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Síndromes Diarreicas: Causas e Tratamentos

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GASTROENTEROLOGIA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
SÍNDROMES DIARREICAS 
 Definição: Do termo grego diarhein – fluir 
através de. 
 Aumento da quantidade de líquido com 
consequente aumento do peso (> 200 
gramas/dia) das fezes e diminuição de sua 
consistência. Passagem de 3 ou mais fezes não 
formadas por dia. 
 Diarreia aguda: Até 14 dias. Pensar em vírus, 
bactéria. 
 Diarreia crônica: Acima de 4 semanas. 
Investigar. 
 Diarreia persistente: 2 a 4 semanas. 
 Epidemiologia: 
o Doença mais comum do mundo depois de IVAS. Em 
países desenvolvidos: 1,2 – 1,5 pessoas/ano. 
o Importante causa de mortalidade nos extremos 
grupos etários. 
o Geralmente autolimitada. 
 Fisiologia: 
 
 Classificações (aspectos clínicos e 
topográficos): 
 
 Principais causas de diarreia aguda: 
1. Infecciosa: 85%. 
Viral (Rotavírus, Norwak, adenovírus): 70%. 
Obs.: A grande maior das diarreias agudas não requer uso de 
ATB. 
2. Contaminação alimentar. 
3. Medicamentos e suplementos alimentarias 
(intolerância alimentar). 
4. Álcool. 
 
 Exames complementares: 
o Lâmina direta nas fezes – Principal exame. Através 
de leucócitos ou hemácias. 
o Coprocultura – Pouco sensível. 
o PF (parasitológico de fezes) – Pouco sensível. 
o Toxinas de C difficile: Geralmente pelo uso excessivo 
de ATB. 
o Colonoscopia – raro. 
o Exames gerais: Hemograma, ionograma, função 
renal. 
o Gravidade em: 
 Idoso. 
 Imunossupressão. 
 Desidratação. 
 Hipotensão. 
 Oligúria. 
 Disenteria. 
 Febre alta. 
GASTROENTEROLOGIA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Tratamento: 
o Dieta: Renovação de enterócitos. Evitar café, leite e 
derivados. 
o Hidratação: Aumentar aposte hídrico. 
o Probióticos: Prolive, floratil. Encurtam o tempo da 
diarreia aguda, mas o ciclo vai ocorrer da mesma 
forma. Não é obrigatório, o obrigatório é a 
hidratação. 
o Antidiarreicos: Seguro em diarreias não invasivas. 
Não tem sangue, muco, a chance de ser bacteriana 
é baixa. Pode usar racecadotrila, loperamida. 
o Antibióticas: Casos selecionados. 
 Antibioticoterapia empírica: 
o Idosos, imunocomprometidos, febre alta, 
disenteria, leucócito fecal + duração maior que 7 
dias. 
o Quinolonas (cipro ou norfloxacino) 5 dias. 
o Amoxacilina- clavulanato para gestantes e 
adolescentes. 
o Evitar SMX – TMP: Shiguellas resistentes. 
Obs.: A diarreia aguda em geral é viral, autolimitada, não 
precisa de ATB e nem de exame complementar. 
DIARREIA CRÔNICA 
 3 evacuações/dia e/ou > 200g/dia. 
 Duração: 4 semanas. 
 Diminuição da qualidade de vida. 
 AGA: Redução consistência fecal por pelo 
menos 4 semanas. 
 
 Avaliação: 
o Exame clínico 
 Objetivos 
 Orgânico X funcional (SII síndrome do 
intestino irritável - muito comum). 
Presença ou ausência de sintomas de 
alarmes para diferenciar. Investigar com 
colonoscopia. 
 Intestino delgado (diarreia alta com restos 
alimentares, menos vezes ao banheiro e 
em grandes quantidades) X cólon (várias 
vezes ao banheiro, com muco). Investigar 
com fotos do intestino. 
 Identificar o mecanismo. 
 Estabelecer a causa. 
 Ampla possibilidade diagnóstica. 
 Uso racional exames complementares. 
 Roteiro diagnóstico: 
o Diarreia funcional. 
 Investigação mínima. 
o Diarreia orgânica. 
 Laboratório geral. 
 Laboratório específico. 
 Exames de imagem. 
 Achados sugestivos de distúrbio orgânico: 
o Idade > 50 anos. 
o Início da diarreia < 3 meses. 
o Diarreia noturna. 
o Perda de peso. 
o Hematoquezia. 
o Sangue oculto positivo. 
o VHS aumentado. 
o Hipoalbuminemia. 
GASTROENTEROLOGIA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 
 Mais diagnósticos diferenciais do que os 
quadros agudos. 
 Etiologias agrupadas em quatro grupos de 
acordo com o mecanismo fisiopatológico: 
1. Disabsortivas/osmóticas. 
2. Inflamatórias. 
3. Secretorias. 
4. Funcionais ou por dismotilidade. 
 DISABSORTIVAS 
 Doença celíaca (ESPRU NÃO TROPICAL) 
o Imunomediada contra proteína do glúten (aveia, 
centeio, trigo e cevada). Produz anticorpos contra a 
proteína que está no glúten. 
o Clínica: 
 Forma típica (crianças pré-escolares). 
 Forma atípica, oligossintomática (adolescentes 
e adultos). 
 Forma assintomática. 
o Diagnóstico: 
 Auto-anticorpos (antigliadina, 
antitransglutaminase a antiendomísio) + 
biopsias de delgado. Agridem os enterócitos, 
destruindo as vilosidades e impede uma 
adequada absorção. 
o Tratamento: Retirada do glúten da dieta. 
o Complicações: Linfoma não Hoadgkin de células T e 
adenocarcinoma. 
 Deficiência de dissacaridases intolerância a 
lactose (deficiência de lactase) 
o Clínica: Diarreia crônica + dor e distensão 
abdominal + flatulências + vômitos. 
 Forma primária: Causa mais comum de diarreia 
crônica no mundo. 
 Forma secundária: Transitória (lesões agudas 
da mucosa, ex. infecções). 
o Diagnóstico: 
 Teste exalatório do H2 (padrão ouro). 
 Teste de tolerância oral a lactose: Dosa glicose 
e depois toma xarope de lactose, depois dosa 
com 30-60-120min dosa glicose de novo. 
o Tratamento: Abstinência de laticínios e reposição de 
lactase. 
 Inflamatórias 
o Doenças inflamatórias idiopáticas (DII). 
o Diarreia crônica + alta ou baixa + invasiva (sangue 
ou muco) + achados extraintestinais (artrites, 
sacroileíte, lesões de pele). 
o Doença de Crohn (DC): Doença inflamatória que 
pode acometer parte alta e baixa do intestino. 
Doença granulomatosa, que pode acometer da 
boca até o ânus. Pode ocasionar diarreia com restos 
alimentares. 
o Retocolite ulcerativa inespecífica (RCUI). 
Geralmente a diarreia vai ser com sangue, pus. 
o Colites indeterminadas (15-20%). 
 
GASTROENTEROLOGIA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 
 
 
 
Tratamento com supositório ou com enemas de 
corticoide ou de mezalasina que é um anti-
inflamatório muito utilizado para o intestino. 
SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL 
 SII é um distúrbio da função GI caracterizada 
por dor abdominal na parte inferior ou 
desconforto que pode ser aliviada pela 
evacuação. SII está também associada com 
uma alteração na frequência e consistência 
das fezes. 
 
 
Pacientes com hipersensibilidade visceral. 
 Outras condições encontradas em associação 
com a SII. 
o Outros distúrbios funcionais GI: Dispepsia, vômito, 
azia. 
o Dor pélvica crônica. 
o Sintomas urinários funcionais. 
o Dismenorreia. 
o Cefaleia (hemicrâneas). 
o Fibromialgia /síndrome de fadiga crônica. 
o Disfunção sexual. 
 Tratamento: 
o Alteração da dieta e estilo de vida. 
o Técnicas de redução de estresse têm demonstrado 
melhorar o bem-estar do paciente. 
o Diários de dieta podem ser usados para identificar 
fatores alimentares que levam ao 
desencadeamento dos sintomas da SII. 
o Eliminação ou redução da ingestão destes 
alimentos podem reduzir a frequência e a gravidade 
dos sintomas. 
GASTROENTEROLOGIA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
o Intensificar relação médico-paciente.

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