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Graciliano Ramos de Oliveira, mais conhecido com Graciliano Ramos, o escritor do famoso livro vidas secas. Aliás, associar o autor a apenas esta obra é um tanto quanto subestimá-lo, visto que além de um consagrado escritor, foi um cidadão empenhado por luta política, foi marido, foi pai. 
Em termos artísticos, é denominado até hoje como contista, cronista e romancista. Apesar de não ter cursado o ensino superior, trabalhou em um jornal, e com uso de pseudônimos (sendo um bem conhecido: Soares de Almeida Cunha), escreve diversos textos. Sua origem natal em Alagoas, mais tarde fixando morada no Rio de Janeiro. Mas, voltando cronologicamente aos fatos, se casou, aos 23 anos com sua primeira esposa, Maria Augusta de Barros, com quem teve quatro filhos, no lugar que se chama Palmeira dos índios em Alagoas. 
Além de contribuições para o jornal, trabalho com comércio, no ramo de tecidos. No ano de 1925, inicia a escrita do que seria seu primeiro romance, chamado de “Caetés”. Graciliano também participou ativa mente na política, sendo inclusive prefeito da cidade de Palmeira dos índios. Em 1928, concluiu sua obra “Caetés” e no mesmo ano casa-se novamente, dessa vez com uma jovem de 18 anos, (17 anos mais nova que ele), chamada Heloísa, com quem tem mais quatro filhos. Continua envolvido em cargos políticos, tanto que em 1933 é nomeado o que chamaria hoje de Secretário Estadual de Educação, e como redator do jornal, publica outras obras, por exemplo “comandante de burros”, além disso publica seu primeiro livro Caetés, pela editora Schmidt – RJ.No ano seguinte, publica “São Bernardo”, sendo seu segundo livro. Dois anos depois é preso na época de ditadura, e levar o para o Rio de Janeiro, acusado de comunismo. As intempéries que sofreu no exílio, foi responsável por outras criações, como por exemplo “Memórias do cárcere”. Após a soltura, decide fixar morada no Rio de Janeiro, onde mais uma vez é vinculado a cargos políticos, como por exemplo, inspetor federal de ensino, no ano de 1939. Porém o ano de 1938 é bem importante, visto que publica o tão conhecido romance “Vidas Secas”. Inclusive, por ter vivido no sertão nordestino, algumas obras falam de problemas relacionados com esse contexto. Aliás foi nessa época de 1938, 1939, que as obras de Graciliano Ramos foi sendo considerada pelos intelectuais e ganhando muito destaque e prestígio.
Nos anos que se seguem, Graciliano trabalha com traduções e produções de diversas obras, também torna-se presidente da associação brasileira de escritores e continua, junto à editoras, publicando suas obras. Graciliano morre em 20 de março 1953, no Rio de Janeiro.
Ademais, algumas de suas obras são publicadas postumamente por sua esposa Heloísa. A seguir, alguns exemplos: 
1953: Memórias do Cárcere1954: Viagem (crônicas)
1962: Linhas Tortas (crônicas), Viventes das Alagoas (crônicas), Alexandre e outros Heróis (literatura infanto-juvenil).
E em 1962, Vidas Secas recebe o Prêmio da Fundação William Faulkner (EUA) como livro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea.