óleo, cubra com filme plástico e deixe descansar por 30 minutos. Tempo: 5 horas Rendimento: 2 pizzas de 30 cm ou 3 pizzas de 20 cm de diâmetro Dificuldade: fácil, mas nem tanto 4. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras edescanso mais 3 vezes, estendendo o último descanso para 1 hora. 5. Numa superfície polvilhada com farinha, divida a massa em 2 partes iguais se quiser pizzas de 30 cm ou em 3 partes iguais se quiser pizzas de 20 cm de diâmetro. Boleie cada porção, coloque numa assadeira polvilhada com farinha, cubra com filme plástico ou pano úmido, para que não se resseque, e deixe descansar até dobrar de volume. 6. Quando estiver quase no ponto de assar, ligue o forno à temperatura máxima. Se o forno tiver resistência superior ou grill, deixe-a ligada também. Coloque dentro do forno uma pedra refratária própria para assar pizzas ou uma assadeira e deixe aquecer por 30 minutos. 7. Quando a massa dobrar de volume, coloque-a novamente na bancada enfarinhada e abra delicadamente com as mãos, de modo que ela não perca todo o crescimento e a fermentação. Fazendo dessa forma, a massa ficará com bolhas depois de assada. continua aqui 039 e-book levain 8. Com uma colher, espalhe um pouco do molho de tomate sobre cada disco de pizza e leve para pré-assar na pedra ou na fôrma quente por 5 a 6 minutos, até que as bordas comecem a dourar. Não deixe passar desse ponto, para que a massa não fique dura. 9. Retire do forno, espalhe o molho restante sobre as massas, cubra a mussarela, os tomatinhos e o manjericão e leve ao forno novamente até que o queijo esteja derretido. 10. Retire do forno, espalhe mais manjericão por cima e sirva em seguida. utensílios Assadeiras de pizza ou pedra refratária Filme plástico 040 Receita — Aline Galle Fotografia — Romulo Fialdini Focaccia de Levain ingredientes 450 g farinha de trigo 300 ml água gelada 120 g levain 1 1/2 colher (chá) (8 g) de sal 2 1/2 colheres (chá) (12 ml) de azeite de oliva extravirgem 200 g de tomate-cereja vermelho 2 galhos de alecrim (6 g) 6 colheres (sopa) (90 ml) de azeite de oliva extravirgem, para untar e finalizar sal grosso a gosto modo de preparo 1. Num recipiente, misture a farinha e a água até formar uma massa homogênea, cubra com filme plástico ou com tampa própria e leve à geladeira por 30 minutos. 2. Retire a massa da geladeira, coloque na tigela da batedeira, junte o levain e o sal e sove até desgrudar da tigela. 3. Adicione o azeite aos poucos e bata até incorporar tudo e a massa se desgrudar por completo da tigela. 4. Transfira a massa para um recipiente untado com azeite, tampe e deixe descansar por 30 minutos. Tempo: 18 horas Rendimento: 2 unidades Dificuldade: fácil, mas nem tanto 5. Após esse tempo, puxe as extremidades da massa e dobre-as sobre o centro, depois vire a massa no recipiente, deixando as emendas para baixo, tampe novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Repita esse processo de dobras e descanso mais 3 vezes. 6. Depois do último descanso, divida a massa em 2 partes, coloque cada uma numa assadeira bem untada com azeite e abra a massa delicadamente com as mãos, tentando preencher todo o fundo da assadeira. Cubra com filme plástico, ou coloque a assadeira dentro um saco plástico fechado, e leve à geladeira por no mínimo 12 horas. 7. Retire da geladeira e deixe descansar à temperatura ambiente até a massa triplicar de volume e atingir entre 24°C e 26°C. Então, molhe as mãos e vá afundando os dedos delicadamente na massa, de modo que surjam bolhas na superfície. 8. Regue abundantemente com azeite, espalhe os tomatinhos e o alecrim e polvilhe sal grosso a gosto. 9. Leve para assar em forno preaquecido a 200°C por 40 a 45 minutos, ou até que esteja dourada. utensílios 2 assadeiras de 33 x 21 cm Filme plástico 041 e-book levain — bate-papo Aline Galle responde às principais dúvidas do público sobre o levain Qual é a diferença entre o fermento biológico e o natural? O fermento biológico é composto somente de leveduras, enquanto o fermento natural abriga leveduras e bactérias. Nós o chamamos de natural porque é uma fermentação espontânea, sem interferência química. Qual é o melhor tipo de recipiente para cultivar o levain? Pode-se usar recipiente de vidro ou de plástico. Na hora de preparar o levain, eu devo utilizar água natural ou fervida? No meu caso, eu uso água fervida e resfriada, mas é possível usar qualquer água filtrada. Existe uma proporção correta de água e farinha de trigo para o levain? Não há quantidade certa. Você pode usar a proporção que preferir e que der os melhores resultados. Eu gosto de usar a 1:2:3 – uma parte de levain, duas partes de água e três partes de farinha de trigo. Depois de quanto tempo o levain está pronto para fazer o pão? A partir do início do fermento natural, devemos aguardar, no mínimo, dez dias antes de começar a utilizá-lo. Um dos sinais de que o levain está pronto para o uso é que ele começa a dobrar de volume em questão de horas. Para alimentar o levain é preciso utilizar farinha orgânica ou se pode usar qualquer tipo de farinha? Não necessariamente. Pode-se utilizar qualquer farinha para alimentar o levain, desde que ele se mantenha forte e produza bons pães. A minha sugestão é começar a cultura com uma farinha de trigo branca e, depois, alimentá-la com outro tipo de farinha, como a integral ou a de centeio. Mas vale a pena alternar e ver os resultados. Comecei meu levain com farinha de trigo normal e, no terceiro dia, surgiu bolor. Como evitar isso? Quando o fermento embolora é sinal de que houve alguma contaminação cruzada. Para reduzir os riscos de isso acontecer, o recipiente deve estar bem limpo, assim como o papel-toalha, a tampa e o filme plástico. 042 e-book levain É normal surgir uma água na superfície do levain? Sim. A água é supernormal, mas também é sinal de que o levain está com fome e precisa ser alimentado. Cuide bem dele. No caso do levain guardado em geladeira e alimentado uma ou duas vezes por semana: é preciso ativá-lo antes de fazer pão? No caso de um levain recém-criado, é importante alimentá-lo uma vez por semana quando mantido em geladeira. Antes de utilizá-lo, deixe-o à temperatura ambiente, alimente-o na noite anterior e de novo na manhã seguinte. Quando ele dobrar de volume, estará pronto para usar. Em receitas que usam fermento biológico, como faço para calcular a quantidade de levain necessária para substituí-lo? Não existe uma regra fixa para determinar essa quantidade, pois cada levain tem suas características próprias. Por isso, é importante fazer testes para descobrir quanto do seu fermento natural é necessário para substituir o fermento biológico numa determinada receita. Estou cultivando o levain há seis dia, mas vou viajar. Como faço para conservá-lo? Leve-o à geladeira e quando voltar para casa retome a rotina de alimentação diária. Nos dias em que o levain está mais fraco, eu posso acrescentar leite ou cará para reativá-lo? Levain precisa apenas de água e farinha, mas nada. Se eu iniciar um levain com farinha de trigo integral, posso refrescá-lo com outro tipo de farinha? Pode sim. Eu fiz o meu assim. Faço pão duas vezes por semana. Devo alimentar o levain diariamente? Como faço para minimizar o descarte? Se o seu levain já for estável, não precisa descartar nada. Você pode alimentá-lo duas ou três vezes por semana com uma quantidade menor de farinha e água. Eu faço assim. É necessário fazer furos no filme plástico, ou apenas deixar a tampa do pote frouxa, para que o levain possa ter contato com o ambiente? Eu não faço furos e deixo a tampa fechada. mas já vi casos em que o vidro estourou. Então, fica a seu critério deixar a tampa fechada total ou parcialmente. Outra opção é usar tampas de silicone. No meu Instagram mostro uma que eu uso. Refresco meu levain todos os dias, mas percebo uma variação de sabor nos pães: uns ficam mais ácidos e outros, mais adocicados. Por que isso acontece? A acidez do pão resulta da acidez do seu levain no momento em que ele entra na massa, mas temperaturas muito alta – acima dos 30°C – também interferem. Se você fizer uma primeira fermentação
Compartilhar