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ROTEIRO LMF/ ACT SISTEMA IMUNOLÓGICO E LINFÁTICO

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LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL 
UC2– MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
. 
 
AULA 2 SP2: SISTEMA IMUNOLÓGICO E LINFÁTICO 
 
1. Caracterizar o sistema linfático, órgãos que participam diretamente do sistema linfático e qual as funções 
deste sistema; explicar o que linfa (produção e circulação); 
Sistema linfático: é uma rede de vasos linfáticos que retira o excesso de líquido tecidual (linfa) do 
compartimento de líquido intersticial (intercelular) do corpo, filtra-o nos linfonodos e o reconduz até a 
corrente sanguínea. 
 
Órgãos do sistema linfático 
Os órgãos linfáticos primários: locais em que as células-tronco se dividem e se tornam imunocompetentes 
(capazes de elaborar uma resposta imune). Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea (dos ossos 
chatos e epífises de ossos longos nos adultos) e o timo. 
Os órgãos e tecidos linfáticos secundários: locais em que ocorre a maior parte das respostas imunes. Eles 
incluem os linfonodos, o baço e os nódulos linfáticos (folículos) (não são considerados órgãos, porque 
carecem de uma cápsula de tecido conjuntivo). 
 
Funções do sistema linfático: o sistema linfático tem três funções principais: 
1. Drenar o excesso de líquido intersticial. Os vasos linfáticos drenam o excesso de líquido intersticial dos 
espaços teciduais e o devolvem ao sangue. Esta função conecta-o intimamente com o sistema circulatório. 
2. Transportar lipídios oriundos da dieta. Os vasos linfáticos transportam lipídios e vitaminas lipossolúveis (A, 
D, E e K) absorvidas pelo sistema digestório. 
3. Desempenhar respostas imunes. O tecido linfático inicia respostas altamente específicas dirigidas contra 
microrganismos ou células anormais específicos. 
 
Linfa: o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por vasos linfáticos. Geralmente, a 
linfa transparente, aquosa e discretamente amarela tem composição semelhante à do plasma sanguíneo. A 
linfa drena para o sangue venoso pelo ducto linfático direito e pelo ducto torácico na junção entre as 
veias jugular interna e subclávia. Assim, a sequência de fluxo de líquido é dos capilares sanguíneos (sangue) 
→ espaços intersticiais (líquido intersticial) → capilares linfáticos (linfa) → vasos linfáticos (linfa) → ductos 
linfáticos (linfa) → junção entre as veias jugular interna e subclávia (sangue). 
 
2. Descrever (macro e micro) os órgãos linfoides primários (geradores): medula óssea e timo e secundário 
(periféricos): baço; 
Macroscópica órgãos primários: 
Medula óssea: encontrada no canal medular das epífises dos ossos longos e nas cavidades dos ossos 
esponjosos. 
Medula óssea vermelha (hematógena): possui numerosos eritrócitos em diversos estágios de maturação. No 
adulto, a medula vermelha é observada apenas no esterno, nas vértebras, nas costelas e na díploe dos 
ossos do crânio; no adulto jovem (por volta de 18 anos de idade), é vista nas epífises proximais do fêmur e 
do úmero. 
Medula óssea amarela: rica em células adiposas e que não produz células sanguíneas. A medula amarela 
ainda retém células-tronco e, em certos casos, como hemorragias, hemólise, inflamação, alguns tipos de 
intoxicação e irradiação, pode transformar-se em medula óssea vermelha e voltar a produzir células do 
sangue. 
Timo: O timo é um órgão situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. 
Composto por dois lobos (direito e esquerdo); ao envelhecer o timo vai diminuindo e substituído por tecido 
adiposo. 
 
Macroscópica órgão secundário (periférico): 
Baço: massa oval, geralmente arroxeada, carnosa, que tem aproximadamente o mesmo tamanho e o mesmo 
formato da mão fechada. É relativamente delicado e considerado o órgão abdominal mais vulnerável. O 
baço está localizado na parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo (QSE) ou 
hipocôndrio, onde tem proteção da parte inferior da caixa torácica 
 
Microscopia órgãos primários: 
Medula óssea: 
Medula óssea vermelha: constituída por células 
reticulares, associadas a fibras reticulares (colágeno 
tipo III). Essas células e fibras formam uma rede 
percorrida por numerosos capilares sinusoides, os quais 
se originam de capilares no endósteo e terminam em um 
grande vaso central, cujo sangue desemboca na 
circulação sistêmica venosa por meio de veias 
emissárias. O endotélio dos capilares e as células 
reticulares são fontes de citocinas hemocitopoéticas. A 
hemocitopoese ocorre nos espaços entre capilares e 
células reticulares. Neste ambiente especial, células-
tronco proliferam e diferenciam-se em todos os tipos de 
células do sangue. Células adiposas ocupam aproximadamente 50% da medula óssea. A matriz extracelular, 
além de colágeno dos tipos I e III, contém fibronectina, laminina, tenascina, trombospondina, vitronectina, 
glicosaminoglicanos e proteoglicanos. A liberação de células maduras da medula para o sangue ocorre por 
migração através do endotélio, próximo das junções intercelulares. 
 
Timo: uma camada envolvente de tecido conjuntivo mantém os dois lobos unidos, mas separados por uma 
cápsula de tecido conjuntivo. Extensões da cápsula, chamadas trabéculas, penetram internamente e dividem 
cada lobo em lobos do timo. O timo não possui folículos linfoides. 
Cada lóbulo é formado de uma parte periférica denominada zona cortical, que se cora mais intensamente 
pela hematoxilina, por ter maior concentração de linfócitos, células dendríticas, células epiteliais e 
macrófagos. A cortical envolve a parte central de cada lóbulo, mais clara, denominada zona medular. Na 
Corte de medula óssea vermelha (hematógena) mostrando 
capilares sinusoides (pontas de seta) e células adiposas 
(asteriscos). (Hematoxilina-eosina [HE]. Médio aumento.) 
 
 
medular encontram-se estruturas características do timo, os corpúsculos de Hassall (são formados por células 
reticulares epiteliais organizadas em camadas concêntricas unidas por numerosos desmossomos. Os 
corpúsculos de Hassall são encontrados exclusivamente na região medular do timo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células do timo: 
Linfócitos T (mais abundantes) em diversos estágios de diferenciação e maturação; células dendríticas, 
macrófagos, fibroblastos e células reticulares epiteliais: têm núcleos grandes, cromatina delicada e pouco 
corada e citoplasma com numerosos prolongamentos que se ligam aos das células adjacentes por 
desmossomos. As células reticulares epiteliais e seus prolongamentos unidos por desmossomos formam uma 
malha tridimensional cujos espaços são ocupados por células, principalmente linfócitos T, que proliferam e se 
diferenciam neste retículo. Além disso, as células reticulares epiteliais formam uma camada revestindo 
internamente o tecido conjuntivo da cápsula e dos septos. 
 
Microscopia órgão secundário (periférico): 
Baço: possui folículos linfáticos denominado polpa branca. Entre 
os folículos há um tecido vermelho-escuro, rico em sangue, 
denominado polpa vermelha. Toda a polpa esplênica contém 
células e fibras reticulares, linfócitos em grande quantidade 
acompanhados de macrófagos, células apresentadoras de 
antígenos. O baço é revestido por uma cápsula de tecido 
conjuntivo denso, em torno da qual há um folheto da membrana 
peritoneal. A cápsula emite trabéculas de tecido conjuntivo que 
dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos 
incompletos e intercomunicantes. A superfície medial do baço 
possui um hilo, onde a cápsula emite maior número de trabéculas, 
pelas quais penetram a artéria esplênica e os nervos. Sai pelo 
hilo a veia esplênica formada pela junção de veias do 
parênquima, e saem também vasos linfáticos originados nas trabéculas, uma vez que, na espécie humana, o 
parênquima esplênico não contém vasos linfáticos. A cápsula, as trabéculas e uma rica rede de fibras 
reticulares constituem o estroma esplênico. 
 
3. Descrever o trajeto da linfa desde a periferia do corpo, a denominação atribuída parajunção de vasos 
e aumento do calibre, até retomar à circulação sanguínea; caracterizar a constituição histológica dos vasos 
linfáticos a fim de manter fluxo unidirecional; 
Sistema linfático: vasos abertos. 
Circulação da linfa: os vasos linfáticos começam como 
capilares linfáticos. Os capilares linfáticos se unem para 
formar vasos linfáticos maiores, que se assemelham em 
estrutura a pequenas veias, mas têm paredes mais finas e mais 
válvulas. Em intervalos ao longo dos vasos linfáticos, a linfa 
flui pelos linfonodos, órgãos encapsulados em forma de feijão 
que consistem em massas de linfócitos B e linfócitos T. Os 
capilares linfáticos têm maior permeabilidade do que os 
capilares sanguíneos (conseguem absorver moléculas 
grandes como as proteínas e os lipídios). Os capilares 
linfáticos também têm um diâmetro um pouco maior do que 
os capilares sanguíneos. Os capilares linfáticos têm uma 
estrutura unidirecional que possibilita que o líquido intersticial 
flua para dentro, mas não para fora. As extremidades das 
células endoteliais que formam a parede de um capilar 
linfático se sobrepõem. Ligado aos capilares linfáticos estão 
os filamentos de ancoragem, que contêm fibras elásticas. Eles 
se estendem para fora do capilar linfático, anexando as 
células endoteliais linfáticas aos tecidos circundantes. A linfa passa dos capilares linfáticos para os vasos 
linfáticos e, em seguida, pelos linfonodos. Quando os vasos linfáticos saem dos linfonodos em uma dada 
região do corpo, eles se unem para formar troncos linfáticos. Os principais troncos são os troncos lombar, 
intestinal, broncomediastinal, subclávio e jugular. 
 
A linfa passa dos troncos linfáticos para dois canais principais, o ducto torácico e o ducto linfático direito, 
e então drena para o sangue venoso. 
O ducto torácico (linfático esquerdo) começa como uma dilatação chamada de cisterna do quilo anterior 
à vértebra L II. O ducto torácico é o principal ducto para o retorno da linfa ao sangue. A cisterna do quilo 
recebe a linfa dos troncos lombar direito e lombar esquerdo e do tronco intestinal. No pescoço, o ducto 
torácico também recebe a linfa dos troncos jugular esquerdo, subclávio esquerdo e broncomediastinal 
esquerdo. Portanto, o ducto torácico recebe a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço, do tórax, 
do membro superior esquerdo e de todo o corpo abaixo das costelas. O ducto torácico por sua vez drena 
a linfa para o sangue venoso na junção das veias jugular interna esquerda e subclávia esquerda. 
Os troncos lombares drenam linfa dos membros inferiores, da parede e vísceras da pelve, dos rins, das 
glândulas suprarrenais e da parede abdominal. 
O tronco intestinal drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte do fígado. 
Os troncos broncomediastinais drenam a linfa da parede torácica, pulmão e coração. 
Os troncos subclávios drenam os membros superiores. 
Os troncos jugulares drenam a cabeça e o pescoço. 
O ducto linfático direito recebe a linfa dos troncos jugular direito, subclávio direito e broncomediastinal 
direito. Assim, o ducto linfático direito recebe a linfa do lado superior direito do corpo. A partir do ducto 
linfático direito, a linfa drena para o sangue venoso na junção entre as veias jugular interna direita e 
subclávia direita. 
 
Constituição histológica dos vasos linfáticos 
Os capilares linfáticos originam-se como vasos finos 
e sem aberturas terminais (fundo de saco), que 
consistem apenas em uma camada de endotélio e 
uma lâmina basal incompleta. Capilares linfáticos 
são mantidos abertos por meio de numerosas 
microfibrilas elásticas, as quais também se ancoram 
firmemente ao tecido conjuntivo que os envolve. Os 
finos vasos linfáticos convergem gradualmente e 
terminam em dois grandes troncos – o ducto torácico 
e o ducto linfático direito –, que desembocam na 
junção da veia jugular interna esquerda com a veia 
subclávia esquerda, na confluência da veia 
subclávia direita e da veia jugular direita interna. Ao 
longo de seu trajeto, os vasos linfáticos atravessam 
os linfonodos. 
 
4. Descrever o que ocorre com a linfa, nível celular, ao atravessar um linfonodo; 
A linfa penetra nos linfonodos através de pequenas 
perfurações, cai em um espaço chamado de seio 
subcapsular e espalha-se pelo órgão, saindo pelos 
linfáticos do hilo (vasos linfáticos eferentes). Conforme a 
linfa entra uma extremidade de um linfonodo, as substâncias 
estranhas são “capturadas” pelas fibras reticulares nos 
seios do linfonodo. Em seguida, os macrófagos destroem 
algumas substâncias estranhas por fagocitose, enquanto 
os linfócitos destroem outras por meio da resposta imune. A 
linfa filtrada então sai pela outra extremidade do linfonodo. 
Como há muitos vasos linfáticos aferentes que trazem linfa 
para o linfonodo e apenas um ou dois vasos linfáticos 
eferentes que transportam a linfa do linfonodo, o fluxo lento da linfa dentro dos linfonodos possibilita tempo 
adicional para a linfa ser filtrada. Além disso, toda a linfa flui por múltiplos linfonodos em seu trajeto pelos 
vasos linfáticos. Isto a expõe a múltiplos eventos de filtragem antes que ela retorne ao sangue. 
 
5. Descrever as grandes veias do tórax e pescoço que originam a veia cava superior; 
As veias do tórax são: veia cava superior, sistema venoso ázigo, veia hemiázigos acessória, veias pulmonares, 
veias esofágicas, veias torácicas internas, veias cardíacas e veias intercostais superiores. Estes vasos coletam 
Dois vasos linfáticos (VL) pequenos. O vaso no topo está cortado 
longitudinalmente e mostra uma válvula, a estrutura responsável pelo fluxo 
unidirecional da linfa. A seta contínua mostra a direção do fluxo da linfa, 
e as setas tracejadas mostram como as válvulas evitam refluxo de linfa. 
Note a parede muito delgada deste vaso. (Pararrosanilina-azul de 
toluidina. Médio aumento.) 
todo o sangue desoxigenado proveniente dos músculos e órgãos do tórax, trazendo-os em última instância 
para a veia cava superior. 
As veias do pescoço são: jugular externa, jugular anterior, jugular interna, vertebral e cervical profunda. 
A veia cava superior: é uma grande veia que drena o sangue da cabeça, pescoço, membros superiores e 
parede torácica, ou seja, estruturas localizadas acima do diafragma (exceto os pulmões e o coração). Com 
cerca de 7 cm de comprimento este vaso entra no AD verticalmente pela face superior. A VCS localiza-se 
no mediastino superior e é formada pela união das veias braquiocefálicas direita e esquerda. 
A veia braquiocefálica direita: esta veia curta, quase vertical, forma-se posteriormente à extremidade medial 
da clavícula, pela união das veias jugular interna e subclávia direitas. 
A veia braquiocefálica esquerda: esta grande veia forma-se posteriormente à articulação esternoclavicular 
esquerda pela união das veias jugular interna e subclávia esquerdas. 
 
6. Descrever as características anatômicas e microscopias (distribuição do tecido linfoide), função, 
localização dos órgãos linfáticos e características histológicas especificas de: linfonodo, tonsila, baço, timo, 
MALT; 
Características histológicas: 
Linfonodo: órgãos encapsulados constituídos por tecido 
linfoide, espalhados pelo corpo sempre no trajeto de vasos 
linfáticos. São encontrados de modo constante na axila, na 
virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço e, em grande 
quantidade, nas cavidades torácica e abdominal, no hilo 
pulmonar e em torno de vasos sanguíneos, e no interior dos 
folhetos que formam o mesentério. Os linfonodos em geral têm 
a forma de rim e apresentam uma face convexa e uma face 
côncava, onde há um hilo, pelo qual penetram artérias 
nutridoras e saem veias e vasos linfáticos. O tamanho dos 
linfonodos é muito variável, com os maiores alcançando 1 a 2 
cm de comprimento. Os linfonodos são envolvidos por uma 
cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado que envia 
trabéculas para o seu interior,dividindo o parênquima em 
compartimentos incompletos e interligados. Como acontece em 
outros órgãos do tecido linfático (exceto o timo), as células do 
parênquima do órgão são sustentadas por um arcabouço de células reticulares e fibras reticulares, 
sintetizadas por essas células. A cápsula, as trabéculas e as fibras reticulares compõem o estroma dos 
linfonodos. O parênquima do linfonodo apresenta uma região cortical, que se localiza abaixo da cápsula, 
ausente apenas na região do hilo, e uma região medular, que ocupa o centro do órgão e o seu hilo. 
 
Tonsila: são órgãos constituídos por aglomerados de tecido linfático incompletamente encapsulados, 
colocados abaixo do epitélio de revestimento de porções iniciais dos sistemas digestório e respiratório. De 
acordo com sua localização na boca e na faringe, distinguem-se a tonsila faringiana, as tonsilas palatinas 
e as tonsilas linguais. As tonsilas, diferentemente dos linfonodos e do baço, não são órgãos de passagem 
de linfa ou sangue. Possuem vasos linfáticos eferentes, mas não vasos linfáticos aferentes. 
 
Baço: observando-se a olho nu a superfície 
cortada de um baço a fresco ou fixado, 
percebem-se, em seu parênquima, pontos 
esbranquiçados, que são folículos linfáticos 
pertencentes ao componente do baço 
denominado polpa branca (formada por 
tecido linfoides, produz os glóbulos brancos 
(linfócitos T e B) que participam do sist. 
Imunológico do organismo). Entre os folículos 
há um tecido vermelho-escuro, rico em 
sangue, denominado polpa vermelha (os 
macrófagos fagocitam também células 
sanguíneas alteradas ou velhas, 
especialmente as hemácias (hemocaterese) e as plaquetas). O baço é revestido por uma cápsula de tecido 
conjuntivo denso, em torno da qual há um folheto da membrana peritoneal. A cápsula emite trabéculas de 
tecido conjuntivo que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos e 
intercomunicantes. A cápsula, as trabéculas e uma rica rede de fibras reticulares constituem o estroma 
esplênico. 
 
Timo: é formado por dois lobos, envolvidos por uma 
delicada cápsula de tecido conjuntivo denso. A 
cápsula origina delgados septos, que dividem o 
parênquima em inúmeros pequenos lóbulos, cuja 
porção central frequentemente se continua com a 
região equivalente de lóbulos adjacentes. O timo 
tem origem embriológica dupla: mesodérmica e 
endodérmica. Seus linfócitos provêm da medula 
óssea, onde se formam a partir de células 
mesenquimatosas. Além dos linfócitos, também 
migram para o esboço tímico algumas células de 
origem mesenquimatosa derivadas da crista neural e as células precursoras de células endoteliais. A 
migração por via sanguínea de linfócitos para o timo a partir da sua origem no tecido hematopoético se 
inicia na espécie humana por volta da sétima/oitava semana de vida intrauterina. Ao contrário dos outros 
órgãos linfáticos, o timo não possui folículos linfoides. Cada lóbulo é formado de uma parte periférica 
denominada zona cortical (há uma grande quantidade de linfócitos T em proliferação e maturação). A 
cortical envolve a parte central de cada lóbulo, mais clara, denominada zona medular (linfócitos T 
imunocompetentes, macrófagos, células dendríticas apresentadoras de antígeno e abundancia de células 
reticulares epiteliais, inclusive com a organização dos corpúsculos tímicos (ou de Hassal). 
 
MALT: conjunto do tecido linfático das mucosas. Os componentes do MALT chamados de placas de Peyer 
são estruturas linfáticas em forma de anéis, situadas na mucosa e na submucosa do segmento distal do íleo. 
São compostas de tecido linfático difuso e de folículos linfáticos. 
 
 
7. Descrever o padrão de resposta inflamatória adaptativa, bem como o mecanismo de memoria imunológica; 
 
8. Definir variação antigênica 
A variação antigênica é uma estratégia adotada tanto por bactérias, quanto por vírus e parasitos, e é 
caracterizada por mutações genéticas que podem modificar os epítopos que eram anteriormente 
reconhecidos por anticorpos ou outros componentes do sistema imune dificultando, desta forma, a eliminação 
do agente infeccioso. 
 
9. Descrever nos exames de imagem (USG, TC, RM) a aparência normal dos linfonodos e a aparência da 
infecção ou neoplasia maligna. Verifique se existe um melhor exame de imagem para avaliação do sistema 
linfático e todos os seus componentes (linfonodo, baco, timo, tonsilas e MALT); 
 
Tomografia computadorizada (TC): útil para identificar se algum 
linfonodo ou órgão está aumentado. Muitas vezes a tomografia é 
utilizada para guiar com precisão o posicionamento de uma agulha 
de biópsia em uma área suspeita de ter uma lesão cancerígena. 
 
 
Avaliação do linfonodo: 
Formato 
Normal: formato riniforme. 
Patológico: perda do formato habitual, progressivamente se tornando cada vez mais arredondado. 
Tamanho (medido sempre no menor eixo) 
Normal: depende da região (cervical até 0,5cm, torácico até 1,0 cm, para-aórtico até 0,5cm) 
Conteúdo: centro de gordura. A perda do padrão habitual (com centro de gordura), ou presença de 
conteúdo cístico ou hipercelular são patológicos. 
Número 
Vascularização 
Ultrassom: pode ajudar a avaliar os linfonodos próximos à superfície 
do corpo, os gânglios linfáticos aumentados no abdome, ou órgãos 
como o fígado e o baço. Assim como pode ser para guiar com 
precisão o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área 
suspeita. 
 
 
 
 
Ressonância magnética (RM): não é um procedimento utilizado com tanta frequência como a tomografia 
computadorizada para o linfoma, a menos que o médico esteja preocupado com a disseminação da doença 
para a medula ou cérebro. 
 
Radiografia de tórax: este exame é realizado para verificar a presença de linfonodos aumentados nessa 
região. Menos específico e detalhado. 
 
Métodos de imagem: 
Linfonodo: o método mais recomendado é o ultrassom (US), mas pode utilizar a tomografia computadorizada 
(TC) 
 
Baço: pode-se utilizar tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnetica (RM) 
 
 
Timo: na criança não é possível a observação no ultrassom; utiliza-se a tomografia computadorizada no 
adulto. 
 
 
 
 
 
Tonsilas: o método mais utilizado é a tomografia 
 / 
 
Vias linfáticas: só é possível a observação quando há alteração, utiliza-se a tomografia 
 
MALT: utiliza-se a tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS 
UC2 – MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
. 
 
AULA 2 SP2: EXTENSÃO SANGUÍNEA E OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO 
 
1. Caracterizar os principais componentes do sistema hematopoiético. 
Sangue: tecido conjuntivo. O sangue total possui dois componentes: 
(1) plasma sanguíneo, matriz extracelular aquosa que contém substâncias 
dissolvidas. 
(2) elementos figurados, que consistem nas células e nos fragmentos 
celulares (plaquetas, hemácias, leucócitos) 
Cerca de 45% do sangue é constituído pelos elementos figurados e 55% 
por plasma sanguíneo. Normalmente, mais de 99% dos elementos figurados são eritrócitos (hemácias). Os 
leucócitos e as plaquetas correspondem a menos de 1% dos elementos figurados. Por serem menos densos 
que as hemácias, porém mais densos que o plasma sanguíneo, eles formam uma fina camada de creme 
leucocitário entre as hemácias e o plasma no sangue centrifugado. 
 
 
2. Caracterizar os principais erros cometidos durante a confecção de lâminas de extensão sanguínea. 
1 - Lâmina de extensão com a borda lascada ou áspera; 
2 - Hesitação em mover a lâmina de extensão; 
3 - Lâmina de extensão movida muito rapidamente; 
4 - Gota de sangue insuficiente; 
5 - Gota de sangue não espalhada adequadamente na lâmina de 
extensão; 
6 - Sujeira ou gordura na lâmina, podendo ser causada por taxa 
elevada de lipídeos na amostra; 
7 - Pressão desigual na lâmina de extensão; 
8 - Demora na confecção da lâmina,o sangue começa a secar. 
 
 
3. Caracterizar a morfologia das principais células constituintes do sistema hematopoiético; 
Leucócito: apresentam características morfológicas 
distintas, fundamentais no processo de defesa do 
organismo. Podem ser classificados em granulócitos 
(polimorfonucleares: linfócitos e monócitos) e 
agranulócitos (mononucleares: eosinófilos, basófilos, 
neutrófilos) 
Neutrófilos: 10 a12 μm de diâmetro; o núcleo tem 2 a 5 
lobos conectados por finos filamentos de cromatina; o 
citoplasma possui grânulos muito finos de cor lilás-clara. 
Linfócitos: 8 a 18 μm de diâmetro; o núcleo é redondo 
e discretamente endentado; o citoplasma forma uma 
borda ao redor do núcleo que parece azul claro; 
quanto maior a célula, mais visível o citoplasma. 
Monócitos: 15 a 18 μm de diâmetro; núcleo em forma de rim ou ferradura; o citoplasma é azul acinzentado 
e parece espumoso. 
Eosinófilos: 12 a17 μm de diâmetro; em geral, o núcleo possui 2 lobos conectados por filamento espesso de 
cromatina; grânulos grandes e de cor vermelho alaranjada enchem o citoplasma. 
Basófilos: 10 a 15 μm de diâmetro; o núcleo tem 2 lobos; grandes grânulos citoplasmáticos de cor azul- 
arroxeada escura. 
Hemácias ou eritrócitos: 7 a 8 μm de diâmetro, discos bicôncavos, sem núcleos; vivem cerca de120 dias. 
Variação em relação à cor, forma e tamanho: anisocitose, Normocitose, Macrocitose, Microcitose, 
Normocromia, Hipocromia, Hipercromia 
Plaquetas: fragmentos celulares de 1 a 4 μm de diâmetro que vivem 5 a 9 dias; contêm muitas vesículas, mas 
nenhum núcleo. 
 
4. Analisar a distribuição das células constituintes do sistema hematopoiético. 
 
5. Caracterizar a importância da interpretação correta da lâmina de extensão sanguínea no diagnóstico 
de doenças hematológicas, imunológicas e parasitárias. 
Neutrófilo: 
Contagem elevada: infecção bacteriana, queimaduras, estresse, inflamação. 
Hemácias ou eritrócitos: 4,0 a 5,5 milhões/mm3 em mulheres; 4,5 a 6,5 milhões/mm3 em homens. 
Leucócitos: 5.000 a 10.000/ mm3 
Leucócitos: 5. 000 a 10. 000/μl. 
Neutrófilo: 2.500 a 7.500/mm3 (60 a 70% dos leucócitos) 
Eosinófilo: 40 a 500/mm3 (2 a 4% de todos os leucócitos). 
Basófilo: 20 a 90/mm3 (0 a 1% de todos os leucócitos). 
Linfócitos: 900 a 4.000/mm3 (20 a 30% de todos os leucócitos). 
Monócitos: 300 a 900/mm3 (3 a 8% de todos os leucócitos). 
Plaquetas: 150.000 a 400.000/mm3. 
Contagem baixa: Exposição à radiação, intoxicação medicamentosa, deficiência de vitamina B12, lúpus 
eritematoso sistêmico (LES). 
Linfócito: 
Contagem elevada: infecções virais, algumas leucemias, mononucleose infecciosa. 
Contagem baixa: doença prolongada, infecção pelo HIV, imunossupressão, tratamento com cortiso. l 
Monócitos: 
Contagem elevada: infecções virais ou fúngicas, tuberculose, algumas leucemias e outras doenças crônicas. 
Contagem baixa: mielos supressão, tratamento com cortisol 
Eosinófilos: 
Contagem elevada: reações alérgicas, parasitoses, doenças autoimunes. 
Contagem baixa: intoxicação medicamentosa, estresse, reações alérgicas agudas. 
Basófilo: 
Contagem elevada: Reações alérgicas, leucemias, cânceres, hipotireoidismo. 
Contagem baixa: Gravidez, ovulação, estresse, hipotireoidismo 
 
6. Descrever as formas com que os agentes antivirais agem no ciclo viral. 
Mecanismo: reduz a carga viral, inibindo a replicação viral. Os fármacos atuam em células que estão em 
fase de replicação (não atua em células que estão em latência); podem atuar na etapa de adesão/ fusão; 
nas enzimas de biossíntese; na etapa de liberação. 
 
ACICLOVIR: para casos de herpes-simples, varicela-
zóster, citomegalovírus. O aciclovir é um pró fármaco 
(precisa ser ativado para se tornar um fármaco 
ativo) análogo de guanosina (sem porção 
glicosídica verdadeira) e quando ativado por 
enzimas intracelulares interrompe a formação do DNA 
viral. 
 
 
ZIDOVUDINA (AZT): usado na HIV; inibe a ação da transcriptase reversa do retrovírus. O trifosfato de 
zidovudina compete como substrato com o trifosfato de timidina natural, que incorpora cadeias do DNA viral 
inibindo a ação da transcriptase reversa. 
 
TAMIFLU (OLSETAMIVIR): pode ser usado em casos 
de gripe A; inibe a ação da neuraminidase (o vírus 
fica grudado a célula hospedeira – inibe o 
processo de liberação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Relacionar a ação do Interferon com seu emprego terapêutico nas terapias antivirais. 
Interferonas: família de glicoproteínas induzíveis, de ocorrência natural, que interferem na capacidade dos 
vírus de infectarem as células. Há pelo menos três tipos de interferonas: α, β e γ. Uma das 15 glicoproteínas 
α-interferonas, a α-interferona 2b, foi aprovada para o tratamento de hepatites B e C, condiloma agudo e 
cânceres, como leucemia de células pilosas e sarcoma de Kaposi. Mecanismo de ação: Ele parece envolver 
a indução de enzimas nas células do hospedeiro que inibem a translação do RNA viral, o que acaba 
causando a degradação do RNAm e do RNA transportador (RNAt) do vírus (estado antiviral). 
Farmacocinética: As interferonas não são ativas por via oral, mas podem ser administradas por via 
intralesional, SC ou intravenosa (IV). Muito pouco do composto ativo é encontrado no plasma, e sua presença 
não se relaciona com as respostas clínicas. A captação celular e o metabolismo pelo fígado e pelos rins são 
responsáveis pelo desaparecimento das interferonas do plasma. Ocorre eliminação renal insignificante. 
Efeitos adversos: Os efeitos adversos das interferonas incluem sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, 
calafrios, mialgia, artralgia e distúrbios GI. Fadiga e depressão mental são comuns. Esses sintomas cedem 
com administrações continuadas. As principais toxicidades dose-limitantes são supressão da medula óssea, 
fadiga intensa, perda de massa corporal, neurotoxicidade caracterizada por sonolência e distúrbios 
comportamentais, distúrbios autoimunes, como tireoidite e, raramente, problemas cardiovasculares, como 
insuficiência cardíaca. A interferona pode também potencializar a mielossupressão causada por outros 
depressores da matriz óssea.

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