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Clinica de Grandes Animais III pdf

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Clinica de Grandes Animais III 
Paolo Neandro Bona Soares e Gabriela Marchioni 
N1 = Teorica + Pratica (6,0) 
TBL = Genitourinario feminino (2,0) 
APS = Respiratorio (2,0) 
N1 = Multipla escolha (10,0) / Divide por 2 com peso 4. 
CRONOGRAMA DE AULAS E PRÁTICAS (CGA III)
Nº da Aula Data Tema
AGOSTO
1 5-ago Apresentação da disciplina / Nomenclatura cirurgica e tempos fundamentais da cirurgia nos grandes animais
2 12-ago Paramentação Cirurgica PRATICA
3 19-ago Instrumentação cirurgica PRATICA
4 26-ago Treinamento em ambiente controlado (Instrumentação e paramentação)
SETEMBRO
5 2-set Feridas nos Grandes Animais e Neoplasias nos Grandes Animais
6 9-set Avaliação Teórica + Prática
7 16-set Cirurgias de cabeça e pescoço ( I )
8 23-set Cirurgias de cabeça e pescoço ( II )
9 30-set Descorna cosmética e Enucleação
10 7-out Afecções cirurgicas do sistema genital nos grandes animais (Machos)
11 14-out Afecções cirurgicas do sistema genital nos grandes animais (Fêmeas)
12 21-out Avaliação discursiva / feedback
13 28-out Celiotomias e laparotomias nos grandes animais
NOVEMBRO
14 4-nov Cirurgias intestinais nos grandes animais e suas complicações
15 11-nov Cirurgias intestinais nos grandes animais (prática)
16 18-nov Feriado
17 25-nov Apresentação de casos clínicos 
DEZEMBRO
18 2-dez Avaliação N2
19 9-dez Vista de prova
20 12/16/19 Avaliação Substitutiva
05/08 
TEMPOS FUNDAMENTAIS DA CIRURGIA 
-> São divisões dentro da cirurgia 
1. Toda cirurgia começa com a DIÉRESE, que é a separação ou afastamento dos tecidos, 
realizada por meio de intervenções manuais e/ou instrumentais 
- É o momento em que fazemos a incisão 
- Temos a incisão de pele com o bisturi, depois a 
divulsão do subcutâneo com uma tesoura, e por fim, 
a abertura da musculatura com uma tesoura romba 
para abrir a cavidade abdominal 
-> Classificação da diérese: 
• Cruenta: perda de muito sangue 
• Incruenta: não perde muito sangue 
Diérese Cruenta: 
• Arrancamento: manobra manual de rompimento. 
(usado em feixes vásculo-nervosos ou pedúnculos) Desvantagem: cria superfície 
irregular (causa fixação de coágulo, dificultando a cicatrização) 
• Curetagem: utiliza a cureta. Usamos quando queremos eliminar tecidos indesejáveis 
(necrosado, isquêmico). Ativa cicatrização 
• Debridamento: utiliza tesoura ou bisturi. Remove bridas/aderência (tecido conjuntivo) 
• Divulsão ou descolamento: afasta tecidos sem secção. Pode ser realizado com 
tesoura ou manualmente (muito usado) 
• Escarificação: é mais superficial. Utiliza cureta ou bisturi. Usamos quando queremos 
raspar uma estrutura e coletar material 
• Exérese ou ressecção: eliminação de determinada estrutura (ex: tecido de 
granulação exuberante, orquiectomia) 
• Formação de fístula: comunicação de um órgão oco com o meio externo 
(esofagostomia, rumenostomia) 
• Osteotomia: corrigir desvios ósseos 
• Incisão: devemos evitar corte biselado (atrapalha na cicatrização), fazer a incisão em 
um só tempo (única e magistral) e não trocar de direção da lâmina; O ideal é que seja 
única e magistral 
Diérese Incruenta: 
•Laser cirúrgico (além de promover a coagulação dos vasos, também tem efeito 
antibacteriano) 
•Criobisturi (utilizado em cirurgia oncológica; ja promove coagulação de todos os 
vasos no momento da incisão) 
•Bisturi eletrocirurgico 
 - Vantagens: diminui a perda sanguínea, diminui o tempo cirúrgico, diminui material 
cirúrgico no local de incisão 
 - É o mais utilizado( 
 - Desvantagens: retardo na cicatrização (precisa fazer revitalização) e aumento de 
chances de infecção 
 - Contra-indicações: com substâncias inflamáveis como o éter, ciclopropano, álcool 
e gases intestinais (animal com timpanismo) 
2. A segunda parte da cirurgia é a HEMOSTASIA, que é o conjunto de manobras manuais 
e instrumentais que tem por objetivo deter ou previnir uma hemorragia, ou impedir a 
circulação de sangue em uma determinada área por um tempo limitado 
-> Consequências: 
 - Se não controlamos a hemostasia, é uma ameaça á vida ou a pronta recuperação 
do paciente 
 - Dificulta a visualização das estruturas 
 - Retarda a cicatrização 
 - Favorece a infecção (sangue é um meio de crescimento bacteriano) 
Previnir uma hemorragia: 
- Garrote 
- Torniquete 
-> Classificação da hemostasia: 
• Temporária: torniquete ou garrote 
• Definitiva: o vaso em que foi usado o bisturi elétrico e nunca mais volta a sangrar 
Hemostasia temporária: 
• Compressão digital momentânea 
• Compressão com compressa estéril (se comprimir 
por muito tempo vasos pequenos, podem virar 
definitiva) 
• Ligadura ou pinçamento transitório (fita cirúrgica) 
• Garrote ou torniquete 
• Posição anti-hemorrágica (posição contra a 
gravidade e o membro começa a formigar) 
• Distensão de tecidos 
Hemostasia Definitiva: 
• Ligadura ou transfixação com fios de 
sutura 
• Pinçamento e torção com pinças 
hemostáticas 
• Coagulação térmica 
• Substância de aplicação local 
• Coagulação elétrica (eletrocautério) 
- Tomar cuidado com a espessura do 
vaso 
- Artéria: até 1mm 
- Veias: até 2mm 
- Se for maior que isso a coagulação não é eficiente e não consegue colabora o vaso 
• Coagulação monopolizar 
- Caneta de manipulação -> corpo do paciente -> placa terra 
• Coagulação bipolar 
- Pinça baioneta -> entre as pontas da pinça e o paciente (ja tem os dois polos na 
própria caneta) 
Uso inadequado do eletrocautério: 
- Hemorragia retardada 
- Queimaduras graves 
- Retardo na cicatrização 
- Infecção 
- Incêndio e explosão
3. A parte final da cirurgia é a SÍNTESE, que é o conjunto de manobras manuais e 
instrumentais, destinadas a restabelecer por meio de fios ou outros materiais a forma e a 
função dos tecidos incididos 
PRÉ-REQUISITOS PARA A SUTURA 
1- Antissepsia (clorexidine; diminui o numero de microorganismo mas não consegue 
eliminar todos) e assepsia (eliminamos todos os microorganimos) rigorosa 
2- Hemostasia adequada 
3- Abolição dos espaços mortos (redução do espaço morto) 
4- Bordos da ferida limpos e sem anfractuosidade 
5- Ausência de corpos estranhos e tecidos mortos (tecidos necrosadas e/ou gangrenados, 
pus, etc) 
6- Posição anatômica correta (a sutura deverá ser feita plano a plano) 
7- Tração moderada sobre o fio de sutura, de tal forma a obter-se adequada aproximação 
das bordas 
MATERIAL DE SUTURA 
- Fios de sutura 
- Absorvíveis / não absorvíveis 
- Naturaus 
- Origem materia-prima 
- Numero de filamentos 
- Calibre dos fios: tamanhos de 
12-0 à 5 
- Monofilamentares 
- Multifilamentares (facilita a 
aderência de bactéria no fio) 
- Agulhas 
- Porta agulhas 
- Instrumentos auxiliares (tesoura, pinça) 
FIOS ABSORVÍVEIS NATURAIS OU ORGÂNICOS 
- Categute 
- Vantagens: 
- fácil de manusear, absorvível 
- Relativamenteforte 
- Desvantagens: 
- Impróprio para suturas externas 
- capilaridade/segurança do nó 
- perda da força tênsil 
- Reação inflamatória/reação de sensibilidade 
FIOS ABSORVÍVEIS SINTÉTICOS 
- Ácido poliglicólico 
- Vantagens: 
- - bom manuseio 
- - absorção: 14 a 120 dias 
- - ampla aplicação; feridas infectadas 
- Desvantagens: 
- Custo 
- Poliglactina 910 (Vicryl®) 
- Vantagens: 
- Baixa reação tecidual 
- Não é fagocitado e nem alterado pela presença de pus, tecidos necrosados, sangue 
- Desvantagens: 
- Custo 
- Polidioxanona (PDS®) 
- Vantagens: 
- - absorção: 180 dias 
- - resistência tênsil maior que Dexon e Vicryl - maior flexibilidade que os anteriores 
- a Desvantagens: - custo 
- Poligliconato (Maxon®) 
FIOS INABISORVÍVEIS NATURAIS 
- Fio de seda 
- Vantagens: 
- Baixo custo, fácil aquisição e manejo 
- Desvantagens: 
- Alta capilaridade (fístulas) 
- No trato urinário pode dar origem a litíases 
- Evitar em mucosa de vísceras ocas e feridas contaminadas 
- Fiode algodão 
- Vantagens: 
- Baixo custo, fácil aquisição, bom manejo - reesterilização 
- Desvantagens: 
- TODAS 
FIOS INABISORVÍVEIS SINTÉTICOS 
- Náilon 
- Vantagens: 
- Baixa reação tecidual 
- Ampla aplicação 
- Baixa incidência de infecção - baixa capilaridade 
- Baixo custo 
- Alta resistência 
- Desvantagens: 
- Manuseio difícil 
- Baixa segurança do nó 
- Escorregadio 
- Memória 
- Necessário no mínimo 5 nós 
- Polipropileno (Prolene®) 
- Vantagens: 
- Maior segurança do nó que o náilon - sutura menos trombogênica 
- Inerte 
- Boa retenção da força 
- Resistência a contaminação bacteriana 
- Desvantagens 
- Alto custo 
- Manuseio escorregadio 
- Dificuldade na realização do nó 
- Poliéster 
CLÍNICA DE GRANDES 
19/08/19 
Montagem Cirúrgica 
- Não existe somente um padrão de montagem de mesa cirúrgica 
- Nem todas as caixas possuem todos os instrumentos 
- O instrumentador sempre fica na mesma posição e monta a mesa de acordo com essa 
posição (atrás da mesa a esquerda) 
- A ponta dos materiais sempre ficam para baixo e viradas para o instrumentador (para 
não correr o risco de macucar o cirurgião) 
- Deixar a mesa toda preparada para gastar o menor tempo possível com preparações na 
hora da cirurgia 
obs: não gastar tempo ocioso – tempo em que não acontece nada 
- Objetivo: reconhecer os materiais, saber suas funções e saber manipula-los 
- Cremalheira são os dentes que travam o instrumental 
- Segurar o instrumental apenas com a ponta das falanges 
- Segurar o cabo do bisturi com os quatro apoios, como uma caneta 
obs: a função dos instrumento é sua própria classificação 
A mesa é dividida em 6 partes 
1. Dierese: 
Realização da incisão 
- Cabo de bisturi 
- Tesouras 
* Standard romba romba 
* Standard romba fina 
*Standard fina fina 
(todas as standard tem um degrau) 
* Mayo (curva ou reta – corte e empunhadura do mesmo tamanho) 
* Metzembau (curta ou reta – corte pequeno e empunhadura grande) 
2. Preensão: 
Todos os instrumentos usados para segura 
- Pinça Backaus 
- Pinça Anatômica 
- Pinça dente de rato 
 
3. Hemostasia: 
Para conter o sangramento 
- Pinça Hemostática Kelly (ranhuras até a metade) 
- Pinça Hemostática Mosquito ou Halsted (a menor de todas, ranhuras até o final) 
- Pinça Hemostática Crille (ranhuras até o final) 
- Pinça Hemostática Kocher (dente de rato na ponta, ranhuras até o final) 
(todas podem ser retas ou curvas) 
4. Exposição: 
Para expor os tecidos 
- Afastador de Farabeuf 
- Pinça Allis (podem ser de tamanhos diferentes) 
5. Especiais: 
São os materiais diferenciados 
- Tentacanula 
- Pinça Coprostática ou Pinça Intestinal de Doyen 
- Pinça Duval (formato triangular) e Pinça Foerster (formato redondo) – pinças de 
antissepsia, servem para segurar o gase 
6. Síntese: 
Suturar o paciente 
- Porta Agulha Mayo 
- Porta Agulha Mathiew 
- Caixa de Agulha 
GRANDES ANIMAIS 
02/09/19 
Manejo de Feridas 
Particularidades das feridas em Grandes Animais 
 • Grande dificuldade em trata-las 
 • Ideal é caracterizar a ferida (tipo e estagio) para saber a melhor conduta. 
 • De um modo geral, as feridas em grandes animais tem grande dificuldade 
em cicatrizacao: 
 1 Sao lesões extensas 
 2 Ambiente propicio a infecções 
 3 Contenção difícil do animal (Morde a ferida, lambe) 
 4 Sem protecao da porcao distal dos membros dos Equinos -> Pouca 
musculatura e vascularizacao deficiente que causa retardo/problemas na cicatrizacao. 
 5 Muita movimentacao do membro, ruim para cicatrizacao pois toda vez que 
forca o tecido cicatricial, ele e pouco elastico e ai lesiona novamente o novo tecido. 
Cicatriza pior. 
 6 Riscos de formação de abcessos. 
 7 Na hora de recobrir uma ferida, faz parte do processo natural formar um 
tecido de granulacao para fechar a ferida.Muita movimentacao; pouca circulacao tem 
baixa oxigenacao causando contaminacao, as vezes presenca de corpo estranho tudo 
isso favorece o aparecimento de tecido de granulacao exuberante e esse excesso nao 
permite a ferida cicatrizar. É necessario controlar que esse tecido exuberante nao cresca 
para ter uma boa resposta a cicatrizacao. 
Classificar as feridas para saber em que FASE ela esta, para poder determinar o que 
pode ou nao ser feito. 
Classificação das feridas 
De acordo com: 
 • Localização 
 • Extensão 
 • Tipo 
 • Fase 
 • Grau de contaminação 
Grau de contaminação 
FERIDA SEPTICA: É uma ferida contaminada. Todas as feridas acidentais sao septicas. 
 • Presença de pus 
 • Sujas ou infectadas 
 • Corpo estranho 
 • Necrose. 
FERIDA ASSEPTICAS: 
 • Feridas cirurgicas, que nao acessam locais potencialmente contaminados 
(como cavidade oral, por exemplo.) 
 • Houve um planejamento, preparacao de pele, paciente, ambiente, 
profissionais e materiais. 
Tipo de lesao 
Relacionado com o mecanismo de ação, mecanismo causador de lesão. 
 • Incisao: Ferida cirurgica com bisturi, ferimento por puncao, injecao. 
 • Contusao: Nao ha perfuracao da pele. 
 • Abrasao: ralar, queimaduras. 
 • Arrancamento 
 • Perfuracao: cravo, prego. + comum em grandes animais e + difícil de ser 
tratada. 
 • Laceracao: bordos e profundidade irregulares 
Outras classificações 
 • Classe I: entre 1h e 3h, avalia a ferida e sutura. 
 • Classe II: Entre 3h e 6h, avalia a ferida e ve se tem condicoes de suturar. Se 
sim, sutura. Se nao, nao. 
 • Classe III: Acima de 6h, nao sutura. 
Classificação um pouco falha, melhor avaliar a ferida e o caso como um todo, não só pelo 
tempo. 
Outras classificações dentro de suturação em feridas 
Mais usada que a anterior. 
 • Primeira Intenção: Higienizacao, tricotomia, antissepsia e sutura. 
 • Segunda Intenção: Permite que organismo trabalhe na ferida sozinho, sem 
sutura. Induzindo a cicatrização de forma limpa. (Dar condições para uma cicatrização) 
 • Terceira Intenção: Inicio o tratamento por segunda intenção, pois neste 
primeiro momento não ha como suturar e quando houver a chance de debridar esse 
tecido, ai faz primeira intenção. O melhor da cicatrizacao, reduzir o tempo, cicatrizacao 
menos grosseira. Sutura tardiamente. 
Superficial x Profunda 
Ferida superficial: pega as primeiras camadas da epiderme e início da derme, as vezes 
não fica nem cicatriz 
Feridas profundas: pode pegar até musculo e osso 
Anamnese de feridas 
 1 Como aconteceu 
 2 Ha quanto tempo 
 3 Ambiente em que vive 
 4 Tratamento previo? Com o que? Por quanto tempo? Efeito positivo ou 
negativo? Melhora ou recidiva? Antibiotico ou AINE? -> Importante para nao comecar um 
tratamento que nao foi efetivo. 
 5 Vacinado 
 6 Casqueado 
Exames complementares 
 • Citologia 
 • Leucograma 
 • Cultura e Antibiograma 
 • Biopsia (pode ser neoplasia) 
 • RX 
 • US 
Prognostico (ferida de pele) 
 • Depende da classificação 
 • Profundidade: SUPERFICIAL (epiderme e inicio da derme) bom 
 • PROFUNDAS (depende do objetivo) exposição, ruim. Atleta reservado a 
ruim. Qual a profundidade, comprometimento. 
Fases da ferida 
- Fase Inflamatória: dor, tumor, rubor, calor, podendo ter perda de função, dura uns 3 dias; 
inicialmente ocorre vasoconstrição, para conter o sangramento (por 5-10 min); depois 
ocorre vasodilatação, com a intenção de mandar plaquetas, células inflamatórias, fatores 
de coagulação; é preciso do coágulo para que ocorra a formação do tecido de granulação, 
o coagulo vai ser a base para a construção de um novo tecido; 
A resposta inflamatória no equino é mt ruim, portanto se eu usar antinflamatorio vai piorar, 
só os uso quando o animal está com mta dor, neste caso é usado AINE (se usar AIE, 
corticoide, como ele é mais potente, vai retardar mais ainda a cicatrização) 
- Fase Proliferativa: seu início se mistura com o fim da fase inflamatória, a duração 
depende da extensão e profundidade dalesão; é a proliferação tecidual, tecido rico em 
fibroblastos, tecido novo, imaturo, altamente vascularizado (sangra fácil), pouco inervado 
(não doi tanto ao ser cortado ou debridado), pouco elástico (por isso lesa facilmente 
novamente) 
Se eu não controlar essa fase, nasce tecido de granulação exuberante, demora mais a 
cicatrização. A cicatriz diminui, o tecido vai se organizando 
Abronemose ou ferida de verao: ciclo erratil de um parasita gástrico, que a mosca 
deposita a larva na ferida e vai inflamando, gera CE na ferida, e facilita a formação de 
tecido de granulação exuberante 
Diagnóstico de abronemose é a biopsia, em que vai aparecer tecido de granulação com 
as larvas da mosca morta 
Obs: mas nem todo tecido de granulação exuberante é um abronema 
Pitiose: é um diagnóstico diferencial para feridas que não cicatrizam, é um fungo na lesão 
de pele, que vai produzir tecido de granulação exuberante 
Diagnostico: biopsia ou cultura, em que aparece hifas, por ser um fungo 
 
Neoplasia tbm é uma outra ferida que produz tecido de granulação exuberante e não 
cicatriza. Ex: sarcoide, carcinoma de células escamosas 
- Fase Remodelameto: com o passar do tempo o tecido vai se remodelando, 
reorganização desse tecido imaturo, mudança no tipo de colágeno, tecido ganha mais 
elasticidade, tecido começa a receber mais inervações, sangra menos, vai diminuindo a 
cicatriz. Não tem tecido de granulação exuberante nessa fase, a ferida é rosinha, ocorre a 
reeptelização, os miofibroblastos começam a contrair os bordos dessa ferida, para 
preencher a ferida e ela fechar 
Importante tricotomia no bordo da ferida, para estimular a cicatrização, pois o organismo 
entende que se tem pelo, esta cicatrizado, demorando mais o processo de cicatrização 
Obs: Ozônio, câmara hiperbárica, mocha, laser, membrana biológica, infra vermelho – são 
técnicas boas, mas tem que estar td dentro da lei (ozônio por ex, ainda não é proibido, 
apesar de funcionar) 
Cicatrização x Regeneração 
*Cicatrização: após a lesão, o tecido que vai preencher o leito dessa ferida, não é igual ao 
original, ele é uma cicatriz, não é a mesma coisa 
*Regeneração: após a lesão, o tecido que vai preencher o leito da ferida é idêntico ao 
tecido original, como por ex pele (dependendo da profundidade), fígado e osso 
Importante primeiro avaliar o animal antes de tirar qualquer tipo de CE, galhos ou pregos. 
Deve deixa-lo la e avaliar, RX, US com o CE no animal, pq não sabemos como está a 
situação, se ele está contendo uma hemorragia, por ex 
Técnicas de debridamento 
Debridamento mecânico: feito com gase umidecida, morna ou em temperatura ambiente 
(para não fazer vasoconstrição, repuxar o tecido e lesar este mais, pq ele não tem ainda 
mta elasticidade), não fazer com algodão (pq adere na ferida) – remover CE, debris 
celular, tec necrotico 
Debridamento químico: é feito principalmente na fase proliferativa e de remodelamento, 
uso liquido de dakin ou licor de lilat (ácido acético concentrado) – para queimar o tecido, 
estimular ou inibir o crescimento de tecido na fase de proliferação 
Debridamento cirúrgico: feito com bisturi, escarifico ou corto o tecido que não é desejado 
– remover CE, debris celular, tec necrótico 
Antissepsia: clorexidine ou sabão neutro 
Antimicrobianos e pomadas: não se usa tanto, mais pra quando a feriada está mt 
contaminada, tem já um processo infeccioso, ou quando for fazer a bandagem não 
aderente (uso para a ferida não grudar na gase) 
Dreno: coloca longe da ferida, para reduzir espaço morto e ajudar na drenagem de 
secreção 
*Passivo - estruturas inerte, que por gravidade vão escorrer as secreções por eles 
*Ativo - eles sugam as secreções 
Resumindo: ferida – tricotomia, antissepsia, avaliar se sutura ou não (se for possível 
aproximar os bordos), outras classificações 
Técnica de antibiose: aplicar o antibiótico direto na veia (garrote proximal), porem em uma 
dose menor 
Larva de miiase/bicheira na ferida: o ciclo da mosca tem de 12 a 24h, portanto significa 
que esta ferida não recebeu atenção necessária neste tempo, existe miiases para 
tratamento de ferida, onde as larvas são produzidas em laboratório, pois elas debridam a 
ferida 
Neoplasias 
Definição: 
- É uma proliferação anormal e descontrolada de determinado tecido 
- Tem crescimento progressivo 
- Tem perda de diferenciação (a célula fica com aspectos normais e iguais) 
- Tumor: aumento de volume 
Obs: lipoma penducular (benigno) fica aderido ao mesentério - os equinos tem tendência 
a essa formação. Pode torcer o intestino e ter sintomas 
Mais comum: carcinoma 
papiloma: crescimento lento 
Formações oculares são comuns em grandes animais (em carcinoma principalmente) 
Caracterização: 
Localização 
Tamanho 
Aspecto 
Consistencia 
Tempo de evolução 
Secreção 
Critérios Neoplasias benignas Neoplasias malignas
Velocidade de crescimento Lenta Rápida
Forma de crescimento Expansiva Expansiva e infiltrava
Metástase Ausentes Posíveis
Semelhança com tecido de 
origem
Preservada Alterada
Morfologia celular Preservada Alterada
Grau de diferenciação Alto Baixo
Unica/Multiplas 
1) Sarcóide equino 
- Alta incidência 
- É uma neoplasia benigna 
- Localmente agressivo 
- Não tem risco de metástase 
- Alto risco de recidiva 
- Não é tão infiltrativo 
Classificação: 
*Oculto (não vê a olho nu; observamos na imagem) 
*Verrucoso 
*Fibroblástico 
*Nodular 
*Misto 
Diagnóstico 
- Exame histopatológico 
- Biópsia incisional 
Tratamento 
- Incisão cirúrgica 
- Criocirurgia (pode ter ruptura celular devido a presença de cristais dentro da célula. Ao 
fazer o descongelamento rompe) 
- Eletroquimioterapia (vantagem: menor dose do quimioterápico e assim menor efeito 
sistêmico) 
- Quimioterápicos tópicos (Imiquimoid) 
- Vacina BCG (é imunomoduladora; as vezes não elimina, mas estagna o crescimento do 
tecido, usado para tratamento pré-cirurgico) 
- Anti-viral: aciclovir (suspeita que tem relação com o papiloma vírus) 
2) Melanoma 
- Formação neoplásica originária dos melanócitos 
- Nos equinos geralmente é benigna (mas tem tbm melanoma visceral maligno). Nos 
humanos é maligno 
- Nódulos cutâneos pigmentados 
- 90% cutânea; 10% acomete mucosas/visceras 
- Cavalo de pelagem tordilha: é onde mais é visto o desenvolvimento dessa neoplasia 
- Região: períneo e cauda 
Tratamento 
- Cimetidina (anti H2; imunomodulador) 
- Por via sistêmica 
3) Carcinoma de células escamosas 
- É uma neoplasia agressiva 
- Comum na espécie equina e bovina 
- A pele fica despigmentada 
- Prevalência aumenta devido a exposição de luz solar 
- Locais mais comuns: 
*Pálpebra 
*Prepúcio 
*Vulva 
- Presença de secreção 
4) Papilomatose 
- Causado pelo papiloma vírus 
- Aspecto proliferativo 
- Correlação com o estado imunológico dos bovinos 
- Grandes e pequenos ruminantes. Mais comum nos jovens 
- Lesões verrucosas disseminadas no corpo 
- Autolimitante: apesar de se espalhar muito, se o sistema imune do animal melhora pode 
ter até cura espontânea 
- Benigno 
- Infectocontagioso 
Tratamento 
- Homoterapia (tirar o sangue do animal e aplica na musculatura, promovendo uma 
resposta imunológica) 
- Autovacinação (colhe material para a produção da vacina) 
Obs: tirar as lesões podem piorar, o ideal é dar conforto para eles, que pode até curar 
sozinho 
5) Hematúria Enzoótica Bovina 
- Correlação com a samambaia do campo (Intoxicação pela samambaia) 
- Nome da planta: pteridium aquilino 
- Essa samambaia cresce facilmente na pastagem 
- Geralmente o animal fica viciado na ingestão da planta 
- O animal procura essa planta devido a falta de alimento (depois ele se vicia nesta, e 
come mesmo quando ele tem alimemto) 
- Dependendo da quantidade ingerida podemos ter variedades de sintomas 
- A hematúria enzoótica se persistir pode evoluir paratumores de vias digestivas 
Consequência do tumor: dificuldade de alimentação, perdendo peso progressivamente 
Diagnóstico para as neoplasias 
• Identificação 
- Equino, bovino 
• Anamnese 
- Hábitos, exposição solar, doença prévia, trânsito, morbidade, tratamentos anteriores 
• Exame físico 
Forma clãnica Quantidade Ingerida Período de ingestão
Síndrome hemorrágica 
(intoxicação aguda)
Superiores a 10g/kg de peso 
vivo
Poucos meses
Hematúria enzoótica (urina 
sanguinolenta)
Inferiores a 10g/kg de peso 
vivo
Um ou mais anos
Tumores das vias digestivas 
superiores
Pequenas Supostamente por vários anos
- Examina o animal todo; descrever as lesões 
- Aspectos importantes: 
- Emagrecimento progressivo 
- Nódulos que crescem 
- Feridas que não cicatrizam 
- Sangramentos de qualquer intensidade 
- Apatia 
- Perda de apetite 
- Tenesmo 
- Disfagia 
- Dispneia 
• Citologico 
- Procedimento de baixo custo, pouco invasivo e pouco doloroso 
- Exame não garante, mas sugere um diagnóstico 
• Histopatológico 
- Biópsia 
- Incisional (retirada de uma parte) 
- Excisional (retirada completa da formação 
- Pos-mortem 
• Sorológico 
- Papiloma (em alguns casos, como papiloma, por ser um vírus) 
• Exames de imagem 
- US, Endoscopia, RM e RX 
Tratamento para as neoplasias 
- Ressecção cirúrgica (com margem de segurança) 
- Crioterapia 
- BCG (aplicação de solução de bacilo de Calmette-Guérin 
- Autovacinas 
- Quimioterápicos 
- Radioterapia 
- Implantes de radiações ionizantes são colocados nas lesões 
- É uma técnica usada para massas recorrentes ou tumores de difícil acesso, 
principalmente perioculares 
16/09 
 Cirurgia de cabeça e pescoço I 
Sinusite 
Processo inflamatorio e infeccioso dos seios paranasais 
Causas 
Primarias: infecção por Streptococcus de diferentes espécies. 
Secundarias 
- Afecções dentarias 
- Traumas 
- Neoplasia (algumas neoplasias ocorrem por falha dental crônica). 
- Hematoma etmoidal progressivo (não neoplásico). 
Exame físico 
- Palpação (linfonodo pode aumentar, dor) 
- Percussão (som maciço) 
- Inspeção (Presenca de fistulas e deformidade facial.) 
Manifestações clínicas 
- Secreção nasal purulenta 
- Dor 
- Apatia 
Exames complementares 
- Radiografia (opacificação do seio paranasal como um todo ou acumulo de liquido) 
- Endoscopia (visualiza da onde vem a secreção) 
- Hemograma 
- Sinocentese + citologia/cultura e antibiograma 
- Sinusotomia: abertura no seio paranasal (utiliza a trifina) para coletar material e fazer 
sinoscopia. Incisao de 4 a 5 mm. Da para fazer com o cavalo em pé. 
Ex: cavalo com secreção nasal unilateral e aumento de volume de linfonodo. 
- a unilateral pensa mais em trato respiratório anterior. 
- faz percussão, som mais maciço e cavalo se incomoda. Faz avaliação da cavidade oral, 
mas não tem nada. Faz endoscopia e não tem nada. Faz raio-x e tem uma formação no 
interior do seio frontal (não é dente, fica difícil fazer sinocentese, ai pode fazer 
sinusotomia. 
Tratamento 
- Se for causa secundaria, tem que tratar ela primeiro senão não adianta. 
- Se for primaria (infecção por Strep.) antibiótico, anti-inflamatório e lavar seio paranasal. 
1. TREPANACAO: Perfuracao ossea do seio paranasal (abertura circular) de 20mm para 
lavagem/drenagem do conteúdo com solução anti-sépticas (iodo-povidini). 
2. RETALHO OSSEO: Abertura de uma janela em cima do seio paranasal, usa o 
OSTEÓTOMO (cortador de osso) para tratar afecções dentarias (por exemplo) que 
causam sinusite secundaria. 
Clinico: ATB (Penicilina), anti-inflamatorio. 
Oftalmologia equina 
- Lesão de olho em cavalo é muito comum 
- A córnea não é vascularizada, altamente inervada e hidrofóbica, mas a camadas mais 
profundas são hidrofílicas e ao pingar o colírio com fluoresceína essas camadas expostas 
acabam sendo coradas, devido as camadas serem hidrofílicas. Quando cora significa que 
tem lesão. 
- Ou seja, por ela não ser vascularizada não é fácil tratar a córnea. 
- Quem nutre a córnea é o filme lacrimal e o humor aquoso. 
- Dor no olho: um olho aberto e um fechado 
- Blefaroespasmo: espasmo das pálpebras 
- Hifema: sangue no olho 
- Epífora: lacrimejamento- 3 formas de tratamento de olho. São elas: 
- Sistema de lavagem subpalpebral 
- lavagem embaixo da pálpebra 
- Cateter localizado debaixo da pálpebra para limpeza e administração de farmacos. 
Flap de 3ª pálpebra 
- A 3ª pálpebra é vascularizada, ajuda nos tratamento de córnea 
- Sutura em cima do globo ocular. Depois que soltar os pontos da 3 palpebra ela volta 
para o lugar. 
- Da para associar essa técnica com o sistema de lavagem subpalpebral 
- É um retalho para cobrir as lesões de córnea, promovendo proteção fisica e suprimento 
sangüíneo, auxiliando na recuperaao. 
- Desvantagem: Nao consegue avaliar a evolução da lesão e obscurecimento temporário 
da visao. 
Tarsorrafia 
- a conjuntiva palpebral é vascularizada 
- da para associar essa técnica com o sistema de lavagem subpalpebral 
- Nunca associa tarsorrafia com flap de 3ª palpebra 
- Sutura a palpebra de forma temporaria, afim de promover proteção e suprimento 
sangüíneo para recuperação da lesão (mesmo objetivo do flap). 
- Tem mais proteção ainda. 
- Mesmas desvantagens. 
Clinico: ATB topico e/ou sistemico, Anti-inflamatorio. 
Indicacoes: Inflamação, cicatrização de lesoes, cirurgia ou trauma/ulcera na córnea não 
infectada. Pode associar as duas técnicas com a lavagem subpalpebral, mas nunca 
associar a tarsorrafia com o flap. 
Cabeça e pescoço em Ruminantes 
Mochação e Descorna 
Indicações / Objetivos: 
• Terapêutico fraturas 
• Nesse caso faz a descorna em animais que tem fratura de corno. (Queda, 
lesões na cerca e etc.) 
• Diminuir comportamento agressivo (machucar outros animais e equipe de trabalho, 
diminui acidentes) 
• Diminuir lesões traumáticas 
• Facilitar manejo e alimentação 
• Manipular o animal com maior facilidade, unir mais animais para se alimentar 
no mesmo cocho. Com os cornos eles precisam de um espaço maior. 
Diferenças: 
• Mochação ou Amochamento é a destruição das células queratogênicas (que formam o 
epitelio germinativo, este vai cresce ate se fundir ao cranio aí forma o corno.) ainda não 
fundidas ao crânio. É uma cirurgia mais leve e mais fácil de realizar, sem riscos de 
sinusite no pos operatorio, sendo uma cirurgia mais segura. É menos cruentas, mais 
rápida e sem complicações severas. 
• Descorna é a amputação cirúrgica do corno formado e fundido ao cranio. Possui 
comunicacao do seio frontal com o corno, tornando a cirurgia de maior tamanho e com 
maiores riscos. Essa comunicação pode levar a complicacoes severas no pos 
operatorio, como sinusite por consequência de uma infecção local da cirurgia que 
contaminou o seio frontal. 
Mochação ou Amochamento 
So é possível de realizar quando o animal não teve a formação do corno. Ou seja, em 
animal jovens. Eles possuem uma estrutura no início do tecido do corno, mas essa 
estrutura não possui conexão com o crânio e o cerebro. 
Quando o animal é adulto, tem a junção do corno ao cranio. 
Vantagens: 
• Mais fácil; mais rapido; menor risco de infecção/sinusite (devido a ausência da 
comunicação com o seio frontal); sem hemorragia (tecido pouco vascularizado); bem 
estar animal e é menos traumático. 
Pode fazer de duas formas: 
CAUTERIZACAO QUIMICA 
CAUTERIZACAO TERMICA 
Cauterização Química: 
Causa uma lesao no epitelio germinativo, essa lesão irá necrosar o epitelio impedindo a 
formação do corno e a fusão do mesmo. 
• Produtos que causam uma queimadura química 
• Ideal até 1 semana de idade, passando esse período, o a cirurgia se torna mais 
complicada e o procedimento não é tao fiel pois o epitelio ja se desenvolveu mais, 
correndo o risco de poder desenvolver o corno. 
Etapas. 
1. Tricotomia; proteção da pele, pois o pelo atrapalha o contato do produto com o epitelio. 
2. Círculo de contenção: é feito com uma substancia gordurosa como vaselina ou 
pomadas bem oleosa, aplica-se ao redor do corno antes de aplicar o produto de 
cauterizacao. Esse circulo, serve para evitar que o produto de caurerizacao acabe 
escorrendo da região do corno para a pele e/ou globo ocular, causando queimaduras 
nesses tecidos tambem. 
• Uso de luvas -> proteção contra queimadura 
• Pasta cáustica sobre o botão cornual 
• Acompanhamento do animal de 30 minutos. -> nao soltar ele no pasto nem na baia, pois 
as vezes eles coçam a região e pode espalhar a pomada pelo corpo. Depois de 30min 
voce tem um funcionamento melhor da pasta e garante que ela vai agir naquela região. 
Cauterização Térmica (calor) 
• Usa o aumento de temperatura para cauterizar, afim de destruir esse epitelio causando 
a necrose e a quebra do epitelio. Não usa substancias quimicas, 
• Idade ideal: 1 à 2 semanas / formação cornual de 5 à 10mm. Se passar muito tempo, a 
cirurgia não é eficiente (pode desenvolver corno). 
• Procedimento mais doloroso, incomodo maior. 
• Mais sensibilidade, tem que fazer uma anestesia local. Essa anestesia vai bloquear o 
nervo cornual, faz um botão anestésico no espaço entre o globo ocular e a formação do 
corno. Essa anestesia é indicada por lei, mas não é obrigatória (no Brasil). 
• Tricotomia / Antissepsia / Anestesia 
A anestesia é de custo baixo, 1 ml de lidocaina. É uma anestesia perineural, pois o 
bloqueio não chega no nervo, pos isso causaria dor no animal no momento da 
aplicação da anestesia. Aplica próximo ao nervo, e a anestesia se difunde no tecido 
ate alcançar o nervo bloqueando o estimulo doloroso. 
• Depois de todo o preparo, faz-se a pressão do ferro incandescente, na região do corno. 
Aquece o ferro no fogo e encosta o ferro na regiao, com movimentos circulares e com a 
pressão adequada. 
• Pressão inadequada: muito leve, não destrói o epitelio e o corno cresce. Em excesso, 
queima o crânio do animal. Em media 5 segundos fazendo o movimento circular com 
pressão intermediaria. 
• Depois disso, vai levantar uma parte desse tecido (pele central) e faz a ressecção dela 
com pinça ou tesoura, soltando essa porção cauterizada do tecido. 
• Cauterização da pele ao redor do botão (epitélio germinativo) / remoção da pele 
central evitar complicações no pos operatório. 
Bezerros de 1 à 4 meses: Pode usar o Mochador de Barnes, se o animal nao passou dos 
4 meses de idade. 
É um equipamento cirúrgico que secciona o tecido, posiciona o equipamento ao redor do 
corno e ao aperta-lo, a laminacorta. 
Não pode garantir que o corno não vá crescer de uma forma irregular, pode acontecer. É 
a ultima tentativa antes da descorna, passou muito tempo de evolução do epitelio. 
Descorna Plástica ou cosmética 
Traumatismo cirúrgico maior, precisa de sedação, não precisa de anestesia geral/
inalatoria porque é muito complexa em ruminantes. 
Xilazina, alfa2agonista, ruminante é muito sensível ao farmaco e respondem muito bem. 
Sedado, faz o bloqueio do nervo 
• Sedação 
• Bloqueio do nervo cornual 
• Cordão anestésico infiltrativo = anestesia local, se chama “cordao” pois a anestesia 
da a volta em todo o corno. Usa lidocaina por custo baixo e boa analgesia. 
Sedado, prepara o animal para o procedimento. 
• Posicionamento: 
• Tronco de contenção, animal em estacao, dose menor de xilazina para ele não deitar 
• Deitado e mantém ele no posicionamento esternal, apoia o esterno no chão e apoia 
a cabeça sob a região do pescoço e torax. 
Em todos os casos precisa conter: Contenção com cabresto, cordas e etc, amarrar os 
membros. 
• Tricotomia ampla com antissepsia 
• Incisão de pele em formato de elipse com pontas alongadas; quanto mais velho o 
animal, maior é o corno e raças também tem variações do tamanho do corno, nesse 
caso faz a incisão bem rente ao inicio da pele, para facilitar a sutura (ter maior 
quantidade de pele para fechar a incisão) A maior dificuldade dessa cirurgia é a sutura. 
• Depois da incisão de pele, faz a divulsão do tecido, é complicado pois o tecido é firme. 
Vai separar o corno da pele, faz a hemostasia durante a divulsão, pinçando ou deixa a 
pinça presa para colabar o vaso. 
• Hemostasia 
• Garantida a hemostasia, faz a amputação do corno com o fio serra de gigli 
(equipamento muito usado em ortopedia e manobras obstétricas (fetotomia)) esse fio 
promove a osteotomia. Pode posicionar direitinho em volta do corno e corta bem. Ou, 
pode usar serra de construção mesmo, mas vai precisar de mais força para serrar o 
osso e tem risco de formar um tecido irregular. Serrar bem rente a estrutura do crânio 
para ficar uma estrutura lisa e regular para não prejudicar a sutura. 
• Limpeza com gaze úmida e sutura interrompida 
• Cirurgia contaminada, pode abrir mão do avental por ser cirurgia a campo mas pode 
abrir mao do uso de luvas e profilaxia. 
Descorna plástica 
• Pós Operatório: 
• Ao retirar o corno, o seio frontal esta logo abaixo. No pos operatório imediato, ha o 
sangramento nasal devido a comunicação do seio com o maxilar, e a gravidade faz com 
que tenha a saída de sangue pela cavidade nasal. Normal, comum. 
• 2 hs/ 12 hs/ 24 hs -> momentos críticos para analisar o paciente. 
• Curativo local nao pode ter sangramento no local, por gravidade ele deve descer pelo 
nariz. Pode ser uma hemorragia pos operatória deve ser trocado todo dia, limpa com 
antisseotico e pomada cicatrizante, deve manter fechada para evitar miiase e 
contaminação local. 
• ATB sistêmico e tópico (oxitetraciclina e danadol) referencia em ruminante por no 
mínimo 7 dias, nao pode fazer período curto pois cria resistência bacteriana 
• Danadol pomada com substancia cicatrizante junto com ATB 
• AINEs (fenilbutazona, meloxicam) mantém por 3 dias mas deve acompanhar o animal, 
muita dor ou edema, aumenta o periodo. Evitar via oral por causa da flora gastro dos 
ruminantes, fazer IV ou muscular. Para não causar problemas ruminais. 
Enucleação do Globo Ocular 
• Definição: Remoção cirúrgica das margens das pálpebras, membrana nictitante (terceira 
palpebra), conjuntiva (ao redor do globo) e globo ocular. 
• Técnicas: Transpalpebral ou Subconjuntival 
Indicações: 
• Cegueiras associadas à dor (mesmo cego ele tem dor, infeccoes no globo ocular, lesão 
traumática que expôs tecidos internos) 
• Neoplasia intraocular (carcinoma de 3 palpebra, lesão mais comum) 
• Traumatismos não operáveis em globo ocular (cercas, transporte, briga entre animais) 
• Infecções intraoculares severas 
• Exposição a irritantes químicos 
• Miíases. 
Preparo pré operatório: 
• Cirurgia de maior porte 
• Jejum (mesmo sem anestesia geral, a anestesia local é muito potente), animal 
quadrupedal ou decúbito em anestesia local, sedação, contenção, tricotomia e antissepsia 
da região periocular (tem que ser ampla), bloqueio locoregional (permite fazer com o 
animal em estacao) (feito em 3 pontos nervo-retrobulbar; cordão de anestésico pálpebras 
inferior e superior e forame supra-orbitário, tem passagem de um nervo, bloqueio 
perineural. bloqueia a passagem do estimulo nervoso.) 
 Enucleação Transpalpebral 
• Tarsorrafia sutura da pálpebra superior na pálpebra inferior. Facilita a manipulacao, ao 
retirar o globo ocular, retira a sutura junto. É so para facilitar a manipulação, faz uma 
sutura mais rápida e com fio mais barato. 
+ Cantotomia Lateral: incisão na rima lateral do globo ocular = facial manipulação e 
mas não é obrigatória de fazer junto com a tarsorrafia, vai do cirurgiao. 
• Incisão circular palpebral ao redor da Rima Ocular (a que foi suturada) 
• Dissecção da musculatura extraocular (evitar tração excessiva no nervo óptico). 
Divulsiona a musculatura ate soltar todo o globo ocular. Essa musculatura envolve o globo 
inteiro. Evitar a tração excessiva pois lesiona o nervo óptico e pode haver complicações 
anestésicas cardíacas. 
• Isolar nervo óptico do tecido retrobulbar (atenção neoplasias); Faz esse isolamento na 
hora de separar a musculatura do globo ocular. Ao isolar. pinça o nervo óptico com uma 
pinça de 90 graus (MIXTER) 
• Hemostasia; pinçar e ligar nervo óptico e musculo retrator bulbar (pinça Mixter) 
Faz a incisão circular, divulsiona a musculatura, (ela gruda o globo ocular na orbita.) vai 
separando o globo da musculatura. Quando voce sente que o globo ocular esta meio 
mole, é porque ja soltou da musculatura e a única coisa que ainda o segura na cavidade, 
é o nervo óptico utiliza a pinta mixter ou kelly para pinçar o nervo, ai voce pode seccionar 
todas essas estruturas e depois liga o nervo ou o contrario. Do contrario, globo ocular 
ainda estará na cavidade limitando o seu espaco de sutura, deixando a cirurgia mais 
dificil. No final, o que sobra é o nervo óptico e a musculatura. As duas técnicas estão 
certas, o importante é sempre ligar o nervo. Procedimento cruento. 
• Secção do pedículo óptico 
• Hemostasia no pedicuro região e lavagem com solução estéril 
• Sutura musculatura remanescente -> onde vc fez dissecção (ponto cruzado sultan) 
• Sutura de pele com PSS, fio inabsorvível sintético, tam 1 ou 2 
• Por cima da sutura, manter uma compressa de hemostasia com gaze estéril para ajudar 
na absorção do sangue na região, porque tem um espaço morto ali em ruminantes. 
Manter por 2 dias, pode colocar um dreno no lugar da gaze, mas a saída dele fica na 
face o que pode gerar complicações (animal mexe e etc). 
• ATB sistêmico (minimo 7 dias), AINEs (3 dias); profilaxia para tétano mesmo com o 
animal vacinado, reforça por conta do espaço morto; curativo local e retirada de ponto 
em 2 a 3 semanas. 
Enucleação Subconjuntival 
Essa cirurgia se faz com o olho aberto, nao tem tarsorrafia. 
Mais simples na dissecção dos tecidos, pois são mais moles. Mais rápido, ganha tempo 
cirúrgico e menos cruenta. 
• Mais rápido e associado à menor hemorragia; remove menor quantidade de tecido 
orbital sobra mais tecido no final e o abaulamento é menor no pós operatório 
• Indicado em afecções que só acometem o globo ocular (se acometeu qualquer outra 
estrutura a mais, não pode realizar, tem que ser localizada no globo ocular) infeccao, 
miiase por exemplo. 
• Cantotomia medial e lateral, pequena incisão para abrir a pálpebra e uso de afastador 
ocular para auxiliar no procedimento (deixa a pálpebra aberta) 
• Incisão circular da conjuntiva bulbar com 0,5 cm afastado da córnea de distância do 
limbus (opcional) seguidapor dissecção subconjuntival (lamina menor, para a incisão ser 
mais controlada) 
• Dissecção de músculos extraoculares: vai separar o músculo do globo ocular, região de 
esclera, ate chegar ao final do olho, chega ao nervo óptico também mas é menos cruenta 
porque não invade os tecidos moles próximos 
• Ligadura e secção Nervo óptico 
• Ressecção conjuntiva restante e 3a palpebra. O tecido que continua ali de terceira 
pálpebras e inferiores e suoeriores, conjuntiva ao redor do globo, se sobrar muito pode 
retira-lo. pos operatório igual a anterior. 
• so muda o acesso para chegar no nervo óptico 
23/09 
Cirurgia de Cabeca e Pescoco II 
23/09 
Afecções cirúrgicas do trato respiratório anterior 
NEUROPATIA LARINGIANA RECORRENTE. (cricoartenopexia) 
É a degeneração primaria do nervo laríngeo, que resulta em atrofia neurogenica muscular 
da laringe (aritenoides), levando a alteração da movimentação da cartilagem aritenoide 
(abertura - abdução e fechamento - adução) 
Dificulta a passagem do ar, causando ruídos inspiratorios (chiado) = DOENCA DO 
CAVALO RONCADOR. 
Essa neuropatia pode ser bilateral ou unilateral. E tem caráter progressivo. 
- unilateral (se for grau leve o cavalo pode apresentar apenas chiado - doença do cavalo 
roncador 
- bilateral (não vai inspirar direito) 
- Perda progressiva de fibras 
Obs: Normalmente ele é esquerdo e unilateral. 
Diagnóstico 
- chiado inspiratório 
- queda de performance. 
- intolerância ao exercício 
- palpação 
- endoscopia 
Obs: as principais manifestações do cavalo no trato respiratório anterior, é a queda de 
performance (quando o animal corre a mesma distancia em mais segundos) e a 
intolerância ao exercício (cansaco fácil). 
Tratamento 
- Correção cirúrgica 
1. VENTRICULECTOMIA 
Remoção da membrana que reveste o ventrículo. Quando o ar passa na região do 
ventrículo, ele vibra a membrana e aí tem o chiado. 
2. VENTRICULOCORDECTOMIA: Remoção da membrana que reveste o ventrículo e 
também das cordas vocais. 
Mesmo a doença sendo unilateral, faz a remoção bilateral (pois se remove as duas, 
facilita a passagem do ar). 
Complicações 
- Não sutura, deixa por 2 intenção só e em 10-12 dias já está fechada. Isso porque como 
é contaminada pode ter chance de deiscência. 
Obs: *para fazer essas técnicas tem que fazer laringotomia (abertura na laringe na porção 
ventral dela) para chegar no ventrículo e corda vocal. Cirurgia contaminada. 
Obs: 1 e 2 so são eficientes se o animal possui APENAS chiado inspiratorio. Se ele tiver 
mais sintomas, tem que fazer o numero 3 ou 4. 
3. CRICOARITENOPEXIA: É a fixacao da cartilagem cricoide na aritenoide. Mantem a 
cartilagem em ABDUÇÃO permanente. Cuidado para não fazer uma abdução exagerada 
(tracionando demais) e causar falsa via, aspirando conteúdo alimentar. 
 
Não é uma cirurgia contaminada, pois não vai adentrar a luz da laringe e sim pela lateral. 
Incisão ventral a veia lingofacial, divulsão até chegar na porção lateral da laringe. 
Dá um ponto na tricóide, depois procura o processo muscular da cavidade aritenóide e 
passa o fio na musculatura, assim voce terá duas pontas do fio. Quando faz a sutura e 
traciona o fio, faz movimento de abdução. 
Pode usar o endoscópio pra ver se precisa tracionar mais, ou nao. 
*nos casos graves faz essa técnica associada a uma das outras duas. (1 ou 2). 
4. ARITENOIDECTOMIA: É a retirada da aritenoide, mas sem realizar a técnica de 
abdução (aquela do ponto + sutura). 
Após a laringotomia, faz a divulsão da mucosa da aritenóide, depois remove a 
cartilagem e sutura a mucosa. 
Desvantagem: Além da inflamção grande que esse procedimento causa, o risco da 
aspiração por falsa via é maior já que retira a aritenóide. 
Todas, principalmente as alterações do trato respiratório anterior (sem pensar na sinusite 
hematoma etmoidal), produzem queda de performance e ruído respiratório. 
Todas que produzem secreção nasal e unilateral são diagnósticos diferenciais de sinusite. 
Esofago e traqueia – Ruminantes 
Divisao anatômica do esôfago 
• Porção 
• Trajeto 
• Camadas 
Subdividido em 3 porções: 
CERVICAL: porção inicial do esôfago, após a laringe. Da laringe, a abertura para a 
passagem do alimento para o estomago, através do esôfago. Laringe ate a base do tórax, 
é o esôfago cervical. Maior porção do esôfago, corresponde a 50% 
TORACICO: Já no tórax, corresponde a porção mais retilínea do esôfago. 
ABDOMINAL: Menor porção, passagem pelo diafragma e chegada do esôfago no 
estomago. 
A grande maioria das lesões acometem o esôfago cervical. A abordagem cirúrgica 
também é mais simples de acessar. O torácico, precisa fazer toracotomia e é mais 
complexa. 
Trajeto/Posicionamento 
• Primeiro 1/3 do esôfago cervical = esôfago dorsal à traquéia (acima da traqueia). 
• Esquerdo à traquéia = entrando na região do pescoço, o cervical se encontra esquerdo 
a traqueia. 
• Porção torácica = esôfago torácico esta ventral à traquéia(traqueia por cima do 
esôfago). 
• Acesso ao esôfago cervical pelo lado esquerdo, sempre. 
Camadas 
Estao presentes em todas as espécies, mas existem variações. 
• Camada Fibrosa (túnica adventícia): camada mais externa, no equino é bem espessa e 
no ruminante é bem delgada. 
• Camada muscular: muito desenvolvida no equino e no ruminante não tanto. 
• Submucosa 
• Mucosa: mais interna. 
OBSTRUCAO ESOFAGICA 
Alta incidência nas afecções de esôfago. Tanto em equinos quanto em ruminantes. 
Normalmente é uma falha de mastigação, que faz com que o alimento ou objeto estranho 
pare na cavidade esofágica. Muita relação com alterações orais 
Predisposição 
• comportamental animal agitado, ansioso. (mastiga muito rápido, alimento pouco 
triturado) 
• hábitos (comer rápido) 
• pós treino/prova(nervosos – não se alimentar logo após, precisa abaixar a adrenalina, 
competitividade natural; caminhar com o animal, resfriar o 
• animal, se alimentar 1h depois da prova); 
• pós anestesia; 
• pobre mastigação; 
• corpos estranhos; 
• neoplasias; 
• Estenoses 
SINAIS CLÍNICOS 
 - Sialorréia, disfagia, tosse, regurgitação de água e alimento pela boca e narinas; dor 
- Animais se mantém agitados durante regurgitação; 
- Anorexia e desidratação. 
DIAGNOSTICO 
Exame físico: sinais clínicos, distensão esofágica cranial à obstrução; 
timpanismo ruminal (trocaterização) 
Diferencial: lesão em pálato mole, doenças dentárias, corpos estranhos e neoplasias 
orais; - Sondagem nasogástrica/OROGÁSTRICA: presença e localização da obstrução 
exame fisico/historico 
esofagoscopia: dilatação esofágica com ar 
exame radiografico: simples ou contrastado 
esofago cervical e toracico 
Tratamento 
Conservativo 
Manipulação suave com sonda NG + massagem externa 
Relaxamento muscular: Xilazina, Acepromazina, Atropina e Ocitocina. 
Cirúrgico 
Emergencial: traqueostomia 
Esofago cervical: sedação e anestesia local ou anestesia geral 
Esofago toracico: anestesia geral inalatoria com ventilaçao controlada. 
Abordagens cirúrgicas no tratamento. 
Esofago cervical: acesso lateral esquerdo, ventral a jugular (esofagostomia) ou acesso 
médio ventral (no terço médio cervical) 
Esofago toracico: toracotomia com resseccao de costela. 
Tratamento 
Esofagostomia 10cm, afasta mm 
Incisão longitudinal em 2 planos 
Externa ou inelastica: muscular e adventicia. 
Interna ou elastica: mucosa e submucosa 
Esofagorrafia: 2 planos 
Interna: padrão swift (fio inabsorvivel ou absorvível sintético: polipropileno 3-0) 
Externa: padrão simples separado (fio inabsorvivel ou absorvível sintético com nylon 0) 
Pos cirurgico: Dreno (48h), jejum e nutrição parental (48h) 
PERFURACAO ESOFAGICA 
Etiologia: trauma externo, feridas perfurantes, obstrução crônica, perfuração por ingestão 
de corpo estranho, infecções adjacentes ao esofago. 
Sinais clinicos: fistula com drenagem de saliva e ingesta, edema, enfisema subcutaneo, 
sem drenagem = flegmao/infeccao local, sinais sistêmicos e febre. 
Tratamento: 
Fechamento primario < 12h 
> 12h: abertura ventral a laceração -> drenagem. 
Alimentação por sonda nasogastrica/esofagostomia. 
Antibiotico, antiinflamatorio e curativos. 
Complicacoes: 
Estenose e diverticulo esofagicos. 
Secundários a trauma interno ou externo (obstrucao prolongada), ruptura esofágica apos 
esofagostomias; esofagites nao especificas. 
TRAQUEIA. 
Afecções agudas ou crônicas apos trauma ou injuria. 
Obstruções agudas, estenose cronica, lesoes traumaticas, acidentes ofidicos, corpos 
estranhos intraluminais e colapso de traqueia. 
Traqueostomia 
Procedimento emergencial ou seletivo. 
Novo trajeto para o ar inspirado. 
Controle da contaminação: procedimento eletivo, asfixia. 
Tecnica cirurgica 
Animal em posição quadrupedal ou em decúbito dorsal 
Area: transição entre o terco cranial e o terço médio traqueal 
Tricotomia, anti-sepsia e anestesia local. 
Incisão de pele e subcutâneo na linha media ventral (10cm) 
Dissecção dos mm. Esternohioideos e exposição dos anéis traqueais. 
Incisão do ligamento anular paralela aos abeis traqueais (1/3 a 1/2 da circunferência da 
traqueia) atenção: pinçar o segmento traqueal excisado. 
Colocação do traqueotubo. 
Ressecção de pequenos segmentos dos anéis traqueais adjacentes criando abertura 
eliptica. 
Pos operatorio 
Apos a realização dos procedimentos emergenciais, tricotomia, antissepsia… 
Antimicrobianos 
Limpeza de ferida 
Limpeza do traqueotubo e desinfeccao. 
07/10 
Afecções cirúrgicas do aparelho genital masculino. 
Particularidades dos equinos. 
TUNICA VAGINAL: É um prolongamento do peritônio e nos equinos tem comunicação 
direta com a cavidade abdominal. 
Risco: Doença: hernias inguino-escrotais -> conteúdo do abdomen vai em direção ao 
escroto passando pelo anel inguinal. E possíveis complicações nas orquiectomias. 
Sinais de doença 
• Queda reprodutiva 
• Secreções 
• Odor 
• Aumento de volume 
Diagnostico 
• Inspeção 
• Palpação 
• RX 
• US 
• Endoscopia 
• Citologia 
• Cultura e ATB 
• Espermograma 
Indicações de penectomia Ou postectomia. 
Penectomia ou Falectomia: Remoção total (penis + prepucio) ou parcial do penis. 
Indicacao: Parafimose por neoplasias. Ou qualquer outra doença em que ha a infiltração 
no tecido de túnica albuginea. Comprometendo a mobilidade do penis. 
Por exemplo: Tunica albuginea reveste o corpo do penis junto da pele. Muitas neoplasias 
estão aderidas a essa tunica, e ela que da sustentação ao corpo do penis. Quando esta 
aderida, tem que fazer penectomia. 
Nao vai cobrar tecnica de penectomia na prova mas vai cobrar saber a indicação da 
tecnica. 
Avaliar o penis do individuo conforme a lesao. (comprometimento). 
Como faz: 
1. Incisao triangular na base do penis. Essa incisão triangular serve para criar um novo 
osteo uretral permitindo que remova a porção cranial do penis que existe uma 
neoformacao (por exemplo). 
É uma cirurgia MUITO cruenta. Começa com um garrote na base do penis. Passa a 
sonda uretral na porção ventral (embaixo) do penis. Depois, faz uma incisão triangular ate 
expor a uretra. Depois de expor, divide a uretra no meio sutura a lateral da uretra no corpo 
do penis e faz o mesmo com a outra metade. (na lateral do triangulo). Depois, remove a 
porção cranial do penis, onde esta a neoformacao. 
Com isso, ha exposicao do corpo cavernoso, isso que faz sangrar muito. Sutura corpo 
cavernoso com corpo cavernoso, e sutura a uretra na pele que esta em excesso, 
sobrando. 
Existem diversas tecnincas, mas essa é a mais usada pois como osteo uretral é maior, 
tem menor complicação no pos operatório com estenoses. 
PASSO A PASSO 
1. Garrote na base do penis (neoformacao esta cranial) 
2. Traciona o penis que deve estar sondado. 
3. Incisão triangular na base do penis, (porcao ventral do penis.) 
4. Abre a uretra, sutura a uretra na lateral dessa abertura triangular. 
5. Secciona a porção cranial, onde esta a neoplasia. (corta) 
6. Sutura as duas porções de corpo cavernoso. Sobra um pouco de pele. Sutura essa 
pele no osteo uretral (aquela incisão triangular, onde esta a uretra. 
Uretrostomia = nova abertura da uretra. Perineal, urina pelo perineo. 
Postectomia: Remoção da pele que recobre o penis. É uma cirurgia PARCIAL. 
Indicação: Lesoes que não invadem o corpo do penis, não comprometem a túnica 
albuginea. 
• ABONEMOSE 
• TRAUMAS = Forma anel cicatricial 
• Ferimentos que nao permitem exterior ou retrai o penis. 
Exemplos: pós-trauma, o animal desenvolve um edema em formato de anel e esse anel 
cicatriza, e o animal perde a capacidade de retrair o penis (parafimose). Nesse caso, não 
ha necessidade de retirar o penis, apenas o tecido cicatricial. 
Descolar toda a pele ao redor do penis, removendo apenas a pele. Abaixo da peleesta a 
TUNICA ALBUGINEA. Faz a incisão da pele, ate a túnica albuginea. Fica com uma porção 
cranial e caudal, sutura e aproxima essas porcoes. Sutura e aproxima os dois cotos de 
pele. 
Complicação: pos cirurgico, qualquer tipo de estimulo que tenha ereção os pontos 
rompem e trata por segunda intencao. Normalmente indica a castração junto, para evitar 
esse tipo de complicacao, torna o pos operatório melhor. 
Orquiectomia 
Tecnica mais realizada. 
Indicações 
• Conveniência = Sem interesse em reprodução, paciente saudável sem nenhum 
problema de saúde. Faz-se normalmente por controle de temperamento/
comportamento. (Comportamento de garanhão exacerbado) 
• Doenças: Orquite, hidrocele, traumas, hernia inguino-escrotal, neoplasia. 
• Controle de doenças genéticas: Animal criptorquida. Mesmo sendo unilateral e também 
por mais que o animal não tenha a doença manifestada, ele carrega o gene e vai 
repassar para seus descendentes que podem manifestar. 
 
Tecnicas: 
Esta se referindo a tunica vaginal. 
1. ABERTA: Abertura da tunica vaginal. 
2. FECHADA: Nao abre a tunica vaginal. 
3. SEMIABERTA/SEMIFECHADA: Abertura da tunica vaginal, mas fecha depois. 
Essa cirurgia pode ser realizada com o animal em pé ou sentado, com bloqueio 
anestésico local. E tambem, deitado com anestesia dissociativa e bloqueio local. 
Bloqueio local: em pele subcutânea e anestesia intratesticular. 
Coloca-se uma agulha que alcance o testiculo. Injeto no testículo um quantidade de 
anestesico (normalmente, lidocaina.) Solto o testículo da agulha, que irá subir. Conforme 
eu puxo a agulha para baixo, afim de retira-la por completo do saco escrotal, vou 
injetando aos poucos o restante do anestésico e dessa forma eu crio um botão anestésico 
nessa regiao, anestesiando também a pele do subcutâneo. Agora, com o animal 
anestesiado localmente, faz a incisão linear de pele na região VENTRAL DO ESCROTO, 
1cm ou 2cm ao lado da RAFE MEDIANA (como se fosse uma linha branca na região do 
escroto, que separa o lado direito do lado esquerdo. Em equinos, faz-se duas incisões: 
uma no testículo esquerdo e uma no testículo direito.) 
1. ABERTA: 
Alem da incisão de pele, faz-se a incisão da túnica vaginal (no mesmo tamanho da incisão 
da pele subcutânea). Apos a incisao, exterioriza o testículo que estará preso a túnica 
vaginal pelo ligamento próprio (Expoe testículo junto com a túnica). Corta o ligamento 
próprio, a túnica que esta aberta irá subir aberta para dentro da cavidade abdominal. 
Agora o testículo estará completamente exposto. Com emasculador, esmaga o cordão 
espermático e deixa pressionando o cordão por 7 minutos. Apos isso, remove e gonoda e 
solta o emasculador do cordão espermatico. Nesse momento, o cordão espermático 
também irá subir para dentro da cavidade abdominal. 
EMASCULADOR: É um aparelho (como se fosse um alicate) que faz a vez das 3 pincas. 
Usando um bom emasculador, não tem necessidade de fazer a técnica das três pinças e 
nem ligaduras. 
2. FECHADA: 
Faz a incisão de pele subcutânea ate chegar a túnica vaginal. Precisamos expor o 
testículo junto com a túnica da mesma forma da tecnica aberta, entao aperta a região do 
cordão espermático afim de descolar a túnica vaginal das demais tunicas. Como se fosse 
uma uva, aperta a casca e expõe o conteudo. Aperta a região de cordão espermático e 
vai expor o testículo com a túnica vaginal. Posiciona o emasculador na região de cordão 
espermatico, e pressiona o emasculador por cima da túnica vaginal. Essa técnica é mais 
dificil, pois voce não esta enxergando o que esta emasculando (podendo emascular 
órgãos errados) e a túnica vaginal é bem fibrosa. Deixa o emasculador por 7 minutos e 
corta a gonada, dessa forma a túnica vaginal sai junto com o cordao espermatico. Por 
tanto, vai remover uma porção de túnica vaginal com uma porção de cordão espermático 
e o testiculo. Ao soltar, a túnica e o cordão espermático entrarão abertos na cavidade 
abdominal. Mesma coisa que a aberta, mas voce não esta enxergando. 
3. SEMIABERTA/SEMIFECHADA: 
Essa técnica é igual a técnica aberta, mas ao emascular, voce transfixa a túnica vaginal 
por cima do emasculador, fechando a túnica vaginal. Apos transfixar a túnica vaginal, 
após aguardar os 7 minutos de emasculador, ai voce remove a gonoda e solta o 
emasculador. Nesse momento, a túnica vaginal ira entrar na cavidade abdominal, 
fechada. Diminuindo as complicações pós operatórias da orquiectomia. 
Ao final da técnica, nao realizamos a sutura da pele subcutânea. Ela ser cicatrizada por 
segunda intenção. Porque acumula muito seroma nessa região (liquido inflamatório). Por 
isso a incisão na porção ventral, para drenar esse liquido. Se suturar, forma um coagulo e 
não drena. 
COMPLICACOES 
1. Evisceracao, ja que não sutura pele. 
2. Hemorragia, devido a tunica vaginal estar aberta. 
Obs: é normal ter edema e um pouco de sangramento nos primeiros minutos de castracao 
(se for técnica aberta), mas muito nao. 
3. Inflamação com todos os seus sintomas: edema, aumento de volume, dor, rubor… 
4. Fumiculite pos castracao: É uma inflamacao com infeccao do funiculo espermatico. 
Causando abscessos e feridas que não cicatrizam. MUITO IMPORTANTE. É muito 
comum de acontecer e é muito mais preocupante do que peritonite (porque apesar da 
túnica vaginal ser um prolongamento do peritonio, essa afecção não é muito comum). 
CRIPTORQUIDISMO 
• É uma falha na descida de um ou dois testículos, podendo ser uni ou bilateral 
• Ambos os tipos deve ser castrado, pois mesmo que seja unilateral o animal corre o risco 
de desenvolver neoplasias e transmitir o gene da doenças a outras geracoes. 
Normalmente cavalos criptorquidas tem um temperamento muito chato, são bravos e 
tem comportamento exacerbado de garanhao. 
• Testículo ectopico: inguinal, abdominal ou no trajeto 
• Tratamento: Técnica cirurgia de remoção do testículo ectopico + indicação de castração 
caso seja unilateral. Ai escolhe uma das 3 técnicas de orquiectomia. 
• ABDOMINAL: Laparotomia convencial, que tem vários acessos: inguinal, parainguinal 
ou pelo flanco. 
• Pode fazer também por aparelho de laparoscopia, minimamente invasivo. 
Normalmente é a melhor escolha. 
• INGUINAL: anestesia geral, animal em decúbito dorsal e faz a incisão em cima do anel 
inguinal. 
• Como diagnosticar? exame fisico, exames complementares. 
Genital Masculino em Ruminantes. 
PREPARO DE RUFIAO. 
As orquiectomias em Bovinos, são usadas com o objetivo de preparar o rufião para o seu 
serviço. 
Adaptar algumas condições nesse animal, para ele conseguir identificar o cio nas femeas. 
Rufião 
• Macho auxiliador para a detecção do cio das fêmeas 
• Libido destacada 
• Incapacidade de promover fecundacao. 
Trabalhar com dois tipos de animais: tem a capacidade de copular, mas não de fecundar 
(impedir a emissão de espermatozoide mas vai realizar o ato da copula) ou impedir a 
copula (cirurgias multiladoras, questionamento se são as técnicas mais indicadas hoje). 
Seleção de animais 
• Sadios (nao vai ser fonte de transmissão de doença para o rebanho) 
• Testar libido (interesse natural do animal na femea do cio) 
• Prepucio curto (importante para tecnica cirurgica, prepucios longos dificultam a cirurgia) 
Bos indicus tem o prepucio mais longo e o bos tauros tem mais curto 
• Idade ideal: 18 meses (maturidade sexual) 
Detecção de cio 
• Pode utilizar sensores de temperatura nas femeas, pois as montas promovem uma 
reação termica no dorso das fêmeas e dependendo da colaracao ira indicar a 
quantidade de montas naquela femea. base da cauda das femeas. 
• Drone nas fazendas: ve a copula. 
TECNICAS CIRURGICAS 
1. Interrupção da emissão de espermatozoide. 
O animal desempenha o ato da copula (ha a penetracao), mas nao emite espermatozoide 
-> Impede a fecundacao. 
- Deferentectomia(mesma coisa que vasectomia em humanos). 
• Faz a ligadura de uma parte do ducto deferente e assim não ha a presença do 
espermatozoide no ejaculado. 
- Epididimectomia. 
• Ressesccao de uma parte do epididimo, retira um segmento/porcao dele. E tem 
o mesmo resultado da deferentectomia, não tem ha a união dos 
espermatozoides no ejaculado. 
• Vantagens: Procedimento simples e rapido, usa pouco material (custo baixo), nao altera 
a libido, garantindo bem estar, impossibilidade de fecundação. 
• Desvantagem: Nao impedem o ato sexual, podendo transmitir doenças, DST, ha a 
penetração (copula) e tem exteriorização do penis podendo ocorrer trauma. 
• Exteriorização do penis 
• Trauma 
• Copula 
• DST 
OBS: Por lei, é a tecnica mais recomendada por bem estar animal. 
DEFERENTECTOMIA 
• Remoção de uma porção do ducto deferente. 
• A cirurgia é realizada com o animal em decubito lateral ou dorsal, tranquilizacao e 
sedação com XILAXINA 
• Preferencialmente em grandes animais, trabalhar com ele acordado devido as 
complicações cirúrgicas e anestesicas. 
• Incisão da pele na vertical, em região pre escrotal/cranial ao escroto 
• No tamanho de 5cm em bovinos e 3cm em pequenos ruminantes. 
• A incisão é feita sob o cordão espermatico, e túnica vaginal. 
• Sao 2 acessos cirúrgicos porque a cirurgia é bilateral, um acesso cirúrgico do 
lado esquerdo e um do lado direito. 
• Um lado de cada vez. 
• Incisão da túnica vaginal. 
• Ela recobre todo o cordão espermático. 
• Depois da incisão de pele, palpa para identificar o ducto deferente. Ele tem 
consistência firme, mais fibroso, aspecto tubular (lembra um vaso). 
• Depois de identica-lo, isolamos ele das demais estruturas e faz duas ligaduras 
para realizar a ressecção no meio delas. Pinça o ducto deferente antes da 
ligadura = hemostasia. 
• Ligadura no ducto deferente 
• As ligaduras são feitas com fio nao absorvivel, afim de ter um melhor resultado no 
pos operatório (nao solta, não absorve e dessa forma não ha a junção das 
estruturas novamente. Pois se houver, o animal passa a produzir espermatozoide 
novamente e pode fecundar.) 
• A resseccao em 5cm é feita para ter um espaço “seguro” entre os dois cotos do 
ducto deferente, afim de impedir que eles se unam novamente. 
• Sutura e dermorrafia 
• Depois da resseccao, faz-se a sutura de pele por dermorrafia. A sutura deve ser 
interrompida, pois ha menor risco de abrir os pontos (animais muito curiosos). 
Pode ser: simples separado, wolf, sultan. 
Pos operatorio: 
Animal em repouso, fora de função de rufiao, ATB por 5 dias e espermograma (3 
semanas) e se necessário AINE. 
• Essa cirurgia não causa muito edema e nem desconforto, pela incisão ser pequena mas 
se for necessário, indicar AINE por 2 dias e deve-se acompanhar o animal por 3 
semanas através de espermograma. Isso porque, pode ser que antes da cirurgia o 
animal ja tenha produzido espermatozoides e eles estarão armazenados no saco 
escrotal esperando a próxima ejaculacao. Esse período de 3 semanas é o necessário 
para a morte desses espermatozoides ja formados. O animal deve permanecer em 
repouso para esperar a cicatrizacao e morte dos espermatozoides acumulados. 
EPIDIDIMECTOMIA CAUDAL 
• Resseccao da cauda do epididimo. 
• parcial 
• Anestesia local apos a tranquilizacao 
• Animal em decubito, sedação com xilazina, tranquilizacao, anestesia local, botão 
infiltrativo com lidocaina na região da caudal do epididimo e pele (regiao escrotal 
que recobre a cauda do epididimo). 
• Bilateral, 2 acessos cirúrgicos um em cada lado. 
• Incisão de pele na região ventral do escroto, disseccao da cauda do epididimo 
• Incisão (por volta de 3cm) de pele na região ventral do escroto, que é onde esta a 
cauda do epididimo. Apos a incisao, separa a cauda do epididimo do corpo do 
epididmio. = dissecção. 
• Incisão de pele na região ventral do escroto, disseccao da cauda do epididimo 
• Ligadura e resseccao da cauda do epididimo. 
• Dermorrafia; ATB 5 dias e espermograma. antes de liberar pra rufião faz o exame para 
garantir que ele perdeu a capacidade de fecundação 
• OBS: Nao precisa fazer a sutura da túnica vaginal, é opcional. Mas tem que fazer a 
sutura de pele. A túnica vai cicatrizar junto com a pele. 
• Nao tem a retirada dos testiculos, mas o animal não produz mais espermatozoides pois 
ha uma ligadura na cauda do epididimo, ligando também o ducto deferente. 
TECNICAS QUE IMPEDEM A COPULA 
Cirurgias maiores 
Mais agressivas 
Maior risco de complicação ou infecção pos operatória 
1. Desvio lateral do penis e do prepucio = desvio de angulação do penis, ele expõe o 
penis mas não consegue executar a copula devido a angulação “anormal”. 
2. Aderência de penis ou flexura sigmoide = sutura nessa região, o animal nem expõe o 
penis, fica mantido externamente e não copula. 
Desvantagem: 
Alteração da libido 
Dor no momento da cobertura 
Vida curta: 6 meses de trabalho. 
O animal associa que o momento da exposição do penis, isso causa dor. Dessa forma, 
diminui a libido. Vida curta de rufiao, apos 6 meses tem que ser substituído por outro 
animal (questao economica). 
DESVIO LATERAL DO PENIS E PREPUCIO 
Animal exterioriza o penis, mas com uma angulação anormal que impede a copula pois 
não ha o encaixe. 
Realizada em ANIMAIS JOVENS (6 meses a 1 ano de idade). Não é o procedimento mais 
indicado, pois por serem animais jovens e em desenvolvimento é possível que o animal 
venha a ter o crescimento da estrutura testicular comprometendo o resultado da cirurgia 
futuramente. 
Cirurgia muito mais traumatica e cruenta pois a manipulação tecidual é maior. 
• Anestesia Local + Tranquilizacao 
• Decubito lateral. = se adapta melhor a posicao, não se mexe tanto. Facilita a 
manipulacao. 
• Remoção de um circulo de pele de 8cm, onde será o futuro prepucio-desvio. 
• Incisão circular próximo ao flanco (flanco é a referencia). 
• Pode ser do lado esquerdo ou direito. 
• Angulação de 30 a 45 graus no maximo. (Faz o máximo para evitar copulas por 
adaptação do animal) 
• Fechamento do orificio prepucial e incisão circular ao redor do prepucio 
prolongada pela linha media. 
• Dissecção e hemostasia ate a porção distal da flexura sigmoide. 
• Abertura do túnel subcutáneo com pinça de compressa, a partir do futuro orifício 
• Cobertura do penis e tração pelo tunel. 
• Sutura interrompida na linha media e novo prepucio. 
Técnica cirurgica. 
Inicialmente: realiza-se uma INCISAO CIRCULAR na região do flanco. Essa incisão 
circular será o NOVO PREPUCIO desse animal. A altura da incisão ja faz pensada na 
angulação escolhida para o desvio do penis. 
Faz uma sutura do prepucio natural do animal, afim de evitar contaminações durante a 
cirurgia (urina, por exemplo). Agora, as técnicas cirúrgicas para desprender o penis e o 
prepucio do local normal: 
1. Incisao circular ao redor do prepucio natural do animal. 
2. Incisao de pele retilínea ate a região do escroto. 
3. Dissecção e divulsão do penis e do prepucio: afim de separar essas estruturas do 
subcutâneo e realizar a angulacao. Depois da incisao, faz a disseccao do subcutâneo 
afim de separar essas estruturas do subcutaneo. Divulsão ate a porção distal da flexura 
sigmoide. 
4. Exteriorização do penis, prepucio e flexura sigmoide. estruturas da pele. 
5. Abertura do túnel subcutâneo pelo orificio, divulsionando o tecido. 
6. Passagem das estruturas pelo túnel 
7. Reimplantar o prepucio do paciente naquele novo orifício que foi aberto. Faz o 
fechamento daquela abertura inicial retilínea com ponto simples interrompido (que foi para 
dissecar/separar o penis do paciente.) e também a sutura do orifício. 
8. Desfaz a sutura de segurança no prepucio do animal (aquela para evitar 
contaminação). 
ou fecha o prepucio ou coloca sonda para