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GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO GESTÃO DE MATERIAL E PATRIMÔNIO GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS CHQAO Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais Coordenação Didático-Pedagógica Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa Redação Pedagógica Tito Tortori Revisão Alessandra Muylaert Archer Projeto Gráfico Romulo Freitas Diagramação Luiza Serpa Coordenação de Conteudistas Fernando Velôzo Gomes Pedrosa Conteudistas Alexandre Duarte de Paiva Edson Carmelo de Souza Geraldo Mendes Gutian Weslei Jardim Batista Revisão Técnica Tatiana Braga Filippone Produção Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Realização EsIE – Escola de Instrução Especializada Exército Brasileiro Gestão de Qualidade em Serviços : apostila 4 / coordenação didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa ; redação pedagógica: Tito Tortori ; projeto gráfico: Romulo Freitas ; diagramação: Luiza Serpa ; coordenação de conteudistas: Fernando Velôzo Gomes Pedrosa ; conteudistas: Geraldo Mendes Gutian ... [et al.] ; revisão técnica: Tatiana Braga Filippone : produção: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro ; realização: EsIE – Escola de Instrução Especializada [do] Exército Brasileiro. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2014. Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais – CHQAO. 58 p. : il. (color.) ; 21 cm. Inclui bibliografia 1. Sistema de excelência gerencial na OM. I. Pedrosa, Stella M. Peixoto de Azevedo. II. Tortori, Tito. I. Pedrosa, Fernando Velôzo Gomes. IV. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central Educação a Distância. V. Brasil. Exército. Escola de Instrução Especializada. CDD: 658.562 CHQAO Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS UNIDADE 5 SISTEMA DE EXCELÊNCIA GERENCIAL NA OM APRESENTAÇÃO O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO), conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os sub- tenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas para o Quadro Auxiliar de Oficiais. A disciplina Gestão de Qualidade em Serviços possui carga horária total de 90 horas. Os objetivos gerais desta disciplina são: • Apresentar a Gestão pela Qualidade Total na organização, tanto em seus aspectos conceituais, quanto em sua aplicabilidade, em seus modelos e procedimentos de implementação. • Apresentar o Sistema de Excelência Gerencial do Exército Brasileiro. Nesta apostila será apresentada a Unidade Didática V – Sistema de Excelência Gerencial na OM, cujos objetivos, determinados pelo Planeja- mento de Disciplina (PLADIS), desenvolvido pela Seção de Ensino da Escola de Instrução Especializada do Exército Brasileiro (EsIE), estão especificados por capítulo. Boa leitura! CONTEUDISTA Geraldo Mendes Gutian é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agu- lhas Negras (AMAN); possui graduação em Engenharia Química pelo Instituto Militar de En- genharia (IME); é pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela Faculdade de Engenharia Química da Universidade de São Paulo (FAENQUIL/USP) e mestre pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI-MG) com ênfase em Implementação de Sistemas de Gestão. É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Nas Faculdades Dom Bosco ministra a disciplina de Administração Estratégica no Curso de Administração; as disciplinas de Gestão de Pessoas e Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Regional no Curso de Gestão Pública; a disci- plina de Gestão Integrada de Recursos Humanos no Curso de Gestão de Recursos Humanos e a disciplina de Química Tecnológica no Curso de Engenharia de Produção Automotiva. Tem experiência na área de gerência de Recursos Humanos, planejamento estratégico, ma- peamento, análise e melhoria de processos. Edson Carmelo de Souza é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos. Possui pós-graduação em bases geo-históricas para o pensamento estratégico pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME) e mestrado em operações militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência na área de planejamento estratégico e no mapeamento, análise e melhoria de processos. Alexandre Duarte de Paiva é graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e graduando em Administração na Associação Educacional Dom Bosco (AEDB). Possui pós-graduação em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e cursa pós-graduação em Gestão pela Escola de Instrução Especializada (EsIE) e Universidade Católica de Petrópolis (UCP). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência na área de gerência de recursos humanos e planejamento estratégico. Weslei Jardim Batista possui graduação em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN); é pós-graduado em Operações Militares de Defesa Antiaérea e de Defesa do Litoral pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) e em Opera- ções Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Cursa pós-graduação em Gestão pela Escola de Instrução Especializada e Universidade Católica de Petrópolis (EsIE/ UCP). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência e cursos na área de administração pública, gerência de projetos, gestão estratégica de pessoas e planos de carreira, recursos humanos, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, planejamen- to estratégico, análise e melhoria de processos, modelo de Excelência em Gestão, ética no serviço público, gestão da qualidade e excelência no atendimento. UNIDADE V – SISTEMA DE EXCELÊNCIA GERENCIAL NA OM 1. OBJETIVOS DO SE-OM (SISTEMA DE EXCELÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO MILITAR) 2. FINALIDADE DO SE-OM 3. PRINCÍPIOS DO SE-OM 4. AUTOAVALIAÇÃO 5. O PLANO DE GESTÃO 6. PLANO DE AÇÃO 7. PLANO DE INOVAÇÃO E MELHORIA 7.1 PROCESSO DE PLANEJAMENTO DA INOVAÇÃO E DA MELHORIA 7.1.1 PRIORIZAÇÃO DAS OPORTUNIDADES DE INOVAÇÃO E MELHORIA (OIM) 7.1.2 DEFINIÇÃO DAS DIRETRIZES, ESCOLHA DA MELHOR SOLUÇÃO E ESTABELECIMENTO DAS METAS DE MELHORIA 7.1.3 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE INOVAÇÃO E MELHORIA (PIM) 7.1.4 PRIORIZAÇÃO E ESCOLHA DOS PROJETOS DE INOVAÇÃO E MELHORIA 7.1.5 SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DO PIM 7.1.6 ELABORAÇÃO DO PLANO DE COMUNICAÇÃO 7.1.7 ELABORAÇÃO DO PLANO DE CAPACITAÇÃO 8. SISTEMAS DE MEDIÇÃO 8.1 INDICADORES DE DESEMPENHO 8.2 SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO 9. ANÁLISE E MELHORIA DE PROCESSOS (AMP) 9.1 IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE PROCESSOS 9.1.1 NÍVEIS DE PROCESSOS 9.1.2 TIPOS DE PROCESSOS 9.1.3 IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS 9.1.4 SELEÇÃO DE PROCESSOS 9.1.5 CONHECIMENTO SOBRE O PROCESSO 9.1.6 MAPEAR O FLUXO ATUAL 9.1.7 IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS 9.1.8 PRIORIZAÇÃO DE PROBLEMAS 9.1.9 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS 9.1.10 PRIORIZAÇÃO DAS CAUSAS 9.2 MELHORIA DE PROCESSOS 9.2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO 9.2.2. PRIORIZAÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO 10. BIBLIOGRAFIA 9 11 13 15 19 25 29 30 30 32 34 35 35 35 36 37 38 40 43 43 44 44 45 46 46 46 48 49 51 52 52 53 53 55 9 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 Objetivo específico • Identificar os objetivos do SE-EB. Ao longo dos últimos anos, o Exército Brasileiro tem se empenhado na busca pela evolução, face às profundas modificações ocorridas no cenário mundial resultantes da globalização. De acordo com Filho: Sintonizado com tal processo de evolução da Força, a criação do Programa de Excelência Gerencial do Exército, conhecido pela sigla PEG-EB, foi decidida pelo Coman- dante do Exército como uma de suas Diretrizes Gerais de Comando para a implementação emsua gestão 2003/2006 (2012, p.42). O Programa de Excelência Gerencial (PEG-EB) foi concebido com o objetivo de proporcionar a melhoria contínua na parte operacional, no bem-estar de inte- grantes e dependentes e, particularmente, na área relativa à gestão em todo o Exército Brasileiro. Dentre os objetivos do PEG previstos no Caderno de Instru- ção “Sistema de Excelência na Organização Militar”, podemos citar: a) contribuir para o prosseguimento do Sistema de Exce- lência no Exército Brasileiro (SE-EB); b) consolidar o Programa de Excelência Gerencial (PEG-EB); c) consolidar a base conceitual e doutrinária do Modelo de Excelência utilizado pelo EB, customizado para a Força Terrestre; d) incrementar a capacitação nas OM das Ferramentas Gerenciais, otimizando a sua localização; e) conscientizar os militares do EB sobre a importância da gestão aplicada à operacionalidade da tropa; OBJETIVOS DO SE-OM (SISTEMA DE EXCELÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO MILITAR)1 Saiba mais sobre Programa de Excelência Gerencial acessan- do o portal do Sistema de Ex- celência no Exército Brasileiro e consultando o Caderno de Instrução do Sistema de Exce- lência na Organização Militar, disponível em: http://www. portalpeg.eb.mil.br/images/ stories/fotos2008/set/SE- -OM_Set_2008_4_.pdf CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 10 f) Demonstrar especial atenção à Gestão dos Processos Organizacionais, particularmente os Processos Finalísticos e os principais Processos de Apoio; g) atender às necessidades de capacitação em todos os níveis da Força. (BRASIL, 2008a, p.4) 11 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 2 FINALIDADE DO SE-OM O programa de excelência gerencial pode ser considerado como uma poderosa ferramenta de aperfeiçoamento da gestão no âmbito do Exército Brasileiro, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal para todos os órgãos públicos. Os resultados desse programa tornaram-se cada vez mais significativos e ainda continuam contribuindo para o aperfeiçoamento contí- nuo de capacidades gerenciais. Tal fato possibilitou uma adequada condução e priorização de atividades no âmbito da Força e trouxe como consequência o aumento da eficácia, eficiência e efetividade do Exército. Em resumo, o Sistema de Excelência na Organização Militar tem por finalidade a implantação de ferramentas gerenciais integra- das aos processos nas Organizações Militares, quer sejam elas Organizações de nível Unidade (Batalhão, Regimento, Grupo etc.) ou de nível Subunidade (Companhia, Esquadrão, Bateria). De acordo com o caderno Sistema de Excelência na Organização Militar (BRA- SIL, 2008a, p.4), “com o SE-OM, busca-se a Melhoria Contínua dos Proces- sos Finalísticos e de Apoio das OM sempre com o Foco na operacionalidade. Sendo assim, o resultado final da utilização do ’SE-OM’ moderniza a gestão e deverá refletir no aumento da operacionalidade da OM, focada em sua missão institucional”. O caderno Sistema de Excelência na Organização Militar (2008a, p.99) nos traz as definições de processos finalísticos e processos de apoio: Objetivo específico • Apresentar a finalidade do SE-EB. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 12 PROCESSOS DEFINIÇÕES EXEMPLO Finalísticos São processos associados às atividades-fim da OM ou diretamente envolvidos no atendimento às necessidades do Escalão Superior. Operações. De apoio São processos que dão su- porte à atividade-fim da OM. Processos nas áreas de pessoal, informações, logís- tica, comunicação social, tecnologia da informação e finanças etc. Dentre as referências do Sistema de Excelência na Organização Militar que poderão ser utilizadas podemos citar: a. Portaria do Comandante do Exército n° 348, de 1° de julho de 2003 – a qual implantou o Programa de Excelência Gerencial do Exército Brasileiro; b. Portaria do Comandante do Exército n° 191, de 17 de abril de 2003, que instituiu a Política e as Estratégias de Comando do Exército para o período de 2003 a 2006; c. Portaria do Comandante do Exército n°220, de 19 de abril de 2007, que instituiu o Sistema de Excelência no Exército Brasileiro (SE-EB); d. Diretriz Geral do Comandante do Exército, de 09 de maio de 2007 (BRA- SIL, 2008a, p.5). 13 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 3 PRINCÍPIOS DO SE-OM O Comandante do Exército apresentou, desde o início do programa de exce- lência gerencial (PEG-EB), orientações sobre a sua implementação. As ações desenvolvidas pelo programa deveriam ser simples e deveriam estar focadas em resultados. Houve, ainda, o incentivo para a participação das Organizações Militares em prêmios de qualidade, fossem eles de âmbito municipal, estadual ou até mesmo federal. Dentre os princípios elencados no caderno Sistema de Excelência na Organização Militar podemos citar: a. simplicidade: facilidade de uso e integração das Ferramentas de Gestão pela Unidade; b. adequação: utilização das ferramentas de gestão adaptadas aos pro- cessos das Organizações Militares; c. foco: a busca pela melhoria contínua da operacionalidade é o foco do SE-OM (BRASIL, 2008a, p.5). Objetivo específico • Conhecer os princípios do SE-EB. 15 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 4 AUTOAVALIAÇÃO De acordo com as instruções provisórias do processo de melhoria contínua (IP-PMC PEG), “avaliar a gestão de uma organização militar significa verificar o grau de aderência das suas práticas gerenciais em relação ao referencial de excelência em gestão (...)” (BRASIL, 2006b, p.1-2). O entendimento contemporâneo de uma gestão de excelência na administra- ção pública é bastante difundido pelo Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública), pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Este entendi- mento internacional estabelece que o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) é baseado em 13 fundamentos e 8 critérios. Os fundamentos podem ser defini- dos como os pilares - a base teórica de uma boa gestão - que serão colocados em prática por meio dos critérios a seguir: Objetivo específico • Apresentar os procedimentos da autoavaliação. FUNDAMENTOS CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA Pensamento sistêmico. Responsabilidade social. 1. Liderança. Atuação em rede. Valorização das pessoas e da cultura. 2. Estratégias e planos. Aprendizado organizacional. Decisões fundamentadas. 3. Clientes. Inovação. Orientação por processos. 4. Sociedade. Agilidade. Geração de valor. 5. Informações e conhecimento. Liderança transformadora. Olhar para o futuro. 6. Pessoas. Conhecimento sobre clientes e mercados. 7. Processos. 8. Resultados. Fonte: Fundação Nacional da qualidade (FNQ, 2013) De acordo com a IP-PMC PEG, “a autoavaliação é um diagnóstico interno feito pela própria OM cujo objetivo é quantificar e qualificar os principais fatores CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 16 relacionados à organização, com ênfase em suas práticas de gestão e resulta- dos institucionais” (BRASIL, 2006b, p.3-1). Para realizar a autoavaliação a organização deve montar um sistema de pontu- ação que permita avaliar o grau de maturidade da gestão, pontuando proces- sos gerenciais e resultados organizacionais. O Exército Brasileiro, utilizando o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) como roteiro para a busca da excelência, integrou diversas ferramentas de gestão. A aplicação destas ferramentas utiliza uma metodologia que estabelece a autoa- valiação como o início de tudo. No caderno Sistema de Excelência na Organi- zação Militar – SE OM podemos identificar esta afirmação: Tudo começa na autoavaliação (AA), onde por intermé- dio de um processo consagrado e de uso internacional, 08 (oito) Critérios de Excelência são verificados com base em um repertório de perguntas que estão inseridas no sistema SISPEG-Web (BRASIL, 2008a, p.8). O resultado da autoavaliação é insumo para todo o processo de melhoriacon- tínua da Organização Militar e, principalmente, para o diagnóstico estratégico no plano de gestão. Planos de Ação IP-PEO SMDO/BSC IP-MDO IP-PEO Análise Crítica Processos Internos Críticos IP-AMP Auto-avaliação (AA) Diagnóstico Estratégico Projetos de Inovação e Melhoria IP-AMP PF e DIM IP-MC e IP-PEO IP-MC IP-PEO Plano de Gestão (PG) Figura 1: 2ª Subchefia do Estado-Maior do Exército (SISPEG-WEB, 2013) GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 17 A avaliação da gestão (autoavaliação) é uma visão panorâmica da Organização Militar sobre o seu próprio sistema de gestão, que identifica o grau de adesão da OM ao Modelo de Excelência da Gestão adotado pelo Exército. O Comando do Exército e a Fundação Trompowsky customizaram as perguntas previstas no MEG com o objetivo de facilitar a autoavaliação de suas Organiza- ções Militares. Essa customização foi incluída em um programa difundido para toda a Força terrestre denominado SISPEG-WEB. O SISPEG-WEB, com acesso via Internet, permite o gerenciamento de planos de gestão, autoavaliação, validação, relatórios, banco de melhores práticas e cadastro das Organizações Militares do Exército. Ele passou a ser mais uma ferramenta de auxílio para melhoria contínua de toda a gestão da Força. Figura 2: Interface do SISPEG-WEB com os usuários (SISPEG-WEB, 2013) No caderno SE-OM (BRASIL, 2008a), constatamos que uma equipe da Orga- nização Militar, com base em um repertório (Modelo de Excelência da Gestão Pública para o Exército Brasileiro – MEGP-EB), responde aos questionamentos elaborados para cada critério. O resultado deste trabalho de autoavaliação é registrado em um relatório que identifica os Pontos Fortes (PF) e as Oportuni- dades de Inovação e Melhoria (OIM) da Organização Militar. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 18 O Comando da organização, de posse destas informações, pode identificar onde há problemas, ou encontrar suas boas práticas de gestão, e descobrir o impacto desse conjunto de práticas sobre o desempenho da Organização Militar. A pontuação final da autoavaliação é a soma das pontuações dos itens dos Critérios de Excelência já citados: 1) Liderança, 2) Estratégias e Planos, 3) Cida- dãos, 4) Sociedade, 5) Informações e Conhecimento, 6) Pessoas, 7) Processos e 8) Resultados. O objetivo deste trabalho é permitir que a OM possa aperfeiçoar as práticas de gestão e aumentar o grau de adesão ao Modelo de Excelência da Gestão Pública para o Exército Brasileiro – MEGP-EB. Após a autoavaliação, é realizada uma validação por uma equi- pe externa para garantir a qualidade técnica do trabalho, dar transparência ao processo e promover o reconhecimento públi- co do nível de gestão atingido naquele momento pela OM. 19 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 5 O PLANO DE GESTÃO Não é novidade que o mundo está passando por transformações que afetam diretamente a forma de operação e funcionamento das Organizações. As ins- tituições, serviços e produtos que não estiverem alinhados com estas mudan- ças correm o risco de se tornar obsoletos muito rapidamente, não atendendo mais às expectativas e necessidades dos clientes. No Exército Brasileiro isto não é diferente. Podemos conceituar o Planejamento Estratégico Organizacional (PEO) como o caminho que uma organização deve percorrer para atingir seus objetivos organizacionais. Este planejamento tem suas ações voltadas para o futuro e é orientado para o longo prazo. O PEO pode ser conceituado como uma ferra- menta gerencial que tem como objetivo principal auxiliar a Organização a reali- zar seu trabalho de maneira mais eficiente. Para efeitos de estudo e para facilitar o entendimento sobre o assunto, iremos nos ater ao Planejamento Estratégico Organizacional a ser executado por uma Organização Militar de nível Unidade. Quando nos referirmos ao Planejamento Estratégico Organizacional no âmbito do Exército Brasileiro, estaremos nos referindo ao Plano de Gestão. O Plano de Gestão nada mais é do que uma importante ferramenta que o Comandante da Unidade possui para auxiliá-lo a gerir sua OM num determinado período de tempo. Segundo o manual Sistema de Excelência na Organização Militar, o plano de gestão bem elaborado permite: • reduzir as incertezas na tomada de decisões; • proporcionar alinhamento, coerência e segurança no processo decisório; • otimizar recursos; • estabelecer padrões de desempenho; • buscar a excelência; • atender às determinações do controle interno e externo da Administra- ção Pública Federal; • possibilitar a continuidade administrativa (BRASIL, 2008a, p.36). Objetivo específico • Conhecer os elementos do plano de gestão. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 20 Como é possível observar, o Plano de Gestão tem um papel fundamental para a OM, pois através dele o Comandante poderá: • identificar qual direção deverá ser seguida pela Unidade; • identificar problemas futuros; • adotar procedimentos/ações que possam auxiliá-lo no cumprimento da missão e a elevar o nível de operacionalidade da OM. É importante considerarmos que o Plano de Gestão deverá contemplar, no mí- nimo, 04 (quatro) anos de gestão e ser revisado anualmente (através de uma análise realmente crítica) para que possibilite a continuidade administrativa no âmbito da OM. Este documento é considerado, ainda, essencial na passagem de função (Comando), pois fornece ao novo Comandante uma ideia geral de como a Unidade está sendo gerida. Após a passagem de comando, se achar conveniente, o novo comandante poderá atualizar o Plano de Gestão através de sua Diretriz de Comando. Cabe ressaltar que essas eventuais modificações deverão ser aprovadas pelo escalão imediatamente superior. De acordo com o manual Sistema de Excelência na Organização Militar (BRASIL, 2008a, p.37), no plano de gestão encontramos respostas a quatro questões fundamentais: • O que fazemos? • Onde estamos? • Onde queremos chegar? • Como vamos chegar lá? Fonte: Exército Brasileiro É de fundamental importância para a elaboração do Plano de Gestão que sejam estabelecidos alguns procedimentos que orientem os trabalhos a serem realiza- dos, como por exemplo: a composição do Grupo de Trabalho, local e datas para a realização de reuniões, pauta das reuniões, quadro-horário, relatórios etc. Onde pretendemos chegar? “B” Onde estamos? “A” GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 21 O Grupo de Trabalho (GT) será composto basicamente pelo Subcomandante (coordenador dos trabalhos) e por elementos do Estado-Maior, sendo interes- sante a participação dos assessores de gestão (excelência gerencial) e de outros elementos que se façam necessários (se for o caso). O ideal é que esse GT te- nha de 05 (cinco) a 08 (oito) integrantes, podendo ser convidadas autoridades civis que tenham conhecimento da área de jurisdição da OM. A figura a seguir traduz a metodologia para elaboração do processo de pla- nejamento estratégico utilizada pelo Exército Brasileiro, que se desenvolve da seguinte forma: Figura 3: (BRASIL, 2006a, p. 4-1) Veremos a seguir uma definição resumida de cada uma dessas partes que compõem o Plano de Gestão de uma Organização Militar: Missão É a primeira etapa do processo de planejamento. É a “razão de ser” da OM e deve ser definida com clareza. A definição da missão responderá à pergunta: quem é a Organização? (ou o que faz a Organização?) Diretrizes do CMT Diretrizes do Escalão Superior Peculiaridades da OM e da Área de Jurisdição Diagnóstico Estratégico Oportunidades, Ameaças, Pontos Fortes, Pontos Fracos Princípios, Crenças e Valores Missão Visão Objetivos Organizacionais Fatores críticos de Sucesso Estratégias Planos de Ação Avaliação e Controle CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 22 Refere-se à missão institucional determinada pelo escalão superior e que deve ser difundida para todos os integrantes da OM parafacilitar seu entendimento por todos. O ideal é que uma síntese da “missão” seja redigida e afixada em diversos pontos da OM (como refeitórios, alojamentos etc.) para facilitar a sua memorização. A Missão, por ser institucional, não deve ser objeto de modifica- ções frequentes. Princípios, Crenças e Valores Esses pilares, que sustentam a OM, devem ser simples, claros e de fácil enten- dimento por parte de todos os integrantes da OM. Precisam estar relacionados com a natureza da OM, sua missão institucional, as orientações do escalão superior, ao ambiente externo e interno e a personalidade do Comandante. Diagnóstico Estratégico Seu produto deverá responder à pergunta “como está a Organização?”. Deve- rá proporcionar ao Comandante um “raio-X” atualizado de sua OM, fornecen- do informações que irão auxiliá-lo na definição da situação atual e suas pers- pectivas de evolução. Deve resultar em um dos Anexos do Plano de Gestão. Análise do Ambiente Externo É a análise dos fatores externos à OM que poderão influenciar na sua atua- ção. Nesta análise deverão ser identificadas as oportunidades (que deverão ser aproveitadas) e as ameaças que poderão afetar o desempenho da Unidade. Análise do Ambiente Interno Identifica os pontos fortes e os pontos fracos da OM (ou objetivos de inovação e melhoria/OIM) resultantes do processo de autoavaliação, e auxilia a nortear o processo de planejamento. É importante salientar que para identificarmos as oportunidades e ameaças (ambiente externo), bem como os pontos fortes e fracos (ambiente interno) deveremos utilizar a Matriz DOFA (Debilidades, Oportunidades, Fortalezas e Ameaças) também conhecida como Matriz de SWOT. Diretrizes do Comandante São orientações pessoais do Comandante que são elaboradas no início de seu comando com o objetivo de direcionar o cumprimento da missão. A Matriz DOFA é, segundo o manual Sistema de Excelên- cia na Organização Militar, “uma ferramenta que auxilia a realização do diagnóstico estratégico. Por meio dela relaciona-se metodicamente, em um gráfico, as oportuni- dades, as ameaças, os pontos fortes e as oportunidades de inovação e melhoria (pontos fracos), de forma a gerenciá- -los, a fim de melhorar o de- sempenho da OM” (BRASIL, 2008a, p.45-46). GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 23 Visão de Futuro Sua definição responde à pergunta: “o que a organização deseja ser no futuro?”. Representa uma situação futura desejada e deve ser compartilhada por todos os integrantes da OM. Para que não seja considerada genérica, é interessante que aborde pelo menos um destes cenários: operacional, adminis- trativo, logístico ou social. Os Objetivos Organizacionais, os Fatores Críticos de Sucesso (FCS), as Estraté- gias e os Planos de Ação são direcionados à visão de futuro desejada. Objetivos Organizacionais Envolvem a pergunta “o que fazer?”. São os resultados que a Unidade deverá alcançar em um prazo definido para que a visão de futuro seja concretizada. Fatores Críticos de Sucesso Segundo as Instruções Provisórias de Planejamento Estratégico Organizacional (IP-PEO), são os aspectos condicionantes do sucesso da OM no cumprimento de sua missão e na consecução dos objetivos organizacionais. Respondem à pergunta: “em que aspectos a organização deve se concentrar para as- segurar a consecução dos objetivos organizacionais?” (BRASIL, 2006a, p.4-13). Devem ser constantemente buscados a fim de que os objetivos orga- nizacionais sejam cumpridos e a visão de futuro seja alcançada. Estratégias Consideram o “como fazer?”, ou seja, o caminho a ser percorrido para que a organização alcance seus objetivos. Planos de Ação É uma ferramenta que estrutura ações que visem atingir os resultados propos- tos no nível estratégico de uma Organização. De acordo com a IP-PEO (BRASIL, 2006a, p.4-16), “os planos de ação são estabelecidos para realizar aquilo que a OM deve fazer bem feito para que sua estratégia seja bem sucedida”. O pla- no de ação define a tarefa a ser realizada, responsável pela execução, período para realização, local, custos e a estratégia que deverá ser adotada. Os planos de ação podem envolver: • Ações de Comando; • Projetos (simples ou complexos); CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 24 • Projetos de inovação e melhoria (PIM); • Projetos estratégicos e planos complementares. Um plano de ação contém, ainda, metas e indicadores de desempenho. Metas São “alvos” que devem ser atingidos para que a OM possa melhorar seu de- sempenho. São compostas por objetivo, valor (resultado) e prazo. Indicadores São dados numéricos que servem para a mensuração do desempenho de um processo. Normalmente, o Plano de Ação é acompanhado pela ferramenta 5W2H que por ser prática, de simples utilização e de alto impacto, permite a visualização (a qualquer tempo) dos dados mais importantes do projeto. Ela é constituída por 07 (sete) palavras em Inglês: Ferramenta 5W2H 5W What – O quê? Who – Quem? Where – Onde? Why – Por quê? When – Quando? 2H How – Como? How much – Quanto custa? Avaliação e Controle Objetiva avaliar a forma com que a organização está caminhando na direção planejada. Convém ressaltarmos que o planejamento, exemplificado na OM pelo Plano de Gestão, é um processo contínuo, que deve ser revisto periodicamente (de preferência anualmente) a fim de que a missão da Unidade seja cumprida da melhor forma e que todos os objetivos estabelecidos sejam alcançados. O planejamento, se bem realizado, diminui de forma considerável as incertezas e pode proporcionar melhores condições para o cumprimento da missão da OM. 25 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 PLANO DE AÇÃO6 De acordo com o SE-OM (BRASIL, 2008a, p.54), o plano de ação “é um instru- mento de gestão que tem como fundamento consolidar as ações que devem nortear os integrantes da OM com o propósito de atingir os resultados propos- tos no nível estratégico da Organização”. Podemos afirmar também que os planos de ação: São a descrição dos passos a serem seguidos em cada estratégia e das ações concretas a serem realizadas. Cons- tituem-se os principais propulsores organizacionais resul- tantes do desdobramento das estratégias de curto, médio e longo prazos. De maneira geral, os planos de ação são estabelecidos para realizar aquilo que a OM deve fazer bem feito para que sua estratégia seja bem-sucedida. O desenvolvimento dos planos de ação é de fundamental importância no contexto do planejamento estratégico organizacional para que os objetivos organizacionais e as metas sejam bem entendidos e desdobrados para toda a organização (IP PEO, 2006a, p.4-16). Seguindo a metodologia adotada pelo Exército para confecção de um plano de gestão, identificamos que a etapa seguinte, após a elaboração das estratégias, é planejar como ele será executado, ou seja, a confecção dos planos de ação. Neste plano de ação devem ser estabelecidas as ações a serem desenvolvidas num determinado período, com o de talhamento de metas físicas e orçamentá- rias para permitir o acompanhamento e garantir a execução do Plano de Gestão. De maneira a facilitar a elaboração da programação de cada meta, o Exército Brasileiro adota em suas Instruções Provisórias de Elaboração e Gerenciamento de Projetos a ferramenta 5W2H: Objetivos específicos • Conhecer o plano de ação. • Confeccionar o plano de ação. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 26 O Método 5W2H deve ser utilizado para assegurar o cumprimento do conjun- to de procedimentos previstos no plano de ação. Os projetos mais comuns em uma Organização Militar são os projetos simples e, portanto, o método 5W2H atende perfeitamente. Como citado anteriormente, o método 5W2H utiliza em sua confecção sete palavras em inglês, sendo cinco delas iniciadas com “W” e duas iniciadas com “H”. A seguir detalharemos cada um desses aspectos: What (O quê?) Qual é a atividade? Qual éo assunto? O que deve ser medido? Quais os resultados dessa atividade? Quais atividades são dependentes dela? Quais atividades são necessárias para o início da tarefa? Quais os insumos necessários? Who (Quem?) Quem conduz a operação? Qual a equipe responsá- vel? Quem executará determinada atividade? Quem depende da execução da atividade? A atividade depende de quem para ser iniciada? Where (Onde?) Onde a operação será conduzida? Em que lugar? Onde a atividade será executada? Onde serão feitas as reuniões presenciais da equipe? Why (Por quê?) Por que a operação é necessária? Ela pode ser omitida? Por que a atividade é necessária? Por que a atividade não pode fundir-se com outra atividade? Por que A, B e C foram escolhidos para executar essa atividade? When (Quando?) Quando será feito? Quando será o início da ativi- dade? Quando será o término? Quando serão as reuniões presenciais? How (Como?) Como conduzir a operação? De que maneira? Como a atividade será executada? Como acompanhar o desenvolvimento dessa atividade? Como A, B e C vão interagir para executar essa atividade? How much (Quanto custa?) Quanto custa realizar a mudança? Quanto custa a operação atual? Qual é a relação custo / benefício? Quanto custará a atividade? Fonte: SE-OM (BRASIL, 2008a, p.56-57) What (O quê?) Why (Por quê? Para quê?) When (Quando?) Who (Quem?) How (Como?) Where (Onde?) How much (Quanto?) GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 27 Em resumo, as questões fundamentais são: As Instruções Provisórias de Planejamento Estratégico Organizacional - IP PEO ensinam que: Uma preocupação que a equipe de planejamento deve ter no momento da elaboração dos planos de ação é o alinha- mento das ações a serem realizadas às estratégias da OM. Dentro desse contexto, o primeiro passo para a prepara- ção dos planos de ação é estabelecer o relacionamento objetivo organizacional, fator(es) crítico(s) e estratégias. A partir daí, a equipe responsável pela elaboração do plano deve levantar as metas e os respectivos indicadores de desempenho que possibilitarão medir se o objetivo e a meta serão alcançados. Os indicadores de desempenho são essenciais na defini- ção de uma meta, ou seja, eles são os “ponteiros” que o responsável pela meta vai utilizar para monitorar a sua execução e, principalmente, os seus resultados (BRASIL, 2006a, p.4-17). Portanto, para termos efetivamente um projeto simples é necessário alinhar a ferramenta 5W2H com o objetivo organizacional, os fatores críticos do sucesso e as estratégias do plano de gestão. Devemos também definir nossas metas e estabelecermos quais os indicadores serão importantes para este projeto. A figura a seguir corresponde ao anexo “C” das Instruções Provisórias de Planejamento Estratégico Organizacional (IP PEO – PEG) e é uma representação do plano de ação nº1 de implantação de um estágio de operações de GLO para os quadros no plano de gestão do 84º BIMtz. Onde?Por quê? O quê? Método 5W2H Como? Quanto custa? Quando? Quem? CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 28 Fonte: Modelo de Plano de Ação - IP PEO (BRASIL, 2006a, p.A-18) Os planos de ação podem ser elaborados também através de projetos comple- xos, neste caso, os militares devem utilizar as Normas para Elaboração, Geren- ciamento e Acompanhamento de Projetos no Exército Brasileiro (NEGAPEB). Estas normas foram aprovadas através da Portaria nº 176 - EME, de 29 de agosto de 2013. Conheça as Normas para Ela- boração, Gerenciamento e Acompanhamento de Projetos do Exército Brasileiro (NEGA- PEB) acessando o documento no link: <http://www.portal- peg.eb.mil.br/images/stories/ fotos2012/negapeb13.pdf> Objetivo Organizacional: ATINGIR, NO MAIS CURTO PRAZO POSSÍVEL, O NÍVEL DE OPERACIONALIDADE PLENA EM OPERAÇÕES DE GLO Fator(es) Crítico(s) de Sucesso: LIDERANÇA EFETIVA DOS COMANDANTES E CHEFES DE SEÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS DA OM; CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DOS QUADROS PERMANENTES PARA ATINGIR E MANTER O NÍVEL DE OPERACIO- NALIDADE PROPOSTO; EQUIPAMENTO ADEQUADO AO CUMPRIMENTO DA MISSÃO Estratégia: REALIZAÇÃO DE CURSOS E ESTÁGIOS PARA CAPACITAÇÃO DOS QUADROS PERMANENTES EM OPERAÇÕES DE GLO Meta: CAPACITAR 80% DOS QUADROS PERMANENTES DO BATALHÃO EM OPERAÇÕES DE GLO ATÉ O FINAL DA INS- TRUÇÃO INDIVIDUAL Indicador de Desempenho: EFETIVO CAPACITADO EM OPERAÇÕES DE GLO AÇÕES A REALIZAR (O QUÊ?) QUEM? COMO? ONDE? POR QUÊ? CUSTOS PRAZOS Reunião da Equipe Operacional Todos da Eq Op Trabalho em grupo Sala de Operações do Batalhão Definir as ativi- dades de cada integrante e as atividades do projeto ND 339030... ND 339039... ND 449052... Janeiro Elaborar a grade de assuntos a serem ministrados, definir a documentação pertinente, o quadro de atividades, os reco- nhecimentos S/3 e oficiais Consulta aos manuais e legislação pertinente Sala Op Estruturar o estágio ND 339030... ND 339039... ND 449052... Janeiro Levantar os recursos necessários (combustivel, munição, viaturas, áreas de instrução, etc.) S/3 Cmt 1a Cia Fzo Consulta à Dotação Orça- mentária e os meios disponí- veis na OM Sala Op Adequar o Plano de Gestão da OM ND 339030... ND 339039... ND 449052... Janeiro Reconhecimento das áreas propícias às atividades práticas do estágio Eq Op Deslocamento motorizado Área Muni- cipal até 30 Km de sede do Quartel Definir as áreas onde serão rea- lizadas as PBCE, PSE, etc. ND 339030... ND 339039... ND 449052... Jan/Fev ANEXO “C”, PLANO DE AÇÃO N°1 IMPLANTAÇÃO DE UM ESTÁGIO DE OPERAÇÕES DE GLO PARA OS QUADROS, AO PLANO DE GESTÃO DO 84° Mtz 29 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 7 PLANO DE INOVAÇÃO E MELHORIA A autoavaliação termina com a elaboração de um relatório pelo grupo que a re- alizou. Neste documento estão os Pontos Fortes e as Oportunidades de Inovação e Melhoria que já foram apresentados no início da Unidade Didática. As Oportu- nidades de Inovação e Melhoria são itens levantados pela avaliação que devem ser corrigidos. Assim, o mecanismo para a melhora da gestão da organização é a implantação de um Plano de Inovação e Melhoria (IP-PEO, 2006a). O Plano de Inovação e Melhoria (PIM) é um instrumento de gestão constituído por um conjunto de metas e de ações estabelecidas a partir dos resultados ob- tidos com o processo de autoavaliação. Esses Planos visam transformar a ação gerencial e melhorar o desempenho institucional. Assim, ao fim da elaboração do planejamento estratégico, os Planos de Inovação e Melhoria deverão ser inseridos no Plano de Gestão e enquadrados nas estratégias formuladas para a consecução dos objetivos organizacionais. A avaliação da gestão, por apresentar uma visão panorâmica da organização, pode ser comparada a um exame de rotina. Ela permite aos gestores percebe- rem onde há problemas, onde há boas práticas e qual o impacto desse con- junto de práticas sobre o desempenho da organização. Após a definição dos aspectos da avaliação que serão objeto de ação do PIM, as áreas ou funções da OM que serão atingidas deverão passar por estudos mais aprofundados para que a solução proposta seja, ao mesmo tempo, consistente e adequada à organização (BRASIL, 2006d). o Plano de Inovação e Melhoria contém metas de implemen- tação ou de melhoria do próprio sistema de planejamento estratégico da organização avaliada, portanto, estabelece os elementos essenciais que devem compor um projeto de inova- ção e melhoria orientado pelos fundamentos da Excelência. Objetivo específico • Identificar o plano de inovação e melhoria. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 30 7.1 PROCESSO DE PLANEJAMENTO DA INOVAÇÃO E DA MELHORIA O processo de planejamento da inovação e da melhoria é uma atividade que visa à melhora da gestão e pode ser realizada seguindo os seguintes passos: 1. Priorização das Oportunidades de Inovação e Melhoria; 2. Definição das diretrizes e metas de melhoria; 3. Elaboração do Projetode Inovação e Melhoria; 4. Priorização e escolha do PIM; 5. Definição do sistema de acompanhamento do projeto; 6. Elaboração do Plano de comunicação; e 7. Elaboração do Plano de capacitação. A figura a seguir mostra a sequência de atividades para o desenvolvimento do processo de acordo com os momentos descritos: Figura 4: Processo de Planejamento de Inovação e Melhoria (IP-PMC, 2006b) A seguir será apresentado, em detalhe, cada um dos passos do Processo de Planejamento da Inovação e da Melhoria. 7.1.1 Priorização das Oportunidades de Inovação e Melhoria (OIM) O objetivo desta etapa é priorizar as Oportunidades de Inovação e Me- lhoria (OIM), identificadas na autoavaliação, objeto das ações do PIM. Essa Autoavaliação Elaboração do Plano de capacitação Elaboração do Plano de comunicação De�nição do sistema de acompanhamento do projeto Priorização e Escolha do PIM Priorização das Oportunidades de Inovação e Melhoria De�nição das diretrizes e metas de melhoria Elaboração do Projeto de Inovação e Melhoria GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 31 medida visa evitar a dispersão de recursos. Para a priorização inicial das OIM, é necessário responder à pergunta: “há alguma oportunidade de inovação e me- lhoria que a Alta Administração tem interesse em resolver ou implementar?”. Se a resposta for positiva, isso significará que essa OIM é necessariamente prioritária (IP-PMC, 2006b). O outro critério de priorização é incluir os projetos em desenvolvimento que têm relação direta com as OIM que serão desenvolvidas no PIM. Essas OIM também são consideradas prioritárias. Após a identificação das oportunidades de inovação e melhoria que respon- dam a esses dois critérios, é possível incluir outras OIM, utilizando alguma ferramenta de priorização para atribuir consistência técnica à escolha. É impor- tante salientar que, de forma alguma, esta priorização substituirá a percepção do que é e não é importante pela organização naquele momento, uma vez que em caso de dúvida, deve-se ficar com aquelas que representem a preocu- pação da organização (IP PMC, 2006b). Entre as diversas ferramentas para priorização, destaca-se a Matriz GUT (Gra- vidade, Urgência e Tendência). Valor Gravidade Urgência Tendência GxUxTPrejuízos/ Dificuldades Necessária Ação Se nada for feito 5 Extremamente sérios Imediatamente A situação irá piorar 4 Muito Graves Com alguma urgência Vai piorar em pouco tempo 3 Graves O mais cedo possível Vai piorar a médio prazo 2 Pouco graves Pode esperar um pouco Vai piorar em longo prazo 1 Sem gravidade Não tem pressa Não vai piorar e pode até melhorar Figura 5: Matriz GUT (BRASIL, 2008b) Durante a priorização das OIM a serem atacadas, especial atenção deve ser dispensada a algumas dicas, de maneira que esta atenda às necessidades da organização: A Matriz GUT é um recur- so simples para identificar e solucionar os problemas relacionados às atividades realizadas em uma indús- tria, departamento, empresa ou até mesmo na logística de uma casa. A Matriz GUT considera cada problema lis- tado dentro dos três aspec- tos principais (Gravidade, Urgência e Tendência), atri- buindo notas. Ao final, é feito o produto das notas parciais usando a fórmula [G . U . T] para identificar o “grau crí- tico”, ou seja, aquela variá- vel analisada que ficou com o maior valor. O resultado do cálculo do “grau crítico” permite identificar a sequên- cia de prioridades. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 32 • resistir à vontade de considerar todas as oportunidades de inovação e melhoria como prioritárias; • priorizar, pelo menos, uma importância; não se deixar influenciar pelas urgências; • identificar objetivamente o principal critério de priorização a ser utilizado; • considerar a eficiência da OIM com ênfase na capacidade de fazer o máximo com os recursos disponíveis para melhoria da qualidade dos serviços disponibilizados aos usuários/clientes; • considerar as atividades finalísticas da organização como preferenciais, com a estratégia de atingir mais rapidamente o cliente; • utilizar as ferramentas como ajuda para não substituí-las pela percepção da organização sobre si mesma; • considerar os fatores críticos de sucesso na busca da excelência em ges- tão (BRASIL, 2006b). 7.1.2 Definição das Diretrizes, Escolha da Melhor Solução e Estabelecimento das Metas de Melhoria A equipe responsável pelo PIM, após priorizar as oportunidades de inovação e melhoria, deverá reunir as OIM por afinidades, estabelecendo uma diretriz para atacá-las, buscando agrupar os problemas comuns para resolvê-los de forma integrada e com o menor esforço possível. Nesta fase, é fundamental a participação do Comandante, pois ele deverá definir qual a forma de operacionalizar o processo, se através de uma ação de comando, pela análise e melhoria de processos ou pela implementação de Projetos de Inovação e Melhoria. Depois de estabelecidas as diretrizes, devem ser definidas quais as soluções viá- veis para os problemas, garantindo a transformação do OIM em ponto forte. A ferramenta mais indicada para a escolha da melhor solução é Matriz BASICO (Benefício, Abrangência, Satisfação, Investimento, Cliente satisfeito e Opera- cionalização) (BRASIL, 2006b). GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 33 A figura 6 mostra um exemplo de Matriz BASICO: Figura 6: Matriz BASICO (BRASIL, 2008b) GRAU B A S I C O Dimensão do im- pacto causado pelos benefícios previstos com a solução do problema (redução de custos, eliminação de prejuízos, aumento do faturamento, etc.). Grau de abrangên- cia na instituição dos efeitos do problema, isto é, quantidade de pessoas, áreas, processos afetados pelo problema. Grau de satisfação do cliente interno com a solução do problema. Nível de investimento de recursos que se preveem necessários para a solução do problema. Reflexos na satisfação do cliente externo. Operacionalidade simplificada para a implantação da solução do problema. 5 Benefícios de vital importância para a sobrevivência e expan- são dos negócios da instituição. Total abrangência (de 70 a 100% da instituição). Muito grande, servindo como excelente referen- cial dos resultados na QT. Mínimo gasto (utili- zação) em recursos disponíveis na própria área ou facilmente conseguidos. Impacto positivo muito grande na imagem da instituição com o mer- cado e a comunidade. Grande facilidade ou exequibili- dade de implantação da solução, com total domínio da “Tecnolo- gia” requerida. 4 Grandes benefícios que irão resultar em significativos lucros ou avanços tecnológicos. Abrangência muito grande (de 40 a 70% da instituição). Grande, a ponto de gerar demonstrações de reconhecimento com a atitude tomada. Algum gasto (utili- zação) de recursos próprios (dentro do orçamento da área). Grandes reflexos diretos nos processos finalís- ticos ou nos processos de apoio que atingem os clientes externos e o meio ambiente. Boa facilidade ou exequibilida- de, dependendo entretanto de knowhow/tecnologia externa, mas de relativa disponibilidade de mercado. 3 Benefícios de razoável impacto no desem- penho da unidade operacional. Abrangência razo- ável (de 20 a 40% da instituição). Médio, a ponto de ser facilmente notada pelos cole- gas de trabalho. Gastos de recursos além do “orçamento” da área mas provável e um nível imediatamen- te superior (dentro do orçamento deste). Bons reflexos diretos nos processos finalís- ticos ou nos processos de apoio que atingem diretamente os clientes externos e o meio ambiente. Média facilidade ou exequibili- dade, dependendo de knowhow de tecnologia, difícil disponibili- dade no mercado ou razoáveis mudanças comportamentais daqueles diretamente ligados aos problemas. 2 Algum benefício no desempenho operacio- nal, possível de já ser quantificado. Abrangência pe- quena (de 5 a 20% da instituição).Razoável, existe mas não chega a ser facilmente no- tada pelos colegas de trabalho. Gastos de recursos que requerem remane- jamento de verba, recursos do orçamento da instituição, em nível de diretoria. Pouco impacto nos pro- cessos finalísticos. Pouca exequibilidade, dependen- do de ações ou decisões políticas dentro da instituição, ou mudan- ças acentuadas de comportamen- tos ou da cultura organizacional em geral. 1 Benefícios de pouca expressão quanto a impactos operacionais, mas que irão contribuir para a disseminação da QT na instituição. Abrangência muito pequena (atá 5% da instituição). Pequeno, mas o suficiente para contribuir para a disseminação da QT na Instituição. Gastos de recursos (Homens-hora, equi- pamentos etc.) muito significativos, além do previsto, orçado disponível, requerendo decisão político estraté- gica da instituição). Instituição. Nenhum reflexo perceptível pelo cliente externo. Baixíssima exequibilidade, dependendo de ações, decisões que extrapolam os limites da instituição. Organização Matriz de Priorização de Alternativas de Solução Elaborado por: 1º Ten César Data: 12/06/2012 Processo: Processo de Compras Alternativas de Solução B A S I C O Total Prio Melhorar e padronizar os processos finalísticos e de apoio 5 4 4 2 4 4 23 1 Melhorar o planejamento 3 4 3 4 4 3 21 2 Capacitar o pessoal em gestão financeira 4 3 2 3 3 4 19 3 Adequar os processos internos aos fluxos dos recursos 2 2 4 4 3 2 17 4 Observações: 1. O assunto cuja soma de pontos dos critérios for a maior de todas é o mais importante para ser implantado em seus respectivos processos; 2. Atenção especial deve ser dada ao critério Investimento, pois caso requeira muito investimento para a implantação, a nota deverá ser baixa e a alternativa pode não ser implementada; 3. Use a pontução existente na próxima página para atribuir notas às alternativas de solução. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 34 Após a escolha da melhor solução para resolver o problema apresentado, a Equipe Operacional deverá estabelecer as metas de melhoria. As metas são objetivos quantificados que estabelecem aonde se deseja chegar, o que se quer implementar ou produzir e em quanto tempo. Por isso se diz que a meta tem que ter objetivo, valor e prazo, porém deve ser atingível (BRASIL, 2006b). As metas de um PIM devem ser: • formuladas a partir das oportunidades de inovação e melhoria (OIM) e da melhor solução para resolver aquele problema; • quantificadas, portanto, mensuráveis; • desafiadoras, mas exequíveis. 7.1.3 Elaboração do Projeto de Inovação e Melhoria (PIM) A partir da formulação do conjunto de metas, referentes às oportunidades de inovação e melhoria (OIM) selecionadas, buscamos a sua operacionalização através dos Projetos de Inovação e Melhoria. Estes projetos devem abordar, no mínimo, os seguintes itens: • meta: resultado que se deseja alcançar em que prazo; • indicadores: informações que permitirão medir a eficiência e eficácia das ações para o cumprimento da meta; • responsável: cada meta deve ter um responsável, alguém que vai gerenciar o conjunto de ações, mobilizar e inspirar as pessoas na direção do sucesso da implementação e dos resultados da meta. Para cada meta, devem ser identificados: • ações que serão executadas para alcançar a meta; • nomes dos responsáveis pelas ações da meta; • onde as ações serão executadas; • quando as ações serão executadas; • como cada uma das ações será realizada (estratégia, técnica etc.); • por que essas ações serão desenvolvidas (destacar, quando for necessá- ria, a principal contribuição da ação para a consecução da meta); • recursos necessários para a execução de cada ação (aqui incluídos pesso- as, conhecimento, dinheiro, tempo, instalações e equipamentos). GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 35 Os PIM selecionados passam a compor o repertório de projetos da OM com os projetos estratégicos oriundos do planejamento estratégico. Desta forma, o Plano de Gestão é o grande nortea- dor para a escolha dos PIM que serão implementados na OM. 7.1.4 Priorização e Escolha dos Projetos de Inovação e Melhoria Para que se possa priorizar os projetos que serão executados na OM, é preciso, inicialmente, esperar a elaboração dos Planos de Ação, para que a Equipe de Coordenação Setorial, sob a orientação do Comandante, priorize os projetos já que estão relacionados ou ao Planejamento Estratégico Organizacional (Pro- jetos Estratégicos) ou à autoavaliação (PIM). Nessa ocasião, é fundamental avaliar aqueles que trazem maior alinhamento com as estratégias da organiza- ção estabelecidas no Plano de Gestão (BRASIL, 2006b). A prioridade na escolha dos projetos a serem executados deve ser decidida com base naquilo que mais impacta no cumprimento da missão (processos finalísticos) e mais auxilia no cumprimento das metas estratégicas e alcance os objetivos organizacionais (Plano de Gestão). Outra ferramenta interessante para a priorização dos PIM é a Matriz BASICO, já apresentada anteriormente. 7.1.5 Sistema de Acompanhamento do PIM Nesta fase a organização deve estabelecer um mecanismo de acompanhamento das ações e de monitoramento do cumprimento das metas, a fim de possibilitar eventuais realinhamentos em tempo hábil. Devem ser estabelecidos, também, canais ágeis e eficientes de comunicação entre os diversos níveis de desdobra- mento das metas. O comandante deve delegar o controle às equipes, porém deve sempre ser informado do andamento das atividades (BRASIL, 2006b). 7.1.6 Elaboração do Plano de Comunicação Deve ser elaborado um Plano de Comunicação para compartilhar os resultados da avaliação, dos Planos de Ação e os resultados que advirão da sua execu- ção. A gestão participativa e transparente deve ser uma prática constante de maneira a planejar a melhoria da gestão, a começar pelo hábito de envolver, de comunicar, de dar a conhecer, de induzir o controle por todos os servidores. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 36 O Plano de Comunicação é um passo fundamental na implantação de uma gestão que possa ser entendida por todos, ou pelo menos, pela maioria das partes interessadas (BRASIL, 2006b). 7.1.7 Elaboração do Plano de Capacitação Para que a gestão da organização seja orientada para resultados, é necessário que haja uma preparação e capacitação dos recursos humanos nas estratégias, métodos e técnicas a serem utilizadas na execução das ações dos Planos de Ação da OM. Esta capacitação deve preceder ao Processo de Melhoria Con- tínua, embora as ações de capacitação continuem ao longo do processo e durante a implementação das novas práticas. O Plano de Capacitação e Treinamento deve definir uma programação con- sistente para capacitação das pessoas envolvidas diretamente na execução dos PIM, seja no gerenciamento das metas e das ações, seja nos métodos, ferramentas e técnicas que se pretende utilizar para a transformação geren- cial estabelecida pelo conjunto de metas do PIM. É fundamental que o plano esteja alinhado às estratégias organizacionais previstas no Plano de Gestão da OM (BRASIL, 2006b). 37 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 SISTEMAS DE MEDIÇÃO8 A organização que deseja manter o foco em resultados, precisa, essencialmen- te, utilizar os indicadores de desempenho institucional − um elemento fun- damental de gestão – e criar um processo de tomada de decisão baseado em fatos reais e não em “achismos” (BRASIL, 2006c). Deming é criador de uma frase que exemplifica bem a necessidade de existir indicadores em uma organização: “não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há suces- so no que não se gerencia” (BRASIL, 2006c, p. 1.1). Para que uma organização militar possa ser adequada- mente gerenciada, é necessárioque seus Comandantes, Chefes ou Diretores possuam um “painel de instrumen- tos”, com um conjunto de indicadores monitorando o seu desempenho e indicando se a OM está indo bem ou não, e orientando também as ações necessárias que conduzem a OM aos resultados almejados (BRASIL, 2006c, p. 1.1). Em linhas gerais, os indicadores são gerados a partir de três grandes vertentes: • oriundos do planejamento estratégico e vinculados aos objetivos orga- nizacionais e aos fatores críticos de sucesso, desdobrados em Planos de Ação (Ações de Comando, Projetos Simples, Projetos de Inovação e Melhoria e Projetos Estratégicos), os quais impactam diretamente os resultados e metas da organização; • vinculados aos processos finalísticos, de apoio ou gerenciais, que res- pondam pelas ações em busca dos resultados e, consequentemente, impactam o desempenho e a busca dos resultados; • vinculados às partes interessadas: usuários (internos e externos), fornece- dores, escalão superior, sociedade etc. Objetivo específico • Identificar o Sistema de Medição. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 38 Fig 7: O SMDO no Modelo de Gestão Organizacional (BRASIL, 2006c, p. 1-2) 8.1 INDICADORES DE DESEMPENHO Indicadores são ferramentas básicas para o gerenciamento da organização que fornece informações essenciais para uma melhor decisão por parte dos gesto- res. Neste contexto, verificam-se duas funções básicas para os indicadores: • aferir resultados: os chamados indicadores de resultado (“outcome”), que estão associados aos objetivos da organização; • avaliar se as ações e atividades em curso estão conduzindo a organiza- ção aos objetivos (resultados) esperados. Esses indicadores são chama- dos direcionadores do desempenho (“drivers”) e permitem avaliar a ten- dência e a convergência das ações em relação aos resultados esperados. Modelo de Gestão Organizacional Análise Crítica do Desempenho Organizacional Sistema de Medição do Desempenho Organizacional Decisões Gerenciais Decisões Estratégicas Ferramentas > Plano de Gestão > Projetos Estratégicos > EGP > IDO Gestão de Processos Gestão Estratégica Gestão da Informação Ferramentas > AMP > EGP > IDO Planejamento Estratégico Organizacional Resultados: • Clientes • Pessoas • Produtos • Processos • Financeiros • Orçamentários • Suprimento • Sociedade Ações GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 39 Os indicadores apresentam três componentes básicos: • o valor; • o referencial comparativo; • as metas. O valor é uma relação matemática usada na avaliação em um determinado momento (ex: número de metralhadoras disponíveis). O referencial comparativo é o índice convencionado ou arbitrado utilizado como referência para comparação (ex: benchmarking com outra OM). Por fim, a meta é o índice arbitrado a ser alcançado em determinado período de tempo (ex: alcançar 80% de índice “E” no TAT da SU) (BRASIL, 2006c). Considerando, então, que os indicadores podem ter diferentes funções e que podem incidir sobre inúmeras variáveis, podemos prever que existem diferentes tipos de indicadores. Eles podem ser classificados segundo as Instruções Provi- sórias de Sistema de Medição do Desempenho Organizacional em: 1) Indicadores Estratégicos - informam “quanto” a or- ganização se encontra na direção da consecução de sua visão; refletem o desempenho em relação aos objetivos estratégicos e aos fatores críticos de sucesso. 2) Indicadores de Produtividade (eficiência) - medem a proporção de recursos consumidos com relação às saídas dos processos. 3) Indicadores de Qualidade (eficácia) - focam as medidas de satisfação dos usuários e as características do produto/serviço. 4) Indicadores de Efetividade (impacto) - focam as consequências dos produtos/serviços. 5) Indicadores de Capacidade - medem a capacidade de resposta de um processo por meio da relação entre as saídas produzidas por unidade de tempo (BRASIL, 2006c, p.2-6). CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 40 8.2 SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO O Sistema de Medição de desempenho (SMDO) pode ser definido como o “conjunto de pessoas, processos, métodos, ferramentas e indicadores, estrutu- rado para coletar, descrever e representar dados” com o objetivo de produzir informações diversificadas sobre seu desempenho aos diversos usuários do Sistema, dentro dos diversos níveis hierárquicos. Seu funcionamento ocorre a partir das informações geradas pelo SMDO, onde seus usuários podem avaliar o desempenho de equipes, atividades, processos e da própria OM, para tomar decisões e executar ações para a melhoria do desempenho (BRASIL, 2006c). A formulação do sistema de medição do desempenho compreende a definição de um sistema que possua indicadores que permitam avaliar o desempenho da organização em relação às suas estratégias e aos seus processos, considerando todas as partes interessadas. Desta forma o sistema necessita de indicadores no nível operacional, tático e estratégico, para que todos possam acompanhar seu desempenho. INDICADORES ESTRATÉGICOS – Os indicadores do Nível Estratégico são usados para avaliar os principais efeitos da estratégia nas partes interessadas e nas causas desses efeitos, refletindo os objetivos e as ações que per- tencem à organização como um todo e não a um setor específico. A partir dos objetivos, dos fatores críticos de sucesso e das estratégias consolidados no Plano de Ges- tão, a OM pode estruturar os indicadores desse nível. INDICADORES GERENCIAIS – Os indicadores do Nível Tático (ou Gerencial) são usados para verificar a contri- buição dos setores (departamentos ou unidades) e/ou dos macroprocessos organizacionais à estratégia e para avaliar se esses setores e/ou macroprocessos buscam a melhoria contínua de forma equilibrada. INDICADORES OPERACIONAIS – Os indicadores do Nível Operacional servem para avaliar se os processos ou rotinas individuais estão sujeitos à melhoria contínua e à busca da excelência (BRASIL, 2006c, p.2-11). GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 41 A figura abaixo exemplifica bem como se estruturam estes indicadores; Indicadores Estratégicos “Painel de Bordo” (nível estratégico) Indicadores Gerenciais (nível tático) Indicadores Operacionais (nível operacional) IO-1 IO-2 IE IO-2 IT1 IT2 IT3 IO-2 Figura 8: Níveis de gestão dos indicadores (BRASIL, 2006c, p.2-11) O gerenciamento do sistema de medição é composto por três elementos básicos: quem gerencia (Equipe Gerencial), o que é gerenciado (a Organização Militar) e o que é usado para gerenciar (o sistema de indicadores), sendo que para que eles funcionem são necessárias três interfaces: • interface entre decisão e ação - entre quem gerencia e aquilo que é gerenciado; • interface entre representação e percepção - entre as ferramentas de armazenamento e recuperação de dados e quem gerencia; • interface entre medição e dados - entre o que é gerenciado e as ferramen- tas usadas para converter dados em informações (BRASIL,2006c, p. 2-14). O gerenciamento da OM que usa esses três elementos é executado no senti- do horário, isto é, os dados são coletados durante a medição, traduzidos em informações passadas para a Equipe Gerencial que as analisa, toma decisões e atua na OM. A figura 9 apresenta esse modelo básico (BRASIL, 2006c). CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 42 Figura 9: Gerenciamento do Sistema Organizacional (adaptado de BRASIL, 2006c, p.2-15) Sistema Organizacional Direção desejada Direção atual Como os dados necessários devem ser coletados? Sistema de medição de desempenho O que medir em relação aos Interessados, estratégias e processos-chave? Como as informações relevantes devem ser disponibilizadas? Equipe gerencial ORGANIZAÇÃO Δ 43 GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 9 Mudar a cultura da forma de trabalhar, bem como implantar novas tecnologias e equipamentos, gera um natural desconforto.Muitos são capazes de enxergar os problemas nos processos. Alguns podem estabelecer, sem embasamento científi- co, uma solução, baseados na experiência pessoal. Mas poucos são aqueles que acreditam precisar realmente de uma abordagem científica, sistemática, planeja- da e direcionada, para solucionar de forma permanente seus problemas. Os processos fazem parte da rotina mais simples (recepção de um visitante no Corpo da Guarda) e da mais complexa (realização do tiro) em uma Organiza- ção Militar. Sua execução pode ser diária (confecção do BI), em determinados períodos (Instrução Individual de Qualificação ou Adestramento), quadrimes- tral (realização do TAF), anual (recepção aos conscritos), bienal (passagem de comando) ou em qualquer outro intervalo de tempo. A partir do momento em que os processos estiverem aperfeiçoados, a organização terá como benefícios: • melhor entendimento das funções pelos militares e servidores; • integração dos diversos setores; • garantia do cumprimento das missões, com a redução de retrabalhos e gastos desnecessários, por estarem os processos padronizados; • fortalecimento do trabalho em equipe (BRASIL, 2008b, p.1-2). 9.1 IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE PROCESSOS Para iniciar os procedimentos de análise e melhoria de processos, devemos organizar a equipe, definindo os componentes, suas atribuições e responsabi- lidades. Depois serão estabelecidos metas e o sistema no qual o trabalho será desenvolvido. Deve ser definido um plano geral de ação no qual será especifi- cado quando cada etapa da AMP será executada, quem vai executá-la, onde e como o trabalho será desenvolvido e quais recursos são necessários para a execução do trabalho (IP-AMP, 2008b). ANÁLISE E MELHORIA DE PROCESSOS (AMP) Objetivo específico • Identificar o sistema de análise e melhoria de processos. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 44 Após esta primeira fase, alguns conceitos deverão ser definidos para um maior entendimento. • Processos: são conjuntos de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em produtos ou serviços (saídas), que têm valor para um grupo específico de clientes. • Insumos: são as entradas de um processo; podem ser materiais, equi- pamentos e outros bens tangíveis, mas também podem ser informações e conhecimentos (bens intangíveis). • Fornecedores: é aquele que fornece mercadorias ou serviços ao con- sumidor. • Produto: é o resultado de atividades ou de processos. • Cliente: pessoa que adquire um produto à venda. 9.1.1 Níveis de Processos As partes do Sistema Organizacional estão relacionadas com os processos organizacionais em cinco níveis de detalhamento: • Macroprocessos (MP): são conjuntos de processos para obtenção de soluções integradas de produtos e serviços capazes de satisfazer às ne- cessidades dos clientes/usuários do Exército. • Processos (PR): são conjuntos de atividades inter-relacionadas ou inte- rativas que transformam insumos (entradas) em produtos ou serviços (saídas), que têm valor para um grupo específico de clientes. • Subprocessos (SP): são conjuntos de atividades necessárias e suficien- tes para execução de cada processo da organização. • Etapas (Etp): são conjuntos de atividades necessárias e suficientes para execução de cada subprocesso. • Atividades (Atv): são conjuntos de tarefas, com início e fim identificá- veis, executadas para a consecução dos objetivos das etapas. 9.1.2 Tipos de Processos Os processos organizacionais podem ser classificados em três categorias básicas: • Processos finalísticos: caracterizam a atuação da organização e que são apoiados por outros processos internos, resultando no produto ou serviço que é recebido por um cliente externo. GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 45 • Processos de apoio: geralmente produzem resultados imperceptíveis para os clientes externos, mas são essenciais para a gestão efetiva da organização. • Processos gerenciais: são processos de informação e decisão neces- sários para coordenar as atividades de apoio e os processos finalísticos. Planejamento de gestão, gestão dos processos e gestão do conhecimen- to são exemplos de processos gerenciais. Figura 10: DIAGRAMA DE SISTEMA (BRASIL, 2006, P.2-3). 9.1.3 Identificação dos Processos Após definirmos alguns conceitos, partiremos para a identificação dos proces- sos, que consiste em relacionar os processos da organização ou área funcional. Essa enumeração deve ser feita de forma ampla; posteriormente, o processo será detalhado até se chegar ao nível desejado. Processos Gerenciais Entradas Saídas In�uências Ambientais Gerais Diretrizes do Escalão Superior Concorrentes Recursos Financeiros Matéria-prima “Feedback” Produtos/ Serviços Suprimento VBC Produtos/Serviços Op militares Ac subsidiárias Tecnologia Recursos Humanos Sistemas Fornecedores Parque Regional Sistemas Receptores: Sociedade Brigada Comunidade Local Processos de apoio: Logística Processos Finalísticos: Preparo Emprego CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 46 9.1.4 Seleção de Processos Deve ser feita uma seleção dos processos com os quais se pretende aplicar a metodologia de AMP. O estabelecimento de prioridade para os processos de uma Organização Militar (OM) baseia-se na importância do processo para o cumprimento da missão da organização. Essa enumeração deve ser feita de forma ampla; posteriormente, o processo será detalhado até se chegar ao nível necessário. A seleção dos processos a serem trabalhados compete ao Coman- do da organização que deve observar critérios como: • grau de vinculação com os objetivos organizacionais ou com o direcio- namento estratégico da OM; • impacto no usuário externo; • potencial para a obtenção de benefícios financeiros ou a redução de custos para a OM; • impacto na imagem externa etc. (BRASIL, 2008b). 9.1.5 Conhecimento sobre o processo Nesta fase, deve-se procurar conhecer os processos, identificando os ele- mentos, as atividades, os produtos e serviços e os padrões a eles associados. Conhecer os processos significa saber como os produtos são planejados, pro- duzidos e entregues. A ferramenta para se conhecer o processo é a 5W2H, já abordada anteriormente. Deve-se também levantar a documentação da rotina atual, verificar se existe legislação específica que deve ser observada na execu- ção do processo e verificar se há dados históricos do processo e se o mesmo já foi normalizado (BRASIL, 2008b). 9.1.6 Mapear o Fluxo Atual Mapear o fluxo do processo consiste em indicar a sequência de atividades desen- volvidas dentro de um processo, para que se possa conhecê-lo totalmente. Para executar esta fase, utilizaremos um caso hipotético de um processo de monta- gem de uma prova, de acordo com os procedimentos preconizados nas Normas Internas para Avaliação Educacional nos Estabelecimentos de Ensino (NIAE). GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 47 1º Passo: preencher a tabela DESCRIÇÃO DAS AÇÕES (Processo de montagem de prova). AÇÕES Passo Descrição 1º Definir a matéria. 2º Separar os assuntos por professor. 3º Juntar as partes apresentadas. 4º Consolidar a prova. 5º Aprovação pelo Chefe da Cadeira. 6º Aprovação pelo Chefe da DE. 2º Passo: preencher a tabela PLANO DE AÇÃO DO PROCESSO. O QUÊ? QUEM? QUANDO? ONDE? POR QUÊ? COMO? QUANTO? Definir a matéria Chefe da Cadeira D-40 Sala dos Professores Estabelecer os assuntos a se- rem cobrados Reunião Trabalho Homem/hora Separar os assuntos e questões por professor Chefe da Cadeira D-35 Sala dos Professores Estabelecer qual questão cada professor montará Reunião Trabalho Homem/hora Juntar as partes apre- sentadas Professo- res D-15 Sala dos Professores Receber as questões Reunião Trabalho Ho- mem/hora Consolidar a prova Relator da prova D-10 Sala dos Professores Montar a prova para aprovação Trabalho isolado do Relator Trabalho Homem/horaAprovação pelo Chefe da Cadeira Relator/ Chefe da Cadeira D-5 Sala dos Professores Acertar todos os detalhes Despacho Trabalho Homem/hora Aprovação pelo Chefe da DE Chefe da Cadeira D Gabinete do Ch DE Aprovar a prova para ser execu- tada Despacho Trabalho Homem/hora CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 48 3º Passo: confeccionar o FLUXOGRAMA DO PROCESSO. A ferramenta gráfica fluxograma é utilizada para mapear o processo e serve para indicar a sequência de atividades desenvolvidas dentro de um proces- so. Como já foi falado anteriormente, o fluxograma é uma ferramenta que apresenta um baixo custo e alto impacto, sendo utilizada para analisar fluxos de trabalho e identificar oportunidades de melhoria, permitindo uma ampla visualização do processo (BRASIL, 2008b). O desenho apresentado deve representar corretamente o fluxo do processo e as relações entre as áreas funcionais da organização. O conhecimento do processo é essencial para que se possa realizar alguma melhoria, considerando que a qualidade do produto é igual à qualidade do gerenciamento do proces- so. Veremos a seguir um exemplo de fluxograma. Fig. 11: Exemplo de Fluxograma 9.1.7 Identificação de problemas O problema ocorre quando um determinado objetivo, meta ou padrão não foi, não está sendo ou não será alcançado. Portanto, é aquilo que faz a diferença entre a situação atual e a desejada − um conceito chamado gap. Para a metodologia de AMP, o problema é considerado como o ponto de partida para a melhoria de um processo que necessite de correção. Para identificar os problemas, é possível utilizar diversas técnicas, porém as mais recomendadas são Início De�nir a matéria Consolidar a prova Separar os assuntos por professor Aprovação pelo Chefe da Cadeira FimAprovação pelo Chefe da DE Juntar as partes apresentadas N N S S GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 49 as pesquisas/entrevistas/inspeções, monitoração de reclamações, acompanha- mento dos indicadores, benchmarking e brainstorming. Esta última é a mais utilizada pela instituição (BRASIL, 2008b). Depois da realização de um brainstorming haverá, sempre, uma grande quan- tidade de ideias levantada. É importante salientar que “quantidade gera quali- dade”! Assim, quanto mais ideias surgirem, maior será a chance de se conse- guir ideias realmente boas. Se após as reuniões ainda restar grande número de ideias, pode-se diminuir essa quantidade selecionando aquelas que passarão ao próximo passo da AMP com o uso da VOTAÇÃO DE PARETO. Saiba mais: a votação de Pareto se baseia no Princípio de Pareto, também conhecido como princípio 80-20. Esse nome foi dado em homenagem ao eco- nomista italiano Vilfredo Pareto que identificou que 80% das consequências dos fenômenos eram provocadas por apenas 20% das variáveis que podem ser apontadas como causas. 9.1.8 Priorização de problemas É comum encontrar uma grande variedade de problemas quando se inicia um processo para identificá-los. Porém, é importante priorizá-los, pois não é inte- ressante investir em mais de dois problemas simultaneamente, uma vez que “se tudo é prioritário, nada é prioritário”. É necessário, então, utilizar técnicas de priorização para evitar que as escolhas não sejam baseadas no “achismo”. Algumas das técnicas mais utilizadas na priorização dos problemas são apre- sentadas a seguir: 1. Folha de Verificação: é uma ferramenta de pesquisa através de ques- tionários ou entrevistas junto ao cliente do processo, com o objetivo de padronizar e verificar o resultado de trabalhos ou para facilitar e organi- zar o processo de coleta e registro de dados. Sua utilização é básica para a montagem do Diagrama de Pareto. A construção da Folha de Veri- ficação é simples: em uma coluna, relacionam-se os principais efeitos/ problemas apontados pelos clientes pesquisados e, em outra coluna, o total de citações que aqueles problemas tiveram. Os dados pesquisados na Folha de Verificação e listados em ordem de prioridade permitem a representação gráfica dos dados obtidos, técnica denominada de Dia- grama de Pareto (BRASIL, 2008b, p.4-9). A votação de Pareto se ba- seia no Princípio de Pareto, também conhecido como princípio 80-20. Esse nome foi dado em homenagem ao economista italiano Vilfredo Pareto que identificou que 80% das consequências dos fenômenos eram provocadas por apenas 20% das variáveis que podem ser apontadas como causas. CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 50 FOLHA DE VERIFICAÇÃO Elaborado por: Maj José Data: 11/08/13 Processo: Montagem de Prova Problemas Verificação Total Atraso na divisão da matéria IIIII 5 Atraso na montagem das questões IIIIIIIIIIIII 13 Demora para terminar as matérias II 2 Atraso na consolidação IIIIII 6 Questões mal formuladas IIII 4 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA Elaborado por: Maj José Data: 11/08/13 Processo: Montagem de Prova Problemas Frequência Frequência Acumulada % Simples % Acumulada Atraso na divi- são da matéria 5 5 17 17 Atraso na montagem das questões 13 18 43 60 Demora para terminar as matérias 2 20 7 67 Atraso na con- solidação 6 26 20 87 Questões mal formuladas 4 30 13 100 Total 30 - 2. Diagrama de Pareto: ferramenta baseada no princípio de Pareto (apenas alguns itens são responsáveis pela maior parte do efeito), que mostra a participação de cada problema no total de efeitos. O diagrama apresenta graficamente os problemas mais frequentes de um determina- do efeito negativo e indica, ainda, em ordem decrescente, a contribui- ção relativa a cada item sobre o efeito total. GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 51 Fig. 12: Gráfico de Pareto 3. Matriz GUT: ferramenta que já foi estudada e tem por objetivo priori- zar os problemas de acordo com a gravidade, a urgência e a tendência (GUT) de cada problema. MATRIZ GUT Elaborado por: Maj José Data: 11/08/13 Processo: Montagem de Prova Problemas G U T Total Priorização Atraso na montagem das questões 4 4 4 64 1 Atraso na consolidação 4 4 3 48 2 Atraso na divisão da matéria 4 3 3 36 3 9.1.9 Identificação das causas Para resolver um problema, devemos ainda estabelecer quais as causas que estão gerando este efeito. A ferramenta utilizada para fazer este levantamento é o Dia- grama de causa e efeito, Diagrama Ishikawa ou Diagrama “Espinha-de-peixe”. 13 6 5 4 2 Atraso na montagem das questões Atraso na consolidação Atraso na divisão da matéria Questões mal formuladas Demora para terminar as matérias Frequência Porcentagem acumulada 80% 63% 43% 93% 100% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% 12 14 10 8 6 4 2 0 CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS 52 Fig. 13: Exemplo de diagrama causa e efeito 9.1.10 Priorização das causas Após o levantamento das causas, é preciso priorizá-las para que se ataquem as principais e não se perca tempo com aquelas que não surtirão efeito. Existem várias técnicas para a priorização de causas. Recomenda-se a utilização da Matriz GUT por ser simples e de fácil aplicação (BRASIL, 2008b). 9.2 MELHORIA DE PROCESSOS Após identificar e priorizar as causas dos problemas, deve ser iniciada a fase de melhoria do processo. Neste ponto procura-se identificar, ordenar e desenvol- ver as soluções para as causas dos problemas. Esta ferramenta permite uma rápida identificação das causas relacionadas com um determinado problema (efeito) e sua imediata correlação com um assunto global (família). Abaixo, um exemplo de Diagrama de causa e efeito em função da situação problema identificada: MétodoMão-de-obraMaterial Despreparo Falta de coordenação Falta de material Máquinas Finanças GestãoMeio ambiente Falta de computador Centralização Atraso na montagem das questões GESTÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇOS - U5 53 9.2.1 Identificação das alternativas de solução O objetivo desta fase é levantar soluções que sejam efetivas na eliminação das causas apontadas.