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Enzimas UFV

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA 
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA 
ZOO 646- MÉTODOS NUTRICIONAIS E ALIMENTAÇÃO DE 
MONOGÁSTRICOS 
 
 
 
 
Enzimas: doses e superdoses na alimentação de 
monogástricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
André Luis Fialho Ladeira 72270 
 
 
 
Maio de 2017 
Viçosa-MG 
Revisão de literatura, apresentada a 
Universidade Federal de Viçosa, como parte das 
exigências da disciplina Métodos Nutricionais e 
Alimentação de Monogástricos - ZOO 646. 
Sumário 
Introdução ..................................................................................................................................... 3 
Aditivos ......................................................................................................................................... 3 
Fitase ............................................................................................................................................. 4 
Xilanase ......................................................................................................................................... 7 
β -glucanase ................................................................................................................................. 10 
Conclusão .................................................................................................................................... 11 
Referências bibliográficas ........................................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
As enzimas são proteínas que atuam como catalisadores em reações bioquímicas 
que acontecem no organismo. Atuam aumentando a velocidade das reações e 
diminuindo a energia de ativação sem alterarem o equilíbrio químico. São altamente 
específicas para os substratos e coordenam todos os eventos metabólicos. Atuam por 
meio de sítio ativo, apenas em determinado substrato e são sensíveis às mudanças de pH 
e temperatura do meio, havendo assim, uma faixa ótimo no qual ocorre máxima 
atividade (Nelson e Cox, 2008). 
Na produção animal as enzimas vêm sendo empregadas de diversas maneiras, 
podendo estas ser utilizada no intuito de complementar a produção endógena ou mesmo 
fornecer enzimas pela qual o animal não consegue produzir. Segundo Lima et al. 
(2008), as enzimas exógenas adicionadas nas rações dos animais visam quatro objetivos 
distintos, que são a remoção ou hidrólise de fatores anti-nutricionais; o aumento da 
digestibilidade dos nutrientes; a quebra dos polissacarídeos não amiláceos (PNAs) e a 
suplementação das enzimas endógenas. A Tabela 1 traz um resumo das principais 
enzimas utilizadas em rações de aves. 
 
Tabela1. Enzimas comumente utilizadas em rações de aves 
Enzima Substrato Efeito 
Amilase Amido Suplementa enzimas endógenas 
Celulase Celulose 
Degradação de celulose e liberação de 
nutriente 
Fitase Ácido fítico 
Degradação do ácido fítico e liberação de 
nutrientes 
β -glucanase β -glucanos Redução da viscosidade das rações 
Pectinase Pectinas Redução da viscosidade das rações 
Xilanase Arabinoxilanos Redução da viscosidade das rações 
Protease Proteína Suplementa enzimas endógenas 
Lipase Lipídeos Melhora a utilização de gorduras 
Adaptado de Cleóphas et al.(1995). 
 
Desta forma, as enzimas quando adicionadas nas dietas, pode ser enunciada com 
um aditivo alimentar, assim como os flavorizantes, antibióticos, probióticos, 
prebióticos, antioxidantes, entre outros. 
Aditivos 
 Segundo a instrução normativa n° 13 de 30 de novembro de 2014, MAPA- 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, define-se como aditivo para 
produtos destinados à alimentação animal: substâncias ou microrganismos adicionados 
intencionalmente, que normalmente não se consomem como alimento que tenha ou não 
valor nutritivo, que afetem ou melhorem as características do alimento ou dos produtos 
animais. 
 Esses aditivos são incorporados às dietas obedecendo a diferentes estratégias 
nutricionais. Normalmente busca-se com a sua adição, melhorias no desempenho animal 
aliado a menores custos de produção (Pêssoa et al., 2012). 
 Desta forma, no caso específico das enzimas há duas vias de inclusão da mesma 
em dietas animais: a primeira seria a aplicação “on top” a qual consiste em suplementar 
uma dieta padrão com a enzima, sem alterar a formulação da dieta. Entretanto, a adição 
de enzimas em dietas com níveis nutricionais normais, produzirá uma liberação de 
nutrientes além da exigência do animal. Assim, a adição enzimática aumentará o custo 
da ração e o excesso de nutrientes poderá ser convertido em gordura ou simplesmente 
serão excretados (Pêssoa et al., 2012). A segunda via seria alterar a formulação da 
ração, reduzindo os valores nutricionais e adicionando enzimas para restabelecer o valor 
nutricional da dieta padrão, visando o mesmo desempenho de uma dieta com os níveis 
nutricionais normais, porém, de maneira mais econômica (Ribeiro et al,. 2016; Tsai et 
al., 2017). 
Fitase 
 O fóforo é um mineral que possui inúmeras funções no metabolismo animal, 
atuando no equilíbrio ácido-básico dos fluídos através do sistema tampão fosfato, na 
formação dos fosfolipídios de membrana. Possui função energética na forma de ATP, 
atua como componente dos ácidos nucleicos (DNA e RNA) atua também juntamente 
com o cálcio na formação da matriz óssea, entre outras diversas funções no organismo 
(Nelson e Cox, 2008). 
Para que o desenvolvimento animal seja pleno é necessária à suplementação de 
fósforo inorgânico via dieta. Entretanto, busca-se diminuir a dependência das fontes 
inorgânicas de fósforo normalmente utilizadas nas formulações. Para isso, alternativas 
vêm sendo estudadas a fim de aumentar a biodisponibilidade deste mineral nas fontes de 
origem vegetal (Avila et al., 2012; Guggenbuhl et al., 2012; Campasino et al., 2015; 
Pessôa et al., 2016; ). 
O fósforo contido nos grãos dos cereais e das oleaginosas comumente utilizadas 
na formulação de dietas para animais monogástricos se encontra principalmente na 
forma de ácido fítico, cerca de 61-70% (Khan et al., 2013). Este por sua vez, não é 
disponibilizado para o organismo animal, já que os monogástricos não produz a fitase, 
enzima capaz de degradar este composto (Yu et al., 2004; Khan et al., 2013). Dessa 
forma, o fósforo não sendo degradado, consequentemente não será absorvido, o que 
resultará na eliminação via excreta pelos animais. 
Para degradar o ácido fítico é necessária a presença da enzima fitase, a qual age 
transferindo o grupo fosfato do substrato para a enzima e em seguida desta para a água, 
via ruptura da parede celular dos grãos vegetais. A degradação do ácido fítico parece ser 
o principal papel desempenhado por esta enzima. As enzimas adicionadas às dietas são 
ativadas somente ao entrar em contato com o fluído digestivo no trato gástrico 
intestinal. Sendo mais eficiente no estômago e na porção proximal do intestino delgado 
(Kumar et al., 2012). 
 O ácido fítico (mio-inositol hexafosfato, IP6) ou simplesmente fitato, é uma 
molécula que carreia consigo seis fosfato, sendo a principal fonte de fósforo presente 
nos alimentos de origem vegetal. A enzima fitase catalisa a hidrólise do produto ácido 
fítico em Pdisponível para o processo de absorção intestinal. A unidade de fitase é 
expressa em FYT, FTU, PU ou U, os quais possuem o mesmo significado (Kumar et al., 
2012). Uma unidade de fitase é definida como a quantidade de enzima que liberta 1 
mmol de P inorgânico/minuto de 0,0015 mol / l de fitato de sódio a pH 5,5 E 37 ° C 
(Simons et al., 1990). 
Para a nutrição de monogástricos o fitato é considerado um composto 
antinutricional presente nas sementes maduras comumente utilizadas nas formulações 
de rações. Uma vez que, o fitato forma um quelato com minerais como fósforo, 
magnésio, ferro, cobre, cálcio, zinco,molibdênio (O'Dell e Savage, 1960). Também 
forma complexos insolúveis com proteínas e aminoácidos, diminuindo a 
biodisponibilidades desses nutrientes. Inibe enzimas digestivas tais como pepsina, α-
amilase (Deshpande e Cheryan, 1984) e tripsina (Caldwell, 1992) em animais 
monogástricos. 
Vem se tornando uma realidade em meio ao cenário produtivo a inclusão na 
dieta da enzima exógena fitase. Tal fato se deve principalmente aos apelos ambientais, 
uma vez que, o uso da mesma está atrelado à diminuição da excreção de nitrogênio e 
fósforo para o meio ambiente (Dersjant-Li et al., 2015; Pessôa et al., 2016). 
Adicionalmente, o uso da fitase têm sido associado à melhorias na digestibilidade de 
nutrientes e da energia das rações (Avila et al., 2012;Campasino et al., 2015; Pessôa et 
al., 2016), além de possibilitar a inclusão de menores níveis de fontes inorgânicas de 
fósforo nas dietas, outro ponto positivo, da utilização do aditivo. 
Estudos vêm sendo conduzidos no intuito de verificar a eficácia de fontes de 
enzimas e determinar os níveis recomendados de inclusão de tais aditivos em dietas de 
aves, suínos e peixes (Avila et al., 2012, Guggenbuhl et al.,2012; Liebert e Portz, 2005). 
 Neste contexto, Ribeiro et al. (2016) avaliou em frangos de corte de 1 a 21 dias 
de idade, alimentadas com dietas a base de milho e farelo de soja, a utilização de duas 
fontes exógena de fitase, sendo uma derivada de Citrobacter braakii (Ronozyme® 
HiPhos) e uma derivada de Escherichia coli geneticamente modificada 
(Quantum®Blue), na dose de 500, 1000, 2000 e 250, 500 e 1000 FTU/kg, 
respectivamente. A utilização de níveis crescentes de ambas as fontes de fitase 
proporcionaram aumento no consumo de ração, ganho de peso e teor de cinzas na tíbia 
das aves. Os autores concluíram que ambas as fontes podem ser utilizadas para 
substituir parcialmente o fosfato bicálcico utilizado nas dietas (Ribeiro et al,. 2016). 
Dose elevada de fitase parece não causar nenhum efeito deletério aos animais 
monogástricos. Tal fato foi verificado por Guggenbuhl et al.(2012), utilizando doses de 
0, 400 e 40000 FYT/Kg de fitase extraída do fungo Aspergillus oryzae em dietas de 
leitões desmamados (19,1 ± 1,82kg). Nesse mesmo ensaio, os autores puderam verificar 
que a suplementação de fitase proporcionou em média aumento de 12% no ganho de 
peso dos leitões e diminuição em 21% na conversão alimentar após período 
experimental de 42 dias. Entretanto, o nível 40000 FYT/kg não diferiu 
significativamente do nível de 400FTY/kg nos dois parâmetros avaliados. 
Em um segundo experimento (Guggenbuhl et al., 2012) avaliaram a inclusão de 
fitase (0, 500, 1000, 2000, 4000 FYT/kg) em uma dieta deficiente em P, sendo o fósforo 
fornecido exclusivamente pela fonte vegetal. Nesse estudo, os autores constataram 
efeito linear crescente da digestibilidade de Ca e P e decrescente na excreção desses 
minerais ao aumentar os níveis de suplementação da enzima, evidenciando assim, a 
eficácia da fitase em extrair o fósforo presente na molécula de fitato. 
A utilização da fitase se dá também na forma de complexos enzimáticos, sendo a 
fitase associada a outras enzimas. Neste sentido (Avila et al., 2012) trabalhando com 
frangos de corte alimentados com dietas a base de sorgo e soja, utilizaram um complexo 
enzimático composto de carboidrases de (Penicillium funiculosume) e fitase (Rovabio 
Max) na dose de 50g/tonelada, a qual garante dose mínima de 1100U/kg de endo β-1-4 
xilanase,100U/kg de endo β-1-3 glucanase e 500U/kg de fitase. Nesta dosagem, a 
suplementação do complexo enzimático promoveu melhor utilização dos nutrientes. 
Permitindo a diminuição em 85 kcal/kg de EMAn, 1,5% de aminoácidos, 0,153% de P 
disponível e 0,12% de cálcio, sem comprometer de forma significativa o desempenho 
das aves. 
Pessôa et al. (2016) constataram que a adição de 200g/tonelada do complexo 
enzimático contendo fitase, protease, xylanase, β-glucanase, celulase, amilase e 
pectinase, em dietas para frangos de corte de 1 a 42 dias formuladas com base em milho 
e farelo de soja, resultou em melhorias no desempenho animal. Sendo responsável pelo 
aumento em 3,92% no ganho de peso, melhora de 2,74% na conversão alimentar. Além 
de melhorias na utilização da EMA e EMAn em 2,05% e 2,02%, respectivamente. 
A partir da utilização de complexos enzimáticos se torna possível à utilização de 
ingredientes menos nobre na formulação de dietas sem causar prejuízos significativos 
nos índices produtivos (Kumar et al., 2012). Em estudo realizado por Soto- Salanova 
(1996) com aves jovens a utilização de complexos enzimáticos resultou em diminuição 
dos custos com a alimentação. 
Para peixes a utilização da fitase ainda gera controvérsias quanto a sua eficácia, 
pois os peixes possui grande diversidade de espécies, variando quanto ao hábito 
alimentar podendo ser carnívoro, onívoro, herbívoro ou planctófago. Além de existir 
peixes gástricos e agástricos. Assim sendo, é de se esperar que as respostas ao aditivo 
sejam das mais variadas (Kumar et al., 2012). Entretanto resultados recentes na 
literatura apontam para benefícios ao utilizar a enzima fitase na dieta dos peixes 
(Liebert e Portz, 2005). 
Bactérias com habilidade de produção de fitase foi isolado no intestino de 
Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) e do Bagre-australiano (Heteropneustes 
fossilis). A estirpe ONF2 isolada do intestino posterior da Tilápia do Nilo apresentou 
maior atividade de fitase em comparação a estirpe encontrada no intestino do Bagre-
australiano. Segundo os autores a estirpe ONF2 encontrada no isolado do intestino da 
Tilápia do Nilo possui 100% de semelhança com Bacillus licheniformis estirpe LCR32 
(Dan et al., 2014). 
Além disso, estudos recentes vêm demonstrando que alguns peixes teleósteos 
conseguem utilizar parte do fósforo fítico presente na dieta. A Tilápia do Nilo pode 
digerir aproximadamente 50% do fósforo fítico presente na dieta (Ellested, 2002; Dan 
et al., 2014). Já para a truta arco-íris a utilização do fósforo fítico não chega a 5% 
(Forster et al. 1999). Dan et al. (2014) sugere que para maior utilização do fósforo fítico 
presente na dieta dos peixes teleósteos a atividade da fitase intestinal teria que ser 
reforçada. 
Neste sentido, (Liebert e Portz, 2005) em um trabalho realizado com juvenis 
machos de Tilápia do Nilo. Utilizaram duas fontes de fitase (SP 1002 e Ronozyme ®P) 
adicionadas em níveis de 500, 750, 1000 e 1250 FTU/kg em dietas formuladas com 
base em ingredientes vegetais (4,5% de farelo de soja, 11,5% de glúten de trigo; 22,5% 
de milho; 32,5% de trigo). Os autores constataram melhorias significativas no 
crescimento, taxa de conversão alimentar, razão de eficiência proteica, taxa de 
crescimento específico e deposição de nutrientes. Além de melhorias na utilização de 
energia, proteína e fósforo. Em relação às fontes testadas, a fitase experimental SP1002 
apresentou resultados de desempenho superiores à fitase Ronozyme ®P. A 
suplementação de 750 FTU / kg de fitase SP1002 foi semelhante a uma suplementação 
de P inorgânico. 
 Nwanna et al. (2014) relataram que a utilização de fitase em dietas de Tilápia do 
Nilo no nível de 8000 FTU/kg proporcionaram melhores coeficiente de digestibilidade 
aparente para a energia bruta (64,30 ± 0,02), proteína brua (60,50 ± 0,04), em relação 
aos níveis de 0, 2000, 4000 e 6000 FTU/kg. Entretanto para a composição mineral da 
carcaça os níveis de fitase suplementada não diferiram entre si ao nível de 5% de 
probabilidade, sendo maior apenas em relação ao grupo controle (0 FTU/kd de fitase). 
Xilanase 
As xilanases são enzimas pertencentes ao grupo das carboidrases, obtidas em 
escala comercial, principalmente a partir de fungos do gênero Aspergillus. Esta enzima 
tem sido utilizada no intuito de desestruturar o emaranhado formado entre a celulose e a 
hemicelulose (Conte et al., 2003). Atuando de forma mais efetivasobre os 
arabinoxilanos. 
As fibras presentes no material vegetal incluído nas dietas dos animais 
monogástricos são classificadas em duas categorias: as fibras insolúveis (celulose e 
lignina) e fibras solúveis (hemicelulose e pectina) (Caprita et al., 2011; Slominski et 
al.,2011). É sobre esta porção solúvel que as xilanases atuam principalmente sobre os 
arabinoxilanos e β-glucanos, os quais ajudam a compor a hemicelulose (Dornez et al., 
2009). Atuando em diminuir a viscosidade gerada pela associação desta porção da fibra 
à água. 
 As fibras dos vegetais, ou polissacarídeos não amiláceos (PNA) se comportam 
como fatores antinutricionais para os animais monogástricos, uma vez que, não podem 
ser degradadas no trato gástrico intestinal desses animais (Caprita et al., 2011). Desta 
forma, podendo reduzir a energia do alimento e atrapalhar na utilização dos demais 
nutrientes (Conte et al., 2003). 
A viscosidade da digesta no trato gástrico dos animais é influenciada pelo nível 
de PNA solúvel presente na dieta. Ingredientes como a aveia, o trigo, o triticale e o 
centeio são classificados como viscosos, enquanto, o milho e o sorgo são não viscosos 
(Choct, 2010). 
Em grãos de cereais, incluindo o milho, os polissacarídeos não celulósicos 
consistem em arabinoxilanos e β-glucanos, enquanto que em farelo de soja e canola 
predominam os arabinanos, arabinogalactanas, galactanos, galactomananos, mananos e 
polissacarídeos pécticos. Já na cevada, centeio e trigo predominam os β-glucanos e 
arabinoxilanos que são solúveis em água apresentando certo grau de viscosidade, agindo 
como uma barreira entre enzima e substrato, influenciando na digestibilidade 
(Slominski et al.,2011). 
Os nutricionistas constantemente buscam diminuir os custos relacionados à 
alimentação dos animais. Sendo a substituição dos alimentos tidos como nobre milho e 
farelo de soja, por exemplo, por alimentos alternativos, tais como, trigo, farelo de arroz 
desengordurado, milho DDGS, entre outros. E é nesse contexto em que a enzima 
xilanase vem sendo utilizada, no intuito de diminuir os efeitos negativos associados ao 
valor mais elevado de PNA dos alimentos alternativos (Conte et al., 2003; Slominski et 
al.,2011). Entretanto não podemos desconsiderar os efeitos benéficos deste aditivo nas 
dietas de milho e soja (Cowieson e Adeolat 2005; Zou et al., 2013). 
A resposta quanto à utilização das enzimas que atuam sobre os PNA’s ainda é 
muito conflitante. Pois os próprios alimentos possuem diferenças consideráveis nos 
níveis destes polissacarídeos, como podemos observar no compilado realizado por Afta 
(2012), Tabela 1. Diversos fatores podem influenciar nesta variação como a forma de 
processamento e armazenamento do ingrediente, condição de crescimento da própria 
planta e até mesmo a metodologia empregada na realização das análises laboratoriais. 
 
 
 
Tabela1. Composição dos carboidratos (g/kg) de polissacarídeos não amiláceos, do 
milho e farelo de soja. 
Componentes Milho Farelo de Soja 
Rafinose - - 3 4 3 4 
Arabinose 22 26 38 28 52 20 
Xilose 30 34 19 13 12 24 
Manose 3 1 13 7 4 11 
Galactose 5 5 41 72 41 89 
Glicose 10 37 7 44 30 52 
Ácido Urônico 7 9 48 14 25 - 
PNA’s totais 97 111 217 198 145 148 
Fonte * ** * ** ** *** 
 *Bach-Knudsen (1997); **Chesson (2001); ***Kocher et al. (2002); 
 Adaptado de AFTA (2012) 
 
De acordo com Zou et al. (2013), a suplementação de 0,05% de xilanase pode 
melhorar a conversão alimentar de frangos de corte alimentados com dietas a base de 
milho e farelo de soja devido à melhor utilização da energia dietética. Segundo os 
mesmos autores, a ação da xilanase é mais eficiente em dietas pobres em energia. 
 Slominsky (2013) em uma publicação de revisão concluiu que em dietas com 
alto valor de PNA, a inclusão de enzimas nas dietas de aves promoveu respostas 
benéficas. Mas em dietas a base de milho e soja com baixo teor de PNA, a inclusão de 
enzimas não promoveu melhoria significativa nos índices de desempenho animal. O 
autor sugere que para dietas a base de milho e farelo de soja é necessária uma mistura 
complexa de múltiplas carboidrases (celulases, pectinases, xilanases, glucanases, 
mananases e galactanases.) para despolimerizar o PNA presente na dieta e assim, 
promover melhorias no ganho de peso, conversão alimentar e digestibilidade dos 
nutrientes. 
Neste contexto, Woyengo et al, (2008) realizaram um experimento com frangos 
de corte de 1 a 21 dias de idade, alimentados com dietas contendo 13,8% de trigo 
(84g/kg de PNA), 45,8% de farelo de soja, 34,7% de farelo de canola. As dietas 
experimentais consistiram em um controle positivo e um controle negativo 
suplementado com três níveis de xilanase (0, 1250 e 2500 XU/kg) e três níveis de fitase 
(0, 250 e 500 FTU/kg) em associação ou não. Na dieta controle negativo os níveis de 
cálcio e fósforo foram diminuídos em relação a exigência em 10 e 35%, 
respectivamente. As enzimas xilanase e fitase utilizadas no experimento foram 
Porzyme® 9300 (4000 XU / g) e Phyzyme® XP (5000 FTU / g), respectivamente, da 
Danisco Animal Nutrition (Marlborough, RU). Após os 21 dias de experimento os 
autores puderam observar que não houve interação entre a xilanase e a fitase em 
nenhum dos parâmetros avaliados. Neste estudo a xilanase não influenciou no consumo 
de ração, ganho de peso diário, conversão alimentar e teor de cinzas na tíbia. Já a fitase 
foi responsável por melhorar a conversão alimentar e a concentração de cinza na tíbia 
em 2,6% e 4,4%, respectivamente, independente do nível suplementado (250 e 500 
FTU/kg). 
Em relação a viscosidade e digestibilidade das dietas Woyengo et al, (2008) 
observaram que a suplementação da xilanase e da fitase nos níveis mais elevados (2500 
XU/kg e 500 FTU/kg) diminuiu a viscosidade em 15 e 16%, respectivamente. A 
suplementação com xilanase não influenciou o coeficiente de digestão ileal de Ca e P, 
ou o coeficiente de retenção de P, mas aumentou o coeficiente de retenção de Ca. Já a 
adição de fitase influenciou apenas o coeficiente de digestiilidade do P, aumentando-o. 
Cowieson e Adeolat (2005) trabalhando com frangos de corte alimentados por 
28 dias com uma dieta a base de milho e farelo de soja, deficiente em energia 
metabolizável, P e Ca adicionaram a esta, fitase (200mg o que equivale a1000 FTU/kg), 
além de um complexo (XAP) contendo 100mg/kg xilanase, amilase e protease (100mg 
equivale a 300 XU/kg, 400U/kg, 4000U/kg, respectivamente). Verificaram que ao 
suplementar a dieta deficiente com o 100 mg de XAP ou fitase /kg melhorou o ganho de 
peso em 7,0 e 6,2%, respectivamente. Já a combinação de XAP e fitase promoveu um 
aumento no ganho de peso de 14%, mostrando melhor eficiente quando as enzimas 
atuam em associação. Entretanto, ao comparar com controle positivo (níveis adequados 
de Ca, P e EM) o ganho de peso foi 4% inferior. 
Em relação digestibilidade, a inclusão do complexo enzimático foi responsável 
por melhorar a digestibilidade ileal da energia. Já a fitase melhorou o coeficiente de 
digestibilidade do Ca e P (Cowieson e Adeolat 2005). 
O efeito da enzima xilanase é influenciado por diversos fatores entre eles 
podemos destacar a granulometria e composição dos ingredientes. Em estudo realizado 
com suínos em crescimento Laerke et al. (2015) formularam dietas a base de centeio 
fino, trigo fino (3mm) e trigo grosseiro (5mm). E adicionaram a estas xilanase 
provenientes de Bacillus subtilis (370 XU / kg) e Trichoderma reesei (4000 DAN xil U 
/ kg) e avaliaram a viscosidade intestinal e a digestibilidade ileal dos nutrientes. Os 
autores constataram que a adição da xilanase na dieta a base de centeio reduziu a 
viscosidade em 21,6%, já para o trigo fino e grosseiro a redução foi de 28,6 e 46,9%, 
respectivamente. Constaram também que em dietas a base de trigo a xilanase aumentou 
a concentração de arabinoxilanos solubilizados, não tendo efeito na dietaa base de 
centeio. A concentração de xilossacarídeos aumentou em mais de duas vezes com a 
suplementação. 
Em relação à digestibilidade, foi menor para o centeio, mas a adição da enzima 
melhorou a digestibilidade ileal aparente do amido em ambas as fontes de carboidratos. 
Entretanto, não foi observado efeito significativo da suplementação para a 
digestibilidade da matéria seca e do nitrogênio, independente das fontes de carboidrato 
testadas (Laerke et al. 2015) 
Em dieta a base de milho e farelo de soja (61% de milho, 35% de farelo de soja, 
1% de gordura de aves e 3% de minerais e vitaminas) Passos et al. (2015) avaliaram a 
inclusão da xilanase (Lohmann AnimalNutritionGmbH, Cuxhaven, Alemanha) nos 
níveis (0, 700 e 1400 LXU / kg) quanto a digestibilidade ileal aparente da fibra em 
detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), matéria seca, energia, 
matéria orgânica, cinza bruta, viscosidade digesta e morfologia intestinal em suínos 
(17,6 ± 3,3 kg). Ao final os autores puderam concluir que as medidas morfológicas do 
intestino e a FDA não foram afetadas pelo aumento da xilanase. No entanto, o aumento 
da suplementação de xilanase de 0 a 1400 LXU / kg, levou ao aumentou linear da 
digestibilidade ileal de NDF de 27,9 para 40,3%, da matéria seca de 55,4 para 64,6%, 
matéria orgânica de 59,2 para 67,7% e energia de 58,8 a 68,0%. Para a viscosidade da 
digesta jejunal, a suplementação diminuiu de forma não linear de 2,9 a 2,5 centipoises 
(cP). Em conclusão, o uso de xilanase em dietas de suínos à base de farelo de milho e 
farelo de soja aumentou linearmente a digestibilidade dos nutrientes e afetou a 
viscosidade da digesta de forma não linear (Passos et al., 2015). 
Considerando o universo aquático, a xilanase está presente naturalmente no 
intestino de algumas espécies de peixes herbívoros, como carpas e tilápias (Banerjee e 
Ghosh, 2014). Entretanto a produção endógena é considerada ineficiente para digerir os 
PNA’s presentes nas dietas processadas administradas a esses animais. Dessa forma, o 
uso de enzimas livres ou em complexo multienzimáticos comerciais se faz presente, 
tanto para utilização no pré- processamento de ingredientes, quanto para suplementação 
na dieta já processada (Bogevik, 2015). 
As enzimas adicionadas à ração dos peixes podem ser desnaturadas durante o 
processo de extrusão, pois este é um processo que ocorre sobre altas temperaturas, com 
isso os cuidados devem ser redobrados ao incluir tal aditivo nas dietas. Para adicionar 
as enzimas exógenas antes da extrusão elas devem ser modificadas para tolerar 
temperaturas elevadas. As alternativas são pré-processar os ingredientes da planta antes 
da extrusão ou adicionar as enzimas ao grânulo após a extrusão (Stone, 2003). 
Jiang et al.(2014) trabalhando com juvenis de carpas chinesas (Cyprinus carpio 
var. Jian) alimentadas com uma dieta contendo (15% de farelo de soja, 7% de farinha de 
peixe, 10,5% farelo de glúten de arroz, 15% de farelo de algodão, 10 % de farelo de 
colza e 31% de farelo de trigo) suplementadas com xilanase (6000U/g) na proporção de 
0, 600,1050, 1500, 1950 e 2500U/kg. 
Estes autores puderam observar efeito quadrático da suplementação da xilanase 
em relação ao ganho de peso, eficiência alimentar, taxa de eficiência proteica, produção 
de lipídeos, cinzas, cálcio e taxa de retenção de fósforo. Pela análise de regressão o 
nível de 1259 U/kg foi o que proporcionou maior ganho de peso. Neste estudo os 
autores atrelaram a diminuição do desempenho com os níveis mais elevados de xilanase 
com a superprodução de xiloligossacarídeos e xilose, produtos da hidrólise de PNA. 
Esses compostos podem causar diarréia osmótica que afeta a microbiota, a digestão e o 
desempenho dos peixes (Sinha et al., 2011; Jiang et al., 2014). 
Jiang et al. (2014) mostraram mudança positiva na morfologia intestinal e 
aumento da atividade de enzimas do hepatopâncreas e intestinais em juvenis de carpas 
chinesas alimentadas com dietas suplementadas com níveis intermediários de xilanase. 
Além disso, observou-se maior atividade das enzimas localizadas na seção de borda 
escova intestinal, indicando maior capacidade de absorção de nutrientes. 
Além disso, a inclusão de xilanase foi responsável por melhorar o ambiente 
intestinal com relação à microflora permanente. Possuindo assim efeito prebiótico, 
aumentando as bactérias benéficas tais como Lactobacillus, e reduzindo o número de 
bactérias nocivas como Aeromonas e Escherichia coli (Jiang et al., 2014). 
A suplementação dietética de xilanase se mostrou eficiente em atuar na 
degradação do PNA e melhorar o desempenho dos animais, mas foi possível perceber 
que os resultados tornam-se mais contundentes quando a xilanase é fornecida como 
parte de um complexo enzimático podendo conter glucanases, pentosanases, celulosases 
e xilanases. 
β -glucanase 
A β-glucanase, assim como a xilanase, pertence ao grupo das carboidrases, 
entretanto a glucanase atua de forma mais efetiva sobre os β-glucanos, enquanto a 
xilanase atua preferencialmente sobre os arabinoxilanos. Assim como a xilanase a 
glucanase é produzida comercialmente principalmente a partir de fungos do gênero 
Aspergillus (Conte et al., 2003). 
Segundo Kumar e Deobagkar (1996), as β–glucanases são enzimas multifatoriais 
que hidrolisam polissacarídeos como a celulose e outras β–glucanas, as quais integram a 
parede celular dos vegetais. As β–glucanas são polímeros de glicose arranjados de 
forma linear, unidas por ligações glicosídicas do tipo β-1,4 (Nelson e Cox, 2008). 
Na alimentação animal a β–glucanase, atua diminuindo a viscosidade da digesta, 
a qual é fortemente influenciada pelo teor de PNA contido na dieta. Ampliando assim a 
funcionalidade das enzimas endógenas por fornecer a estas mais substrato (Pêssoa et al., 
2012; Jiang et al. 2014). 
Neste contexto, Ribeiro et al. (2011) incluiu a 50g/tonelada de β–glucanase 
(Rovabio™ Excel AP), o que corresponde a 15U/kg em dietas à base de cevada que 
contém alto teor de β-1,3-1,4-glucanas. Os autores puderam observar que as aves 
suplementadas ganharam mais peso durante o período experimental (28 dias) sem 
influência significativa no padrão de consumo. Desta forma, os autores concluíram que 
a β–glucanase promoveu uma melhor utilização dos ingredientes da ração, menor 
conversão alimentar. 
Tsai et al. (2017), substituindo 30 % do milho e farelo de soja pelo milho 
DDGS, na dieta de leitões recém desmamados, incluíram β–glucanase (450U/kg) e 
xilanase (4000U/kg), separadamente e também em conjunto (450U/kg de xilanase e 
4000/kg de β–glucanase), produzidas a partir Trichoderma reesei. Os animais foram 
alimentados por um período de 35 dias. 
Os autores constataram que os suínos alimentados com dieta contendo β–
glucanase ou xilanase aumentaram o ganho de peso diário em 7,7% e 9,3%, 
respectivamente em relação à dieta sem adição de enzima, no período de 21-35. A 
digestibilidade da MS melhorou em 1,6% e 1,4% em suínos alimentados com β–
glucanase e xilanase, respectivamente. Em geral, a digestibilidade da energia melhorou 
em 5,5% em suínos alimentados com dietas suplementadas com enzimas. Da mesma 
forma, a digestibilidade da proteína foi 5,9% maior em suínos alimentados com as 
dietas suplementadas. A adição de xilanase, β–glucanase e xilanase e β–glucanase 
aumentaram a digestibilidade média da FDN, FDA e hemicelulose em 33%, 30% e 
34%, respectivamente. A suplementação de xilanase, β–glucanase ou ambas as enzimas 
melhorou a digestibilidade de P em 46%. Os resultados indicam que ganho de peso 
diário foi melhorado pela combinação β–glucanase e xilanase, sendo a maior 
participação da β–glucanase. Dessa forma, os autores concluíram que a suplementação 
enzimática reduziu, pelo menos parcialmente, o impacto negativo do DDGS na 
digestibilidade dos nutrientes e no crescimento dos leitões (Tsai et al., 2017). 
Hoje é realidade a formulaçãode dietas com níveis cada vez maiores de inclusão 
de ingredientes vegetais para peixes, até mesmo para os carnívoros. Neste sentido, 
Dalsgaard et al. (2012) trabalhando com alta inclusão de proteína vegetal em 
substituição a farinha de peixe (34,4% de farelo de soja, 24,6 de farinha de girassol e 
26,4% de farinha de colza), em dietas para truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) 
adicionaram 67 mg/kg de glucanase (RONOZYME® VP L) , 208 mg/kg xilanase e 228 
mg/kg (RONOZYME® WX L), de protease (PRO, experimental enzyme, DSM 
Nutritional Products, Saint-Louis Cedex, France), independentemente e também em 
combinação. 
Os autores puderam observar que a digestibilidade foi afetada pela inclusão das 
enzimas. Obtendo coeficiente de digestibilidade mais elevado quando da utilização da 
β-Glucanase e protease no ingrediente soja, a xilanase se mostrou menos eficiente neste 
quesito. O aumento da digestibilidade com a adição de β-Glucanase para a proteína, 
lipídeos, cinzas, fósforo e matéria seca foram de (1,5, 10,6, 0,5, 4,6, 5,9%, 
respectivamente). A digestibilidade foi mais pronunciada nos lipídeos em comparação 
aos demais nutrientes. A β-Glucanase levou ao aumento da retenção de energia em 35% 
(1943,2kcal/kg) na dieta contendo soja. Entretanto, a retenção de nitrogênio não foi 
influenciada pela adição das enzimas. Além disso, o desempenho dos peixes não foi 
afetado ao substituir a farinha de peixe pelas fontes vegetais de proteína (Dalsgaard et 
al.,2012). 
Conclusão 
 
Pode-se concluir que a adição de enzimas na alimentação de animais 
monogástricos se apresenta como benéfica, uma vez que, vêm sendo comprovadas 
melhorias nos índices produtivos e na digestibilidade dos ingredientes, levando a uma 
menor excreção de nutrientes para o meio ambiente. Além de tornar possível a inclusão 
de menores níveis de energia e minerais inorgânicos nas dietas. 
Além disso, a utilização deste aditivo intensifica a ação de enzimas endógenas 
pelo fato de aumentar o fornecimento de substrato a estas. Dessa forma, podendo 
diminuir os custos com a alimentação, pois potencializa a utilização de alimentos de 
menor custo, aos quais normalmente se atribuí diversos fatores antinutricionais. 
Entretanto, é notável a falta de padronização dos níveis recomendados de 
inclusão do aditivo nas dietas utilizadas em animais de produção. Tal fato se justifica 
pela variedade de enzimas encontradas no mercado e pela característica da enzima. A 
qual necessita de se ligar ao substrato específico para que possa desempenhar sua 
função. 
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