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BROMATOLOGIA 1. Introdução Alimentos: Toda substância ou mistura de substância que quando consumidas fornecem nutrientes necessários para o crescimento, desenvolvimento e manutenção do corpo & CORRELATOS (definição ampla). Por que estudar? Detectar fraudes, avaliar a composição nutricional e para manter o padrão de controle de qualidade para os consumidores e para os produtores evitando a competição desleal. Decreto 869/69 – Todo alimento deve ter registro (Legislação 361) PIQ → Padrão de identidade e qualidade Ministério da Saúde: ANVISA MAPA: Ministério da agricultura pecuário e abastecimento (bebidas e animais) Rotulagem - Informações necessárias - RDC Nº 259/2002: • Lista de ingredientes (em ordem decrescente, exceto alimentos de ingrediente único), • prazo de validade (dia e mês se inferior a 3 meses), • origem, • conteúdo líquido, • lote • informação nutricional obrigatória • porção • valor energético (kcal/KJ) • VD (% - valor diário em percentual que indica quanto o produto tem em questão apresenta de energia e nutrientes em uma dieta diária de 2mil cal) • Nome • Identificação • peso - A medida caseira é obrigatória Isentos: bebidas alcoólicas, especiarias, águas, vinagres, sal, café, erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes, alimentos preparados embalados em estabelecimentos e os fracionados no ponto de venda. • TACO – Tabela brasileira de composição de alimentos A ANVISA permite a variação de 20% de todos os valores declarados. 2. Amostragem Amostra: porção delimitada de um todo Etapas da amostragem 1. Coleta da amostra bruta N=c.√n N: n ° de amostras n: total da população c : fator de correção Produto homogêneo: C menor que 1 Produto heterogêneo: C maior que 1 2. Redução da amostra bruta: Dependente do tipo de alimento analisado • Secos: quarteamento. • Líquidos: misturar e alíquotar diferentes partes. • Semi-sólidos: ralar e quartear. • Úmidos: picar, moer ou triturar e quartear. • Pastosos ou líquidos com sólidos: liquefazer e alíquotar. • Heterogêneos: separar partes não comestíveis picar e quartear ou alíquotar. 3. Preparo da amostra Físico: triturar Químico: descolorir, extração com solvente Enzimático: celulose (celulase) No caso do refrigerante, retirar o gás. E amostras congeladas pode analisar com a água ou não. 4. Armazenamento • Diminuir a temperatura, pois diminui a velocidades das reações. Resfriando ou congelando (pensando se vai ganhar ou perder água.) • Liofilização: retirar a água através da sublimação. • Fumegar: utilizar inseticidas 3. Água nos alimentos Funções da água: meio de reações para seres vivos principalmente o da obtenção de ATP, estabilizador da temperatura do corpo. - Nos alimentos Textura: Quanto maior a quantidade de água mais macio é a textura. Solvente: para os nutrientes. Volume: detecção de fraudes. Deterioração química e microbiológica: Quanto maior a quantidade de H2O mais sensível a deterioração • Água ligada: Não disponível para crescimento de Micro-organismos e nem reações enzimáticas. Está ligada a outros solutos sendo difícil de ser eliminada (Camada de solvatação). • Água livre: Semelhante a água pura, usada como solvente, facilmente eliminada. Facilita o crescimento de micro-organismos (Aa). Atividade de água (Aa) Aa = P/Po P= pressão parcial de vapor da água contida no alimento Po= pressão parcial de vapor da água pura Valor máximo: 1,0 (sem unidade) Quanto mais próximo do valor absoluto, maior quantidade de água livre facilitando, o crescimento de micro-organismos. Umidade x Atividade de Água Não necessariamente iguais. No parâmetro de crescimento de MO, o parâmetro utilizado é a atividade de água e não é a umidade. Atividade de água e as transformações nos alimentos Deterioração bacteriana: Aa menor que 0,60 não há crescimento microbiano. (Não quer dizer que não há contaminação e sim CRESCIMENTO.) Migração de água: Aa diferentes promovem migração de água. Aa relativamente iguais mesmo com maior [ umidade ] não promovem. Ex: biscoito recheado Reação de escurecimento não enzimático CHO + aa → melanoidinas Abaixo de Aa= Não há escurecimento não enzimático Em Aa= 0,7 há um pico de ocorrência dessa reação Oxidação lipídica Lipídios + O2 → Lipídio oxidado (íons metálicos; Fe²) • Quanto menor o Aa, mais fácil a oxidação dos lipídios, pois não há a camada de solvatação nos íons que catalisam a reação. • Aa entre 0,2-0,4 “protege” a substância da oxidação lipídica, porém é impossível evitar que ela ocorra totalmente. 4. Análises Isoterma: Determina experimentalmente a Aa de um alimento ao verificar o quanto de água ele doa ou absorve do ambiente. - De adsorção: adição de água á amostra seca (quando o alimento possui umidade 0) - De dessorção: retirada de água Possibilidades de diminuir a Aa - Diminuir a temperatura (quanto maior a T, maior será a Aa) - Desidratar - Adicionar soluto • Análise de umidade nos alimentos A determinação da umidade é uma das análises mais importante e amplamente usada no processamento e qualidade dos alimentos. A razão desta importância reside no fato da umidade ser, frequentemente, correlacionada com a estabilidade dos alimentos, e também a sua determinação resultar no conhecimento do teor de sólidos do material. * Essa reação não depende de temperatura A umidade corresponde à perda de massa sofrida por uma amostra, quando a mesma é aquecida em condições adequadas, nas quais a água é removida ou outras substâncias que são voláteis nestas condições. • Métodos por secagem -Na estufa a 105°C Remoção da água por aquecimento, o mais utilizado. Não adequado para alimentos com alto teor de açúcar, nesses é mais adequado a estufa a vácuo. - Secagem por infravermelho Lâmpadas de infravermelho a 700°C com amostras de 10-15mm, não aconselhado em alimentos com açúcar. - Secagem em forno de micro-ondas Distribuição de calor rápido e uniforme - Secagem em dessecador • Métodos por destilação Uso de líquidos imiscíveis como clorofórmio e outros solventes orgânicos, uso restrito e demorado. • Métodos químicos Karl-Fisher: Usado em lipídeos – Reação quantitativa da água com uma solução anidra de dióxido de enxofre, iodo e uma base orgânica em metanol. Titulação na qual o I² é reduzido a I na presença de água. Método muito sensível. • Métodos físicos - Cromatografia gasosa - Índice de refração - Condutividade elétrica - Ponto de congelamento - Densidade • Cinzas e conteúdo mineral Resíduo inorgânico que permanecem após a queima do alimento, que é transformado em CO², H²0 e NO² - Importante como cofatores, equilíbrio osmótico e equilíbrio ácido-base • Técnicas para determinação de cinzas totais - Via seca (Muffer 550°C) - Via úmida (com ácido sulfúrico fumegante) - Determinação de componentes individuais Absorção atômica, emissão de chama, calorimetria, turbidimetria, titulometria. • Aula prática de Umidade e cinza - Relatório de Laudo de análise química verificar na pasta 5. Carboidratos São poli-hidroxicetonas ou poli-hidroxialdeídos e seus derivados unidos por ligação hemiacetálicas. • Possuem grande relevância pois é o nutriente que mais fornece energia Em média: 1g de Carboidrato ----------- 4kcal Igual a proteína • Fornece fibras Solúveis Pectinas Formação do bolo fecalInsolúveis Celulose Sendo fermentáveis, ou seja , substrato para a microbiota Função: Edulcorantes (sacarose), Volume (Toddy – 70% açúcar), Viscosidade (Formação de xarope, Mingau – amido). - Matéria-prima da fermentação -Propriedades Reológicas Maior tensão = Menor viscosidade: Ketchup/ Shampoo Maior tensão = Maior viscosidade: Banheira do gugu – amido Reações de Escurecimento Gelatinização Determinação: TÉCNICAS GRAVIMÉTRICAS Cromatografia líquida de alta eficiência Única que quantifica corretamente os carboidratos pois diferencia frutose da glicose por exemplo. Cromatografia de camada delgada e papel Método mais simples com análise qualitativa • Classificação dos carboidratos Mono, Oli ou Polissacarídeos Farinha de Trigo Integral: celulose + vitamInas B2,6 e12 Hetero ou homopolissacarídeos Mel: frutose + glicose + proteína das abelhas - Monossacarídeos: sólido branco cristalino que hidroliza em meio básico, solúvel em H²O com sabor adocicado. Classificado através do número de carbonos e o grupo funcional. - Aldose (OSE) ou cetona (ULOSE) -+ relevantes com 6 carbonos e 5 carbonos Carbono Quirais: 2n – por ex. 2²= 4 formas D: direita - mais abundante na natureza L: esquerda • Açúcar Invertido H²O ou enzima D – Sacarose D- glicose + D-frutose Luz que era polarizada para +66,5° + 52,5° + (-) 94,2° direita agr polariza p/ esquerda - Sólido - Líquido e mais doce que a sacarose A ligação glicosídica da sacora é excepcionalmente sensível a hidrólise a qual ocorre mesmo em condições fracamente ácidas, baixas temperaturas ou pouca presença de água. A hidrólise ácida da sacarose resulta em uma mistura equimolar de d-glicose e d-frutose. A sacorose possui uma rotação óptica positiva de 66,5° quando é hidrolisada libera para o meio a glicopiranose com rotação óptica de 52,5°, a Se a luz desvia para direita Ex: glicose Se a luz desvia para esquerda Ex: Frutose frutofuranose converte-se para forma mais estável a frutopiranose que possui uma rotação óptica negativa de -94,2°. Essa hidrólise também pode ocorrer pela ação da enzima invertase. Esse açúcar invertido é muito mais úteis na preapração de doces pela indústria alimenticia. • Principais reações Hidrólise A hidrólise dos carboidratos é influênciada por fatores como: pH (ocorrem mais facilmente em meio ácido), temperatura, configuração anomérica ( a configuração alfa é mais suscetivel que beta), forma e tamanho do anel ( a forma pinosídica é mais estável que a furanosídica) Ligação hemiacetal e hemicetal Ciclização dos monossacarídeos – em meio aquoso Hidroxila anomérica – hidroxila para baixo – Alfa – digerível e solúvel em água Hidroxila para cima – Beta – não digerível e insolúvel Oxidação Todos os monossacarídeos são redutores, nenhum polissacarídeo é redutor. Todo carboidrato com a hidroxila anomérica livre é redutor. Os aligossacarídeos redutoes são: lactose, maltose. - Reação de Fehling – Titulação de carboidratos em aquecimento • Oligossacarídeos - Sacarose:Glicose + Frutose Edulcorante – Cana de açúcar – Volume - Lactose: Glicose + Galactose A fermentação diminui a concentração de lactose – inserção de lactase (quebra a ligação glisídica) - Maltose: Glicose + Glicose Amido e Cerveja - Rafinose: Galactose + Frutose + Glicose Pré-bióticos (alimentam a microbiota) gases do feijão - Reações de Escurecimento 1) Enzimática ou oxidativo Enzima: Polifenolxidase A enzima atua sobre um substrato fenólico e o oxigênio e não envolve carboidratos. 2) Reação de Maillard CHO + aa → Melanoidinas – polímero insaturado Altera cor (de marrom – a preto) , odor e sabor (os aminoácidos que definem o sabor e odor idependente do tipo de açúcar redutor) – favoráveis em alimentos como pão, carne, café, cevada e desfavoráveis em leite em pó, ovos e derivados desidratados pois resulta a perda de aminoácidos * Hemoglobina Glicada - Fatores que influenciam - Temperatura: Se a T aumenta o processo acelera, se T diminui o processo retarda. Os alimentos congelados são poucos afetados pela R.Maillard - pH: pH mais ácidos; Os H+ protonam o grupo amino eliminando a nucleofilicidade Alterar o ph, temperatura e branqueamento, essas condições alteram o funcionamento da enzima pH mais básicos; ocorre a degradação de carboidratos pH ideal é próximo a neutralidade 6-7 - Aa: menor que 0,2 sem reação 0,7-0,9 próprio para reação -Só faz Maillard carboidratos redutores, sendo que as pentoses serão mais reativas que as hexoses. O leite naceu para fazer Maillard. pH 6,5 – oligossacarídeo redutor Lactose + proteina (o sem lactose sofre reação mais rápido) Catalisador de Maillard: Citrato Inibidores de Maillard: sulfitos (sucos de caixa como laranja e uva), glicose oxidase (ovo em pó – remoção de açucares redutores pela ação da enzima), diminuição e aA e uso de açucares não redutoes 3) Caramelização : Degradação de açúcares, cujos produtos de degradação com alto peso molecular são chamados de caramelos. CHO Caramelo - Temperatura é obrigatório (geralmente acima de 120°) - pH ácido e básico acelera o processo de caramelização, porém sua velocidade é maior em meio alcalino - Alta Aa diminuiu a velocidade da reação - Polissacarídeos não sofrem essa reação Não precisa ser redutor Ex: Sacarose - quando ocorre sem catalizador (200-240°C) são caramelos de baixa intensidade de cor, úteis como agentes flavorizantes. - quando ocorre com catalisadores necessitam de temperaturas mais baixas (130-200°C), úteis como corantes como por exemplo caramelo 4 da coca-cola. • Amido polissacarídeo presente nos vegetais Funções em alimentos: Viscosidade e textura Composição: 25% amilose (Linear – alfa 1,4) + 75% amilopectina (Ramificado – alfa 1,4 e 1,6) - Gelificação de amido Aumento da temperatura rompe as ligações de H que une as amiloses e amilopecitnas (regiões cristalinas ou micelas que são biorrefrigentes). Há entrada de H²O ocorrendo o tumecimento do amido. A temperatura e a entrada de água resulta na perda total das zonas cristlinas e o amido se torna transparente. Durante a gelatinização, o grão incha muito , e a viscosidade aumenta. Há maior suscetibilidade ao ataque por amilases. Ex: Fazer arroz - Retrogradação: aproximação das cadeias devido ao resfriamento da temperatura. o amido retrogradado não conseguimos digerir. - Sincrese: Saída de H²O Inevitável Modificaçãos do amido - Ligações cruzadas nas cadeias poliméricas Sopa enlatada – Melhora a viscosidade e retrogradação - Esterificação – alcool + ácido Ursinho de goma - Não tem retrogradação e nem sinerese (substituto de gordura) - Hidrólise Requeijão – Amilase - Pré geleificado Sopinha Vono - Formação de ciclodextrina Toddy enriquecido com ômega 3 – formação de micelas (glicose) • Celulose Ligação beta 1,4 não digerível e linear Ex: capa de milho – celulose Ligações de H²O reforçadas Fonte de fibras cujo aumenta o bolo fecal, importante para regulção do intestino 6. Lipídeos Insolúvel em H²O e solúvel em solventes orgânicos Representantes: Ácidos graxos, TAG (90% dos lipídeos daalimentação, fosfolipídeos, colesterol (vitamina D), Licopena (caratenóides – zianxantina e betacaroteno), vitaminas lipoproteicas (a,d,e,k) Função: 1g de lipídeos ------ 9 kcal - Fornece kcal – energia - Síntese de hormônio prostaglandinas, ácido aracdônico - Camada lipídica da célula - Maciez nos alimentos – manteiga - Sabor e aroma nos alimentos – bacon -Melhor tranferidor de calor nos alimentos – fritura Triacilglicerol: Glicerol + 3 ácidos graxos ácido carboxílico Na alimentação os lipídeos mais comumente possuem carbonos no número par Menor C4 – Maior C22 Leite-manteiga +C10:0 – Cáprico Leite de cabra - queijo Laureacea – palmeira Noz moscada Palmeira-palmito Álcool 1g ----7 kcal Doenças relacionadas ao déficit de vitaminas • Fatores de oxidação: Luz, O² • Óleos – Ácidos Graxos insaturados Toda insaturação do tipo cis há quebra de mol • Gorduras – Ácidos Graxos saturados São cadeias lineares Óleos estão na forma líquida e as gordururas estão na forma sólida na temperatura do ambiente. - Determinação do Ponto de fusão Número de Carbonos -> Quanto maior o número de C maior é o ponto de fusão Grau de Insaturação-> maior quantidade de insaturação menor ponto de fusão Configuração da insaturação -> TRANS o ponto de fusão é maior (se comporta como um ácido graxo saturado na configuração trans); CIS o ponto de fusão é menor . Devemos consumir 5x mais W6 do que W3 → Reações Ácidos graxos livres Reação enzimática onde o TAG em meio aquoso na presença da Lipase é transformado a ácido graxos livres. Ex: Azeitona com a prensa mecânica Óleo de soja – batata frita – fritura velha Determinado pela reação de neutralização (teor de A.G livre) C18:1 – Oléo de oliva – Ômega 9 C18:2 -Linhaça – Ômega 6 C18:3- Ômega 5 C20:0- Araquídico C20:5 e C20:6 W3 EPA/ DHA – padrão de proteção cardiovascular Essenciais: obtidos da dieta C10: ÁCIDOS GRAXOS – CURTOS (voláteis) C12.16: ÁCIDOS GRAXOS – MÉDIOS C18: ÁCIDOS GRAXOS – LONGOS C20:5 e C20:6 Possuem MENOR P.F para manter o masaico fluido dos animais de água gelada Ex: Urso polar Saponificação : Determinar o tamanho da cadeia carbônica dos ácidos graxos A base fica em recipientes de plástico Hidrogenação: Adição de H² ás duplas ligações dos ácidos graxos insaturados. Essa reação é importante para indústria alimenticia pois permite a conversão de óleos em gorduras adequadas, e para melhorar a consistência de gorduras. Ex: Manteiga Fatores que influenciam essa reação: concentração de catalisador, temperatura, pressão, intensidade de agitação. Aumenta o ponto de fusão Halogenação: As duplas ligações presentes nos ácidos graxos insaturados reagem com halogênios para formar compostos de adição. Deve ser feita a reção no escuro para ser um reação de adição e não de substituição, o Iodo é o menos reativo adicionado na forma de monocloreto de Iodo, o índice de iodo no ácido graxo informa o grau de insturação da cadeia. Reação de Interesterificação Com auxilio de catalisadores como zinco, metais terrosos ou alcalinos é possivel mudar a composição dos TAG, comumente usado para obtenção de gorduras hidrogenadas com a composição similar a da ocorrência natural. Obtenção de gorduras a partir de óleos com composição similar a gordura do leite ou cacau. Rancidez Oxidativa Responsável pela deterioração de alimentos ricos em lipídeos, resulta em alterações na cor, sabor, aroma, e consistência do alimento. Iniciação – H é retirado levando a formação de um radical livre, com a adição de O² pode ocorrer a formação de radicais peróxidos. (presença da luz) Propagração - Esses peróxidos formados podem participar de reações de decomposição e formação de novos radicais livres em outros lipídeos insaturados, e dessa maneira propagar a reação. Essa etapa caracteriza pela reação em cadeia de radicais livres, pelo alto consumo de O², pelo alto teor de peróxido e pelo início de alterações de aroma e sabor. Terminação – Peróxido reage com ele mesmo, para formar diversas substâncias terminando assim o papel deles como propagadores da reação. A característica nessa etapa, é diminuição do consumo de oxigênio e a redução da concentração de peróxidos. - Óleos novos e super velhos não apresentam peróxido - Ácido graxo saturado não oxida Fatores que afetam a velocidade da reação Luz: induz oxidação O²: Maior [o²] mais rápido Temperatura: maior temperatura maior oxidação Grau de insaturação: quanto mais insaturado mais rápido oxida Aa: faixa de proteção 0,2-0,4) Metais: catalisam reações Teor de ácidos graxos livres: por estarem mais acessíveis oxidam mais rápido → Antioxidantes Substâncias naturais ou sintéticas que também viram radicais livres e atuam como inibidores da oxidação fazendo o papel de doadores hidrogênio ou aceptores de radicais livres dos ácidos graxos. Os antioxidantes mais utilizados são compostos fenólicos sintéticos, ou tocoferóisque são lentamente destruidos com o tempo garantindo maior conservação. A ressonância que mantem a estrutura. Exemplos: BHA, BHT, Vitamina A e Vitamina E → Ponto de fumaça, faísca e combustão Medem a estabilidade térmica, quando aquecidos em contato com o ar. O ponto de fumaça é a temperatura na qual são contatadas as primeiras fumaças sob aquecimento. O ponto de fasíca é a temperatura, na qual os compostos voláteis são emitidos em tal velocidade que são capazes de causar ignção mas não suportar uma cobustão. O ponto de combustão é a temperatura os voláteis são desprendidos podem suportar uma contínua combustão. O P.Combustão é 50°C maior que o P.Faísca que por sua vez é 140°C mais alto que o P.fumaça 6. Proteínas: Polímeros de aminoácidos Funções biológicas -Contração: actina e miosina - Estrutura: colágeno e queratina, digerimos colágeno porém queratina não - Catalisador: enzimas - Imunizador: imunoglobulinas -Proteção - Hormônios: Insulina, glucagon - Transporte: albumina, hemglobina, tranposte celular - Reserva: sementes Proteínas usadas como alimentos: facilmente digeríveis, não tóxicos, nutricionalmente adequadas, funcionalmente úteis e abundantes. Função no alimento: Propriedades funcionais -> Estrutura 1g ------------- 4kcal de proteínas • Aminoácidos Essenciais e não essenciais 20 aa compõe as proteínas Polar e Apolar A cadeia R determina as propriedades químicas do aa. Apresentam quiralidade (aglicina é a única que não apresenta quiralidade) L – aminoácidos porém não polariza a luz para esquerda Propriedades ácido-básicas do aa -Carga elétrica: Os grupos carboxílico e amino estão ionizados em soluções aquosas de pH neutro. O grupo amino pode receber um próton e o grupo carboxílico pode perder um próton, de forma que os aminoácidos apresentam caractrísticas ácido- básica -Ponto isoelétrica: Em determinado pH, temos 50% o aa protonado e desprotonado, onde as somas da carga é nula. Nesse pH, o aa precipita e a proteína com menor solubilidade pk1+pk2/2 Ex: 2,34+9,60/2 = 5,97 *Glicina → Níveis Estruturais das proteínas • Estrutura Primária • Estrutura Secundária • Estrutura terciária • Estrutura Quartenária Desnaturação proteíca: É a alteração da estrutura espacial causando maior perda da função biológica. Ocorre uma modificação das estruturas secundárias, terciárias ou quartenária, sem envolver quebra de ligação peptídica Aumento na temperatura causa desnaturação Desnaturaçãodas proteínas do peito de frango congelado em baixas temperaturas – Glicina 2°C Prazo de validade Leite de caixa – 6 meses – depois de aberto 1 semana Leite de saco – 2 dias – 1 noite Após o prazo de validade Microorganismos + lactose -> antes no pH= 6,5 – depois pH= 4,6 Formação do ácido lático – que diminuiu o pH Esterilização: Eliminar toda a forma de vida Pasteurização: Diminuição na carga microbiana e patógenos ponto isoelétrico da caseína – precipita - Colhada – Queijos – Iogurte – Leite fermentado - Gordura – Manteiga – Creme de leite – leite de condensado – doce de leite Proteína do leite: Caseína Proteina da clara do ovo: Avidina - Agentes desnaturantes Físicos -Temperatura -Pressão -Força de cisalhamento Agitação – quebra em camadas Químicos -pH -Solventes orgânicos - Detergente -Concentração de sal • Propriedades Funcionais: propriedades físico-químicas que afetam seu comportamento em sistemas alimentares durante o preparo, processo, armazenamento, consumo, que contribuem para qualidade e para atributos sensorias do alimento. -Solubilidade: As proteínas interagem com a água através dos átomos que fazem ligações peptídicas ou através da cadeia lateral do aa, através de diplo-dipolo ou pontes de hidrogênio. - alimentos com pH menor que 4 diminui o crescimento microbiano - A solubilidade aumenta com o aumento da temperatura, porém na temperatura de desnaturação torna-se insolúvel - Capacidade de retenção de água Maior temperatura menor capacidade de rentação de água Sais: Nacl retém menos água (desidrata) Sal fino – maior superficie de contato ou seja desdrata mais por isso no churrasco deve se usar sal grosso que desidrata menos Sal de potássio promove uma suculência na carne Rigor mortis: rigidez cadavílica – Todo animal comercializado deve ter passado pelo estado do rigor mortis. Uso da glicólise anaeróbica e glicogênio, diminui o pH, diminui o ATP, aumenta a firmeza, aumenta o estado de contração. Tensão x Tempo Pós rigor – catepsinas -quebra actina e miosina – relaxamento PSE DFD Carne mais branca, pálida, macia, exsudativa (perdeu água). Desnaturação proteica Carne mais escura, dura, inchada por reteve H²O, alto pH 6,0 (retém água). Utilizada para carne fermentada – SALAME Produtos emulsionados e curados – PRESUNTO Interação proteína-proteína • Formação de gel Proteina → água quente → desnaturação (cadeias livres) → água fria → naturação Gelatina → Colágeno (pele, articulações) Fontes proteicas – Teor proteico, Digestividade de proteínas, composição em aminoácidos. -Vegetal : falta 1 excessão da SOJA - Animal: colágeno tem somente 3 aa Inibidores de tripsina Fascolinas em leguminosas • Quantificação de proteínas Teor de nitrogênio x 6,25 Foge dos 16% - Carne de tubarão Anotações _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Glúten Grão de trigo Proteínas – glutelina + gliadina Matriz proteica com função estrutural - Farinha de trigo - aveia -centeio De grão duro: + proteína De grão mole: - proteína Usado como melhorador de farinha Etapas de Kjeldahl 7.Toxicologia dos alimentos Estudo dos efeitos adversos das substâncias bioativas químicas sobre os organismos vivos. Todas as substâncias são venenos, não há nenhuma substância que não seja um veneno. A dose certa é que diferencia o veneno de um remédio. Paracelso (1493- 1541) - Nos alimentos: endógenos naturais, produzidos por microrganismos contaminantes ou resultantes do processo produtivo. DL50: Dose da substância que é letal para 50% dos indivíduos Ex: 9000/kg 50 kg: 450.000 mg DL50 maior que 2g/kg → Toxicidade leve Menor que 1mg/kg → Toxicidade alta - Absorção de xenobióticos de alimentos Intestino delgado ph 6-8 Grande área absortiva Quelação com minerais → precipita e não absorvemos Minerais são absorvidos na forma iônica 2. Toxinas Naturais - Origem animal Vitamina A : deficiência - cegueira noturna, a falha no crescimento ósseo normal dos jovens e a doenças que acometem as membranas de nariz, garganta e olhos. Fontes comuns: ovo, manteiga, couve crespa, leite, abóbora, batata, cenoura, espinafre, brócolis, melão-cantalupo. * Valores pequenos para causar intoxicação – para se intoxicar com fígado bovino deve comer 10 quilos Toxicidade aguda → 2 a 5 milhões de UI Casos que levam até a morte Toxicidade crônica → 3 mil UI/kg de peso/dia Tetroxina : Inibe canais de sódio dependentes de voltagem – propagação do impulso nervoso. Fontes: rãs, salamandras, estrela-do-mar, caranguejo. Atualmente 200 morte/ano no Japão por conta do baiacu – utilizado no fugo (sushi tradicional na região) Sintomas: – Formigamento boca – Distúrbios do TGI – Fraqueza muscular intensa – Paralisia – Queda PA – Morte em 30 minutos - Origem Vegetal Plantas – fonte de fItoquímicos – produtos naturais não nutritivos com peso molecular pequeno que podem ser benéficos ou danosos – fitotoxinas. Favismo - é um síndrome hemolítico agudo que ocorre em indivíduos com deficiência de glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) impedindo a produção de NADPH (Via das pentoses fosfato) importante para a reações de oxirredução da glutationa perdendo assim a capacidade antioxidante, após o consumo de favas. Geralmente acontece mais em meninos por estar ligado ao cromossomo X. Cafeína - Droga mais amplamente auto prescrita da sociedade moderna. DL50 oral – 200 mg/kg, cerca de 12g/60kg. Um café grande do Starbucks (236ml) - 250mg teria que beber 48 copos de café por dia Efeitos tóxicos da cafeína: nervosismo, irritabilidade, arritmias cardíacas, vômitos, dor abdominal, agitação e convulsões. Morte por fibrilação ventricular – 100mcg/mL – sangue. Mulheres que consumiram apenas 200 mg ou mais de cafeína por dia apresentaram risco de abortamento duas vezes maior que as mulheres que não consumiram cafeína (um copo do Starbucks) -Origem fúngica Amanita muscaria cresce nas áreas temperadas de todo o mundo e é procurado por sua ação alucinógena. Muscimol – semelhante à intoxicação alcoólica, confusão, distúrbios visuais, espasmos e delírio, seguido de sono (ácido ibotênico), enxaqueca e dor de cabeça (duração: semanas). Muscarina – parassimpaticomimético. - Resíduos industriais DDPCs – dibenzo-p-dioxinas policloradas Dioxina é um nome genérico dado a toda uma família de subprodutos indesejáveis Resulta de queima de hidrocarbonetos com compostos clorados – incineradores de lixo, fábricas de papel e de plásticos (PVC). Carcinógenos fracos. Sintomas: Acne, inchaço, hiperpigmentação de pele e unhas, vômitos, diarreia e perda de peso, diminuição da velocidade de crescimento. • Toxicidade em cadeia - Aditivos alimentares Para aumentar o tempo de prateleira Resolução da diretoria colegiada – RDC n° 8 de 2013 Dispõe sobre o uso de aditivos alimentares para produtos de frutos, vegetais e geléia Amarelo Tartrazina DL50 em ratos – 12,17g/kg Sensibilidade – 1/10.000 pessoas – cerca de 50 mg. Urticária, asma e púrpura. Choque anafilático. RDC 340/2002 - Art. 1º As empresas fabricantes de alimentos que contenham na sua composição o corante tartrazina (INS 102) devem obrigatoriamente declarar na rotulagem, na lista de ingredientes, o nome do corante tartrazina por extenso. - Formados no processamento HAPs – hidrocarbonetos aromáticos policíclicos – metabólitos são carcinógenos Ex: Fenantreno, Pireno, Benzopireno, Antraceno, Criseno e outros em ratos dieta com 25ppm administrada por 120 dias = leucemia, adenoma de pulmão e tumores gástricos Produzidas a partir do aquecimento de carboidratos, aminoácidos, ácidos graxos a temperaturas 500°c – 700°c Acrilamida - Maillard – asparagina e glicose à 185ºC – alimentos ricos em amido submetidos à alta temperatura – 2002. – Toxicidade aguda = DL50 oral para ratos de 159 mg/kg a 300 mg/kg de peso corporal. – Toxicidade subcrônica - a administração oral repetida a ratos em doses de 20 mg/kg de peso corporal/dia e superiores = neuropatia periférica, atrofia da musculatura esquelética e diminuição dos parâmetros eritrocitários. Em macacos, dose de 10 mg/kg de peso corporal/dia por até 12 semanas. Genotoxicidade = alta frequência de trocas e quebras de cromátides-irmãs em camundongos alimentados com dieta com 500 ppm durante 3 semanas. A FAO e a OMS aconselham os consumidores a não cozinhar excessivamente os alimentos. Ao evitar o tratamento com altas temperaturas e o cozimento por tempo prolongado, reduz-se a formação de acrilamida nos alimentos cozidos e sacrificam-se os aromas de grelhado e tostado tão apreciados. 8. Alimentos funcionais São alimentos ou ingredientes que produzem efeitos benéficos à saúde, além de suas funções nutricionais básicas. Possuem papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, dentre outras. Deve ser implementado regulamente na dieta - Próbioticos: são produtos alimentares que contêm micro-organismos vivos cuja ingestão traz benefícios à saúde - Prebióticos: ingredientes alimentares não digeríveis que afetam de forma benéfica o hospedeiro ao estimular de modo seletivo o crescimento e a atividade de uma ou de um número limitado de bactérias no cólon, melhorando, dessa forma, a saúde do hospedeiro. - Simbióticos:são produtos alimentares que combinam probióticos – suplemento alimentar microbiano vivo – e prebióticos – componentes alimentares não digeríveis –, atuando sobre a microbiota intestinal para beneficiar a saúde do indivíduo. - Antioxidantes: alimentos que atuam inibindo a produção de radicais livres ou neutralizando. 9. Operações unitárias na indústria Objetivos: aumentar o tempo de prateleira, varidade de apresentações, variedade de preparo, fornece nutrientes ausentes ou em baixa quantidade, e limita o consumo de alguns em específicos. Processamendo do alimento Combinação de etapas (operações unitárias) que modificam de forma específica e previsível o alimento, que ocorrem de maneira sequencial cujo interferem no produto final. 1) Obtenção da matéria-prima: colheita, abate, pesca, ordenha Levar em consideração fatores como: cor, tamanho, aroma, textura, brix, acidez, idade ou peso do animal, dependendo da variedade (gado pra corte – gado leiteiro) 2) Transporte, recepção e armazenamento de matéria-prima Transporte: 80% rodoviário, 15-20% ferroviário 1-2% fluvial ou marítimo Dentro da indústria: tubulações, esteiras, caçambas, carretas Armazenamento: • grãos: a granel – em silos – TºC ambiente com controle de umidade • tubérculos: em porções – TºC ambiente • perecíveis: refrigeração ou congelamento 3) Preparação de matérias-primas • Limpeza: geralmente por peneiração • Lavagem e desinfecção: ~2-5 ppm de cloro livre • Seleção • Classificação • Descascamento: Manual - Com vapor ou água quente - Com álcali ou ácido - Por meios mecânicos - Com vapor a alta pressão 4) Redução de tamanho Alimentos sólidos e alimentos líquidos (emulsificação e homogeneização) 5) Mistura e modelagem Mistura de sólidos, mistura de líquidos, modelagem – pães, tortas, biscoitos e confeitos. 6) Separação e concentração dos componentes dos alimentos • Centrifugação * • Filtração • Extração por pressão • Extração por solventes • Concentração por membranas 7) Processamento por aplicação de calor Branqueamento • pré tratamento • Lipoxigenase – Polifenoloxidase - Poligalacturonase - Clorofilase • Pasteurização • Esterilização por calor • Evaporação ou concentração por ebulição • Desidratação utilizando ar quente ou superfícies aquecidas 8) Processamento por remoção do calor Resfriamento • Congelamento • Liofilização e concentração por congelamento 9) Processamento com radiações eletromagnéticas • Processamento com radiações eletromagnéticas ionizantes – Irradiação • Processamento com radiações eletromagnéticas não ionizantes – aquecimento por infravermelho, micro-ondas... 10) Operações pós-processamento • Embalagem* • Transporte • Comercialização • Armazenamento Sistema coordenado industrial e de marketing para inserir produtos em um recipiente, de modo a suprir as seguintes necessidades: Acondicionamento Proteção Conservação Distribuição Identificação Comunicação Conveniência 11) Operações pós-processamento Embalagem • Transporte • Comercialização • Armazenamento Produtos perecíveis: cadeia de frio Demais produtos: temperatura ambiente, mas cuidados para não ultrapassar limites pré-estabelecidos Anotações _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 10. Fatores que alteram o crescimento de microorganismo em alimentos A capacidade de sobrevivência ou multiplicação de micro-organismos que estão presentes que estão presentes em um alimento depende de uma série de fatores Fatores Intrínsecos Fatores Extrínsecos Atividade de água Temperatura pH Umidade relativa do ambiente Composição química Composição gasosa Antimicrobianos naturais Interações Microbiológicas • Atividade da água • pH • Composição Química Água, Carboidratos, Proteínas, Vitaminas e Minerais • Antimicrobianos naturais Cravo- Eugenol, Alho- alicina, Óregano-timol, clara-lisozima, leite-imunoglobulinas. • Interações Microbiológicas • Temperatura • Umidade relativa do ambiente (UR) UR= Aa x 100 Alimento quando conservado em UR Maior que Aa: ganho de umidade Menor que Aa: perda de umidade • Composição gasosa do ambiente Fatores individuais x Fatores combinados 11. Conservação por aplicação de calor • Branqueamento – vapor ou água quente • Pasteurização Eliminação de céls vegetativas LTH (pasteurização lenta): fluxo descontínuo, pequenos volumes, tempos longos (30min) e temperatura baixa (62°- 68°) HTST (pasteurização rápida): fluxo contínuo com trocadores de calor, grandes volumes, tempo rápido (15s-20s) e alta temperatura (72°-85°) UHT (ultra pasteurização): 155 a 150°C de 2 a 5 segundos – alimentos sem embalagens • Esterilização Total destruição microbiana de um alimento, a morte de MO ocorre de forma logarítmica e constante. Aplicação de calor em alimentos líquidos ou sólidos por condução ou convecção, para garantir a esterilização, o ponto do frio das latas deve alcançar a temperatura adequada por tempo suficiente. Apertização – produtos hermeticamente fechados Valor D: tempo de redução decimal, é o tempo necessário, a determinada temperatura para destruir 90% (um ciclo logarítmico) dos MO presentes – calculado a partir do gráfico de sobrevivência Devido a necessidade de guardar a saúde do consumidor sempre supõe-se que há um esporo de C.botullinum em alimentos com ph maior que 4,5. O tratamento deve provocar 12 reduções decimais, sendo o conceito 12 D • Irradiação Radiação com raios gama – 60Co e 137 Cs 10. Conservação por aplicação de frio Frio é ausência de calor e refrigeração é a remoção de calor (Variação de °T), sendo essa uma operação unitária em que a temperatura do alimento é reduzida entre 1°C a 20°C Congelamento: operações unitárias em que a temperatura do alimento é reduzida abaixo do ponto de congelamento de -10°C a -18°C Ultracongelamento: operações unitárias no qual a temperatura do alimento é reduzida ao mais rápido possível em temperaturas inferiores a -18°C e armazenados nessa mesma temperatura Carnes – resfriamento rigoroso antes do rigor mortis: alterações indesejadas como encurtamento pelo frio – diminui o CRA Peixes de água fria – poucas mudanças, microbiota adaptada e alto teor de gorduras insaturadas Frutas e hortaliças – alterações fisiológicas como escurecimento externo e interno, falha no amadurecimento e manchas na casca (lesão pelo frio devido a alterações metabólicas desbalanceadas) VALIDADE DOS ALIMENTOS CONGELADOS DESCONGELAMENTO: Muito mais lento Equipamentos: Câmaras frigorificas, Congelador em leito fluidizado, Congelador em placa superficie raspada, congelador sob imersão. Gases: amônia, cloreto de metila e organoclorados e organofluorclorados Umidade relativa: se muito baixa resseca o produto Circulação de ar: todo dia no caso de frutos ( Respiração - CO²) 11. Conservação de alimentos por remoção da umidade Secagem: um dos métodos mais antigos de conservação de alimentos, remoção da umidade, a remoção da água livre eleva a pressão osmótica causando a morte microbiana Tipos: Natural – regiões de clima seco e ensolarado, baixo custo, lento, diversidade de alimentos (grãos, frutas e carnes), problemas como roedores, poeira, insetos. Uso de SO² (dióxido de enxofre) para causar inativação enzimática, pode ser feito em duas etapas: sol e sombra. Artificial – condições controladas (temperatura, velocidade e umidade do ar), rapidez, menor contaminação, necessidade de área reduzida, maior preço, escolha do método depende da MP, produto final e custo. • Secadores adiabáticos: transferência de calor por convecção • Cabine Cabine a vácuo: contínuo ou estáticos (pedaços) • Atomizador/spray-drier • Túnel • Leito fluidizado • Secadores por contato: transferência de calor por condução Tambor Vácuo – Liofilização Por adição de solutos: - Sal ou açúcar Concentração: Aumento da pressão osmótica Adição de calor Retirada de calor – crioconcentração 12. Tecnologia das hortaliças Hortaliças são formas comestíveis de tecidos de plantas que incluem: raízes, bulbos, talos, tubérculos, sementes, folhas, flores, frutos e outros. Índice de parte comestível (IPC): É utilizado para acompanhar o desperdício de alimentos, e definir a quantidade de alimentos a ser comprada, considerando esse desperdício ao longo do preparo. IPC = peso bruto/ peso líquido IPC=2 para obter 1kg de peso líquido precisa adquirir 2kg de alimento bruto Interferentes: armazenamento, corte, amadurecimento • Técnicas – enlatados Produção de conservas enlatadas: destruição de micro-organismos no produto alimentício acondicionado em latas, frascos de vidro ou embalagens plásticas fechadas através do calor úmido Hortaliça em água ou salmoura: embalagem a vácuo – esterilização em autoclave – resfriamento em água fria Não devem sofrer deterioração microbiana – por problemas de falha na lata, resfriamento inadequado, subprocessamento. Lata estufada (produção de gás), escurecimento e odor forte, produto amolecido, e flat sour sem produção de gás Congelamento: Nem todas as hortaliças podem ser congeladas – os cristais de gelo rompem a parede celular (tomate e batata – retrogradação do amido) Para a conservação manter o sabor fresco deve-se branquear os alimentos – recomendável testar por conta das enzimas Desidratação: a remoção de águas na Qualidade das hortaliças: íntegras, sem manchas, firmes com cor uniformes, sem bolor, sem insetos e outros hortaliça é inicialmente feita através da desidratação em túnel de ar quente ou secagem ao sol – reduz a Aa para 0,60. Devem ser embaladas de modo que impeça a entrada de umidade Problemas – clorofila em pH ácido ou aquecimento: substituição de Mg por H deixando verde-castanho. Flavonoides altera em diferentes pH a sua coloração, betalaína instável em altas temperaturas e em meios com pH baixo Hortaliças minimamentes proceessadas Geléias – produto obtido da cocção de frutas inteiras ou pedaços, polpa ou suco de frutas com açucar e água com consistência gelatinosa. Comum 40% fruta e 60%açúcar – Extra 50% fruta e 50% açúcar Anotações _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 13. Tecnologia de Carnes Participação dos maiores rebanhos efetivos mundiais 21% a maior região brasileira é o centro-oeste com 35% Tecnologia do abate: obtenção das porções comestíveis da carcaças, localizadas entre duas regiões altamente contaminada por micro-organismos: camada externa da pele e o interior do trato gastrointestinal e seu conteúdo Independentemente do método do atordoamento é necessário observar determinadas condições essenciais como: não excitar os animais em demasia, não causar sofrimento desnecessário, e executar a sangria de forma mais completa possível. Transporte → Currais de recepção → banho de aspersão → área suja (boxe de atordoamento, praia de vomito, calha de sangria, área de esfola) → área limpa (remoção da cabeça, evisceração, divisão longitudinal das carcaças, inspeção, remoção de rins, sebo e medula espinal, pesagem e lavagem das carcaças. Insensibilização: Concussão cerebral (lesão encefálica), Enervação (seção medular), Jugulação cruenta (degola), Eletronarcose, dióxido de carbono. Capacidade de retenção de água: pH, temperatura, sais, rigor mortis • PSE: Pálida, Macia e Exsudativa - é indesejada para os consumidores, a causa do desenvolvimento da condição PSE é uma decomposição acelerada do glicogênio após o abate o que causa um pH muscular baixo (5,8) gera assim um processo de desnaturação proteica comprometendo as propriedades funcionais da carne podendo ser usada para fermentados e certos tipos de emulsionados. • DFD: Escura, Firme, e Dura – manejo pré abate (exercícios físicos, transporte, movimentação e jejum prolongado) acarretam no consumo de glicogênio, lentidão da glicólise, e diminuição da formação do ácido lático muscular. O pH reduz nas primeiras horas e depois estabiliza em níveis superiores a 6,0. Em decorrência do pH altos as proteínas musculares conservam grande quantidade de CRA e como consequência a superfície do corte do músculo permanece escura e pegajosa. Utilizado para produtos emulsionados, cozidos e curados; Cor – heme (cromo proteínas – hemoglobina e mioglobina) Estado químico da mioglobina: Oximioglobina (vermelho brilhante) → desoxigenação: Desoximiogloina (vermelho púrpura) → oxidação Metamioglobina (marrom) → desidratação marrom escura Aquecimento: desnaturação proteica pigmento oxida – cor marrom de carne assada Coposição química: água, proteína, gordura, cinzas, substâncias nitrogenadas não proteicas (creatina, aa, nucleotídeos), carboidratos, ácido lático e vitamina. Classificação dos produtos cárneos • Salsicharia: pode ser embutido com amssa cozida a seco de forma lenta em estufa como: mortadela e salsicha, massa escaldada de forma rápida por imersão: como patês, brandos como paio e linguica calabresa. Não embutidos como almondegas • Curados: presunto, lombo, jerked beef • Carnes salgadas: carne de sol • Carne desidratada • Carne cozida enlatada • Extrato de carne • Conservas • Fermentações Processo de degradação anaeróbica de uma molécula orgânica em vários produtos mais simples para obtenção de energia química Produtos fermentados podem ser resultados de metabolismo primário ou secundário • Metabolismo primário: álcool por leveduras • Metabolismo secundário: penicilina por Penicilium Ch. Processo fermentativo 1)Preparo do meio de fermentação (fonte de carboidratos) 2) Fermentação – MO transformam matéria prima em produtos 3) Tratamento finais – processos de purificação e tratamento dos resíduos gerados Requisitos MO: não patogênicos, crescimento em larga escala, fácil manutenção, estável. Meio: barato e estável. Equipamentos: inócuo, termoresistente resistente a variação de pH. Tipos de processo fermentativos Descontínuo ou Batelada: utilização de várias dornas, com capacidade menor e processos individuais, Contínuo: dorna de grande proporção e conectadas, processo ininterrupto. VANTAGENS 14. Legislação Sanitárias em alimentos Ministério da saúde: alimentos em geral, aditivos (sem registro obrigatório) embalagens, e alimentos especiais Mapa: origem animal, bebidas e natural Boas práticas de fabricação geral: Estabelece procedimentos operacionais padronizados que contribuam para garantia das condições higienicos sanitárias. • Legislação Específicas Agua mineral natural, gelados comestíveis, amendoins processados. • Para assegurar a veiculação de doenças os manipuladores devem comprovar sua saúde por meio de exames e laudos médicos. Higienizar mãos, antebraço, e produtos com ação antissépticos devem er registros na ANVISA. Barba e bigode aparados com o protetor que deve ser trocado constantemente. • Inspeção sanitária na área de alimentos: indústrias de alimentos, aditivos, embalagens, água mineral, comércio varejista e atacadista, e laboratórios analíticos. O descumprimento do regulamento confere infração sanitária. • Curso de boas práticas de manipulação de medicamentos é obrigatório. 15. Micro-organismos Patogênicos DTA: Doença transmitida por alimentos síndrome causada por anorexia, náuseas, vômitos, diarreia acompanhada ou não de febre, relacionado a ingestão de água, ou alimentos contaminados. Contaminação de origem química, física ou biológica – diferentes agentes etiológicos e quadros clínicos. Surtos alimentares: 2 ou mais casos associados ao mesmo alimento de notificação compulsória comprovado através de inquérito e exames laboratoriais – fatores que contribuem para surtos: contaminação de material bruto, pós processamento, cruzada, manipuladores. Mecanismo de defesa das DTA’s: acidez estomacal, mucosa intestinal, bile, mobilidade intestinal, microflora, células de defesa. Local de mais ocorrência de contaminação são as residências, sendo causado majoritariamente por bactérias Micro-organismos enteropatogênicos Fungos – micotoxinas Aspergillus – aflatoxinas e ocratoxinas (nuts, amendoins, cereais, fruta cítrica) Penicillium – maçãs Fusarium – tricoterpenos – cereais Claviceps – Ergostismo – cereais Bactérias • Bacillus Cereus • Staphylococcus aureus Carnes, frangos, produtos manipulados, manipuladores, equipamentos, utensílios, má manutenção de alimentos prontos. Toxina entérica – termorresistente • Clostridium Carne, molho e sopas, resfriamento, descongelamento e reaquecimentos inadequados. • Salmonella spp. Carnes, ovos, matéria prima contaminada e manipuladores, contaminação cruzada, febre tifoide prevenção com nitrito. • Clostridium Botulinum Conservas caseiras, sintomas gastrointestinais e neurológicos (dilatação da pupila, paralisia respiratória) • Vibrio parahaemolyticus Sintomas gastrointestinais – calafrios– alimentos de origem marinha crus • Listeria monocytogenes vômito, meningite, aborto náusea, cefaleia, carnes e derivados lácteos – falha na pasteurização do leite e cozimento inadequado – bactéria muito resistente • Escherichia coli - Patogênica (EPEC): diversos alimentos e água – manipuladores – sintomas gastrointestinais - Enterohemorragica ou verotoxigenica (EHEC): síndrome hemolítica com diarreia sanguinolenta – carne e leite mal processados -Enteroinvasiva (EIEC): dores abdominais intensas, diarreia mucosa com sangue – cozimento inadequado, contaminação, diversos alimentos e água. - Enterotoxigenica (ETEC): desidratação, salada e outros alimentos como água e queijo contaminados pode ser confundida com cólera. Anotações _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ CRÉDITOS: Tatiara Cristina @Farmacei
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