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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: “Diarreia em Potros – Revisão de Literatura.” Acadêmica: Érica Maurício Gomiero Orientadora: Profª Drª. Nara Saraiva Bernardi CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA – UNICEP GRADUAÇÃO DE MEDICINA VETERINÁRIA Estágio Curricular Supervisionado II INTRODUÇÃO DESCRIÇÃO DA ENTIDADE DE ESTÁGIO 22 de fevereiro de 2021 a 07 de maio de 2021 Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais Hospital Veterinário Universitário da UNICEP São Carlos/SP Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2021. Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2021. Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2021. Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2021. Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2021. DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS • Total de 157 animais • Maiores casos de patologias do trato gastrintestinal Diarreia Cólica Verminose 147; 93% 4; 2% 3; 2% 1; 1% 1; 1% 1; 1% Equinos Caprinos Bovinos Asinino Muares Ovinos TOTAL DE ANIMAIS ATENDIDOS TOTAL = 157 ANIMAIS DIARREIA EM POTROS INTRODUÇÃO O que é a diarreia? • Distúrbio gastrintestinal inflamação aguda do I.D. • Importante causa da mortalidade em equinos • Potros jovens baixa proteção imunológica INCIDÊNCIA • 80% dos potros; • 6 meses de idade; • Leve a transitória; • Causas desconhecidas, inócuas e fatais. Inúmeras causas • Infecciosas Bacterianas Parasitárias Virais • Não infecciosas Ambientais Outras ETIOLOGIA PRINCIPAIS CAUSAS DE DIARREIA EM POTROS: Bacterianas Parasitárias Virais Outras Escherichia coli Salmonella spp Clostridium difficile Clostridium perfringens Rhodococcus equi Cryptosporidium Strongylus vulgaris Strongylus westeri Coronavírus Rotavírus Diarreia do cio do potro 1. ESCHERICHIA COLI • Gram negativa • Anaeróbias • Móveis ou Imóveis • Septicemia em potros neonatos; • 25% das mortes; colostro menos de 1 mês de vida • Coloniza trato intestinal; parte da microbiota normal por toda vida 2. SALMONELLA SPP • Gram negativa • Anaeróbia facultativa • Zoonose Enterite em equinos • Distúrbios entéricos e/ou sistêmicos; • Elevada capacidade de causar surtos. • Diarreia aguda nos potros; Microbiota entérica Com ou sem sinais Afeta potros entre 12 horas a 4 meses de vida • Égua progenitora portadora assintomática; Potencial fonte de contaminação • Transmissão por água e alimentos contaminados; 3. CLOSTRIDIOSE Clostridium difficile: • Enterite em equinos adultos e potros; • Produtora de 5 toxinas; toxina A: acúmulo de fluido intestinal toxina B: não altera permeabilidade intestinal • Pode ser de causa primária; associada ao uso de antibióticos • Transmissão fecal-oral; O agente permanece 4 anos no ambiente. • Gram positiva • Anaeróbia Clostridium perfringens: • Disseminada no solo; Animais com menos 5 dias de vida; • Classificada pelas suas toxinas; toxina B e C: enterotoxemia em potros toxina C: maior mortalidade • Fatores levam ao desenvolvimento da doença; Estresse, antibioticoterapia, infecções concomitantes • Transmissão fecal-oral, ambiental, úbere da égua. • Gram positiva • Anaeróbia 4. RHODOCOCCUS EQUI • Elevada taxa de mortalidade; Ampla distribuição mundial Perdas econômicas • Ampla disseminação e resistência no ambiente. • Uma das doenças mais severas e debilitante; Desencadeia doenças respiratórias; importante causa de pneumonia em potros • Infecção ocorre após o parto até o 6º mês de vida do potro maior frequência entre 45-60 dias de vida do potro via inalatória, digestória (coprofagia) e lesão de pele Tornam-se imunes ao longo da vida Figura 1/2/3 - Presença de vários e grandes abscessos aderido dentro do corpo do pulmão e em vários lobos pulmonares. 1 2 3 5. STRONGYLOIDES SP • Strongylus vulgaris e Strongylus westeri • Nematódeos que parasitam I.D. • Potros com até 2 anos de idade são acometidos • Causa diarreia aguda em potros de 1-3 semanas de vida; Strongylus vulgaris Strongylus westeri Strongylus vulgaris: • Considerado um fator negativo; • Afeta o desenvolvimento e desempenho do animal; • Sistema arterial mesentérico; debilidade e morte 14 e 20 dias Strongylus westeri: • Infecta potros jovens; <2 meses de vida • Larvas infectantes penetram pele e mucosa oral; • Ovos encontrados em potros lactantes e recém desmamados; Infectados pelo leite materno Éguas abrigam larvas em seus tecidos Diarreia por até 10 semanas • Transmissão através de pastagens, transplacentária e colostro. 6. CRYPTOSPORIDIUM • Protozoário coccídeo; • Infecta células do epitélio intestinal Danos nas microvilosidades intestinal • Causa surtos em potros; afeta potros de 3 a 5 semanas de vida potros mais velhos com até 10 meses • Éguas podem ser portadoras assintomáticas contaminam o ambiente com oocistos • Transmissão fecal-oral, água e alimentos contaminados; Oocisto de Cryptosporidium • Denominado ECoV, subfamília Betacoronavirus; • Causa de mortalidade e morbidade em equinos neonatos; Promovem desordens gastrintestinais • Detectado em potros saudáveis e potros com diarreia; • Transmissão fecal-oral (água e alimentos contaminados); coprofagia, presença de potros doentes e/ou animais saudáveis estresse (fator predisponente) 7. CORONAVÍRUS • Vírus de distribuição mundial; Epidemiologicamente importante Altamente contagioso • Principal causa de diarreia viral em potros; Enterite em potros recém-nascidos Vários potros são afetados • Transmissão via fecal-oral (fômites e fezes). 8. ROTAVÍRUS • Ocorre juntamente com o 1º ciclo estral da égua após o parto; • Causa mais comum de diarreia; 7 dias de vida • Diarreia transitória e branda; • Fatores predisponentes: Alteração da composição do leite; Má absorção de carboidratos; Infecção parasitária Superalimentação. 9. DIARREIA CIO DO POTRO SINAIS CLÍNICOS Causas Sintomas Escherichia coli Diarreia aquosa e profusa, grave desidratação e desequilíbrio eletrolítico. Salmonella spp Febre, diarreia aquosa de coloração verde-amarelada e odor fétido, depressão, choque hipovolêmico, Clostridium perfringens Depressão acentuada, toxemia, dor abdominal intensa, fezes sanguinolentas, FR e pulso acelerado. Clostridium difficile Diarreia aquosa e profusa, fraqueza, cólica, desidratação, ↑ FC, ↑ FR, acidemia destinado a acidose metabólica. Strongylus vulgaris Emagrecimento, apatia, elevação da temperatura corpórea, diminuição na ingestão de alimentos, cólica, e morte entre 14 a 20 dias Strongylus westeri Leva a quadro de diarreia por até 10 semanas; Possível causa da diarreia do cio do potro. Rhodococcus equi Cólica, desidratação, perda de peso, retardo do crescimento Crysptosporidium spp Diarreia persistente, aquosa, mucóide amarelada persistente, letargia desidratação, fraqueza e óbito quando não tratado Coronavírus Desidratação, febre, anormalidades eletrolíticas, dificuldades respiratórias. Rotavírus Letargia, ↓ do reflexo de sucção, diarreia de coloração amarelo-esverdeada, fezes aquosa a pastosas, dor abdominal, hipertermia, desidratação. Diarreia do cio do potro Fezes de consistência amolecida e aguada, odor fétido, com baixo volume, DIAGNÓSTICO • Histórico Clínico • Sinais Clínicos • Exames Laboratoriais Hemograma • Parasitológico de fezes OPG • PCR • ELISA • Hemocultura• Ultrassonografia • Radiografia TRATAMENTO • Fluidoterapia Ringer com Lactato Glicose a 5% • Plasma Hiperimune 20ml/kg/IV de 24h a 6 dias de vida após o nascimento • Antibioticoterapia Gentamicina 12 a 14 mg/kg/SID por via IV ou IM Amicacina 20-25 mg/kg/BID por via IV ou IM; Ceftiofur 5 mg/kg/BID/ por via IM Metronidazol 10-15 mg/kg/BID ou QID por via VO ou IM • Antiespasmódico Buscofin 5-10 mg/kg/IV • Anti-Helmínticos Ivermectina Abamectina Praziquantel • Suplemento Probiótico Pro-SACC • Suplemento Vitamínico Glicol PREVENÇÃO • Isolamento dos potros dos equinos adultos; • Roupas e sapatos protetores; • Pedilúvio; • Ingestão de colostro; • Evitar quantidade excessiva de animais; • Limpeza e higiene do ambiente; • Administração de plasma hiperimune; • Administração de anti-helmínticos CONCLUSÃO • Realização de um manejo correto na propriedade; • Introdução de métodos profiláticos; • Criação e como esses animais são conduzidos no dia a dia; • Introdução de métodos profiláticos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • LESTER, G. Foal Diarrhea. Current Therapy In Equine Medicine. [s.l.], p.677-680, 2003. • PARADIS, M.R; Equine Neonatal Medicine: A Case-Based Approach; Philadelphia: ELSEVIER SAUNDERS; 2006. • TEIXEIRA, Silvana. Diarreia em potros: o que fazer e como hidratar. CPT, 2019. Disponível em: https://cpt.com.br/artigos/diarreia-em-potros-o-que-fazer-e-como-hidratar. Acesso em: 28 mar. 2021. • THOMASSIAN, A. Enfermidades dos Cavalos. 4. ed. São Paulo: Varela, 2005. p.284-294. • https://www.istockphoto.com/ • https://infoequestre.vet/ • https://www.google.com/ • https://atlas.sund.ku.dk/ • http://www.citrolima.com.br/ • https://br.depositphotos.com/stock-photos/egua-mamando.html • https://slideplayer.com/slide/4635996/ - Apresentação sobre o tema: "Pneumonia por Rhodococcus equi" • https://www.msdvetmanual.com/digestive-system/gastrointestinal-parasites-of-horses/strongylus-vulgaris-associated-disease-in-horses https://cpt.com.br/artigos/diarreia-em-potros-o-que-fazer-e-como-hidratar https://cpt.com.br/artigos/diarreia-em-potros-o-que-fazer-e-como-hidratar https://cpt.com.br/artigos/diarreia-em-potros-o-que-fazer-e-como-hidratar https://cpt.com.br/artigos/diarreia-em-potros-o-que-fazer-e-como-hidratar https://cpt.com.br/artigos/diarreia-em-potros-o-que-fazer-e-como-hidratar https://cpt.com.br/artigos/diarreia-em-potros-o-que-fazer-e-como-hidratar https://cpt.com.br/artigos/diarreia-em-potros-o-que-fazer-e-como-hidratar 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