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LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA CÂNCER DE MAMA EPIDEMIOLOGIA • Neoplasia maligna mais frequente em mulheres no mundo • Em 2018, 2.1 milhões de casos; 11,6% de todos os tumores • 66680 novos casos no Brasil para o triênio 2020-22 • Mais de 20 subtipos diferentes de tumores de mama • Menos de 1% ocorre entre homens ETIOLOGIA • Causas multifatoriais: ▪ Externas: relacionadas ao estilo de vida e fatores de risco modificáveis ou não (maior influência no câncer que fator genético) • Causas hereditárias: ▪ História familiar: mutações genéticas BRCA1 e 2 ▪ Associação com outros canceres: colon, ovário, útero ▪ Exposição a radiação FATORES DE RISCO • Idade elevada: acima de 50 anos • Hiperplasia atípica • Nuliparidade ou primiparidade tardia • História pessoal de neoplasia: mama prévio ou outras • História menstrual: menarca precoce e menopausa tardia • Uso de agentes hormonais: reposição hormonal e exposição a estrógenos • Ginecomastia masculina • Obesidade: dieta rica em lipídios e carboidratos • Etilismo e tabagismo RASTREAMENTO • Seria o exame precoce para descobrir a doença • Nem todos os tumores consegue identificar com exames o Radiografia em 2 incidências da mama o Único exame a demonstrar redução da mortalidade o Melhor em mamas mais liposubstituídas: normalmente a partir dos 45 anos o Recomendação do MS/INCA: ▪ Rastreamento mamográfico a partir dos 50 anos o Recomendação das Sociedades de Oncologia e de Mastologia: ▪ Rastreamento mamográfico a partir dos 40 anos o Indicada na avaliação de mamas densas (mamas mais jovens) o Aumenta a especificidade da MMG o Não demonstrou redução da mortalidade: porque muitas vezes não consegue identificar lesão precoce o Recomendação MS/INCA: ▪ Contra o rastreamento USG na população com risco padrão ▪ Avaliação em relação a população de risco DIAGNÓSTICO o História o Exame físico (inspeção e palpação) LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA o MMG o USG das mamas e axilas o RM da mama: muito sensível, mas pouco específico, podendo superestimar a lesão. É muito pedindo em pacientes com fatores de risco, para ver tudo e superestimar uma possível lesão o É o diagnóstico definitivo o Biopsia o Padrão ouro: Corebiopsy (possibilita a retirada de fragmentos da lesão) – biopsia guiado por USG CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA o Corresponde a cerca de 80% dos casos o Tende a ser unilateral o Prognostico bom se for descoberto no inicio o Corresponde a cerca de 10% dos casos o Associado com risco de CA de mama bilateral o Precisa de um tto mais agressivo (cirúrgico) o Não responde tão bem a QT ou RT o Carcinoma medular LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA o Carcinoma tubular o Carcinoma papilífero o Carcinoma mucinoso o Carcinoma inflamatório o Doença de Paget da mama o Sarcomas CLASSIFICAÇÃO MOLECULAR • Realizada pela imuno-histoquímica: método que identifica antígenos (podem ser proteína, produtos de genes etc.) • 3 principais proteínas o Chamados conjuntamente de receptores hormonais o São avaliados em conjunto o Se um dos dois tiver positivo já caracteriza CA de mama receptor hormonal positivo o Precisa os dois negativos para ser RH negativo o Proteína de superfície (EGFR) das células epiteliais, mas alguns CA de mama exacerbam essa proteína, que orienta que a célula se multiplique o Relacionada ao aumento das taxas de proliferação celular o RH –/ HER2 –: tumores triplo negativos o RH –/ HER2 +: tumores super Her o RH +/ HER2 –: tumores luminais o RH +/ HER2 +: não tem um nome específico o HER 2+: trata com drogas alvos que bloqueia especificamente esse receptor, isso aumentou a sobrevida das pacientes (terminam em MABE); são anticorpos monoclonais, alguns pacientes falam que são vacinas, pode ser usada no tratamento ou na “vacina” de manutenção o Os prognósticos são diferentes, mesmo com o mesmo tamanho de tumor ou estadiamento o Ainda esses receptores são encontrados em %, o que muda o prognostico também e o tratamento ESTADIAMENTO o Tamanho tumoral: T o Número de linfonodos acometidos: N o Metástase a distância: M o Realizado previamente ao tratamento, baseado em exame físico e exames de imagem o Metástases mais comuns: linfonodal, pulmonar, hepática, óssea, SNC o Realizado após cirurgia e resultado do exame anátomo patológico TRATAMENTO • Programado de acordo com o estadiamento da doença • Doença localizada: estádios I e II • Doença localmente avançada: estádio III (sem metástase) • Doença metastática: estádio IV • Modalidades: ▪ Tratamento locorregional: cirurgia e radioterapia ▪ Tratamento sistêmico: QT, HT e agentes biológicos (terapia alvo e imunoterapias) o Mastectomia (cirurgia radical) o Cirurgia conservadora da mama: ▪ Lumpectomia/Nodulectomia LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA ▪ Quadrantectomia/Mastectomia parcial (segmentar) o Pós-mastectomia: ▪ Se fatores de maus prognóstico ▪ T>5cm ▪ N positivo o Pós-cirurgia conservadora da mama: ▪ Sempre! ▪ Diminui recidiva loco-regional ▪ Aumenta sobrevida o Estádio IV o Quimioterapia o Hormonioterapia o Agentes biológicos o Na doença inicial tem como objetivo diminuir a recorrência e aumentar a sobrevida global o Na doença avançada tem como objetivos o controle da doença e dos sintomas CONCLUSÕES • Muitas pacientes sobrevivem por vários anos, mesmo com doença metastática • Quanto mais avançada a doença ao diagnóstico, maior a chance de recidiva/metástase • Na doença metastática, a remoção do tumor primário não altera a sobrevida global • Nesse contexto, terapias locais (cirurgias) com ou sem radioterapia também não alteram a sobrevida global e são feitas com objetivo de qualidade de vida
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