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Sialoadenite 
A inflamação das glândulas salivares 
(sialoadenite) pode ser oriunda de 
diversas causas infecciosas e não 
infecciosas. A infecção viral mais 
comum é a caxumba 
>>Uma das causas mais comuns de 
sialoadenite é uma cirurgia recente 
(especialmente a cirurgia abdominal), 
após a qual pode surgir uma parotidite 
(caxumba cirúrgica), pelo fato de o 
paciente ter sido mantido sem 
alimentação e ingestão de fluidos (NPO) 
e de ter recebido atropina durante o 
procedimento cirúrgico 
Outras medicações que produzem 
xerostomia como efeito colateral 
também podem predispor os pacientes 
a tal infecção. A maioria dos casos de 
sialoadenite bacteriana aguda adquirida 
na população é causada por 
Staphylococcus aureus ou por outras 
espécies de estreptococos 
>>Infecções adquiridas em hospital são 
também mais frequentemente 
associadas ao S. aureus, mas também 
podem ser causadas por uma variedade 
de outras espécies, incluindo Eikenella 
corrodens, Escherichia coli, 
Fusobacterium, Haemophilus 
influenzae, Klebsiella, Prevotella, 
Proteus e s Pseudomonas 
**Causas não infecciosas de inflamação 
das glândulas salivares incluem a 
síndrome de Sjögren, a sarcoidose, a 
radioterapia e diversos alérgenos 
Características Clínicas e 
Radiográficas 
A sialoadenite bacteriana aguda é mais 
comum na glândula parótida e é bilateral 
em 10% a 25% dos casos 
>>A glândula afetada se apresenta 
inchada e dolorida, e a pele 
sobrejacente pode se apresentar quente 
e eritematosa 
Podem estar presentes febre baixa 
associada e trismo. Uma drenagem 
purulenta geralmente é observada a 
partir do orifício do ducto quando a 
glândula é massageada 
 
 
** Observa-se a saída de um exsudato 
purulento do ducto de Stensen quando 
a glândula parótida é massageada** 
A obstrução ductal persistente ou 
recorrente (mais comumente causada 
por sialólitos) pode levar à sialoadenite 
crônica. Inchaços periódicos e dor 
ocorrem dentro da glândula afetada, 
aparecem próximo ao horário das 
refeições, quando o fluxo salivar é 
estimulado. Geralmente, a sialografia 
mostra sialectasia (dilatação ductal) 
próxima à área de obstrução 
Na parotidite crônica, o ducto de 
Stensen pode mostrar um padrão 
característico na sialografia conhecido 
como “em forma de linguiça”, que reflete 
a combinação de dilatações ductais com 
estreitamento ductal decorrente da 
formação de cicatrizes 
 A sialoadenite crônica também pode 
ocorrer nas glândulas salivares 
menores, possivelmente como 
resultado de bloqueio do fluxo ductal ou 
de trauma local 
Parotidite juvenil recorrente: 
Doença inflamatória das glândulas 
salivares mais comum em crianças dos 
Estados Unidos da América e a segunda 
doença desse tipo mais comum no 
mundo (a primeira é a caxumba). É 
caracterizada por episódios recorrentes 
de aumento não supurativo da glândula 
parótida unilateral ou bilateral, 
geralmente se iniciando entre os três e 
seis anos de idade 
>>A causa exata é desconhecida, 
embora malformações ductais 
congênitas, fatores genéticos, 
alterações imunológicas ou maloclusão 
dentária tenham sido sugeridos como 
possíveis fatores contribuintes. Embora 
geralmente ocorram múltiplas 
recorrências, em geral a condição se 
resolve durante a puberdade 
Sialoadenite necrotizante subaguda: 
É uma forma de inflamação das 
glândulas salivares que ocorre 
comumente em adolescentes e adultos 
jovens 
>>A lesão usualmente envolve as 
glândulas salivares menores do palato 
duro e do palato mole, apresentando-se 
como um nódulo doloroso, recoberto por 
mucosa eritematosa intacta 
 Ao contrário da sialometaplasia 
necrotizante, essa lesão não ulcera ou 
libera tecido necrótico. Causas alérgicas 
ou infecciosas têm sido consideradas 
para esta condição 
Características Histopatológicas 
Observa-se um acúmulo de neutrófilos 
dentro do sistema ductal e acinar 
>>A sialoadenite crônica é 
caracterizada por infiltração difusa ou 
focal do parênquima glandular por 
linfócitos e plasmócitos 
>>A atrofia dos ácinos é comum, bem 
como a dilatação ductal 
>>Se houver a presença de fibrose 
associada, o termo sialoadenite crônica 
esclerosante é utilizado 
 
>>A sialoadenite necrosante subaguda 
é caracterizada por um intenso infiltrado 
inflamatório misto constituído por 
neutrófilos, linfócitos, histiócitos e 
eosinófilos. Há perda de maioria das 
células acinares, e a maior parte das 
remanescentes exibe necrose. Os 
ductos tendem a ser atróficos e não 
apresentam hiperplasia ou metaplasia 
escamosa 
Tratamento e Prognóstico 
Os pacientes com sialoadenite devem 
ser submetidos a uma investigação com 
radiografia panorâmica para averiguar a 
presença de um sialólito 
O tratamento da sialoadenite aguda 
inclui antibioticoterapia apropriada e a 
reidratação do paciente para estimular o 
fluxo salivar 
>> A drenagem cirúrgica pode ser 
necessária se houver formação de 
abscesso. Embora este esquema 
terapêutico seja geralmente eficiente, 
tem sido relatada uma taxa de 
mortalidade de 20% a 50% em 
pacientes debilitados, em decorrência 
da disseminação da infecção e sepse 
O manejo da sialoadenite crônica 
depende da gravidade da condição e 
varia de uma terapia conservadora até a 
intervenção cirúrgica 
>> A conduta inicial geralmente inclui 
antibióticos, analgésicos, sialogogos e 
massagem glandular 
A sialoendoscopia e a irrigação ductal 
geralmente são utilizadas para dilatar os 
estreitamentos e eliminar os sialólitos e 
os tampões mucosos 
>>Se necessário, pode ser introduzido 
um stent temporário no ducto da 
glândula salivar. Se os métodos 
conservadores não forem capazes de 
controlar a sialoadenite crônica, a 
remoção cirúrgica da glândula afetada 
pode ser necessária 
A sialoendoscopia com irrigação de 
solução salina mostrou ser uma técnica 
útil para pacientes com parotidite juvenil 
recorrente, geralmente reduzindo 
drasticamente o número de episódios 
de recorrência até que a desordem se 
resolva na puberdade 
>>A sialoadenite necrosante subaguda 
é uma condição autolimitante que 
usualmente se resolve duas semanas 
após o diagnóstico, sem que seja 
necessária a realização de tratamento