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@rascunhos.fisio 
DRENAGEM AUTÓGENA 
Resumo do livro: Técnicas manuais e instrumentais em fisioterapia respiratória 
@rascunhos.fisio 
 
O QUE É: 
A drenagem autógena (DA) é uma técnica de higiene brônquica. Ela mobiliza secreções de 
diferentes gerações brônquicas, por meio da maior variação possível do fluxo expiratório, sem 
provocar a compressão dinâmica das vias aéreas. Por ser uma técnica ativa, a DA requer 
treinamento e cooperação do indivíduo para que possa ser realizada de modo independente. 
Uma vez aprendida, a técnica pode ser realizada, inclusive, durante algumas atividades da vida 
diária, como assistindo televisão. 
O paciente deve estar alerta quanto ao ruído e à sensação proprioceptiva da vibração 
provocada pelo deslocamento das secreções, pois o autocontrole sobre a técnica depende do 
feedback sensorial e auditivo observados à medida que ocorre a desobstrução brônquica. 
 
EFEITOS ESPERADOS DA TÉCNICA: 
• Auxilia na mobilização de secreções das vias aéreas periféricas; 
• Melhora da ventilação, observada por meio dos testes de função pulmonar; 
• Ganho na relação ventilação/perfusão (V/Q), observado por meio da gasometria arterial; 
• Melhora da hematose; 
• Ganhos na capacidade funcional observados por meio dos testes de performance física e 
das escalas de dispneia. 
 
COMO REALIZAR: 
Posicionamento do paciente A DA geralmente é realizada com o paciente assentado, ereto, 
relaxado, com a cabeça posicionada em neutro e as mãos do terapeuta (ou do paciente, se 
realizado sozinho) apoiadas sobre o tórax superior para auxiliar na desinsuflação pulmonar durante 
as duas primeiras fases da técnica: 
 
FASES: 
Para realizar a técnica adequadamente, é necessário utilizar o bocal e deve-se seguir as seguintes 
fases da DA: 
@rascunhos.fisio 
Fase do descolamento: 
• Inicia-se com uma expiração oral lenta e forçada, recrutando-se percentuais do volume de 
reserva expiratório (VRE). 
• Inspiração a baixo volume, recrutando-se percentuais do volume corrente (VC). 
• Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos. 
• Expiração oral lenta recrutando-se percentuais do VRE. 
Fase da coleta: 
• Inspiração nasal a médio volume, ou seja, com variações progressivas, recrutando-se 
percentuais maiores de VC. 
• Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos. 
• Expiração oral lenta recrutando-se percentuais do VRE. 
Fase de eliminação: 
• Inspiração nasal a alto volume, recrutando-se o VC e percentuais do volume de reserva 
inspiratório (VRI). 
• Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos. 
• Expiração oral em nível de VC. 
• Por último, realização da técnica de expiração forçada a altos vo-lumes (huffing). 
Para garantir um bom desempenho do paciente na realização da drenagem autógena, é 
importante destacar alguns itens: 
1. Durante a expiração, em todas as fases da DA, o paciente deverá utilizar um bocal para 
ativação do reflexo bucofaríngeo que favorece a manutenção da glote aberta. 
2. A fase de eliminação requer inspiração lenta e profunda. 
3. Em todas as fases, a velocidade do fluxo expiratório deve ser controlada para se evitar um 
pico de fluxo alto que resulte em fechamento precoce das vias aéreas com o deslocamento 
do ponto de igual pressão para a periferia. 
4. A tosse deve ser reprimida durante a realização das três fases. 
5. Após todo esse processo, caso as secreções tenham alcançado as vias aéreas proximais e 
o paciente não tiver apresentado o reflexo de tosse, ele deverá realizar uma expiração 
forçada a alto volume (huffing) com o objetivo de mobilizá-las. 
 
De acordo com a literatura, cada fase da técnica deve ser repetida de 4 a 5 vezes, 
sucessivamente, sem intervalos. Concluídas as séries de repetições das 3 fases, todo o 
procedimento pode ser repetido por 30 a 45 minutos, 2 vezes ao dia. Porém, a duração e o número 
de sessões podem ser alterados, dependendo da quantidade e da viscosidade da secreção. 
 
PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS: 
Esta técnica utiliza inspirações e expirações lentas com o objetivo de “descolar”, “coletar” e 
“deslocar” progressivamente as secreções até sua eliminação proximal. A DA baseia-se na 
comparação da curva fluxo-volume obtida nos testes de função pulmonar durante a expiração 
lenta prolongada e a expiração forçada. Existe uma demonstração clara de que, a partir da 
capacidade pulmonar total (CPT), o fluxo alcançado durante uma expiração lenta e prolongada, 
para volumes expiratórios equivalentes, é maior que o fluxo produzido durante uma expiração 
forçada com velocidade alta, o que permite o deslocamento de secreções das diferentes 
gerações brônquicas a cada expiração. Para atingir os objetivos citados, é necessária a utilização 
da variação do volume pulmonar inspiratório em três níveis: 
@rascunhos.fisio 
• Baixos volumes pulmonares para que o fluxo aéreo atinja a periferia e descole as secreções; 
• Médios volumes pulmonares para que as secreções sejam coletadas nas vias aéreas médias; 
• Altos volumes pulmonares par permitir a eliminação da secreção por huffing ou tosse; 
 
Sobre a imagem: Fase 1: descolamento das secreções em vias aéreas periféricas. Fase 2: coleta 
das secreções em vias aéreas médias. Fase 3: eliminação das secreções em vias aéreas centrais 
para a boca (Vt: volume corrente; ERV: volume de reserva expiratório; RV: volume residual; FRC: 
capacidade residual funcional; IRV: volume de reserva inspiratório; IRV + VT + VER: capacidade 
vital). 
O fisioterapeuta deve se preocupar em garantir a perviedade das vias aéreas superiores, por meio 
de técnica de desobstrução específica, para que as inspirações possam ocorrer pelo nariz, 
permitindo, assim, que o ar inspirado seja filtrado, aquecido e umidificado. 
 
BRITTO, R.R.; BRANT, T.C.; PARREIRA, V.F. Recursos manuais e instrumentais em fisioterapia respiratória 
2a ed.. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2014. 9788520459737. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520459737/. Acesso em: 23 Jun 2021